Autora: Mizuno Faby
Titulo: Um dia.
Classifição: +18
Gênero: Romance, Yaoi, UA.
Unit: Jin Akanishi, Kanjani8, Kat-tun, NEWS, Yamapi
Pair: Akame
Status: Em andamento.
Sinopse:
“Não havia notado alguém entrar no escritório e não reconheceu a voz de imediato, poderia ter respondido sem encarar a pessoa se já o conhecesse, mas como não, resolveu o olhar e quando seus olhos se encontraram com aqueles castanhos claros, sua mente ficou branca e teve a impressão de segurar a respiração.
Viu os olhos castanhos desconhecidos passearem por sua face, mas não conseguia lhe responder apenas o encarava daquela forma despudorada, e não tinha nenhuma vontade de desviar os olhos daquele rosto lindo e macio. Aqueles olhos eram realmente lindos e estava fazendo seu coração bater tão rápido que sentia vergonha por alguém poder escutar, mas ao mesmo tempo queria que ele escutasse.
Assistiu o rapaz lentamente se virar e caminhar para a porta, notou com certa alegria quando aquele pequeno e magro homem parou na porta e levantou os olhos para olhá-lo pela ultima vez antes de sair. Quando não o viu mais sentiu um estranho vazio dentro do peito e se abaixou lentamente até sentar-se, porém sua cadeira estava afastada e levou um tempo para se arrumar sobre o estofado macio.”
[Akame]
Postada também na: (
Johnnys Ai)
(
Capítulo 1)
Capítulo 2 :-
-Maldito! - Xingou enquanto esticava a mão para bater no maldito relógio e fazê-lo desligar, assim que conseguiu Pin começou a latir em cima de suas costas. Não tinha jeito, precisava levantar e dar comida para o esfomeado.
Antes de se levantar por completo caçou sua toalha em baixo do edredom que em um momento da noite saiu de seu corpo, voltou a amarrá-la em sua cintura e foi atrás de comida para seu cachorro.
Assim que os caroços de ração tocaram a tigela de lata, o cachorro já estava com a cabeça dentro para comer, alguns caroços ficaram no chão já que o homem ficou com preguiça de arrumar a ração dentro da tigela. Voltou para o seu quarto e parou próximo a cama, pensando se poderia dormir mais um pouco.
- Não... - suspirou e foi para seu banho rápido e se trocar.
Odiava aqueles ternos, mas seu emprego exigia o uso, mesmo no inverno sentia calor dentro daquelas roupas e aquilo o incomodava, tratou de se livrar de seus pensamentos para conseguir dar o nó na gravata e logo estava de pé na frente de sua geladeira vazia pensando se poderia comer o gelo que formava no freezer. Achou melhor não fazê-lo e decidiu comer em algum lugar no caminho.
-Pin, estou indo! -Se despediu do cachorro que tão rápido quando pode estava em seus pés para se despedir e atrapalhá-lo de calçar seus sapatos. Em vez de bater no pequeno animal, o que muitas pessoas fariam com um mau humor matinal, apenas afastou o bichano e o acariciou antes de sair do apartamento abraçado a sua maleta.
O tempo estava mais quente, e optou novamente por ir a pé para o serviço. Não que iria andar até o edifício de escritórios, mas até o metro sim, e iria andar no sol para aproveitá-lo.
A estação estava lotada como toda manhã, mas não se importou em ficar de pé para ceder seu lugar a um senhor que estava com uma bengala. Nem era complicado para ele fazer o percurso de pé e podia se segurar firmemente nos ferros para apoio.
Desceu na estação próxima a seu trabalho e caminhou um quarteirão até o enorme prédio. O segurança não era mais o da noite anterior e esse era novo e não havia muita amizade com ele. Depois de subir para seu andar em um elevador lotado chegou ao escritório em passos lentos.
- Bom dia JinJin! - Aquela voz perto de sua orelha de manha realmente o incomodava, mas depois do almoço estaria melhor e acharia aquela voz realmente bonita.
-Bom dia Suzuki-san. - Cumprimentou sua colega de trabalho com sua voz em tom calmo e baixo.
- Que desanimo é esse? - A jovem moça perguntou enquanto Jin se sentava em sua cadeira e tratava de ligar o computador.
- Estou com fome. - Nem era uma mentira completa, ele estava com fome mas não falaria do mau humor matinal, claro que não!
-Owo! Mas isso é fácil de resolver, quer que eu pegue café e um pão doce para você lá na cafeteria da esquina? - Ela se ofereceu como todos os dias e como todas as kohais fazem. O mais velho a olhou e sorriu timidamente.
- Não se incomode não é seu serviço e podem ficar bravos com você! - Yuki não iria dizer em voz alta, pelo menos não na frente de Akanishi, mas aquele sorriso a derretia, como derretia todas as mulheres daquele andar. Ela sorriu confiante e não esperou por uma resposta, rumou para a cafeteria.
Jin apenas suspirou e voltou ao seu trabalho. “O que aconteceu com ela?” Mas antes de poder pensar em uma resposta havia olhares femininos sobre si, sorriu confuso para as donas e voltou ao trabalho do dia anterior.
xXx
Os dedos finos e pequenos deslizaram por baixo da coberta até alcançar o celular no criado mudo e desligá-lo, a mão voltou para baixo da coberta para se firmar sobre o colchão e empurrar o corpo magro para cima. O jovem levantou preguiçosamente e se arrastou para o banheiro, seu banho quente e demorado era tudo o que precisava para seu humor alegre lhe encontrar, e foi assim que saiu do banheiro e rumou para a cozinha. Quebrou os ovos dentro de uma panela e fez omeletes com pepino e queijo que tanto gostava.
