Jul 05, 2006 23:48
Título: LIZARDS & SNAKES
Pairing: Sakurai Atsushi x Hayashi Yoshiki ... (vice-versa.. ;D)
Gênero: Ação? Ação.... XD Ação ;3 (?)
Classificação: PG-Seiteki (indefinido por enquanto XD)
Sinopse: Notórias e poderosas, duas máfias rivais lutam pelo poder no submundo de Tóquio... (e do resto do mundo, ou até onde suas ambições permitirem) São eles: os LIZARDS, liderados por Hayashi Yoshiki, e os SNAKES, sob o comando de Sakurai Atsushi.
Autoras: Mô-chan (Sakurai Atsushi) e Scarlet Mana (Hayashi Yoshiki).
Capítulo: S1 - .The Snake in action. - por Mô-chan.
...ele olhou mais uma vez para os dois lados, só para se certificar de que não havia absolutamente ninguém passando pelo corredor. Seus ouvidos, atentos, treinados, não distinguiam o som de nenhum passo; os demais sentidos também diziam que não havia indicação de nenhuma presença além da sua num raio de trinta metros - talvez mais, mas ele não estava disposto a calcular a distância exata agora. A única coisa que ele podia ouvir era a própria respiração, levemente acelerada e quase ruidosa por conta da ânsia que estava sentido.
Não estava com medo, não estava nervoso, não estava preocupado com nada. Não era nenhum novato - tinha muita experiência na área. Era a adrenalina do momento que o deixava assim, inquieto, ansioso. Além disso, fazia tempo que ele próprio não participava diretamente da ação - e sentira falta de imobilizar e matar presas com seu veneno; sentia falta de enroscar-se nelas e quebrar seus ossos - ou enroscar-se nelas para outros fins.
Queria passar logo por aquele maldito corredor, ultrapassar de forma sorrateira os obstáculos que haveria em seu caminho, e atingir seu objetivo.
Entretanto, por mais que ele não gostasse de esperar, ele também sabia ser paciente quando devia. E esta era uma dessas ocasiões, em que não havia o que fazer senão ficar nas sombras, esperando o momento exato para se revelar e...
...dar o bote.
Entretanto, ele ainda tinha que esperar o sinal de um dos seus subordinados, com quem se comunicava através do ponto no ouvido.
- Barreira.
A voz baixa, controlada e como sempre direta ao ponto da pessoa do outro lado do comunicador teria feito com que ele pulasse por ter sido usada tão de repente - se ele fosse do tipo que se abalava com tão pouco. Seu cérebro logo registrou o significado daquilo, e ele franziu o cenho, lembrando-se do que aquela palavra representava de acordo com o código que ele mesmo tinha criado.
- Livre-se dela.
O outro não disse mais nada, e o homem que se escondia nas sombras do corredor em que estava ficou agradecido por suas ordens estarem sendo cumpridas de imediato, sem nenhuma contestação.
E apesar do cano com silenciador, ele pôde distinguir, através do ponto no ouvido, que seu subordinado havia realmente obedecido, pois nenhum corpo cairia ao chão sem fazer ruído algum.
- Área livre.
Um sorriso predatório e satisfeito surgiu no canto dos lábios dele ao ouvir aquelas palavras. Infelizmente, ninguém teria chance de ver como suas feições se tornavam ainda mais sedutoras que o normal quando ele sorria daquele jeito, camuflado como estava nas sombras. Ainda que muitos fossem considerá-lo um homem de presença marcante, e ele próprio tinha perfeita noção disso; o mesmo fato que o tornava irresistível também o ajudava a se passar por apenas mais um em meio à multidão.
- Retire-se.
Foi a ordem dada, de acordo com o que ele havia estabelecido antes do plano ser posto em prática. Deveria haver apenas um, nada mais que um deles no mesmo lugar. Nada de chamar atenção. Nada de um atrapalhar o outro.
E ele era do tipo que gostava da individualidade, de ter orgulho de fazer sua parte sozinho, de saborear a vitória na companhia de... si mesmo. Se pudesse, trabalharia sozinho e mandaria seus subordinados ao inferno, mas infelizmente precisava deles.
Talvez um dia eles também provassem de seu veneno.
- Feito.
Era o que ele esperava ouvir. Quando ele saiu das sombras, as luzes brancas do corredor revelaram um homem de cabelos negros que não passavam dos ombros, mas que viviam caindo-lhe sobre o rosto largo; o sorriso permanecia no canto de sua boca; os olhos escuros, quase negros, possuíam um brilho intenso, selvagem, quase feroz, e muitas vezes libidinoso.
