Título: Estrela Cadente
Capítulos: 13/??
Autora:
lahyGênero: angst
Bandas: Aikaryu - Whiteblack - Irodori + Hizaki
Pares: Daiki x Shagrath, Tatsuya x Shagrath, Ruri x Kanoe, Hiro x Ruri
Classificação: PG-13
Disclaimer: x_x infelizmente eu não tenho os direitos da banda. Eles ainda são deles mesmos e tem contrato com a Crow Music. Isso é apenas um trabalho fictício feito com deturpações de coisas escritas nos blogs e sem nenhum fim lucrativo. A não ser reviews o.o' Reviews sempre são lucro!
Alertas: linguagem ofensiva em alguns capítulos
Sumário: Um grave acidente pode ser o fim de tudo, ou não?
Comentário: A idéia para essa fic surgiu por causa de um comentário do blog do Daiki, =D obviamente deturpado pela minha mente que vê yaoi em qualquer lugar. Eu também tirei muitas informações sobre o acidente de lá, assim como do blog do Teru e do Shagrath. Algumas foram ligeiramente modificadas, apenas para dar um melhor andamento a fic.
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Estrela Cadente
Capítulo 13
Dai abriu a porta, parando imediatamente ao ver a cena a sua frente. Itsuki, que vinha logo atrás, fez o mesmo. Tão pasmo quanto o baterista.
De um lado da sala do estúdio estava Ruri, com olhos que expressavam toda sua raiva, o rosto vermelho e um semblante de fúria. Do outro lado, Kanoe triste e com olhos repletos de lágrimas que escorriam pela face assustada.
Itsuki e Dai trocaram um olhar, tentando se comunicar sem que fosse necessário o uso de palavras. O guitarrista de cabelos rosas sorriu, passando por Dai e andando até Kanoe, enquanto o baterista apenas observava Ruri atentamente.
Itsuki disse alguma coisa para que somente o baixista ouvisse, fazendo-o assentir positivamente e deixando que o guitarrista o guiasse para fora da pequena sala do estúdio.
Dai esperou alguns instantes depois da porta se fechar encarando Ruri o tempo todo.
- Precisa tanto? - perguntou rispidamente, deixando as baquetas ao lado da bateria e guardando o baixo de Kanoe dentro do estojo.
- Que merda você está fazendo? Nós vamos ensaiar! - Ruri disse com raiva, andando até o mais baixo, segurando em seu braço com força e afastando-o do baixo.
- Se você não notou, não tem clima para ensaiar. - o tom usado pelo baterista foi o mesmo calmo de sempre, enquanto ele fechava o estojo do instrumento. Gesto que pareceu apenas irritar ainda mais o vocalista que já estava nervoso.
- Se você não notou, se nós não trabalharmos, não vamos lançar o single novo nunca. - o vocalista retrucou, abrindo o estojo, pronto para tirar o baixo dali.
- Caso você não tenha reparado Ruri, nós somos uma banda, um grupo. E você está acabando com ele! - o vocalista o olhou surpreso, sem palavras para retrucar - Eu aceito seus motivos. Não entendo, não entendo mesmo, mas aceito. Só que fazendo essas coisas você não vai conseguir colocar a banda pra frente.
A porta se abriu, revelando os cabelos rosas do guitarrista, que tinha uma expressão séria no rosto.
- Eu estou levando o Kanoe pra casa. Você quer carona Dai? Porque ele não tem a menor condição de ensaiar hoje.
O baterista olhou furioso para Ruri. Não entendia absolutamente nada do que ele estava fazendo. Não entendia porque ele fazia questão de magoar mais e mais Kanoe. Eles se davam tão bem antes, estavam sempre juntos.
- Você não vai levá-lo pra casa daquele cara! - Ruri disse ríspido, recebendo um olhar furioso de Itsuki.
- Então diga Ruri, para onde eu o levo? Pra sua casa? Pra você continuar falando um monte de asneiras sem sentido e sem motivo? Não, ele vai para a casa do Teru, quer você goste ou não.
