Título: Estrela Cadente
Capítulos: 10/??
Autora:
lahyGênero: angst
Bandas: Aikaryu - Whiteblack - Irodori
Pares: Daiki + Shagrath, Tatsuya + Shagrath, Ruri + Kanoe
Classificação: PG-13
Disclaimer: x_x infelizmente eu não tenho os direitos da banda. Eles ainda são deles mesmos e tem contrato com a Crow Music. Isso é apenas um trabalho fictício feito com deturpações de coisas escritas nos blogs e sem nenhum fim lucrativo. A não ser reviews o.o' Reviews sempre são lucro!
Alertas: linguagem ofensiva
Sumário: Um grave acidente pode ser o fim de tudo, ou não?
Comentário: A idéia para essa fic surgiu por causa de um comentário do blog do Daiki, =D obviamente deturpado pela minha mente que vê yaoi em qualquer lugar. Eu também tirei muitas informações sobre o acidente de lá, assim como do blog do Teru e do Shagrath. Algumas foram ligeiramente modificadas, apenas para dar um melhor andamento a fic.
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Estrela Cadente
Capítulo 10
Sorriu satisfeito diante de sua idéia brilhante. Estava entediado naquele hospital e precisava se mexer pelo menos um pouco. Levantou com cuidando, espiando se nos corredores não existia ninguém que pudesse atrapalhar seus planos. Feliz com a aparente tranqüilidade, andou calmamente para o lugar onde sabia ser o elevador. O mesmo elevador que tinha encontrado Teru da outra vez.
Dessa vez não teve grandes problemas e foi só dizer que ia visitar seu amigo no primeiro andar e pronto. Segurou o riso assim que pôs os pés no andar desejado. Com todo o cuidado e chamando a menor atenção possível, abriu a porta das escadas, descendo vagarosamente até o térreo. Uma vez lá, foi bastante fácil chegar no pátio externo.
Shagrath sorriu, feliz por poder sair daquelas quatro paredes. Caminhou um pouco, esticando as pernas e sentindo a suave brisa da primavera. Sentou em um dos bancos, apenas apreciando o momento. Apesar de tudo o que tinha acontecido com a banda recentemente, estava feliz. Incrivelmente feliz. Óbvio que os beijos de Tatsuya tinham contribuído fortemente para tanta felicidade. Ele tinha passado uma manhã tão agradável ao lado do namorado e de Hiro.
Inicialmente estranhou que Hiro soubesse a respeito do que tinha acontecido entre ele e Tatsuya, mas saber que Tatsuya o produtor aquilo a tanto tempo e que Hiro era seu confidente tinha sido, de certa forma, reconfortante. Simplesmente porque sentia vontade de pendurar uma placa na cabeça, anunciando para todos que Tatsuya havia lhe pedido em namoro. Mas não podia, simplesmente porque tanto Tatsuya quanto ele eram músicos, queriam ter uma carreira.
A lembrança de Teru veio a sua mente. Teru que tinha morado por anos com Hizaki. Que apesar dos fãs não saberem, todo o resto do mundo musical indie sabia. Lembrou-se de como Teru às vezes se escondia atrás de Daiki ou de Kaworu, escapando de olhares maldosos e repletos de preconceito. E, quando nenhum dos dois estava lá, ele apenas abaixava a cabeça, escondendo-se atrás das longas mechas loiras.
Pelo menos, as ofensas a Teru nunca passaram de olhares. Pelo menos, Shagrath nunca tinha visto ninguém abrir a boca para falar um "ai" que fosse. Mas Teru era uma pessoa querida, tinha amigos queridos, e alguns bastante assustadores. Todos tentavam protegê-lo quando podiam. Todos assustavam qualquer um que pudesse pensar em fazer mal ao baixinho.
Naquele momento, desejou ter alguém com quem pudesse conversar. Alguém que fosse fazer por ele, o mesmo que Hiro fazia por Tatsuya: apenas ouvir.
Ainda incerto, decidiu voltar ao quarto e passo a passo fez o caminho de volta, muito mais simples que a ida. Caso decidisse fazer realmente o que estava pensando, precisaria do seu celular.
***
Kanoe abriu a porta do estúdio em que costumavam ensaiar. Tinha chegado mais cedo, então provavelmente seria o primeiro ou o segundo. Talvez tenha sido por isso que estranhou a presença do sempre atrasado Ruri no local.
