LIZARDS & SNAKES - The First Sight

Jul 23, 2006 02:29


Título: LIZARDS & SNAKES
Pairing: Sakurai Atsushi x Hayashi Yoshiki ou.... Hayashi Yoshiki x Sakurai Atsushi ? Who knows ;D .... + outros.
Gênero: Ação? Ação.... XD Ação ;3 (?)
Classificação: PG-Seiteki (indefinido por enquanto XD)
Sinopse: Notórias e poderosas, duas máfias rivais lutam pelo poder no submundo de Tóquio... (e do resto do mundo, ou até onde suas ambições permitirem) São eles: os LIZARDS, liderados por Hayashi Yoshiki, e os SNAKES, sob o comando de Sakurai Atsushi.
Autoras: Mô-chan (Sakurai Atsushi) e Scarlet Mana (Hayashi Yoshiki).
Capítulo: L&S1 - .The First Sight. - Por Mô-chan e Scarlet Mana.

Um curto instante de silêncio foi o suficiente para que Sakurai Atsushi, líder de um ninho de cobras, percebesse algumas coisas.

Aquele homem que estava diante de si devia fazer parte de um grupo ao qual também pertencia o rapaz que lhe fizera o favor de abrir o cofre, e que agora jazia atrás de si.

Aquele homem tinha um olhar tão profundo e intrigante que Atsushi não conseguia desviar o próprio olhar, e naquele curto instante, a cobra havia sido imobilizada por alguma força invisível que vinha daquele desconhecido.

Fora o primeiro instante em muitos anos que ele havia ficado sem reação. Apenas um instante, mas perceber que aquele homem fora capaz de deixá-lo assim o irritou - o que não transpareceu em suas feições.

Nenhum dos dois se movia, somente se olhavam, e se davam ao trabalho de respirar - porque se lembrar disso parecia até... desnecessário... agora.

Porém, aquele breve instante foi interrompido quando Sakurai ouviu uma voz através do comunicador. Não era apenas um de seus subordinados que falava agora...

...era o subcomandante. Seu braço direito - ou, melhor dizendo, seu incisivo direito. Não diria que confiava nele cegamente, ou que nutria algum tipo de sentimento semelhante a amizade ou carinho ou qualquer coisa assim por ele. Mas ele merecia o cargo, e ainda que Atsushi não o admitisse em voz alta, devia muito a ele.

Enfim...

- Problemas?

Os olhos de Sakurai se estreitaram, ainda fixos no estranho a poucos metros de distância. - Eu consigo dar cabo disso sozinho.

E aquela penúltima palavra foi frisada de propósito. O que aparecia em seu caminho não passava de um obstáculo, de uma... coisa... irritante, da qual ele se livraria facilmente...

...por mais interessante que aquela presa pudesse parecer.

Por um instante, Atsushi talvez tivesse percebido algo semelhante a um sorriso despontar nos lábios alheios. Mas fosse questão de uma mera impressão ou não, isto já não podia mais ser comprovado.

O homem desferiu um olhar sorrateiro ao corpo atrás do de preto, e então voltou o foco para aquele que era seu mais novo declarado inimigo. Não que ele tomasse por justificativa para tal declaração apenas o fato de um de seus homens ter sido morto; era algo um pouco mais complexo, a seu ver. O que mais se aproximava disso eram os deveres de um líder e todo o orgulho que ele carregava consigo, o que, se tratando daquele jovem, era uma coisa muito, muito importante.

Mas havia um agravante ali...

- Hayashi Yoshiki. - proferiu com confiança o homem de branco. - Tokage. É assim que me conhecem todos aqueles que eu pessoalmente marquei para matar.

...não havia pessoa no mundo que odiasse ter seus planos ameaçados mais do que ele.

Exceto, talvez, em assustadoras iguais quantidades, pelo homem à sua frente.

- Muito -prazer-.

Do outro lado do corredor, Atsushi sorriu com desdém ao ouvir aquelas palavras, principalmente pela maneira como elas haviam sido ditas. Aproximou-se um passo do homem de branco, um tão confiante quanto o outro. - Sorte sua ter dito todos e não somente, pois seria um equívoco... - ele disse, passando a língua sobre os lábios entreabertos, como uma serpente em pose de ataque... com a diferença de que ele não repetia o gesto inúmeras vezes. - ...já que quem vai morrer aqui é você e não eu.

E num movimento rápido, Sakurai sacou uma de suas armas e a apontou para a cabeça do inimigo, sem surpreender-se ao ver que ele havia tomado a mesma atitude em tempo praticamente sincronizado com o seu.

Estar numa situação daquelas não era algo muito agradável, mas ele gostava da alta sensação de risco e da adrenalina do momento.

- Takage não é um nome muito bonito, sabe... - ele continuou em tom de zombaria, observando-o de cima a baixo com um olhar que denunciava segundas intenções, fossem estas verdadeiras ou não. - ...prefiro recordá-lo como Yoshiki... - e, lançando um olhar significativo para o pulso de seu alvo, ele completou: - E você deve saber também que... ...lagartos são presas fáceis para cobras, Tokage.