- Nós vamos ensaiar! Diga para o Kanoe que ele pare de frescura, pegue essa droga de baixo e comece a tocar. - Itsuki olhou para ele em uma mistura de raiva e tristeza. Andando até o instrumento, fechando o estojo e carregando-o para fora do estúdio.
- Se ele quiser voltar a tocar com você algum dia, nós voltaremos a ensaiar Ruri. - Dai olhou para o guitarrista que sorriu tristemente para o amigo - Sim, Dai. Foi exatamente isso que ele me pediu.
- Como assim se ele quiser voltar a tocar? - Ruri perguntou confuso, não entendendo absolutamente nada da conversa sem as palavras certas que aqueles dois costumavam ter.
- Ele está nervoso, melhor levá-lo pra casa e deixá-lo pensar em paz. - Dai respondeu para Itsuki, ignorando totalmente a pergunta do vocalista.
- Merda! Responda Itsuki! - Ruri gritou furioso. Tanto por estar sendo ignorado quanto por não estar entendendo.
- Ele quer sair da banda, Ruri. Satisfeito? - o guitarrista disse, pegando na mão de Dai e o puxando para fora, deixando Ruri com um olhar surpreso, parado sozinho no estúdio.
- Era isso que você queria, não é Ruri? - o vocalista murmurou baixinho, deixando os olhos vagarem pelo estúdio vazio. Pegou a guitarra de Itsuki, tocando algumas notas e tentando entoar uma canção. Mesmo assim, ele não saiu da primeira estrofe.
Colocou a guitarra no lugar, tirando o celular do bolso, pensando se deveria ou não ligar para a pessoa que geralmente o fazia esquecer desses problemas.
***
Teru abriu o forno, tirando a bandeja com cuidado. O cheiro dos biscoitos frescos aguçava seu apetite. O loirinho sorriu, pensando que Kanoe ficaria feliz ao ver biscoitos caseiros quando chegasse do ensaio.
Aos poucos ele foi confeitando um a um, com desenhos e imagens de bonequinhos, bichinhos e brinquedinhos. Hizaki que o tinha ensinado a fazer aquilo. O guitarrista de cabelos castanhos adorava biscoitos confeitados, e ele e Teru costumavam passar tardes inteiras fazendo aquilo. No final, o loirinho acabou levando aquele hobby como uma espécie de terapia. Terminou o último biscoito, lavando a louça enquanto esperava que o glacê colorido secasse.
Com os olhos procurou o vidro grande, onde costumava guardar os biscoitos, lembrando-se que tinha guardado dentro de um dos armários mais altos, porque só usava aquele vidro para aquela finalidade, e desde que Hizaki tinha ido embora, ele nunca mais havia feito biscoitos confeitados.
O loirinho, pegou um banquinho, subindo em cima para poder alcançar a última porta do armário. Encontrou o vidro no mesmo instante que ouviu o barulho da porta sendo aberta, e a voz de Kanoe anunciando que tinha chego em casa.
- Okaerinasai, Ka-chan. - disse, prestando atenção e ouvindo outras vozes com a do baixista, que reconheceu como Itsuki e Dai.
No momento que Teru segurou o vidro que queria, sentiu a pontada no tórax mais forte, desequilibrando-se de cima do banco.
- Teru! - ouviu o grito de Kanoe e antes que pudesse sentir o braço que tinha quebrado bater no chão, o baixista o segurou impedindo a queda. - Seu louco! - a voz de Kanoe soou mais assustada do que repreensiva, e só então o loirinho viu os outros dois integrantes do Irodori parados na porta da cozinha, com os olhos tão assustados quanto os de Kanoe. - Você está bem? - Kanoe perguntou, vendo que o loirinho ainda tinha uma expressão de dor no rosto.
- Só levantei o braço de mau jeito. - ele respondeu, um tanto ofegante. E quando viu, o vidro que segurava já estava nas mãos de Dai.
- Leva ele pra sala, Kanoe. - o baterista falou, colocando o vidro em cima da mesa.
