Título: Estrela Cadente
Capítulos: 12/??
Autora:
lahyGênero: angst
Bandas: Aikaryu - Whiteblack - Irodori + Hizaki
Pares: Daiki + Shagrath, Tatsuya + Shagrath, Ruri + Kanoe
Classificação: PG-13
Disclaimer: x_x infelizmente eu não tenho os direitos da banda. Eles ainda são deles mesmos e tem contrato com a Crow Music. Isso é apenas um trabalho fictício feito com deturpações de coisas escritas nos blogs e sem nenhum fim lucrativo. A não ser reviews o.o' Reviews sempre são lucro!
Alertas: linguagem ofensiva em alguns capítulos
Sumário: Um grave acidente pode ser o fim de tudo, ou não?
Comentário: A idéia para essa fic surgiu por causa de um comentário do blog do Daiki, =D obviamente deturpado pela minha mente que vê yaoi em qualquer lugar. Eu também tirei muitas informações sobre o acidente de lá, assim como do blog do Teru e do Shagrath. Algumas foram ligeiramente modificadas, apenas para dar um melhor andamento a fic.
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Estrela Cadente
Capítulo 12
Kaworu parou o carro, esperando Teru e Kanoe descerem. Um olhar do vocalista direcionou-se para Hizaki, em um questionamento mudo para entender o que tinha acontecido, mas o guitarrista apenas sorriu, observando com atenção os dois amigos. Kanoe cambaleava um pouco, certamente tinha bebido algumas a mais, enquanto Teru andava procurando alguma coisa nos bolsos, provavelmente a chave de casa.
Foi só quando viu os dois entrarem no prédio e fecharem a porta que o vocalista se permitiu prosseguir caminho. O guitarrista do Sulfuric Acid estava sentado ao seu lado, uma expressão triste no rosto.
- Você vai me contar o que aconteceu? - Kaworu perguntou, mais preocupado do que curioso. Hizaki tinha saído na tarde passada e só lhe ligou para dizer que estava indo pra casa de Teru, e isso havia sido de madrugada.
- Desculpe ter preocupado você... - o guitarrista começou a se desculpar, mas viu apenas uma mão de Kaworu levantar em um gesto de silêncio.
- Não tem problema. Eu quero saber porque você veio, Hizaki. O que exatamente você veio fazer em Kyoto? - o tom de voz usado por Kaworu era incomum. Incomum porque raramente o vocalista do Aikaryu parecia falar sério como naquele momento.
- Teru... - Hizaki mal terminou de responder e sentiu o solavanco da freada do carro.
- Eu pensei que tinha sido bem claro com você. - o guitarrista olhou para o amigo chocado. Sabia que Kaworu era a pessoa mais protetora do mundo com Teru. Mesmo assim, aquela fúria toda o assustou.
- E você foi. Não se preocupe Kaworu, eu não vim fazer mal para o Teru. Eu jamais repetiria essa bobagem.
O vocalista o olhou desconfiado, analisando-o de cima abaixo até tirar suas próprias conclusões a respeito daquelas palavras. Voltando-se para frente, Kaworu voltou a dirigir sem mencionar mais nenhuma palavra.
Todo o resto do percurso foi feito em silêncio, que só foi quebrado quando chegaram na casa do vocalista e ele perguntou a Hizaki se o guitarrista desejava beber algo.
- Então se você não veio atrás do Teru, o que você veio fazer aqui? - Kaworu não fez rodeios, continuando a conversa exatamente do ponto onde tinha parado no carro.
- Conversar com o Ruri, é claro. - o vocalista arqueou a sobrancelha, bebendo um gole de sua cerveja enquanto esperava Hizaki continuar. - Você sabia que ele foi na casa do Teru esses dias? Disse coisas horríveis pra ele... Sinceramente, eu não sei o que aquele moleque tem na cabeça.
- O que ele disse? Kaworu sentou no sofá, não sabia nada dessa história. E aí de Ruri se tivesse realmente magoado Teru, o vocalista do Irodori ficaria sem voz por um mês de tanto gritar de dor.
O guitarrista de longos cabelos castanhos o olhou, respirando fundo antes de prosseguir.
- Que ele se esfregava em qualquer um, que estava induzindo o Kanoe e queria... E queria algo mais com ele... E... E contou da pior maneira possível que... - o guitarrista tentou encontrar as palavras para contar aquilo que tinha certeza que Kaworu não sabia. Que ninguém sabia até então. - Que naquele dia que eu briguei com o Teru... - Hizaki viu o olhar do vocalista totalmente atento a suas palavras. Fechou os olhos, mordendo levemente o lábio inferior e abaixando a cabeça, de forma que os cabelos caíssem sobre seu rosto e impedissem parcialmente que Kaworu visse seu rosto. Bom e velho truque aprendido com Teru. - Que eu e ele... Digo, eu e o Ruri acabamos... Acabamos transando. - Não precisou abrir os olhos para saber que Kaworu tinha se levantado, nervoso.
