universo, porque me fazes isto?

Mar 18, 2022 19:59

o dia em que descobres que uma queda dói mais agora que na juventude... isso foi ontem. aos 12, durante as únicas férias que realmente foram férias, dei uma queda que me magoou o pulso direito. por vezes arma-se em estação meteorológica e dói. mas recuperei em poucos dias. ontem fiquei a saber que sim, cair, aos 46, praticamente da mesma altura (desde os 12 não devo ter crescido muito mais...) magoa bastante mais.

resultado: não posso cozinhar. queria comer qualquer coisa diferente de noodles ou pizza e népia. não consigo descascar batatas só com uma mão... agora foi a esquerda que se phodeu... tive que comprar outras botas pois as de fecho descolaram-se. e as outras são de atacadores... dar nós é algo extremamente doloroso p/ a minha mão esquerda... e só com a direita não me ajeito. :\

agora como raio é que eu fui espatifar assim o pulso? ora bem, contemos a peripécia como ela foi e sem papas na língua: eu desloquei-me do bules em direcção aos táxis e antes queria ir à farmácia buscar uns medicamentos em falta. vou a sair da farmácia em direcção aos táxis, vejo 1 tipo muito muito muito gordo que ia a atravessar. aquele era de facto demasiado gordo. até lhe custa a andar. bem, não vi uma parte saliente da calçada e pumbas! estatelei-me no chão, as pessoas todas a olhar. oooops. trambolhão amparado pelo (devidamente esfolado) joelho direito e pelo (muito magoado) pulso esquerdo...

levantei-me tipo mola, sacudi-me, desinfectei as mãos e fui pros táxis. queria muito lembrar-me que taxista me trouxe, mas não consigo... anyway. hoje acordei com o pulso inchado, horrivelmente dorido, mão incapaz de funcionar devidamente. ala! ligar pra colega e pro centro de saúde. a colega atendeu logo. o centro de saúde não. não atenderam. então liguei pro sns directo. mas quando finalmente cheguei ao centro, não havia + consultas p/ os sem médico... podia ter ido directa ao hospital mas eu queria evitar ir para aqueles lados... trazem-me demasiadas lembranças estranhas... mas tive que lá ir...

como não havia nenhum táxi ali na altura, fui comer uma queijada e um café no sítio ao lado dos táxis. e logo a seguir veio um táxi e lá fui eu, sozinha, ao hospital. triagem, raio-x, consulta. o médico tinha um sotaque espanholado mas foi mais simpático que o tuga que me atendeu da outra vez. não parti nada mas nunca uma queda me tinha deixado com 1 pulso tão dorido...

no hospital encontrei logo 3 conhecidos, um vizinho que tinha ido ver a mãe e 2 srs. fardados que certamente estariam em missão de aturar malucos e acudir a stresses (the usual)... ganhei 1 pulseira amarela, não pela gravidade mas certamente por ser um caso fácil de tratar: uma tipa que se distraiu a olhar para onde não devia e se estatelou no chão, tendo ficado temporariamente maneta... f*ck. oh universo, deves estar a gozar comigo, não? então agora, se avisto um gordo, não posso sequer ver se ao menos tem 1 ar simpático, que dou um trambolhão?... ora porra!

já sei que não devo querer saber mais de gordos nem olhar nem nada, ok pronto, entendi. mas agora estou cheia de fome e não posso cozinhar. e quero escrever e é phodido escrever só com uma mão. abrir certos frascos é impossível. resumindo, universo, decide-te! se não posso olhar p/ gordos nem p/ magros nem p/ carago nenhum e terei mesmo que passar o resto dos meus dias a desemerdar-me sozinha, CONVÉM QUE AMBAS AS MÃOS FUNCIONEM, ao menos, OK??!

universo, universo, tu vê lá o que me fazes e que mensagens me mandas. assim tás como a outra colega um bocadito psychic vampyre: atrasas-me (ainda mais) a vida e baralhas-me toda...
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