O vocalista estava sentado em uma das caixas de som, olhava para baixo e nem mesmo percebeu quando Kanoe entrou. Aos olhos do baixista, ele parecia abatido.
- Ruri? - Kanoe chamou, aproximando-se do lugar que o amigo estava.
Não foi necessário chamar uma segunda vez para que Ruri lhe desse atenção. O vocalista levantou a cabeça, olhando profundamente nos olhos castanhos por trás dos óculos. Para Kanoe, eram perceptíveis as olheiras no rosto bonito de Ruri. Assim como o brilho anormal nos olhos castanhos, que indicavam possíveis lágrimas sendo seguradas.
- O que aconteceu? - o baixista perguntou, apressando-se na direção do outro e abaixando, de forma que pudesse ficar em uma altura quase igual a que Ruri estava. Mas o vocalista não respondeu, apenas deixando que uma ou outra lágrima escorresse de seus olhos, enquanto não deixava de fitar o rosto quase infantil de Kanoe.
- Ruri? O que aconteceu? Você está me deixando preocupado! - a voz do garoto de cabelos mechados já deixava clara sua preocupação. Sabia que Ruri era orgulhoso e que provavelmente nunca admitiria que precisava de qualquer tipo de ajuda. Mas eles ainda eram amigos, ou não eram mais?
- Por quê? - o tom de voz era embargado, quase sofrido, provavelmente devido ao esforço que Ruri fazia para engolir o choro. - Por que você fez isso comigo, Ka-chan? - e logo depois de terminar sua indagação, o vocalista caiu em um choro agora verdadeiramente forte, deixando o baixista perplexo. Perplexo porque não tinha feito absolutamente nada a Ruri, não que se lembrasse. Muito pelo contrário, tinha sido Ruri quem tinha ido até a casa da pessoa que o estava ajudando e dito coisas desagradáveis, tanto para Kanoe quanto certamente para Teru.
- Eu? Do que você está falando Ruri?
A porta se abriu antes que o vocalista pudesse responder. O pequeno baterista apenas observou a cena, sem dizer nenhuma palavra.
- Nada. - o vocalista limpou as lágrimas saindo rapidamente da sala onde estavam, deixando Kanoe e Dai apenas o observando.
- Sabe Kanoe, se você nos contasse exatamente o que está acontecendo, quem sabe eu e o Itsuki poderíamos ajudar? - Dai olhou para o baixista, esperando por algum tipo de resposta positiva. Nunca gostou daqueles joguinhos onde um fica tentando evitar tocar no assunto com o outro. Era o tipo de pessoa que gostava de ir direto ao ponto, e resolver qualquer problema o mais rapidamente possível.
Os olhos do baixista caíram sobre Dai, incertos sobre contar realmente o que estava acontecendo. Não que Dai não tivesse sua confiança, mas não sabia se estava pronto para partilhar aquilo com mais pessoas do que as que já tinham conhecimento de tudo.
- Eu só acho que não vamos sair do lugar enquanto você e o Ruri não se resolverem de uma vez. - Dai disse enquanto sentava-se e começava a tocar o mais baixo possível uma música qualquer na bateria. - Até porque... - ele olhou nos olhos de Kanoe - Você só tem se machucado quando o Ruri está por perto.
O baixista baixou a cabeça, sabendo que as palavras do pequeno baterista eram verdadeiras. Olhar para Ruri doía, estar perto dele doía, ver a forma como ele o olhava doía. Aquele amor, aquele amor todo, simplesmente estava destruindo com Kanoe e ele não sabia como pedir ajuda.
- Eu... eu não sei o que fazer Dai. - o tom de voz baixo quase não foi ouvido pelo baterista, que continuava tocando. - Nem o que dizer - completou quando o som do instrumento não foi mais ouvido, e certamente tinha a atenção dos olhos com lentes verdes sobre si.
- Que tal começar do começo? Porque está tudo relacionado, não é? A briga com seus pais, o seu afastamento de Ruri e da banda, estar na casa do Teru-san... - o baixista afirmou em um movimento de cabeça, sentando-se ao lado da bateria de Dai.
- Eu me apaixonei pela pessoa errada. - Kanoe deu um sorriso triste, olhando de Dai para o chão.