- Você... Você transou com o Ruri naquele dia? - certamente, se Kaworu tivesse uma arma em casa, ela já estaria em suas mãos e teria sido devidamente utilizada para acertar uma bala no meio da testa do guitarrista que estava sentado no seu sofá.
- Sim! - Hizaki quase gritou, olhando para o vocalista com lágrimas abundantes caindo por seu rosto - Sim! Droga! Sim! Eu estava com raiva, com ciúmes...
- Isso não justifica! Você não poderia ter feito isso Hizaki! Não naquele dia, não com o Teru... Você não merece uma lágrima que ele tenha derramado por você! - o guitarrista já se sentia a pessoa mais culpada da face da terra, Kaworu não precisava fazer com que ele se sentisse também a mais nojenta.
- Eu errei Kaworu! Eu errei e paguei muito caro por isso. Não pense que eu deixei de amar o Teru, porque isso não aconteceu em momento algum! E... Eu duvido muito que isso aconteça algum dia. Mas não é pra falar disso que você me perguntou o que aconteceu! - o tom de voz decidido fez com que Kaworu respirasse fundo. Também não adiantaria discutir aquilo agora, não mudaria os fatos e não faria Teru ter sofrido menos.
- Então ontem à tarde você foi conversar com o Ruri a respeito disso? - perguntou, tentando retomar o foco principal.
- Bem... Não foi exatamente uma conversa - Hizaki sorriu de uma maneira rara, perigosamente rara.
- Se você me disser que foi lá pra... De novo, eu juro que quebro sua cara. - o vocalista resmungou, voltando a sentar no sofá em sinal de que ouviria o que o guitarrista tinha a lhe dizer.
- Quando eu saí da sua casa ontem a tarde... Eu precisava pensar sobre o que fazer. Eu dei uma volta, tomei um café, o tempo todo com a imagem do Teru me ligando quase aos prantos. Eu bem que tentei me acalmar, mas mesmo assim decidi procurar o Ruri. Ele não tem, nunca teve e nunca terá o direito de tratar o Teru daquele jeito. - o guitarrista pegou o copo de wisky de Kaworu que estava em cima da mesa, bebendo um gole. Tentativa inútil de tentar aplacar a raiva que ainda sentia.
- Quando eu cheguei no apartamento dele, eu não pensei duas vezes antes de tocar a campainha. Demorou um pouco pra ele atender, o que só me deixou com mais raiva. Eu ouvi o som da porta sendo destrancada e já fechei o pulso. Ele abriu a porta e assim que eu vi a cara dele não hesitei em dar um soco. - Kaworu arregalou os olhos, abrindo a boca em espanto diante daquela afirmação. A imagem de Hizaki... O frágil e delicado Hizaki, dando um soco em Ruri era simplesmente... Inimaginável.
- Você deu um soco no Ruri?? - perguntou, ainda tentando imaginar a cena.
- Dei. Eu estava furioso Kaworu, ele disse coisas horríveis para o Teru, e também disse coisas vulgares a meu respeito... Enfim, nós brigamos feio, e eu não duvido que ele esteja todinho dolorido.
- Tão feio assim? - Kaworu perguntou incrédulo - E você não se machucou também Hizaki? Eu não acredito muito que o Ruri deixaria você bater nele sem revidar. - o vocalista viu um sorriso triunfante surgir no rosto do guitarrista.
- Bem... Ele levou um susto com o soco. E eu não sei se você já foi na casa do Ruri, mas perto da porta tem uma mesinha com alguns quadros... Eu dei com a quina de um deles na cabeça dele antes que ele entendesse alguma coisa, porque eu imaginei que ele ficaria zonzo. - o olhar de Kaworu dizia por si só como ele estava surpreso com a revelação daquele lado de Hizaki.
- Então você foi embora? - Kaworu ainda tentava montar a imagem de toda a cena em sua cabeça.
- Não. Eu dei um soco no estomago dele, e o empurrei em cima da mesa de centro.
- A que tem um tampo de vidro? - diante da afirmação do guitarrista, tudo que Kaworu pode fazer foi anotar mentalmente para nunca tirar Hizaki do sério.