Ele se vestia de preto, cor que era de seu apego e que ele não substituía por nenhuma outra. O máximo que haveria de diferente em suas roupas seria um detalhe branco, ou escarlate, e talvez um azul marinho, tão escuro que muitas vezes se confundiria com o negro.
Mesmo quando ele estava a trabalho, os passos decididos e a forma como andava mantinham o ar de sedução que parecia emanar eternamente dele. Fazia parte de sua armadilha, imobilizar o inimigo de todas as formas possíveis, deixá-lo entorpecido através dos muitos meios que ele conhecia para fazê-lo, fazer com que pensasse que tinha alguém inofensivo diante de si... quando, na verdade, ele estaria prestes a ser atacado, devorado, trucidado por um insaciável predador.
Devia ter mais de trinta anos, mas ninguém sabia ao certo. Suas feições e até mesmo sua voz muitas vezes faziam com que ele parecesse mais novo do que realmente era.
E, enquanto tentávamos descrever o indescritível, o alvo de nossas atenções atingia seu objetivo final.
Ele havia passado por diversos corredores, a visão e a audição cautelosas certificando-se de que nenhum imprevisto o atrapalharia.
Porém, um ruído que vinha de onde ele tinha se escondido anteriormente fez com que ele fosse obrigado a se camuflar nas sombras outra vez. Sabia que não era o subordinado com quem se comunicara até então, pois nem ele nem qualquer um de seus colegas caminhavam tão suavemente, mesmo que tentassem.
Uma jovem vinha em sua direção, e ele logo percebeu que não se tratava de uma integrante da segurança do cassino que ele estava tentando roubar. Ela passou perto do canto em que se escondia, e parou perto da porta de ferro que dava acesso ao cofre, no mesmo lugar em que antes ele estivera.
Ela estava em frente ao teclado, pronta para digitar a senha e fazer o que ele pretendia.
Alguém mais tentava roubar o cassino naquela mesma noite, mas ele não deixaria que alguém entrasse em seu caminho daquele jeito, muito menos uma mulher.
Quando ela havia facilitado seu trabalho e digitado a senha correta, de forma que a porta começou a se abrir, ele se aproximou. Parecia rastejar, tão lenta e silenciosamente se movia, sorrateiro. Ficou atrás dela, e só quando a porta terminou de se abrir, ela se deu conta de que não estava sozinha.
Então já era tarde demais.
Ao menos sinal de movimento dela, a agulha de uma pequena seringa foi cravada em seu pescoço, e o veneno fatal, mortal, logo fez com que ela desfalecesse e fosse ao chão.
Todavia, o som que escapou de seus lábios revelou se tratar de um homem. Apesar das feições delicadas, dos lábios carnudos, da pele pálida e macia como a de uma moça; apesar de se vestir como uma, de ser tão esguio e se mover como uma mulher... era um homem.
Não que isso fosse deixar nosso predador arrependido pelo que havia feito.
Ele descobriria, mais tarde, que havia uma razão muito forte para ficar extremamente satisfeito com aquele assassinato.
.
.
.
Ele saía do cofre com o que queria em um dos bolsos - uma peça que valia dezenas de milhões de dólares - quando mais um imprevisto surgiu em seu caminho.
Ele estava ficando cansado de imprevistos.
Havia planejado cada detalhe daquele roubo; ele e seus subordinados haviam executado cada detalhe com exímia precisão e maestria; tudo estava perfeito para que ele levasse sua relíquia sem problema algum.
Entretanto, ninguém pensara naquela absurda e irritante possibilidade: um concorrente decidira atacar o mesmo cassino na mesma noite. Ridículo.
Ele estava ficando irritado, e se aquele segundo imprevisto tivesse qualquer relação com aquele travesti de antes - os dois teriam o mesmo destino.
A pessoa que estava a uma distância segura de si começou a caminhar em sua direção, andando com calma, mas de maneira decidida.
Ele não saberia dizer por que, mas deixou - deixou - que ele ficasse a apenas alguns metros longe de seu alcance. A distância já não era mais segura - para aquele desconhecido. Havia algo nos olhos dele, nos cabelos aloirados, na roupa branca, no corpo de formas bem delineadas e másculas - havia algo no conjunto todo que fez com que o recém chegado deixasse de ser um simples e irritante imprevisto para se tornar uma presa interessante.
Era o início de uma difícil e prazerosa caça - pois sem que qualquer um dos dois soubesse, a cobra e o lagarto se encontravam pela primeira vez.
XXX
buck-tick,
miyavi,
kagerou,
l'arc~en~ciel,
dir en grey,
merry,
luna sea,
la'cryma christi,
penicillin,
nightmare,
mucc,
pierrot,
lareine,
deadman,
creature creature,
x japan,
tomoyasu hotei