- ...Ruri ou Teru? - ao contrário do que o baixista esperava, a voz de Dai não soou repreendedora, nem mesmo séria como era de costume, era um tom raro e extremamente carinhoso, como se fosse um irmão mais velho.
- Ruri - Kanoe disse olhando nos olhos do amigo, vendo ele morder levemente o lábio inferior e fechar os olhos.
- Eu preferia que a resposta fosse o Teru. - a voz de Dai expressava a sinceridade de suas palavras.
- Por quê?
- Porque o Teru não é uma porta como o Ruri. - o olhar do baixista demonstrou todo o espanto com a resposta, que logo em seguida se seguiu de uma risada que Kanoe tentava abafar com as mãos. - É sério! Ruri é uma porta, ele não se toca de certas coisas... Mas continue Kanoe-kun - o baterista sorriu dando ênfase ao seu pedido.
- Quando os meus pais descobriram... Bem, eles ficaram furiosos e nós começamos a nos desentender. Foi nessa época que eu procurei o Teru pela primeira vez. Eu não sei os detalhes, mas ouvi o Kaworu comentar uma vez que ele tinha passado por algo parecido, então eu achei que ele poderia me ajudar de alguma forma.
- E ajudou bastante, ne? - apesar do tom de indagação, a pergunta de Dai era muito antes uma afirmativa.
- Sim, ele me deu bastante apoio e ainda antes do acidente disse que se eu quisesse, poderia passar uns dias na casa dele, mas eu achei que as coisas lá em casa pudessem melhorar, então neguei. Como você deve ter notado, não melhoraram e eu não agüentava mais ficar lá. Quando um dia fui visitar o Teru no hospital ele disse que eu poderia pegar a chave do apartamento dele com o Tatsuya.
- E o Tatsuya não estranhou?
- Eu disse que o Teru tinha me pedido pra dar uma ajeitada no apartamento, porque ele receberia alta em breve e chegar com tudo sujo não ia ser bom. Óbvio que o Tatsuya concordou, e depois eu lhe disse que o Teru estava precisando de ajuda com algumas coisas, o que não é mentira, e que ficaria um tempo na casa dele.
- E onde sua briga com Ruri entra nessa história? - essa era a única coisa que o baterista não tinha entendido ainda.
- Eu contei para ele... Digo, que eu gostava dele. - o olhar do baterista pareceu surpreso.
- O que ele disse? - Kanoe sorriu diante da curiosidade do amigo, até mesmo porque curiosidade não era algo típico de Dai.
- Que não sentia o mesmo. - o baixista colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha, sorrindo docemente para o baterista - E não falamos mais disso.
- Certo, e onde entra a briga de vocês?
- Na verdade, não brigamos - Dai o olhou como se procurasse uma resposta - O problema é que ele não quer que eu more com o Teru... Por causa da história com o Hizaki. E ontem ele foi lá na casa do Teru, pedindo pra que eu saísse de lá. Mas o Teru realmente precisa de ajuda, sabe? Então eu disse que ia ficar. - o baterista arqueou uma das sobrancelhas, incrédulo diante da informação.
- Ele anda assim - e Dai apontou para a porta pela qual Ruri tinha saído a poucos minutos atrás - Porque você esta morando com o doce e meigo Teru-chan? - Kanoe fez um gesto positivo com a cabeça e Dai caiu na gargalhada, surpreendendo o baixista. - Ruri é uma porta mesmo. Não tem jeito.
Kanoe viu o baterista levantar de onde estava, andar na sua direção e bagunçar seus cabelos.
- Não se preocupe Ka-chan. Uma hora o Ruri vai entender. - Kanoe piscou, tentando compreender o que significava aquele sorriso misterioso no rosto de Dai.
***
Daiki vestiu uma camiseta preta e uma calça jeans, conferindo o visual pela quinta vez antes de sair.
- Agora está bom? - perguntou, olhando para a cadela deitada no chão, que apenas observava a movimentação anormal do dono.
- Não? Mesmo? - ele suspirou, olhando novamente o espelho e voltando pouco depois com outra roupa.
- E agora? - o animal pareceu ignorar completamente o dono, mas Daiki não deu muita atenção a isso, olhando do espelho para a cadela e da cadela para o espelho. - Agora sim, ne?