- É, eu acho que quebrou uma parte, mas não tenho certeza. Também não tenho tanta força assim. - o vocalista do Aikaryu só conseguiu rir, incapaz de acreditar naquilo tudo. - Então eu disse algumas verdades pra ele e fui embora. Acho que ele ficou tão surpreso que nem conseguiu fazer muita coisa.
- Você acha?? Eu não tenho dúvidas. - Hizaki colocou a mão na frente dos lábios, escondendo um sorriso tímido e arrancando um sorriso de Kaworu.
- Mas que ele mereceu, isso ele mereceu. - o vocalista afirmou, sorrindo para o guitarrista sentado no seu sofá.
- Mereceu, não? - os dois riram, satisfeitos por pelo menos parte da raiva pelo que Ruri tinha feito ter sido extravasada.
***
Daiki observou com atenção o sorriso que surgiu no rosto de Shagrath assim que passaram pela porta. Sempre se divertia com aquele lado extremamente infantil do guitarrista.
Shagrath tinha perturbado tanto, mas tanto, que no final o médico acabou cedendo e permitiu que ele fosse ao pátio dar uma volta, devidamente acompanhado, claro.
- Olha, Daiki! As cerejeiras!! - o guitarrista apontou, dando o primeiro passo para correr em direção às árvores floridas, sem se importar com seu estado de saúde, ainda bastante debilitado.
- Espera! - Daiki quase gritou, segurando o mais novo pela cintura antes que ele pudesse começar a correr e colocar todo o tratamento a perder. - Você não pode correr Shagrath! - as palavras saíram entre risos, talvez porque a animação do guitarrista fosse tão contagiante que era impossível não se alegrar ao lado dele. Ou talvez, fosse porque apenas estar ao lado de Shagrath já o deixava imensamente contente.
- Ahhhh é! - ele riu, passando a mão na cabeça, em um gesto antigo e costumeiro que Daiki tinha visto-o fazer milhares de vezes antes do acidente.
Era um dos hábitos do mais novo que sempre o fazia rir quando o comparava com o outro guitarrista do Aikaryu. Enquanto Teru tinha o costume de abaixar a cabeça e se esconder atrás das mechas loiras toda vez que alguém dizia algo que o deixasse envergonhado, Shagrath fazia exatamente o contrário. O caçula costumava virar a cabeça levemente para a esquerda, ajeitando a longa franja para trás da orelha direita. Um gesto simples que o baixista sempre tinha gostado de apreciar, e que levaria muito tempo até poder ver de novo. Afinal, no lugar dos fios cor de ouro, estavam apenas as bandagens, que sempre o lembravam que aquele garoto doce ao seu lado só estava vivo por um milagre que nem mesmo os médicos eram capazes de entender direito.
- Mas Daiki, são as cerejeiras! Nós já estamos em maio e eu nem tinha visto as cerejeiras ainda - a voz manhosa tentava convencer o mais alto de suas razões para tanta euforia. Não que explicações fossem realmente necessárias, Daiki entendia bem como era ficar trancado em um monótono quarto de hospital. E deveria ser muito pior para alguém tão ativo quanto Shagrath.
O baixista sorriu, entrelaçando um dos braços com o de Shagrath, servindo de apoio para evitar que ele se esforçasse tanto -- e também de proteção caso o próprio Shagrath decidisse cometer mais uma de suas sandices.
Sentaram em um dos bancos próximos as cerejeiras que o guitarrista tanto queria ver. Aproveitando a brisa agradável de primavera.
O agradável silêncio foi quebrado pelo som de uma música que soou baixo, mas que fez os olhos do guitarrista imediatamente se voltarem para o baixista.
Daiki sorriu suavemente, colocando a mão no bolso e tirando o aparelho azul bebê -- que nos últimos dias não tinha saído do lado de Shagrath -- entregando-o ao dono que sorria alegremente e não demorou a abrir o flip, demorando alguns segundos até abrir um enorme sorriso.
- Mensagem? - Daiki perguntou, vendo o mais novo apertando os botões e respondendo a mensagem com um sorriso de orelha a orelha.
- Sim! - o guitarrista novamente fez aquele gesto de passar as mãos nos cabelos que não estavam mais lá, sorrindo timidamente. Tudo aquilo só confirmava para o baixista que a mensagem era daquela mesma pessoa que Shagrath tinha lhe dito antes.
Por sinal, Daiki ainda não sabia o nome da tal pessoa. Nesse aspecto, era até interessante notar como o sempre desatento e desligado caçula tomava cuidado ao falar do assunto. Ele nunca havia deixado escapar absolutamente nenhum tipo de informação sobre quem seria a "pessoa especial" como o próprio Shagrath chamava. E o baixista não sabia dizer se aquilo era bom ou não. Talvez porque a impressão de não existir um nome para a pessoa por quem Shagrath estava apaixonado, aliviasse um pouco a sensação de rejeição que ele vinha tendo desde que viu aquele anel.
