LIZARDS & SNAKES - The Aftermath

Jul 26, 2006 02:36


Título: LIZARDS & SNAKES
Pairing: Sakurai Atsushi x Hayashi Yoshiki ou.... Hayashi Yoshiki x Sakurai Atsushi ? Who knows ;D .... + outros.
Gênero: Ação? Ação.... XD Ação ;3 (?)
Classificação: PG-Seiteki (indefinido por enquanto XD)
Sinopse: Notórias e poderosas, duas máfias rivais lutam pelo poder no submundo de Tóquio... (e do resto do mundo, ou até onde suas ambições permitirem) São eles: os LIZARDS, liderados por Hayashi Yoshiki, e os SNAKES, sob o comando de Sakurai Atsushi.
Autoras: Mô-chan (Sakurai Atsushi) e Scarlet Mana (Hayashi Yoshiki).
Capítulo: L&S2 - .The Aftermath. - Por Mô-chan e Scarlet Mana.

Capítulos Anteriores:

01. L1 - .The Lizard. Introdução.

02. S1 - .The Snake in Action.

03. L&S1 - .The First Sight.

Aftermath: the situation that exists as a result of an important (and usually unpleasant) event, specially a war, an accident, etc.

A primeira coisa que Atsushi Sakurai fez ao chegar em casa - ou, melhor dizendo, à mansão que lhe servia de ninho - foi reunir seus homens, certificando-se de que todos os que haviam participado do último ataque estivessem ali.

Havia conquistado o que queria, e mais saboroso do que isso, havia conhecido e derrotado Yoshiki. A sensação de poder, de vitória, de ter saído do cassino intacto, de ter matado um lagarto e ferido outro, ainda poderia trazer um sorriso perversamente satisfatório a seus lábios.

Mas a cobra estava furiosa, destilando veneno. Seus subordinados haviam falhado. Falhado. Serpentes não podiam falhar. Não as suas.

Eles estabeleciam regras, estratégias, planos, deixavam tudo previamente combinado, calculado, tomavam conta de todo e qualquer detalhe. Tudo devia ter saído perfeito.

Entretanto, não foram capazes de descobrir que alguém mais planejava roubar o cassino na mesma noite. Claro que Yoshiki devia ter tomado suas providências para que o roubo dele saísse perfeito também, o que significava que, de alguma forma, as cobras deviam ter percebido alguma coisa - era no mesmo maldito dia!

Como eles ousavam falhar daquela forma?

E era sobre isso que Sakurai falava agora - sua voz soava ameaçadora, em tom de ordem, enquanto seus olhos flamejavam a ira que ele controlava de forma assustadoramente fria, de maneira que suas feições parecessem quase calmas.

Mas bastava fitar aqueles olhos para ver que ele não estava pra brincadeiras. Sempre selvagens, esta característica parecia ter se intensificado em suas íris escuras.

No espaçoso hall de entrada da mansão estavam espalhados os subordinados de Atsushi, enquanto este se dirigia a eles, do terceiro degrau da escada que levava ao segundo andar. Eles o ouviam atentamente, e Sakurai podia farejar o medo e a apreensão em algum deles, o desdém em outros, a indiferença de um em particular. Havia os que não tinham medo, e Atsushi gostava deles. Ter medo nem sempre era sinônimo de respeito, e o que ele queria era simplesmente que eles seguissem suas ordens sem mãos nem pernas tremendo por temer uma falha.

Falha que havia acontecido, de qualquer forma.

- ...e eu não vou admitir que isso se repita - ele dizia, olhando para cada um deles. O líder das cobras sabia quais não poderia culpar pelo que havia acontecido e quais eram os responsáveis por cuidar de quem entrava e saía do cassino a cada segundo. Mas era bom que todos o escutassem - e que ele não dirigisse reclamações a alguns em específico, para não causar possíveis futuros desentendimentos.

Após mais algumas palavras de ordem, e até mesmo de elogio - afinal de contas, eles haviam atingido o objetivo desejado, e era isso o que importava - Sakurai os dispensou, e aos poucos eles se retiraram, cada um se dirigindo a um lugar diferente da mansão - exceto o segundo andar, que era espaço exclusivo do líder.

O único que permaneceu no hall foi o subcomandante, que sempre ficava sem que isto lhe fosse requerido.

- Então... dois répteis de espécie rara se encontraram hoje.

Atsushi sorriu de canto pelo comentário, descendo os poucos degraus da escada que lhe restavam para ficar frente a frente com o outro.

- Você deve saber o que eu quero... - ele disse, tocando no peito de seu subchefe, um ar sedutor em seu rosto.

- Uma ficha completa de Hayashi Yoshiki e de seu grupo, quem são, onde estão, aonde vão, e qual a forma mais eficaz de se livrar de um bando de lagartos - ele disse, em tom profissional, sabendo que qualquer suposta tentativa de aproximação de seu superior não passava de provocação - uma das formas que Sakurai tinha de divertir a si mesmo.

- Ah, você é sério demais, Imai. Não tem graça brincar com você - a cobra disse, lambendo o canto da própria boca enquanto o fitava, só então retirando seus dedos de sobre o terno do outro. Preto, como o seu. Todos ali vestiam preto. Sempre. - Mas você acertou, é isso mesmo o que eu quero.

O subcomandante, de nome Hisashi Imai, apenas assentiu, aguardando o que mais Atsushi ainda teria a lhe dizer.

- Ah, eu quero que você chame o Hakuei. Mas não agora; ele não poderá vir.

