LIZARDS & SNAKES - Welcome To The Oasis

Aug 13, 2006 19:07


Título: LIZARDS & SNAKES
Pairing: Sakurai Atsushi x Hayashi Yoshiki ou.... Hayashi Yoshiki x Sakurai Atsushi ? Who knows ;D .... + outros.
Gênero: Ação? Ação.... XD Ação ;3 (?)
Classificação: PG-Seiteki (indefinido por enquanto XD)
Sinopse: Notórias e poderosas, duas máfias rivais lutam pelo poder no submundo de Tóquio... (e do resto do mundo, ou até onde suas ambições permitirem) São eles: os LIZARDS, liderados por Hayashi Yoshiki, e os SNAKES, sob o comando de Sakurai Atsushi.
Autoras: Mô-chan (Sakurai Atsushi) e Scarlet Mana (Hayashi Yoshiki).
Capítulo: L2 - .Welcome To The Oasis. - Por Scarlet Mana.

Capítulos Anteriores: 01, 02, 03, 04, 05, 06.

- ...

- Tokage. Que agradável surpresa ouvir o seu silêncio. *risos* A que devo a honra de tal ligação?

- Você está disponível?

...

- Estou sempre disponível para -você-.

- 19:00, no Memorial. Quero segurança reforçada.

- A quem devo me apresentar?

- Ao subchefe, Niikura Kaoru. Ele vai me representar.

- Que pena não poder vê-lo em pessoa.

- Não posso me expor. Você sabe disso, melhor do que ninguém.

- Tokage... posso mandar alguns de meus homens para o local onde você estará, se me permitir.

- Chamaria atenção. Não acho uma boa idéia.

- Vai ficar sozinho, então?

- Um lagarto estará comigo. Não preciso mais que um.

- Bom. *breve riso* Vai te impedir de conversar com as paredes.

- Niikura irá provê-los com equipamento especial. Precauções necessárias diante dos últimos acontecimentos.

- Como você quiser. Usaremos a entrada lateral, diga ao subchefe que aguardaremos instruções ali.

- Obrigado, Morrie.

- Não obrigado. Com livre e espontâneo prazer. Jamais esqueço aqueles que me auxiliam.

- ...

- Meus pêsames pela perda, Yoshiki.

- Terachi teria ficado feliz com sua consideração.

- Não me refiro ao lagarto morto.

- ...

- ...

- Ele tem a chave, mas não sabe onde se encontra o baú do tesouro. É um idiota presunçoso.

- É uma bela metáfora. Mas metáforas não trazem de volta o respeito de uma gangue, uma vez que este se perde. Cuidado, Tokage.

- Cuide da sua própria peçonha, Escorpião.

- Sempre.

*.................*

- Você está zangado. Morrie cutucou a onça com vara curta de novo.

Yoshiki colocou o telefone de volta a sua base, e encarou mal humorado a fonte daquela frase que descrevia tão bem seus sentimentos atuais. Tratava-se de um de seus ‘filhotes’, assim por se dizer.  Pura força de expressão, pois o lagarto em questão era tão velho quanto ele próprio, e um de seus companheiros mais antigos, mas não mais que Kaoru. Ninguém estava havia tanto tempo com ele, quanto Kaoru estava.

- As pessoas ficam irritadas quando têm seus erros esfregados no nariz. Eu não poderia estar agindo mais naturalmente. - Hayashi Yoshiki largou-se sentado numa cadeira, aborrecido, olhando para o teto enquanto passava a mão pelos cabelos. Estava exausto, não conseguia dormir desde o que ocorrera no cassino - ou seja, dois dias. Quando colocava a cabeça sobre o travesseiro, era apenas para relembrar o fracasso da sua última atuação - e aqueles olhos, aqueles malditos olhos zombeteiros de Cobra - que pareciam estar por toda parte, observando-o. - Nem todos os lagartos poderão estar presentes no velório, enviei alguns em busca do informante, e o que quer que sobre dele, eles me trarão de volta. Um pequeno grupo vai montar guarda no Oásis, como de costume. E de qualquer maneira, muitos de nós atrairiam a atenção dos civis que vão estar lá, não seria prudente.

- Mas certamente você conta com a possibilidade de demais visitantes... - o outro lagarto, sabiamente, aguardou que Tokage terminasse seu relatório, antes de trazer à tona sua dúvida.

- Embora eu ache estranho que cobras resolvam se comportar repentinamente como urubus, sim. Hakuei está encarregado da entrada principal do Memorial. Todos estarão com a aparelhagem de escuta de sempre. Não teremos maiores problemas. - respondeu com toda a certeza que conseguiu reunir na voz, dando por encerrado o assunto que andava lhe desagradando tanto. No entanto, seu ouvinte pareceu desagradar-se diante de algo.

- Eu faria esse trabalho muito melhor que Hakuei.

Yoshiki sorriu, sem muita genuína vontade, um sorriso que não era fruto da mais remota satisfação. Estava mais que acostumado a pequenas exibições de aparente ciúme, assim como essa. Mas não aguardava uma vinda justamente do homem que estava de pé a sua frente, encarando-o com obstinada frieza. Quando preparava-se para responder, o lagarto antecipou-se:

- Está recompensando-o porque acha que ele levou um tiro por sua causa? Você costuma ser mais sensato que isso, Tokage- - -

- Acredito que as minhas decisões não têm de ser justificadas a você. - Irritou-se, levantando da cadeira, derrubando-a com o movimento. - Hakuei tem se mostrado bastante eficiente desde que se juntou aos Lagartos, e nada me impede de julgá-lo adequado à tarefa. Não achei que você fosse realmente ter ciúmes de...