Sakurai deixou a mensagem no ar, esperando para ver se algum traço de reconhecimento surgiria nas faces de seu mais novo inimigo. Ele já tinha ouvido falar muito de Hayashi Yoshiki e da máfia que ele liderava, mas nunca o havia visto antes. Talvez o que sentira logo que ele aparecera em sua frente fosse fruto de seu instinto, lhe avisando que quem estava diante de si não se tratava de qualquer um.

Por outro lado, duvidava que ele tivesse ouvido falar de si. Talvez, numa possibilidade remota, ele tivesse sabido de algo sobre crimes envolvendo assassinatos com venenos de serpentes de espécies variadas, um recurso não muito comum, mesmo no submundo. O que não significava que ele soubesse seu nome.

...e pensar nisso fez com que ele percebesse que não havia se apresentado.

- Ah, mas que falta de educação a minha - ele disse de repente, com ironia. - Atsushi Sakurai - acrescentou, a voz quase sedutora, mas forte, como se anunciasse perigo através do som que devia ser apenas agradável. - O prazer é todo meu. - e ele fez questão de dar à palavra “prazer” o mesmo tipo de ênfase usada por...

...sua presa.

O modo desdenhoso com que as palavras de Sakurai atingiram os ouvidos de Yoshiki incomodou profundamente a este. Não se permitiu demonstrar, no entanto. Fazia parte de sua natureza, assim como na de outros exemplares de ‘sangue frio’, demonstrar plena calma e auto-controle. O que fez apenas foi retribuir o olhar, e demorou-se naquele estudo pés-à-cabeça muito mais que o outro; propositalmente, é claro.

- Então... você é a Cobra. - o tom de voz do Lagarto acusava pouco caso, mas claro reconhecimento. De fato, notícias acerca dos movimentos da gangue daquele homem sempre chegavam a seu conhecimento. Yoshiki considerava seus modos de atuação (especialmente abate) excêntricos, mas não negava que determinados tipos de exotismo lhe inspirassem um morno interesse. Ajeitou de leve os dedos no gatilho de sua arma. - Um encontro de celebridades merece um drinque, mas temo que eu esteja um tanto ocupado para reuniões sociais... - cada palavra seguiu carregada de palpável sarcasmo. - Diga-me... é um costume ofídico se intrometer nos negócios alheios?

Sakurai teve que controlar a própria língua para não responder o que lhe viera à cabeça; deixaria para rir daquelas palavras depois. - Lamento informar que, por mais que eu goste de me meter em negócios alheios, desta vez você acabou se equivocando mesmo... Pois é você quem surgiu no meu caminho. E é uma pena que eu tenha que eliminá-lo, quando tantos ainda gostariam de conhecer o tão afamado Lagarto.

Mas apesar das ameaças que eles dirigiam um ao outro, nenhum parecia tão disposto assim a puxar o gatilho. Se um o fizesse, o outro faria na mesma hora, e a não ser que alguma força superiora interferisse, os dois sairiam feridos ou mortos, já que não tinham o costume de errar. Nem de ceder. Muito menos perder.

O fato era que eles queriam sim, matar um ao outro. Porém, eles também sabiam que ambos provavelmente acabariam morrendo se isso acontecesse.

Havia um impasse. E algo mais que ainda era desconhecido dos dois, interferindo.

E afora esse algo mais, houve a interferência de uma terceira pessoa também...

...Atsushi franziu o cenho ao ouvir o som baixo e ainda distante de passos. Sua vontade foi de amaldiçoar quem quer que fosse, soltar um grunhido de exasperação e gritar com ele (ou ela). Mas ele controlou-se, sem deixar que seus pensamentos transparecessem em seu rosto, de maneira que Yoshiki também não percebesse nada. Talvez a audição do lagarto também fosse apurada, mas a cobra duvidava que pudesse ser tanto quanto a sua. Na verdade, preferia acreditar que não fosse, até que lhe provassem o contrário, pois precisava crer nisso agora para levar adiante a idéia que se formava em sua mente.

- Pelo jeito... temos mais um lagarto se aproximando.

Atsushi viu nas feições de Yoshiki que suas palavras haviam causado o efeito desejado. Claro que o líder dos lagartos podia ficar na dúvida se ele estaria ou não dizendo a verdade, mas a própria serpente só teve certeza disso quando viu uma pessoa vestida de branco se aproximando.

Sakurai não hesitou em fazer o que pretendia mesmo quando reconheceu a pessoa que surgia dezenas de metros atrás de Yoshiki. Vestido de branco, mais um lagarto vinha ao seu encontro, mas desta vez...

...a cobra deu o bote.

O som do tiro que podia ter atingido o lagarto - e era assim que Atsushi queria que ele pensasse - deu poucos e valiosos segundos de vantagem ao líder das cobras.

Naqueles poucos segundos, duas cenas se desenrolaram ao mesmo tempo.

Atsushi conseguiu escapar, intacto, e o mais importante de tudo - a relíquia estava consigo. Yoshiki, pelo tiro que o distraíra - falha que ainda o faria se arrepender por muito tempo - ficava para trás, um morto e um ferido na lista de seus contratados.

Naquela noite, o lagarto havia sido a caça e a cobra havia sido o predador. Vitorioso...

...temporariamente.

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