- Vem, Teru. - Kanoe sorriu, passando um dos braços por trás das pernas do loirinho, colocando-o em seu colo.
- Eu posso andar, você não precisa me levar. - Teru disse, fazendo o baixista sorrir.
- É mais fácil pra você assim. - Dai olhou para Itsuki, sorrindo e observando a cena.
- Viu que ele já tava sorrindo? - o guitarrista de cabelos rosas perguntou, vendo Dai lavar as mãos para então, começar a guardar os biscoitos no vidro.
- Eu confesso que no início fiquei um pouco preocupado com essa decisão, mas estar com o Teru faz bem pra ele. É visível e... - o baterista fez uma pausa, tentando escolher as palavras certas - Eu acho que é isso que incomoda tanto o Ruri.
- Ciúmes? - Itsuki arqueou uma sobrancelha, incrédulo.
- Ele não é mais o apoio do Kanoe. E, nesse aspecto, foi visivelmente trocado pelo Teru. Acho que... No lugar dele, eu também ficaria um pouco chateado. - Dai disse olhando para os olhos castanhos do amigo, que fechou o armário, colocando o banco em um lugar que não atrapalhasse o caminho.
- Você está defendendo o Ruri? - Itsuki perguntou rindo diante daquilo.
- Não, não justifica o que ele fez. Mas, da pra tentar entender. - Dai sorriu, enquanto Itsuki abaixou, segurando em seu rosto e dando-lhe um suave beijo nos lábios.
- Você é fantástico, Dai-chan! - o homem de cabelos rosas sorriu ao ver o baterista corar, feliz por ter conseguido uma reação daquelas. Saindo da cozinha e vendo Teru deitado no sofá, enquanto Kanoe o enchia de perguntas se estava mesmo bem ou se doía em algum lugar.
- Que tal um chá pra ajudar? Kanoe-kun, você e o Itsuki podem fazer um, né? - Dai disse sorrindo, certo de que o baixista não recusaria a sugestão.
- E tem biscoitos. Chá com biscoitos, como os ingleses! - Teru disse empolgado, fazendo os outros três rirem.
- Certo, mas você prefere chá ou café Teru-chan? - Kanoe perguntou, já sabendo da resposta do loirinho.
- Café!
- Certo então, café e chá. - o baixista disse, indo para a cozinha e sendo seguido por Itsuki.
- O que aconteceu Dai-san? - Teru perguntou em um tom propositalmente baixo, para que não pudesse ser ouvido pelos outros dois.
- Você notou é? - o loirinho fez um gesto positivo com a cabeça - Kanoe-kun e Ruri brigaram, bem feio. O Kanoe não contou maiores detalhes, mas você conhece o Ruri, ne? Ele fala coisas medonhas quando está irritado. E... O Kanoe quer sair da banda por causa disso - os olhos de Teru se arregalaram, e ele colocou a mão sobre a boca, tentando evitar algum som de surpresa.
- Ele devia estar nervoso. - murmurou, e Dai assentiu.
- Espero que sim... Espero que sim, Teru-chan. - o loirinho olhou para Dai, tentando dar algum conforto para o baterista. - Teru-chan... Será que... Será que você poderia conversar com o Kanoe? Eu fiquei preocupado quando o vi, quando o vi chorando daquele jeito.
- Você é um bom amigo Dai. - Teru disse sorrindo, fazendo o baterista corar levemente. - Não se preocupe, eu vou falar com o Ka-chan. Qualquer coisa, eu te ligo. - Dai sorriu agradecido. Feliz porque pelo menos Kanoe estava em boas mãos. Porém, sua verdadeira preocupação era com um certo vocalista desbocado e teimoso.
***
O toque do celular soou alto, fazendo os olhos de Tatsuya voltarem-se para o pequeno e extremamente escandaloso aparelho preto. A vontade que o vocalista do Whiteblack tinha era de pegar o aparelhinho, joga-lo na privada e dar a descarga. Certamente era o que teria feito se o celular fosse seu, e não de Hiro.
- Hiro, caso você não tenha notado, é o seu celular - disse ríspido, voltando a enfiar a cabeça nos travesseiros e tentando ignorar o barulho absurdo para as quatro da manhã.
