Um dia (03/??)

Nov 26, 2012 14:28

Autora: Mizuno Faby
Titulo: Um dia.
Classifição: +18
Gênero: Romance, Yaoi, UA.
Unit: Jin Akanishi, Kanjani8, Kat-tun, NEWS, Yamapi
Pair: Akame
Status: Em andamento.
Sinopse:
“Não havia notado alguém entrar no escritório e não reconheceu a voz de imediato, poderia ter respondido sem encarar a pessoa se já o conhecesse, mas como não, resolveu o olhar e quando seus olhos se encontraram com aqueles castanhos claros, sua mente ficou branca e teve a impressão de segurar a respiração.

Viu os olhos castanhos desconhecidos passearem por sua face, mas não conseguia lhe responder apenas o encarava daquela forma despudorada, e não tinha nenhuma vontade de desviar os olhos daquele rosto lindo e macio. Aqueles olhos eram realmente lindos e estava fazendo seu coração bater tão rápido que sentia vergonha por alguém poder escutar, mas ao mesmo tempo queria que ele escutasse.

Assistiu o rapaz lentamente se virar e caminhar para a porta, notou com certa alegria quando aquele pequeno e magro homem parou na porta e levantou os olhos para olhá-lo pela ultima vez antes de sair. Quando não o viu mais sentiu um estranho vazio dentro do peito e se abaixou lentamente até sentar-se, porém sua cadeira estava afastada e levou um tempo para se arrumar sobre o estofado macio.”
[Akame]

Postada também na: ( Johnnys Ai)

( Capítulo 1) | ( Capítulo 2)


Capítulo 3 :-

Ele realmente não tinha muito o que fazer depois do almoço, quando os estudantes voltavam para as salas de aula e o horário de almoço terminava. Arrumou as xícaras grandes sobre a prateleira pela terceira vez em 2 minutos e voltou a se escorar no balcão, já havia ajudado a lavar toda a louça e verificou diversas vezes o quadro de tarefas em busca de seus deveres para aquela tarde, mas o chão já havia sido limpo de manhã por Midori e para ele só restava lavar a cafeteira antes de terminar seu turno.

A cafeteria não ficava tão perto da universidade, mas por causa dos preços baixos, muitos estudantes andavam a mais para comer a comida mais barata, Kamenashi não gostava realmente da comida, era estilo americana e toda a decoração da cafeteria seguia o padrão, mas quando começou a estudar foi o único emprego que havia conseguido por perto, depois acabou conseguindo o de entregador de flores, mas o salário não era tão bom para permanecer em apenas um emprego, e também porque o dono da cafeteria sempre trocava os funcionários de turnos quando estes precisavam, já que todos eram estudantes e os horários das aulas mudavam todo o semestre.

- Kame? - Interrompeu outro suspiro quando ouviu seu patrão lhe chamar da cozinha, se virou nos calcanhares e caminhou até o balcão de tijolos que separava a cozinha. - Você está entediado ou preocupado?

O sorriso gentil era apaixonante, era o que sempre Kamenashi pensava.

- Iie, iie, Keii-san! - Levou as mãos na frente da face para balançá-las junto ao próprio rosto. Keiichiro aumentou seu sorriso de raposa e voltou a encarar o fogão. - É que... está meio parado hoje. - A voz soou desanimada enquanto seu dono abaixa os braços e deixava os ombros caírem pesadamente.

- Não se preocupe, jajá é hora do café da tarde e as pessoas sentem fome! - Outro sorriso, mas esse se desfez logo quando o sino da porta tocou, avisado-os da entrada de uma pessoa. Kazuya sorriu animadamente, e enquanto praticamente corria para encontrar o cliente já tirava seu bloco de anotações de dentro do avental.

- Posso anotar seu pedido? - Perguntou antes mesmo que o homem, poucos anos mais velho que si, pudesse abrir o cardápio. O homem com um lindo terno azul marinho o olhou e sorriu minimamente antes de olhar o cardápio.

- Keiichiro está aqui? - A voz era bonita e realmente dava a certeza que o homem era mais velho que si.

