LIZARDS AND SNAKES (Introdução ao Lizard)

Jul 03, 2006 00:32

Máfia :subst. fem.;
qualquer associação ou organização que, à maneira da Máfia siciliana, usa métodos inescrupulosos para fazer prevalecer seus interesses ou para controlar uma atividade.

So be it...

Título: LIZARDS & SNAKES
Pairing: Sakurai Atsushi x Hayashi Yoshiki ou.... Hayashi Yoshiki x Sakurai Atsushi ? Who knows ;D .... + outros.
Gênero: Ação? Ação.... XD Ação ;3 (?)
Classificação: PG-Seiteki (indefinido por enquanto XD)
Sinopse: Notórias e poderosas, duas máfias rivais lutam pelo poder no submundo de Tóquio... (e do resto do mundo, ou até onde suas ambições permitirem) São eles: os LIZARDS, liderados por Hayashi Yoshiki, e os SNAKES, sob o comando de Sakurai Atsushi.
Autoras: Mô-chan (Sakurai Atsushi) e Scarlet Mana (Hayashi Yoshiki).
Capítulo: L1 - .The Lizard. Introdução. - por Scarlet Mana.

Nota: Dedicado com carinho, paixão e suspiros de expectativa em resposta ao suborno da querida Mari, que vai nos conceder um lemon delicioso (ui) em TDND ;3 Because that's the way the world works, baby. Blackmail is The Tool. XD~

XXX

Quando eu era pequeno, ganhei uma iguana de presente de aniversário.

Achei uma coisa ótima, eu adorava os presentes incomuns.

Eu era uma criança bem inventiva, sabe.

Mas eu simplesmente não entendia o pequeno bicho.

Ele passava horas sem se mover, preso no aquário de vidro. Quando eu tinha a leve impressão dele ter se movido um tanto que fosse, me pegava questionando se tal fato não haveria sido coisa da minha cabeça. Talvez ela se movesse apenas quando eu não estivesse olhando. Tinha de ser assim.

‘Um lagarto não é o presente mais adequado a uma criança impaciente’.

Porém, eu era um garoto bem curioso e teimoso. E eu passava bastante tempo fitando-a, e percebi que seus olhos exibiam mais vida do que todo o resto de seu corpo verde e grosseiro.

Então um dia minha mãe me permitiu alimentá-la (tarefa esta que ela sempre tomava para si, pois achava que eu não tinha responsabilidade o bastante - mesmo que oficialmente eu fosse dono do pequeno animal)

Foi então que, maravilhado, eu a vi mover-se em minha direção, pela primeira vez, ao buscar o alimento que lhe era vital a sobrevivência; eram movimentos certos, decididos, econômicos. Eu não acreditava em meus olhos. Sua língua alcançou com destreza o que era de seu interesse, e então ela retornou para o mesmo galho costumeiro dentro do aquário, como se tivesse decorado sua própria posição ali dentro.

Parecia jamais ter-se movido.

.

.

.

Quando eu fui designado a este caso, tive a certeza de que havia muito mais em risco em questão do que a minha própria vida. Dos vários males, a minha morte seria o menor.

Achei uma boa oportunidade de me promover na carreira, de início, mas...

Eu sou um investigador dedicado, sabe.

Mas eu simplesmente não entendo esse homem.

Ele passa meses sem surgir em público, envolto naquela máfia que lhe protege. Quando encontro pistas que acusam seus movimentos, me pergunto se não são ilusões minhas causadas por um próprio capricho em forma de armadilha feito por ele. Talvez suas ações reais se dêem enquanto estou a investigar pistas falsas. Só pode ser assim.

‘Um jovem mafioso é o objeto de investigação mais adequado a um investigador persistente.’

- Você é um impecilho.

Ele retirou os óculos escuros, e senti posto sobre mim um olhar cujo brilho inspirava perigo extremo.

[“Deve ter por volta de 30 e tantos anos, mas sinceramente, aparenta uma juventude invejável. Seus olhos são escuros e profundos, seus cabelos tem mechas aloiradas que lhe caem até quase os ombros, e o que eu acredito é que sejam extremamente bem cuidados, assim como são todas as peças de suas caras roupas. Brancas. Imaculadas.”]

- Eu não o mantive ocupado o bastante para manter-se longe de mim?

Sua voz era baixa e ele falava em um tom modulado, lento. Quem passasse por perto não diria tratar-se de uma clara ameaça. Era convidativo. Convidativamente compulsório.

[“Sempre frequenta os restaurantes mais caros e finos.  Gosta de café amargo, sem açúcar. Gosta de bebidas suaves e exóticas. Música clássica. É um exímio pianista. Quando o vejo no meio da nata da sociedade, ele parece ser um de seus mais naturais e genuínos milionários. Uma capacidade invejável de mesclar-se com o ambiente que frequenta.”]

Decidi um dia “alimentá-lo”. Trazê-lo até mim. Soube de seu crescente interesse na aquisição de um dos grandes cassinos daqui,  e subornei pessoas para que uma informação falsa caísse no submundo. Tentei armar uma cilada. E agora eu pouco me importava que tudo tivesse dado errado.

[“Não consigo obter muitos dados sobre sua vida íntima. E isso é mais intrigante de tudo. Ele é brilhante, no modo como administra sua gangue e seus segredos.”]

“Foi então que, maravilhado, eu a vi mover-se em minha direção, buscando o alimento que lhe era vital a sobrevivência; eram movimentos certos, decididos, econômicos. Eu não acreditava em meus olhos. Sua língua alcançou com destreza o que era de seu interesse....”

Senti o cano frio da arma contra a minha testa. Ele sorriu (E notei que seus dentes eram perfeitos e bem claros), e sua mão livre retirou a agenda debaixo de meu braço trêmulo. (Ao aproximar-se de mim... senti um perfume extremamente bom.) Ali estavam todas as minhas anotações pessoais, nomes e contatos acerca de minhas investigações.. era tudo o que eu sabia que ele precisava.

Ele é imensamente mais interessante do que a minha falecida iguana, foi o que pensei naquele instante. Ou seria exatamente a mesma coisa? Eu sentia a mesma excitação, o mesmo bem-estar maravilhado de quando vi o bicho de estimação que eu tivera na infância mover-se diante de meus olhos pela primeira vez. Tanto tempo de espera...

A arma desencostou-se de minha testa, e ele mudou a mira de local lentamente...

- O que você pensa que eu sou, algum tipo de animal exótico?

... parando-a diante de um volume característico na peça inferior de minha roupa.

- Velho asqueroso.

Irritado? Certamente não.

O esboço do que poderia ser um sorriso, porém fatalmente cínico (e malicioso, eu diria), que brotou naqueles lábios, lembrou-me da minha velha, querida e falecida iguana de estimação.

Ah, eu sabia...

O som de um tiro cortou o aposento, e o que eu posso chamar de restante de meus momentos conscientes seguiram-se, apagando-se à medida que o som de passos lentos se afastavam.

O escritório mais uma vez estava vazio, assim como eu o havia encontrado, no início daquela manhã nublada de quinta-feira.

Ele parecia jamais ter estado lá.

O lagarto mais lascivo que já conheci chamava-se Hayashi Yoshiki.

XXX

continua...

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