O guitarrista apenas tateou o criado mudo, que ficava entre a cama dele e de Tatsuya, procurando pelo aparelho sem nem mesmo abrir os olhos.
- Alô? - disse sonolento, esperando que o individuo sem noção do outro lado da linha tivesse um excelente motivo para lhe telefonar. Porém, só ouviu um silêncio assustador.
O guitarrista abriu um dos olhos, olhando o nome que aparecia no visor. Surpreso, assustado e ligeiramente feliz, ele levantou-se rapidamente, sentando na cama.
- Ru-chan? O que houve? - perguntou preocupado, o que chamou a atenção do seu colega de quarto. Fazendo Tatsuya tirar a cabeça do meio dos travesseiros, e abrir um dos olhos para ver o que estava acontecendo com o amigo.
O silêncio do outro lado da linha era infinitamente angustiante. Até mesmo porque Hiro tinha certeza absoluta que seu amante estava com algum tipo de problema, e ele se sentiria útil se pudesse ajudar.
- Ru-chan, me diz o que aconteceu? - perguntou baixo, tentando ignorar o olhar de Tatsuya que sabia estar sobre si.
-... Você... Não costumava me chamar assim. - as palavras vindas do outro lado da linha feriram. Talvez pelo tom de desagrado, talvez porque a forma como tinham sido ditas deixava bem claro o quão embriagado o vocalista estava.
-...Ruri, o que aconteceu? - o guitarrista tentou de novo, sabendo que seria difícil conseguir uma resposta. O vocalista do Irodori costumava ser naturalmente fechado quando estava sóbrio, e era muito pior quando não estava.
- Ele e Kanoe brigaram bem feio - Hiro ouviu Tatsuya murmurar, sentindo seu corpo tenso diante da voz séria do dono da CrowMusic. - Você deveria ter me contado Hiro... - os passos no chão, seguidos da luz do banheiro sendo acesa fizeram Hiro ter certeza que Tatsuya teria uma conversa séria com ele depois que Ruri desligasse.
- Tatsuya? Ele está aí? - a pergunta não surpreendeu Hiro.
- Sim, estamos dividindo o quarto.
- Você geme tão sensualmente pra ele quanto geme pra mim? - a pergunta era obviamente uma provocação, algo para machucar tanto Hiro quanto o próprio Ruri. Porque por mais que aquela situação deles fosse estranha e ligeiramente distorcida, nada justificava aquela pergunta.
- Tanto quanto o Kanoe geme pra você. - respondeu. Se tinha uma coisa que aquele pequeno tempo com Ruri tinha lhe ensinado, era como lhe dar com aquele temperamento explosivo, e auto-destrutivo que o vocalista do Irodori costumava ter.
- Vá se foder Hiro! - o xingamento fez o guitarrista rir.
- Você não está aqui, meu caro. E embora o Tatsuya seja uma boa opção, acho que no momento ele não concordaria. Mas não se preocupe Ru-chan, quando eu voltar, vou te dar a melhor foda da sua vida. - o tom de voz de Hiro era prepotente e arrogante.
O silêncio permaneceu do outro lado, e não demorou que o telefone fosse desligado na cara de Hiro. Fazendo-o desligar o celular e atirá-lo para um canto qualquer do quarto de hotel.
Não demorou muito que Tatsuya saísse de onde estava e sentasse no pé da cama do guitarrista, olhando a expressão abatida, mal iluminada pela luz ainda acesa do banheiro.
- Por que Tatsuya? Por que nós nunca conseguimos ter uma conversa decente? - o tom de voz triste fez o vocalista abrir os braços, em um gesto universal e rapidamente entendido pelo guitarrista que se aninhou nos braços do amigo, recebendo um afago suave nos cabelos.
- Vocês sem dúvida têm um relacionamento complicado. - Tatsuya disse, vendo o rosto pensativo de Hiro. - Quando foi que isso começou?