Kamenashi escondeu todo o seu desanimo por não poder nem ao menos marcar um pedido e sorriu antes de dizer em tom calmo: - Vou chamá-lo, ele está na cozinha. - Esperou mais um tempo para ver se o homem iria fazer seu pedido, mas este não falou nada, nem ao menos levantou seus olhos do cardápio. Assim Kamenashi voltou para trás do balcão e disse ao seu padrão que o cliente o chamava, assistiu o homem desligar o fogão e deixar a massa ali mesmo antes de dar a volta e sair pela porta dupla pequena, quando os olhos bonitos de Koyama viram o cliente este sorriu e Kamenashi fez a única coisa que podia fazer, voltar a se escorar no balcão enquanto ouvia a conversa alheia.

- Maru~ Quanto tempo! - Keiichiro tinha uma estranha mania de se dirigir por apelidos a todos que conhecia, não se importava com o lugar ou se a pessoa iria ficar brava, mas esse não aprecia ser o caso do homem de terno.

- Koyama! - Cumprimentou o amigo antes deste sentar ao seu lado e virar para o pequeno atrás do balcão.

- Kame, traga um café com leite para o Maru! - Pediu antes de começar a ouvir o que o amigo tinha a dizer.

Kazuya não podia ouvir a conversa dos clientes, e nem dava quando o café estava lotado, mas naquele momento não tinha ninguém mais além dos três então, ele tinha tempo de sobra para escutar toda a conversa. Foi com essa decisão que segurou a alça da xícara e a encheu, colocou na bandeja e levou até os homens na mesa. Enquanto colocava a xícara na frente do desconhecido sentiu Koyama segurar seu braço apontar para si enquanto dizia.

- Kame trabalha em uma floricultura!

-Entregador! -corrigiu o menor.

-Também! Ele pode nos ajudar a fazer uma boa piada para nosso amigo! - Kamenashi estava realmente agradecido por seu braço estar preso e poder ficar ali para tentar ao menos participar da conversa. Sentiu os olhos castanhos do estranho sobre si e o viu sorrindo.

- Podemos mandar um boque de flores, em pleno expediente dele! - A risada dos dois homens sentados preencheu o ambiente.

- Que horas você entra no seu trabalho, Kame? - Keiichiro perguntou, realmente interessado e animado e Kazuya estava cada vez mais confuso.

- Quando eu saio daqui, as 19 ho...

- Perfeito! Nesse horário, e principalmente hoje, estará todo mundo no escritório! Eles tem uma reunião para decidirem.... - Maru começou a explicar para Keiichiro sobre a tal da reunião, mas Kame não entendia os termos técnicos usados pelo homem e achou melhor não acompanhar essa parte. Olhou seu chefe e este sorria animadamente.

Quando Nakamaru, e Kamenashi só foi saber do nome do homem depois que este, lhe entregou seu cartão com um endereço rabiscado na parte de trás, guardou o cartão para não se esquecer do endereço quando teria que pega-lo na loja mais tarde. Keiichiro e Nakamaru passaram horas no telefone decidindo entre rosas vermelhas ou rosas, pelo que entendeu do pedido de Keiichiro o buque seria grande, e essa palavra o desanimava porque teria que levar o bendito em sua moto.

Koyama parecia realmente animado depois que o seu amigo fora embora, Kame não sabia dizer se era pelo o que eles estavam tramando ou pelo reencontro. Não teve tempo para perguntar, porque logo o café começou a encher e Kazuya se sentiu animado em atender todos os clientes.

Antes de seu expediente terminar e depois que Koki havia chegado para substituí-lo nas mesas, Kazuya foi limpar a maquina de café, não era um trabalho difícil, na verdade era rápido e simples demais, e logo a maquina já estava pronta para voltar a funcionar. Se despediu de koyama e rumou para o vestiário para pegar sua mochila e tirar o avental, quando entrou percebeu a bolsa feminina e se surpreendeu por não ter encontrado com Arisu, era uma grande amiga, e foi ela que o apresentou a Keiichiro para o serviço.

- Kame? - Ouviu a voz grave atrás de si e se virou para encarar o rapaz de praticamente a sua altura parado na porta. - Você terminara mais cedo hoje? - Ele se referia as entregas, Kame sorriu e pegou sua mochila antes de caminhar para a única saída do local.

- Eu não sei, mas farei o possível! - Kazuya sabia o porque Koki fazia essa pergunta, porque ele fazia essa pergunta todos os dias, ele queria ficar com Kazuya a noite, um encontro, era as palavras que Kazuya ouvia desde que conhecerá koki, mas sempre conseguiu escapar.