O baixista do Aikaryu pegou a carteira, colocando-a no bolso da calça preta. Segurou o celular, abrindo o flip pela milésima vez naquele começo de tarde.
//Daiki!! o(^-^)o Estou com saudades! Como você está? Eu queria falar com você. Será que você pode vir aqui hoje?//
O numero do visor não deixava dúvidas, a mensagem era de Shagrath. E Daiki estava empolgado. Porque Shagrath parecia alegre, as coisas que ele escrevia no blog eram sempre tão animadoras. E o baixista adorava vê-lo assim contente.
Foi o mais rápido que pôde ao hospital, não negava que estava curioso para saber o que o guitarrista mais novo queria lhe dizer. E, embora no fundo soubesse que não deveria alimentar esperanças, era exatamente isso que estava fazendo.
Abriu a porta do quarto, sorrindo ao ver um entretido Shagrath brincando com um bonequinho de pano que tinha a mesma aparência do guitarrista na capa do último single que tinham lançado.
- Boa tarde! - disse entrando, vendo o sorriso de Shagrath se alargar.
- Daiki! Olha! Olha! O Hiro-kun trouxe as coisas que os fãs me mandaram! Tem tanta coisa legal e bonita. - o guitarrista mostrou um desenho onde estavam ele e Daiki segurando uma revista, uma foto que Shagrath tinha colocado no album da página oficial há algum tempo atrás.
- Todo querem que você melhore logo. - o baixista sorriu, observando o desenho com atenção.
- Eu vou melhorar!! - a voz empolgada fez Daiki rir. Pelo visto aquelas palavras no blog não eram apenas para tranquilizar os fãs.
- Foi o Hiro que trouxe? - Daiki perguntou, pegando o bonequinho de pano com o qual Shagrath brincava antes. Era um bonequinho tipo de vodu, incrivelmente simpático e que o guitarrista parecia ter adorado.
- Sim, sim. O Tatsuya pediu pra ele passar aqui antes deles irem viajar. Não foi atencioso da parte deles?
- Ah sim! Eu esqueci que eles estavam indo para uma mini turnê.
- Sim, eu vou sentir saudades deles. Mas o Tatsuya prometeu que ia trazer um monte de coisas pra mim. E ia tirar muitas fotos.
- O Tatsuya? - Daiki perguntou interessado, sabia que o guitarrista admirava profundamente o produtor, mas não se lembrava dessa intimidade para troca de presentes ou coisas assim. Ou talvez, fosse só um ciúme bobo da sua cabeça.
- Aham. Ele tem vindo me visitar quase todos os dias, mesmo que seja algo rápido. Por isso, às vezes o Hiro vem com ele. Eles me lembram um pouco o Ruri e o Kanoe. - Shagrath riu, lembrando de como vocalista e baixista do Irodori viviam discutindo, mas não se largavam um instante sequer.
- Você sabia que o Kanoe está morando com o Teru? - Daiki viu a expressão de espanto no rosto de Shagrath, respondendo a pergunta que havia feito. - Aparentemente, o Kanoe teve alguns problemas em casa e o Teru ofereceu que ele ficasse lá. Bem, isso é bom para o Teru ele ainda precisa de ajuda por causa das costelas que ele quebrou. Além do mais o Kanoe cuida dele como se fosse uma mãe preocupada.
- Kanoe-kun é uma pessoa fantástica, eu não duvido nada que ele esteja mimando o Teru-chan. Mas eu fico preocupado com ele. São problemas graves? Eu queria poder ajudar, o Kanoe me ajudou tanto...
- Nós estamos ajudando-o de todas as formas possíveis. Concentre-se só em melhorar. - Daiki sorriu tentando animar o mais novo. - ... E Shagrath, sobre o que você queria falar comigo? - perguntou, estava curioso. Além de sentir-se temeroso e ao mesmo tempo confiante.
O guitarrista abriu um sorriso como raras vezes Daiki tinha visto, pegando uma caixinha no meio das várias caixas de presentes.
- Eu queria que o Daiki fosse o primeiro a saber - o mais novo disse ainda com o sorriso no rosto, abrindo a caixinha com um cuidado todo especial - Porque você é a pessoa que eu mais confio Daiki. - o guitarrista tirou um pequeno estojo de dentro da caixa. Um estojo comumente usado para guardar jóias pequenas.