- Pouco depois do fim do Devise and Despair. O Ruri ficou bem mal com isso naquela época, você se lembra? - Hiro perguntou, certo que Tatsuya lembrava. O fim do Devise havia sido estranho, mal explicado e, de certa forma, obscuro.
- Eu nunca entendi o motivo daquela briga. - Tatsuya disse pensativo. Lembrando vagamente dos poucos motivos apresentados oficialmente para o fim da banda.
- Ruri nunca me contou também. Mas foi naquela época. Mas sabe? É difícil entender o Ruri. Ele é sempre tão distante... Já faz algum tempo que eu invejo o Kanoe por conseguir diminuir essa distância. - os dedos de Tatsuya pararam de acariciar os cabelos do amigo, lembrando-se de como realmente baixista e vocalista do Irodori se davam tão bem.
- O e-mail que o Dai me mandou foi sobre isso. - Hiro olhou para os olhos do vocalista, esperando ansioso pelo resto da informação. - Eu sabia que o Kanoe estava passando um tempo na casa do Teru, mas não sabia que tinha os motivos que tem. Assim como não sabia que Kanoe e Ruri andavam brigando.
- O Kanoe está lá porque o Teru precisa de ajuda - o guitarrista disse, fazendo uma careta imediatamente ao ver um gesto de negação por parte do vocalista.
- O Kanoe está lá porque brigou com os pais e saiu de casa - a sobrancelha de Hiro arqueou, uma expressão de estranhamento no rosto tão bonito.
- Por que ele foi pra casa do Teru e não do Ruri? - a pergunta não era exatamente para Tatsuya, nem para ninguém. Apenas um questionamento, o mesmo que passava pela mente do vocalista do Whiteblack.
- Não sei, eu vou conversar com o Kanoe. Mas se ele e Ruri andam brigando, é compreensível que ele tenha preferido outro lugar pra ficar. - é claro que aquilo era apenas uma suposição de Tatsuya, e Hiro sabia disso. Mas eles não conseguiam ver algum outro motivo.
- O Ruri adora o Kanoe, é dificil imaginá-los brigando.
- O Kanoe quer sair do Irodori. - Hiro soltou-se dos braços de Tatsuya, olhando-o profundamente nos olhos. - Não me pergunte, eu não sei de nada ainda.
- Isso explica porque o Ruri estava bebado - Hiro voltou a se aninhar nos braços do amigo, tentando encontrar algum conforto. Sentia ciúmes de Kanoe por conseguir arrancar aquele tipo de reação do vocalista do Irodori. Porque, o máximo que Hiro conseguia, eram palavras maliciosas ou ásperas.
- Quem diria né? Você com o Ruri. Eu não desconfiei mesmo... - Tatsuya disse rindo, tentando quebrar o clima tenso que estava ali, contente de ver que havia conseguido fazer Hiro corar.
- Você em compensação, só falta tatuar na testa "Amo Shagrath" - os dois riram, aproveitando o momento de descontração. Até mesmo porque sabiam que quando voltassem para Kyoto, haveria um grande problema a espera.
***
Daiki tocou a campainha, não se surpreendendo ao ver o baixista de cabelos mechados abrir a porta.
- Daiki-kun! Boa noite! - Kanoe deu espaço para que ele pudesse entrar. O mais alto não demorou a ver o guitarrista loirinho deitado no sofá, assistindo televisão e comendo biscoitos.
- Daiki-san! Quer? - Teru ofereceu o vidro que já estava no fim.
- Você que fez? Não dá pra recusar. - Daiki sorriu pegando alguns biscoitos.
- Ele quase se matou por causa desses biscoitos - Kanoe disse, aproximando-se e pegando mais alguns. - Mas que estão uma delicia, isso estão.
- Teru-chan não é só uma linda esposa, ele é uma boa cozinheira. - Daiki disse rindo, vendo uma careta surgir no rosto do menor.
- Não fale como se eu fosse uma garota - o tom de voz de Teru soou infantil, fazendo Daiki se aproximar e bagunçar os cabelos loiros.
- Você parece abatido Teru-chan. - o baixista do Aikaryu disse, olhando para Kanoe em questionamento.