Koki realmente se sentiu feliz e sorriu para demonstrar isso antes de dar passagem ao menor, este assentou e sumiu pelo corredor até a saída do café. Kazuya não era bobo, sabia o que koki queria com ele, sabia que o amigo gostava dele e esperava por esse sentimento retribuído, mas Kazuya não gostava de garotos. Mesmo em sua adolescência quando todos aqueles hormônios estavam descontrolados, Kazuya nunca se sentiu atraído por koki e mesmo depois, quando entrou na faculdade e passou a ter autonomia sobre si e não dever tantas explicações para seus pais e mesmo depois de ter se mudado para o apartamento ao lado do amigo, esse sentimento nunca apareceu, nem mesmo um desejo ou curiosidade, simplesmente nada.

Suspirou quando parou na calçada para esperar o sinal para os pedestres atravessarem. Gostava de Koki, não podia negar o sentimento forte de amizade que tinha pelo mais velho, pois eles se conheceram no ultimo ano do colegial e tinham muitos gostos em comuns, mas Kazuya realmente não podia forçar algo em si.

Esses pensamentos o deprimia, ele sabia como era ter um amor não correspondido. Lembrava como se fosse ontem o fora que Arisu havia lhe dado no começo do colegial por causa de um estudante mais velho de outra escola. Ele lembrava perfeitamente de todo o tempo que levou e enrolou para contar a menina e depois de todo o tempo que levou para esquecê-la. Ele realmente não queria fazer isso com outra pessoa.

Tentou esquecer esse assunto quando chegou à garagem do pequeno prédio que morava para pegar sua moto depois de deixar a mochila com seus livros no apartamento. Correu pelas ruas já escuras até a floricultura e assim que pisou dentro da loja viu o buque com rosas cor de rosa em um papel branco e fitas rosa, mesmo que estivesse rosa demais, estava bonito e realmente qualquer garota iria querer ganhar um desse, possivelmente todo rapaz iria querer dar um desse a sua namorada. Até mesmo Kazuya se sentiu triste por não ter ninguém para dar um buque assim, mas logo se lembrou do preço e achou melhor não ter ninguém mesmo.

Já sabia as instruções para a entrega daquele buque então apenas o pegou e o colocou com cuidado na caixa da garupa de sua moto e rumou até o endereço descrito pelo homem mais cedo.

Quando estacionou na frente do prédio, levou um tempo olhando para a altura e depois para a beleza da construção. Se apressou em pegar o buque, pois já estava no horário que deveria entregá-lo, entrou no edifício e seguiu todas as instruções que havia sido lhe passada por Nakamaru mais cedo.

A moça da recepção, que já deveria estar indo embora, lhe deu um crachá e indicou o elevador. Kamenashi seguiu as ordens e depois de subir pela caixa metálica atravessou o corredor, viu algumas pessoas passaram ao seu lado e olharem admiradas e algumas desejosas para o buque em seu braço antes de notar a porta com os números 54, como estava no cartão, guardou-o no bolso do jeans e adentrou a sala sem cerimonia, assim que deu o primeiro passo notou uma jovem moça próxima a ele, lendo em um livro muito grosso então se aproximou e quando ela lhe encarou notou que a conhecia e só um tempo depois quando ela sorriu para ele e para o buque é que se lembrou dela. Suzuki, havia lhe encontrado na noite anterior e ela estava com um sorriso tão grande que parecia que iria roubar o buque de seu braço, isso o fez apertar o boque, como se não quisesse entregá-lo para ninguém.

- Akanishi-san? - Perguntou com a voz falhada e a moça sorriu mais ainda antes de apontar, mas o movimento foi tão rápido e logo as mãos da moça esperavam pelo buque, Kamenashi se afastou lentamente e passou pela moça atrás do homem que ela havia mostrado, mas que não havia dado tempo dele realmente ver.

Kamenashi passou por algumas mesas observando os crachás no tórax daquelas pessoas bem vestidas e viu um paletó preto de risca de giz e o crachá dizia “Akanishi”, Kamenashi chamou baixo pelo homem e este ergueu a face ao ouvir alguém lhe chamar.

Não havia notado alguém entrar no escritório e não reconheceu a voz de imediato, poderia ter respondido sem encarar a pessoa se já o conhecesse, mas como não, resolveu o olhar e quando seus olhos se encontraram com aqueles castanhos claros, sua mente ficou branca e teve a impressão de segurar a respiração.

