estranho mundo este em que vivemos

Apr 21, 2022 20:10

dizer que ando frustrada com a vida será pouco para descrever o meu estado de espírito. como este é um planeta de opostos e regras kármicas meio malucas (já Camões se queixava - algures na Lírica) onde a inteligência artificial prolifera, a inteligência natural terá uma (também natural) tendência a... diminuir.

no dia a dia tenho reparado em pessoas que sabem manusear um smartphone muito melhor que eu. mas não sabem fazer algo tão básico como... abrir uma porta. eu em certos aspectos continuo a ser um boi a olhar para um palácio em matéria de smartphones, mas sem ser aquela das traseiras que eu cravava sempre a chefe V. p/ abrir porque nunca consegui, ainda sei raciocinar como raio se abre uma porta. agora quando ficas a olhar para a maçaneta como se fosse a primeira vez que visses tal objecto, onde bastava que a agarrasses e girasses em sentido anti-horário e pumbas, se não está fechada à chave, a gaja abre! tão simples... népia... ficam embasbacados ali a olhar... whatever... já vi de tudo.

e claro, a seguir a uma panda-mia, o que é que a gente precisava o que é? lógico: uma "guelra". vá de estoirar bombinhas e miolos por todo o lado. vá de matar velhos mulheres crianças que apenas desejavam viver em paz. e vá de condenar um povo inteiro pelas atitudes de um presidente. e vá de ignorar o real perigo e de criar o caos no mundo. vá de se tornar tudo mais caro. tudo o que a gente tivesse que pagar mais caro por conta disto, deviam ser os senhores da guerra a terem que reembolsar no fim. como eles dão mais valor a tostões que a vidas humanas, depressa se deixavam de merdas...

que tal criar uma nova lei internacional da guerra com essa cláusula? quem provocasse a guerra teria que reembolsar todos os outros países no que tiveram que pagar mais caro por causa da dita cuja? não sei se ajudava, mas é naquela...

ando com várias questões na cabeça nos últimos tempos mas como não tenho com quem as discuta - venho-as escrever aqui.

não faço ideia como continuar a ser humana neste apocalipse zombie...

deus me dê alento, ele que nos fez humanos...

também vivemos numa época muito estranha, porque como diz a minha youtuber brasuca-italiana-da-polónia preferida, está-se a ver muito aquela coisa - como ela diz - que começa com cen e termina em sura - e parece que até já nos acostumamos, não é nada de novo.

eu tenho saudades da internet de há 20 anos atrás. era lenta e insegura mas não havia tantas burlas informáticas... e as pessoas faziam novas amizades com pessoas de quem apenas sabiam o nickname e que eram desta ou daquela parte do mundo. e tratávamo-nos todos por tu mas havia respeito. agora tratam-se formalmente, sabem o nome e onde vive, mas à mínima discórdia logo segue o insulto gratuito... e grandas calinadas a escrever. a mim, só apetece mandá-los repetir a escola primária em vez de estarem a ser mauzinhos uns p'os outros. (e eu escrevi "grandas" e "p'os" de propósito. sei que é "grandes" e "para os" mas quero escrever como falo apenas para dar enfase à treta que estou a dizer...)

portanto apenas chego a uma conclusão: as criaturas que mandam no mundo certamente foram ainda mais burros a história do que eu quando andavam na escola. e eu ainda fui a exame e safei-me. eles não. por isso estão a repetir a mesma merdinha toda, como se não tivessem aprendido absolutamente nada.

porra, eu queria era paz.

mundo do descartável, este. descartaram até a paz... já ninguém sabe dar valor ao que originalmente o devia ter.

raios. vou fazer noodles com ovo e alho azul e que saphoda. ou isso. bosta pra isto tudo.
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