- Eu disse que ele quase se matou. Foi pegar o vidro no armário, perdeu o equilíbrio e quase despencou do banco.
- Quase? - Daiki perguntou olhando para o loirinho, que corou completamente.
- Ka-chan me segurou. - ele murmurou fazendo Daiki rir e se aproximar, abaixando próximo ao ouvido de Teru.
- E você não gostou de cair nos braços do príncipe Kanoe? - cochichou no ouvido de Teru, de forma que o outro baixista não pudesse ouvir. E ao olhar novamente para o rosto do menor, pode vê-lo atingindo todos os tons de vermelho possíveis, até puxar a coberta que estava em sua cintura e esconder o rosto embaixo dela.
- Você faz isso de propósito Daiki! - o loirinho disse ainda embaixo da coberta, fazendo Daiki gargalhar e Kanoe olhar sem entender direito o que estava acontecendo.
Teru tirou rapidamente a coberta de cima do rosto, olhando para Daiki com um sorriso atípico.
- Se fosse a princesa Shagrath, você gostaria de ser o príncipe para segura-la? - Teru disse rindo, voltando a se esconder embaixo da coberta. E não podendo ver que agora era Daiki quem corava.
- E quem disse que eu não fiz isso? - Teru voltou a mostrar o rosto, enquanto Kanoe erguia uma sobrancelha. Até porque para o baixista do Irodori, aquela conversa era coisa nova.
- Você foi ver o Shagrath-san? - o loirinho perguntou, estava torcendo por Daiki.
- Sim, eu queria que ele me contasse algo mais sobre a sua nova namorada, mas ele não me disse muito mais do que eu já sabia. - Teru piscou, assimilando as palavras Shagrath e namorada presente em uma mesma frase.
- Shagrath está namorando? - foi Kanoe quem perguntou surpreso. - Mas quando isso?
- Não sei o dia direito, nem quem é ela... Mas ele me mostrou um anel de compromisso esses dias. - Teru apenas observava o rosto de Daiki, aparentemente triste em dizer aquelas palavras.
- Isso é estranho... - Kanoe murmurou, sentando no sofá em que Teru estava deitado, deixando que o loirinho repousasse a cabeça em seu colo.
- Por que Ka-chan? O Shagrath-san é uma pessoa carismática, não é estranho ele ter uma namorada. - Teru perguntou, vendo Daiki sentar na poltrona livre e observar Kanoe com atenção.
- Vocês não sabiam? O Tatsuya e a Umagome-san proibiram visitas que não fossem autorizadas. Só quem é da família e da Crow pode visitá-lo. Pra evitar que os fãs ficassem entrando e saindo, sabe? - o baixista do Irodori disse, fazendo os outros dois olharem surpresos.
- Então a pessoa que o Shagrath está namorando, é da Crow? - Daiki perguntou, mais para si mesmo do que para os outros dois.
- Provavelmente, porque as únicas pessoas da família que foram visitá-lo foi o irmão, a mãe a aquela tia mais velha que ele mencionou no blog. - Kanoe disse com cuidado, acariciando os cabelos loiros de Teru com uma das mãos, enquanto via claramente a dor passando pelos olhos de Daiki. Não era preciso ser muito esperto pra entender o que estava acontecendo com o baixista do Aikaryu.
Continua...
2007.1103
Nota: Fico tão triste quando não posso colocar o Shagrath nos capítulos i.i. Enfim, só para o caso de terem esquecido, o Devise and Despair é a antiga banda do Ruri e do Kanoe, que também tinha contrato com a Crow. Quando ela acabou os dois formaram o Irodori. Bem, eu não sei os motivos do fim da banda e essa história que está surgindo aqui na fic é puramente coisa da minha cabecinha xD
Nota 2: x_x eu ainda estou sem net, por isso perdoem-me caso eu não responda alguma coisa. Tem sido um pouco complicado e extremamente apressado pra postar esses capitulos novos. x_x prometo me redimir assim que as coisas voltarem ao normal lá em casa.