Viu os olhos castanhos desconhecidos passearem por sua face, mas não conseguia lhe responder apenas o encarava daquela forma despudorada, e não tinha nenhuma vontade de desviar os olhos daquele rosto lindo e macio, podia ter certeza que aquela pele era macia por causa das leves traços, a pele mais escura que a sua, e sentiu os dedos coçarem para tocar a pele bonita, foi esse desejo que o fez apertar mais o buque em seus braços para não cometer o erro de levantar a mão.

Assistiu os dentes pequenos mordem o lábio inferior em um gesto vergonhoso e teve vontade de falar para o estranho não se morder, estava sorrindo e abrira os lábios para lhe falar, mas sua voz não saiu porém sentiu o ar saindo desesperadamente por seus lábios e teve a certeza que realmente segurou a respiração e quando voltou a respirar, mas exigente agora por causa do tempo que havia ficado sem oxigênio sentiu o cheiro delicioso de flores e água e um perfume doce, mas não enjoativo que o fizesse torcer o nariz, um perfume diferente que queria colar o nariz no pescoço do rapaz para senti-lo melhor. E esse pensamento o fez perceber que estava sentado e desajeitadamente se levantou, empurrando a cadeira para trás e mesmo que seu movimento brusco tivesse sido inesperado, não fez com que o menor se afastasse. Se pudesse medir a distancia, poderia dizer até que o rapaz havia se aproximado mais da mesa.

A nova posição do maior fez Kamenashi soltar um suspiro leve e inauditivo até para si mesmo, por conta também dos lábios grossos e macios entreabertos, Kamenashi só conseguia pensar em como era convidativo para si. Não apenas a pele macia os lábios bonitos e grossos mas como aquele perfume cítrico e forte que o fez fechar os olhos para respirar profundamente o máximo que conseguia. Foi nesse momento que percebeu o papel idiota que fazia, então abriu os olhos rapidamente e forçou seus braços a empurrar o buque para o tórax do homem.

Este não entendeu o que era aquilo e apenas envolveu os braços no buque. Kamenashi só conseguia pensar em como o tecido de seu terno era macio.

- Uma encomenda e... - Gaguejou baixo demais as palavras antes de afastar as mãos para pegar o cartão que estava em seu bolso e colocar sobre as rosas, já que o maior segurava o buque com as duas mãos e ainda o encarava. Se perdeu mais um tempo nos olhos grandes antes de tocar a placa em sua cintura, odiou o atrito que ela fez na sua pele e sentiu uma estranha vontade de lavar as mãos para tocar o homem novamente e ficar apenas com a sensação da maciez dele. - Você... O Senhor precisa assinar aqui. - Desviou os olhos para o papel em sua pequena placa e sentia as bochechas quentes, e se odiou por estar corando assim. Mesmo quando apontou para o local no papel que deveria ser assinado, percebeu que o homem não se moveu para fazer o que lhe foi pedido, então ergueu o olhar e o viu ainda lhe encarando.

Aqueles olhos eram realmente lindos e estava fazendo seu coração bater tão rápido que sentia vergonha por alguém poder escutar, mas ao mesmo tempo queria que ele escutasse.

Ouviu o som de uma porta e foi apenas nesse momento que piscou, sentindo os olhos secos e estranhos viu o rapaz apontando um papel e entendeu rapidamente o que significava aquilo, pegou sua caneta de uma forma desajeitada e a fazendo cair no chão, porém não se abaixou para pega-la, foi atrás de outra sobre a mesa e assinou o papel indicado. Com uma mão envolvendo o buque e a outra segurando a caneta assistiu o rapaz lentamente se virar e caminhar para a porta, notou com certa alegria quando aquele pequeno e magro homem parou na porta e levantou os olhos para olhá-lo pela ultima vez antes de sair.

Quando não o viu mais sentiu um estranho vazio dentro do peito e se abaixou lentamente até sentar-se, porém sua cadeira estava afastada e levou um tempo para se arrumar sobre o estofado macio.

Abaixou os olhos lentamente para o buque em sua mão e encarou com certa estranheza aquelas rosas grandes demais, e rosas demais em um embrulhado um tanto quanto feminino. Sentiu uma vontade incontrolável se correr atrás do jovem para perguntar se ele havia entregue para a pessoa certa, mas percebeu que não queria realmente perguntar isso a ele, só queria vê-lo por mais um tempo.

E foi estranha a forma que seu corpo se móvel para fora do escritório e depois para o corredor até o elevador.

.... Continua.

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