- Daiki... - o mais novo chamou, colocando a mão levemente no ombro do baixista. - Está triste? - perguntou preocupado fazendo o amigo sorrir tristemente. Porque Daiki sabia que havia perdido a batalha muito antes de poder começar a lutar.
- Não... - Shagrath lançou-lhe um olhar desconfiado, mas isso não fez a expressão de Daiki mudar - Só estou com saudades de poder sair com você, só nós dois, comendo indo procurar restaurantes de ramen. - disse, não mentindo totalmente. Sentia saudades daqueles tempos, das conversas bobas sobre música e comida, dos olhares que pareciam ser dirigidos só para si.
- Eu prometo que assim que eu sair, nós vamos fazer um ramen tour. Só nós dois, tá? - Shagrath disse segurando nas duas mãos de Daiki, sorrindo tão espontaneamente que era inevitável para Daiki não corresponder. Assim como era inevitável sentir aquelas borboletas no estômago, o coração acelerar e desejar tomar aqueles lábios para si.
Quando o baixista conseguiu se acalmar novamente, Shagrath falava sobre alguma coisa sobre tocarem novamente. Mas Daiki não prestava muita atenção, porque tinha acabado de notar, que estava cada vez mais se apaixonando por aquele garoto alegre e um tanto desligado. Aquele garoto que parecia estar mais perdidamente apaixonado que ele, só que por outra pessoa.
***
Subiu os degraus do hall de entrada, avistando o porteiro que assistia um anime qualquer na televisão.
- Boa noite, Takada-san - cumprimentou, mais para chamar a atenção do homem do que por educação. - A chave do meu apartamento ficou aí? - já sabia que a resposta seria positiva, pois era o que tinha combinado com Hiro, e não era nem a primeira, nem a segunda vez que faziam aquilo.
- Ah sim, Honda-san me avisou que a chave estava aqui, já vou pegar - o senhor levantou-se, tirando uma pequena chave do bolso e abrindo uma gaveta de onde tirou o molho de chaves já conhecido daquele local. Entregou-a ao dono que agradeceu, subindo em seguida para seu apartamento.
Abriu a porta, vendo que tudo estava tão limpo e arrumado. Aquela mania que Hiro tinha de organização era bastante útil para um homem que morava sozinho.
Trancando a porta e tirando os sapatos ele andou até a cozinha, vendo um papel preso nos imãs da geladeira. Pegou o bilhete, reconhecendo imediatamente a letra de Hiro. Sentou em uma das cadeiras, tirou os óculos escuros e começou a ler o que o guitarrista do Whiteblack tinha lhe escrito.
Ru-chan,
Eu arrumei as coisas e tomei a liberdade de deixar aquele monte de roupa suja do seu banheiro lavando na máquina. Não esqueça de estender, porque depois você reclama que não tem roupa e isso é uma mentira deslavada. Tem comida na geladeira para todo o final de semana, é só você esquentar e comer. E coma, viu? Não invente essas dietas absurdas, você não precisa, está lindo assim.
Volto em quatro dias, me ligue se precisar de qualquer coisa.
Hiro
O rapaz de cabelos castanhos sorriu diante da delicadeza daquela pequena mensagem. Era a primeira vez que Hiro lhe deixava algum recado não tão objetivo. E, apesar de eles não terem nenhum tipo de relacionamento afetuoso ou qualquer coisa parecida, era bom saber que tinha com quem contar justo numa hora em que se sentia tão confuso.
Deixou seus pensamentos se perderem em todos os acontecimentos recentes, enquanto seus olhos vagavam pelo apartamento vazio e impecavelmente arrumado.
Tentou afastar a imagem do dia que Kanoe tinha vindo até sua casa e dito aquelas três palavras, aquelas três palavras que tinham virado sua vida de cabeça pra baixo. E, apesar do jovem de cabelos castanhos evitar ao máximo, novamente era a imagem do baixista do Irodori que estava em sua mente.
Deixou as lágrimas caírem enquanto recordava de cada momento que os dois tinham tido juntos. Desde a primeira vez que viu o doce Kanoe, ainda com uniforme escolar e perdido no meio da confusão do primeiro dia de aula. Ou então quando descobriu que ele tocava baixo. Quando cantou para ele pela primeira vez, vendo-o hipnotizado no final da pequena apresentação, sorrindo e lhe dizendo que sua voz era linda. Naquele dia, eles decidiram que teriam uma banda, juntos.
