munich

Feb 03, 2006 10:34

Começando pelo fim. Na última sequência de Munich, Avner e Ephraim conversam num jardim em Brooklyn, junto ao East River, tendo por pano de fundo o muro de arranha-céus de Manhattan. Ephraim tenta convencer Avner a regressar a Israel, à casa, e à causa, porque tanto lutou e por que ainda tem de lutar. Avner, que acabou de fazer uma dolorosa, e ( Read more... )

spielberg, cinema

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Comments 20

anonymous February 3 2006, 10:51:51 UTC
Viva o Cinema e ter o Miguel a falar dele. Vou ver este fim-de-semana - beijo, IO.

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innersmile February 3 2006, 19:07:39 UTC
espero que depois "postes" (ó deuses!) sobre o assunto :)

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triciclofeliz February 3 2006, 11:42:44 UTC
excelente crítica, inner. mas realmente, o que me apeteceu gritar não foi 'viva o cinema'. .. foi protestar contra aquela cena de sexo :$

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unha_com_carne February 3 2006, 11:53:35 UTC
É porque tens mau-feitio :P

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triciclofeliz February 3 2006, 12:01:18 UTC
oh mas eu sou um docinho :´)

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innersmile February 3 2006, 12:35:57 UTC
tu és indecente, ó Tricicla, tens um olho clínico :)
realmente essa cena é má (e de mau gosto) e até desnecessária do ponto de vista da economia do filme. acredita que pensei isso quando estava a ver o filme, para que raio é que este gajo meteu esta cena!
quer dizer estamos a falar da cena quase no final, não é?, porque há outra cena de sexo quando ela está grávida que é muito bonita, e que, apesar de não ser muito importante do ponto de vista narrativo, tem pelo menos a vantagem de fornecer uma daquelas citações que ficam:
ele: até quando é que achas que podemos fazer amor?
ela: até ao parto?

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" O Sexo e a Morte" - Jacques Ruffié lili_one February 3 2006, 13:41:24 UTC
"Cada morte, mata-nos também um pouco, e da morte não se consegue construir nada."
"Sempre a sexualidade acompanhará outro fenómeno à partida catastrófico: o envelhicemento e a morte".[...]"Nascer, reproduzir-se para não morrer, morrer para que os outros, por sua vez, possam reproduzir-se. Drama em três actos, que constitui a própria vida" .
Não admira que a cena de sexo não te tenha chamado muito a atenção. :D

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Re: " O Sexo e a Morte" - Jacques Ruffié innersmile February 3 2006, 15:05:25 UTC
da morte não se consegue construir nada
julguei que estivesse subentendido que falava da morte matada, do assassínio em suma.
quanto à outra, à morte renovação que me parece ser a que te referes, não me pronúncio. falta-me o pretexto :)

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Re: " O Sexo e a Morte" - Jacques Ruffié lili_one February 3 2006, 16:54:47 UTC
Não me leves tão a sério, começo a sentir ums certa sensação de compromisso. lol
Er estava a tentatr fazer uma brincadeira, intertextualizando com os outros comentários.
Claro que tanto o que tu escreves como o que eu escrevo são ambos assuntos sérios e ao contrário do que tu dizes têm muitos em comum em temos de antropologia, biologia, etc. Embora haja autores, como Edgar Morin, que não subscrevem a morte como renascimento, eterno retorno, etc.
Mas falando realmete sobre o teu rexto que achei excelente, embora ainda não tenha visto o filme, concordo contigo a morte não é bonita.
Mesmo que seja como nas Escrituras: "Memento bono quia pulvis es et in pulverem revertires"

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Re: " O Sexo e a Morte" - Jacques Ruffié innersmile February 3 2006, 18:54:22 UTC
não é uma questão de 'levar a sério'. é apenas uma questão de clareza do discurso. do meu, claro.

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nomorefilms February 3 2006, 16:38:00 UTC
nota: eu ainda não vi o munich ( ... )

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lili_one February 3 2006, 16:58:01 UTC
Peço desculpa de te comentar ainda por cima sendo dirigido a outra pessoa.
Mas é só em relação ao holocausto: tema muito abordado, sim mas, nunca o suficiente, para que não se esqueça.
Gostei muito do "Pianist" e Do "A Vida É Bela".
:)

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innersmile February 3 2006, 19:06:32 UTC
não, não vou, porque o meu gosto é pessoal e intransmissível.
mas repara, se como dizes os filmes do S. definem a «medida de tendência central», só isso, o facto de serem definidores, os torna arriscados. e se calhar os melhores exemplos até são essas obras de puro divertimento, como os indiana jones e os parques jurássicos, precisamente por isso, porque criaram um modelo, uma template.
aquilo que eu mais gosto no S. é da sua capacidade de contar uma história. não de debitar um argumento, mas de usar a linguagem do cinema para contar visualmente uma história. um pouco, talvez, e só para dar um exemplo, como o Hitchcock. e é curioso falares na mediania do The Terminal, porque é dos meus filmes preferidos dele, porque nesse como em poucos outros, o espectador quase que consegue "ler" a construção do filme, a forma como é usado o estúdio, o modo como o plano se constrói, como a sequência se desenvolve.
quanto às nádegas dormentes, não tenho opinião :)

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nomorefilms February 5 2006, 12:08:43 UTC
Gostei bastante deste comentário ao filme. :-)

l.

http://odiario.blogsome.com/

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naovouporai February 6 2006, 22:43:07 UTC
também pensei exactamente o mesmo... no momento em que aparecem as torres no fim... não é preciso dizer mais nada... gostei muito do filme, claro... e não fiquei com as nádegas dormentes ;)

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Pormenores... naovouporai February 7 2006, 10:06:11 UTC
Também sem influência narrativa... mas um pormenor que me fez sorrir (nos filmes dele há sempre qq coisa que me faz sorrir!): quando o comando de assalto ao Líbano troca de roupa estão todos perfilados como se estivessem num palco de teatro, era como se os personagens dissessem uns aos outros: afastem-se que é para os espectadores nos verem!
Gostei do filme sobretudo da recriação dos setenta.
E gostei muito da crítica e do blog. Parabéns!

Hei-de voltar!

PCosta

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