Daiki olhava sem entender, apesar de estar extremamente feliz com as palavras que tinham sido dirigidas a ele com tanto cuidado e em um tom tão carinhoso. De qualquer jeito, algo na sua mente gritava fortemente que alguma coisa estava errada.
O guitarrista abriu o estojo, entregando-o nas mãos de Daiki. Dentro do estojo preto, havia apenas um único anel de prata, com um design simples, como a maioria das jóias que o baixista sabia que o guitarrista gostava.
- Lembra da pessoa que te falei aquele dia? - o guitarrista sorriu - Meu anel de compromisso. Eu vou usar assim que o médico permitir que eu tire as bandagens da mão.
Daiki olhou do anel para o jovem recostado na cama. Buscando forças de algum lugar desconhecido ele conseguiu esboçar algo que poderia ser chamado de sorriso. Fechou a caixa com cuidado, entregando-a novamente para o seu dono. Agradeceu a todos os deuses do mundo por Shagrath ser avoado e não perceber que ele estava tremendo. E tomando uma decisão, abraçou o guitarrista o mais apertado que a condição de Shagrath permitia.
***
Girou o chave com todo o cuidado, evitando fazer qualquer tipo de barulho. Era tarde e certamente se alguém estivesse em casa, estaria dormindo. Tomou mais cuidado ainda para fechar a porta, sabia que ela costumava ranger se fechada abruptamente.
Tirando o celular do bolso, ficou feliz por ter comprado um com uma lanterna como função. Nunca pensou que usaria aquele adereço, mas era bom saber que teria alguma utilidade. Olhando rapidamente pela sala escura, viu que perto das poltronas e da televisão havia um futon, onde um jovem dormia profundamente.
"Provavelmente Kanoe"
Deixou os sapatos na entrada, não só por uma questão de costume e educação, mas por saber que evitaria mais barulho.
Atravessou a sala, e mesmo que estivesse usando a lanterna para evitar esbarrar em qualquer coisa que não estivesse nos lugares habituais, ficou feliz por ver que ainda sabia bem onde ficava cada coisa naquela casa.
Abriu a porta que sabia ser do quarto de Teru, iluminando fracamente o lugar. Pode ver o pequeno guitarrista loirinho dormindo como uma criança, perdido no meio de travesseiros e todo embrulhado em um edredon fofo.
Sorriu, era impossível não sorrir naquele momento. Com cuidado fechou a porta, sabia que logo Teru acordaria com aquela movimentação anormal às três da manhã em seu quarto, mas não queria assustá-lo.
Aproximou-se silenciosamente, sentando na cama de casal onde Teru dormia. Com um carinho extremo deixou que os dedos deslizassem suavemente pelo rosto do guitarrista. Tocando suavemente nas mechas loiras, ele se aproximou, sentindo o perfume tão familiar e acolhedor.
- Teru? - sussurrou no ouvido dele, ainda acariciando os cabelos loiros - Teru-chan? - tentou de novo, vendo o pequeno se remexer na cama ainda dormindo. Dando um beijo em seu rosto ele tentou mais uma vez - Teru-chan?
Os olhos negros de Teru abriram-se lentamente, um sorriso surgindo a medida que ele via quem estava ali.
- Desculpe a demora, Teru-chan - o homem sorriu ao sentir os dedos do loirinho tocarem seu rosto.
- ... Hizaki - o guitarrista sussurrou, como se dizer aquele nome fosse quebrar o momento em que estavam. - Eu estive te esperando...
- Durma, eu vou estar aqui quando você acordar. - ele disse, incerto sobre o verdadeiro sentido da ultimas palavras de Teru, mesmo assim, acomodando-se na cama que um dia havia sido dele também.
- Promete? - o loirinho perguntou, já aconchegando-se no peito do outro.
- Prometo. - e quando Hizaki viu, Teru já dormia novamente, segurando em sua mão. - Eu vou cuidar de você - o rapaz de cabelos castanhos sussurrou para o jovem já adormecido. Ninguém, absolutamente ninguém, tinha o direito de ferir aquela criatura tão doce que era Teru.
Continua...
2007.0303
x_x/ *lahy sem tempo* Espero que gostem