Um café da manhã rápido, porém ele sabia exatamente o tempo que precisava para mastigar cada alimento para não lhe fazer mal durante seu dia. Lavou e enxugou toda a louça que usara e voltou para o quarto, arrumou a cama e conferiu se tudo o que precisava estava dentro da mochila só assim saiu de casa.
Não estava atrasado, assim podia caminhar até a universidade e observar o céu azul da manhã. Cumprimentou alguns estudantes pelo caminho, alguns conhecia de algumas aulas que frequentou durante algum período, outros conhecia da lanchonete onde trabalhava meio período.
- Kame, está devagar como sempre! -Sentiu os braços pesados sobre seu ombro e virou para olhar o rosto bonito ao seu lado e praticamente colado ao seu.
- Uepo, Ohayo! - Disse sorrindo para seu sempai.
- Ohayo pequena tartaruga! - Cumprimentou mesmo sabendo que era menor que o amigo.
- Eu terminei de ler o livro que me emprestou, é um romance legal... - Iria continuar se Ueda não tivesse se afastado e apressado o passo.
- Você não gostou! - Acusou, mas sabia que era verdade. - Tudo bem, você realmente não gosta de literatura ocidental. - Sua voz saiu em um tom desanimado por não poder dividir suas ideias e gostos com os amigos.
- Não, não! É legal Uepo, esse tal de Chakispire...
- Shakespeare. - Corrigiu em um inglês perfeito.
- Ele é incrível, Uepo! - Mesmo que o maior entre os dois estivesse tentando soar animado, Tatsuya sabia que era uma encenação. Porém ficou quieto e apenas concordando com a face em alguns momentos enquanto ouvia o maior comentar sobre alguma passagem de Romeu e Julieta. Permaneceu em silencio durante toda a caminhada até o prédio de letras da universidade, foi antes de subir o primeiro degrau que Ueda parou e se despediu do amigo, Kamenashi se despediu com um sorriso e rumou com pressa para seu próprio prédio.
A caminhada era longa, porém Kazuya não se importava, chegou em seu prédio e subiu as escadas até sua sala, cumprimentou colegas que passavam por ele e adentrou a sala. Ele tinha uma estranha mania de se sentar ao lado da janela em todas as salas, não precisava ser necessariamente a ultima carteira, mas precisava estar ao lado da janela, não que ele fosse passar todo o período das aulas olhando para fora, na verdade eram poucas as vezes que ele fazia isso.
Arrumou suas coisas e desligou o celular antes da aula começar.
xXx
Ele odiava a comida da empresa, e sempre que podia dava um adjetivo ruim ao arroz ou ao picles, e ele gostava tanto do picles, pensava sobre isso enquanto cutucava uma fatia de picles mole demais, com seu hashi enquanto a outra mão apoiava o peso do rosto. Estava tão atento em sua tarefa que não percebeu um homem se aproximar e sentar a sua frente com uma bandeja, este não se conteve em pegar o sal a frente dos dois e salgar sua própria refeição antes de começar a comer.
- O que foi? Dor de barriga? - Perguntou para o maior a sua frente. Porém Jin apenas negou com a face. - Essa cara feia ai só pode ser dor! - Resmungou com a boca cheia enquanto se servia de mais arroz. Só então Jin levantou os olhos para encará-lo, mas abaixou antes de começar a falar.
- Está de bom humor hoje, Maru?
- Iie! Tenho muitas maquetes para terminar.. E você? Já terminou aquele edifício? - Perguntou mas não estava realmente interessado, esticou o braço para pegar os picles que o mais novo cutucava e comeu uma fatia e depois buscou outra. - Isso está bom!
- Não! - O mais novo suspirou pesadamente enquanto deixava os hashis sobre a mesa e escorregava na cadeira.
- Você precisa entregar até sexta! E você não pode atrasar... Começou a fazer o...
- Não! Não terminei nem a planta. - Encerrou a conversa brutalmente, pegou sua bandeja e rumou para o lixo despejando todo alimento ali antes de voltar para o escritório.
Estava irritado, estava muito irritado e isso estava prejudicando sua criatividade, porém ao chegar próximo a porta do escritório ouviu as vozes femininas e seu nome no meio, então parou para bisbilhotar.
- Como você pode saber que foi Akanishi-san quem lhe mandou as flores? - Perguntou Naoko, a mais velhas entre as kohais.
- Havia algum bilhete assinado por Jin-san? - A voz agora era da alegre Arisu.
- Iie! - Respondeu Yuki nervosamente. - Mas eu sei que é do Jin-san! A caligrafia é igual e a pessoa escreveu em inglês! - Disse, como se aquilo fosse obvio demais.
Jin não podia ver a face das meninas nesse momento, mas queria entender sobre o que era aquilo. Ouve mais alguns murmúrios e Jin achou melhor parar de bisbilhotar a conversa alheia, pois estava fazendo papel de ridículo pelas pessoas que passavam pelo corredor. Se endireitou, arrumou o paletó e entrou na sala com sua melhor expressão de indiferença, mas ela acabou parecendo para as meninas com uma expressão de dor e diarréia.
O único homem presente se sentou em sua cadeira e voltou a arrumar seus gráficos, uma leve espiadela para o grupo de meninas e viu um papel amarelo rodar as mãos pequenas enquanto elas o observavam. Resolveu ignorar aquilo e voltou ao seu trabalho não deixando de suspirar pesadamente ao ver que aquilo estava incompleto demais e ele estava enrolando muito.
... Continua.