E tinham conseguido. O Devise and Despair tinha impressionado Tatsuya, e eles assinaram contrato com a Crow. Seu primeiro contrato com uma gravadora. Lembrava com detalhes o nervosismo de Kanoe no primeiro show. De como as mãos dele tremiam e ele procurava conforto em seu olhar. Ao final da apresentação o baixista apenas olhou para ele com um sorriso no rosto, dizendo que nunca tinha visto-o cantar com tanta emoção.
Os olhos do dono do apartamento caíram na foto que estivera olhando de manhã. Uma foto tão simples onde os dois pareciam tão felizes. Uma foto que representava o fim do Devise and Despair, o começo do Irodori, e a promessa que havia feito. A maldita promessa que destruía cada dia mais seu coração.
***
Tatsuya abriu o notebook, vendo os e-mails que tinha recebido. Um em especial chamou sua atenção, e foi o que ele escolheu abrir primeiro. Ainda não tinha terminado de ler quando ouviu os passos de alguém se aproximando. Desviou seu olhar, vendo Hiro ao seu lado, com um enorme e descarado sorriso no rosto.
- Você precisa ver o escândalo que estão fazendo na porta. - Tatsuya arqueou a sobrancelha, não entendendo sobre o que o amigo falava.
Hiro riu diante da demora do outro de raciocinar. Talvez, conviver com o jovem guitarrista do Aikaryu estivesse deixando Tatsuya um pouco mais lerdo também.
- Olhe pra você Tatsu-chan, e vai entender. - Hiro sorriu, tirando a camiseta e o short que usava, jogando-se na água de temperatura agradável.
O vocalista fez uma careta ao ver que a água quase tinha molhado o cara equipamento que ele estava usando. Mas logo tentou entender as palavras de Hiro, olhando para si mesmo. Estava de roupão e obviamente molhado. Estavam na piscina, era natural aquilo. Então por que Hiro havia dito que estavam fazendo escândalo?
Antes que pudesse responder viu Youdai se jogando na água, em cima do outro guitarrista e os dois começarem uma temível guerra de água. Taichi parou ao seu lado, rindo da infantilidade dos guitarristas do Whiteblack.
- Nessas horas que eu entendo porque nossa banda se dá tão bem com o Aikaryu - o baterista disse, ajudando Tatsuya a afastar a mesa da piscina e tentar salvar o notebook dos respingos de água.
Youdai aproveitou-se da distração de Hiro, jogando água no rosto do amigo e dando-lhe um pequeno caldo.
Foi quando Hiro subiu novamente pra superfície, jogando água no seu "inimigo" que reparou no estranho olhar de Tatsuya.
- Que foi Tatsu-kun? - perguntou, fazendo Youdai parar e também olhar para o líder.
- E-mail do Dai. - o vocalista respondeu, rolando a barra de rolagem para baixo, de maneira que pudesse continuar a ler o que o baterista do Irodori tinha lhe escrito.
Os dois guitarristas olharam para Taichi, como se o baterista pudesse lhes dar a resposta, mas ele apenas fez um gesto de quem também não sabia o que estava acontecendo.
- Pelo amor de Deus, não me diga que o Ruri bateu o carro com todo mundo lá dentro - Hiro falou, lembrando do dia que Tatsuya tinha lhe ligado falando que isso tinha acontecido com o Aikaryu,
- Não, nada de batidas com carro. - Tatsuya respondeu, olhando atentamente os anexos. - Mas talvez você saiba de alguma coisa, não é Hiro? - o olhar do vocalista para Hiro não era nem um pouco amigável e o guitarrista sentiu um arrepio subir por sua espinha. - Vamos fazer o show de amanhã e eu volto para Kyoto logo depois. Se vocês quiserem deixar pra ir só no outro dia, não tem problema.
O dono da Crow fechou o notebook, saindo da área da piscina já discando um número no celular. Se o que Dai havia lhe escrito era verdade, ele precisava se preparar para enfrentar outro baque daqueles. Nesses momentos, não sabia se ser dono de uma gravadora e produtor era o melhor trabalho do mundo como ele geralmente julgava.
Continua
2007.0803
Nota rápida: o_o estou no meu intervalo e mega atrasada pra aula x_x mas aí está o 12, espero que gostem, prometo que depois venho atualizar a fic pra colocar uma foto do pobre Taichi, que eu esqueci no ultimo capitulo x_x e pra comentar o que ficou faltando.
Taichi
Taichi é o ex-baterista da banda. Ele saiu ano passado e recentemente foi anunciado o nome do novo baterista, Shogo =D