O outro não perguntou por que o tal Hakuei não poderia vir, nem como Atsushi sabia disso, e voltou a balançar a cabeça num consentimento mudo. O líder, por sua vez, revirou os olhos; às vezes o silêncio e a seriedade de Imai passavam de tediosos para irritantes. Se não fosse por isso, talvez alguma coisa já teria acontecido entre eles dois...

...talvez.

- Mas primeiro você vem comigo até o pátio. Eu quero alimentar minhas sempre amáveis e fiéis companheiras.

E é claro que as amáveis e fiéis companheiras do líder das cobras se tratavam de...

...cobras de verdade.

XXX

Um clima pesado, nada amigável pairava sobre os fundos daquele restaurante aparentemente tradicional.  Nem ao menos a visão daquele belo jardim aos fundos, em cuja varanda ‘lagartos costumeiramente desfrutavam de seu banho ao sol’ trazia algum conforto. Aquele local, adotado como ‘lar’ por um bando de lagartos, era fora de limite a qualquer outra criatura que não fosse um deles. Dir-se-ia então, que estariam bem e confortáveis já que haviam retornado ao seu habitat.

Mas não era bem isso que ocorria ali.

Talvez por ser madrugada plena, e a ausência do sol lhes deixassem levemente mal humorados.

Talvez pela expressão carrancuda de grande parte deles.

Talvez pelo simples fato de que, numa contagem mais precisa, eles estivessem em número menor do que da última vez em que se encontraram ali.

Ou quem sabe, talvez fosse pelos xingamentos claros e irritados de um lagarto que tentava estancar sem muito sucesso um ferimento em seu tórax.

- Escuta, você quer o quê, que te levemos pra um hospital?! - resmungou contrariado um dos lagartos companheiros do ferido.

O incomodado em questão parou o que estava fazendo e lançou como réplica um olhar perigoso. A seus pés encontravam-se pedaços de atadura ensanguentados, e ele acabara de jogar mais um.  Com a mão que ficou livre, empunhou e engatilhou com destreza uma arma em direção à cabeça do outro, que surpreso, mal conseguiu se mover dali:

- Já tomou um tiro, seu merda?! Eu posso mostrar como é agradável!!! Agora cale a boca, antes que eu use o couro da sua mãe pra estancar isso aqui!

O ameaçado calou a contragosto, e voltou a sentar-se num dos banquinhos da varanda. Era evidente a insatisfação dele e de todos os outros, e o sentimento hostil estampado em todos os rostos.

Em um deles, no entanto, isto era notado de maneira gritante.

Hayashi Yoshiki suspirou profunda e lentamente, levando a mão à fronte e jogando para trás a franja, numa atitude de quem pensa profundamente sobre algo. Estava sentado em uma poltrona antiga de couro, e a seus pés esticava-se preguiçosamente um monstro-de-gila de pouco mais de meio metro de comprimento. Parecia disposto ali de modo a proteger e confortar seu dono de todas as coisas.

- Eu sei que não é uma boa hora, mas.. - iniciou um dos lagartos, com insegurança na voz. - o que faremos com todas essas bebidas? - gesticulou com a cabeça, apontando várias garrafas de diversos tipos de bebidas, estocadas num dos cantos da varanda.

Ocorreu a Yoshiki (não que ele já não soubesse, mas era algo que até então ele estava tentando ignorar) que tudo naquela noite havia sido planejado para uma grande festa. Ironicamente, agora eles precisavam cuidar de um velório. Seu estômago revirou num mal-estar desconfortável diante da lembrança de tudo que havia ocorrido há poucas horas atrás. Uma outra voz respondeu pela sua, a qual ele sentiu extrema gratidão por responder em seu lugar:

- Acho que isso não é a prioridade agora...

- Ele poderia ao menos explicar como mataram o Shinya. - retrucou repentinamente um deles.

- Ei-

Yoshiki encerrou a participação de seu porta-voz, levantando uma mão indicando que este se calasse. Não precisava de ninguém para lhe defender. O rapaz, porém, recusou-se a ficar quieto:

- Tokage, você não tinha como prever isso. Nós compramos a informação- - -

- O que faz com que seja perfeitamente possível que outros tenham-na comprado. Talvez muito antes de nós. E invadido o Cassino na mesma noite. - cortou Yoshiki, sério e incomodado diante de suas próprias palavras.

- Sim, mas ele nos garantiu que não havia...

Não foi preciso que Yoshiki o interrompesse dessa vez. Niikura Kaoru, seu braço direito, sabia muito bem quais seriam as palavras de seu líder. “Ninguém é confiável, a menos que seja um outro Lagarto”.

Compreendeu então como Yoshiki estava irritado naquele momento, talvez ante sua própria ingenuidade. Além da baixa que haviam sofrido, haviam retornado de mãos vazias, e o pior de tudo...

... tudo isso face ao primeiro inimigo que realmente tinha apresentado ameaça a todos eles.

Encarou o lagarto aos pés do Líder, e teve a impressão de que este encarava-o como retorno.

O Tokage levantou-se, e quando o fez, atraiu os olhares de todos ali presentes.

- A partir de hoje, nos ‘dias de caça’, quero todos usando luvas, proteção no pescoço e que cubram qualquer área de pele que não estiver protegida por boas camadas de tecido. E que fiquem bem atentos.

Andou rumo aos aposentos da casa que era aquele restaurante. Antes de sumir através da porta, voltou-se para responder a pergunta que um de seus lagartos havia feito:

- Terachi Shinya morreu picado por uma cobra. É tudo que tenho a dizer.

E com tais palavras, o Lagarto Líder retirou-se.

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