- Está dizendo que eu estou com ciúmes? Eu?? Do... Hakuei?? - O moreno apontava com energia um dedo para si mesmo, e o outro direção porta afora, onde quer que Hakuei estivesse naquele instante. Sua expressão ofendida então se desfez num acesso de riso, que não pareceu agradar muito a Yoshiki. - Me desculpe Tokage, mas eu tenho mais confiança do que isso. Não, não... estamos falando de outra coisa aqui. Eu não acho Hakuei digno de um terço da confiança que você deposita nele.

O chefe dos lagartos deu um suspiro cansado, apanhando a cadeira e recolocando-a de pé. Não, era uma besteira tê-lo acusado de simples ciúmes. A falta de descanso devia estar começando a atrapalhar seu senso comum:

- Baseado em que você afirma isso?

Pausa.

O lagarto acusador fechou a cara, incomodado. Desviou o olhar e limitou-se a responder quase num resmungo:

- Baseado-em-eu-não-gosto-dele-e-pronto.

Não foram necessários mais que três segundos para que Yoshiki se sentasse novamente, cruzasse as pernas, encarasse o outro de forma séria pronta para um sermão, perdesse toda a compostura anterior e começasse a gargalhar como havia muito tempo ele não se recordava de ter feito. O lagarto do outro lado da mesa ficou vermelho, visivelmente desconcertado enquanto observava o chefe rir tão sinceramente da sua confissão.

- Muito bem... - Yoshiki tossiu, procurando reunir a seriedade perdida naquele aposento. - Você está sendo infantil. Muito engraçado, mas definitivamente infantil. Designei a vigia da entrada a Hakuei porque prefiro que você me acompanhe enquanto dura o velório. A menos, é claro, que você prefira trocar com Hakuei, nesse caso... - apanhou o telefone e começou a discar um número qualquer, já aguardando a reação mais que previsível de seu presunçoso soldado.

Num movimento rápido, Sugizo apertou o gancho no aparelho telefônico, arrancou sem cerimônia o aparelho das mãos do chefe e o colocou de volta em sua respectiva base. Ambos entreolharam-se, e uma expressão extremamente satisfeita surgiu no belo rosto do Lagarto Líder.

Afinal de contas...

Não há nada mais prazeroso a Hayashi Yoshiki do que ter a certeza de possuir o controle total de cada Lagarto que pisa seu território.

XXX

Dois gritos de protesto foram ouvidos quando a porta se abriu de repente.

O rapaz bonito e esguio que acabara de sair do escritório de Yoshiki olhou para baixo, e enxergou dois lagartos loiros massageando cada um sua própria cabeça e resmungando baixinho de dor diante do recente impacto.

- Oe. Vocês. Estavam. Ouvindo. Por. Trás. Da. Porta. - pausou a cada palavra, irritado.

O mais baixo deles ergueu-se do chão, silencioso, se arrumando.

- Nós estávamos esperando pra... hm... falar com o Yoshiki. - explicou o lagarto ainda sentado, dando um sorriso amarelo. - Recostamos na porta, só isso, Sugi.

Sugizo lançou um olhar descrente ao banco vazio que estava posicionado bem ao lado da porta. Debaixo deste, estava o monstro-de-gila de estimação de Yoshiki, a olhar-lhe com interesse. Voltou a fitar o loiro de cabelos longos que se levantava naquele instante. Mas quando este retribuiu o olhar, Sugizo simplesmente desviou o seu, e afastou-se a passos largos e rápidos, sem despedir-se de nenhum deles.

- Ele ainda está bravo comigo. - riu fracamente, puxando o lagarto de debaixo do banco e pegando-o em seus braços. - Alguém te alimentou hoje, amigo? Você precisa comer, senão vai ficar rabugento feito o Sugizo.

O outro deu um pequeno e breve sorriso, que apenas ele próprio tomou conhecimento. Iniciaram uma caminhada por dentro daquela antiga casa, que terminaria na varanda e jardim as quais, àquela hora do dia, deviam estar banhadas em sol.

- Ele é bem genioso. E de qualquer maneira, é culpa dele, por ser tão transparente. Digo, qualquer um mais atento consegue perceber que ele tem atração pelo...

- ...Yoshiki. - completou o mais baixo, quase que automaticamente.

- Você também acha que nunca vai acontecer, não é? - perguntou, ao que o companheiro respondeu com uma negativa de cabeça. - Ou mesmo que aconteça, sei lá... ninguém sabe o que se passa pela cabeça do Yoshiki. Eu nunca tive sequer suspeita dele se relacionando mais profundamente com alguém, entende? Ninguém teve. Talvez seja essa aura toda de mistério que as pessoas achem atraente nele. Sei lá. Talvez ele simplesmente não se relacione com lagarto algum.

- Talvez ele prefira cobras. - soou uma terceira voz, zombeteira, por detrás de uma nuvem de tabaco.

Diante de dois rostos que lhe respondiam com extremo mau-humor diante da possibilidade falada, Hakuei riu, levantando uma das mãos num gesto inocente:

- Ora, vamos, onde está o senso de humor de vocês? Logo você, Yuki, que é tão brincalhão! Huh? E você, K--- - riu, mas seu riso morreu ao encontrar o par de olhos do loiro que permanecia calado o tempo todo. Um brilho de ameaça e raiva nitidamente exprimiam o seu incômodo, causando o emudecimento de Hakuei, que deu de ombros e retirou-se.

Yuki suspirou, tirando seus cabelos longos do alcance do lagarto, que tentava abocanhá-lo:

- Algum dia você tem que me dizer como consegue fazer isso, Kyo.

O mencionado já se encontrava caminhando à frente, e parou por um instante, de costas para Yuki:

- Eu concordo com o Sugizo. Também não gosto dele, nem um pouco.

Dizendo isso, ambos retomaram sua caminhada rumo ao sol.

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