Estrela Cadente - 16

Mar 18, 2007 10:57

Título: Estrela Cadente
Capítulos: 16/??
Autora: lahy
Gênero: angst, fluffy
Bandas: Aikaryu - Whiteblack - Irodori + Hizaki
Pares: Daiki x Shagrath, Tatsuya x Shagrath, Ruri x Kanoe, Hiro x Ruri
Classificação: PG-15
Disclaimer: x_x infelizmente eu não tenho os direitos da banda. Eles ainda são deles mesmos e tem contrato com a Crow Music. Isso é apenas um trabalho fictício feito com deturpações de coisas escritas nos blogs e sem nenhum fim lucrativo. A não ser reviews o.o' Reviews sempre são lucro!
Alertas: linguagem ofensiva em alguns capítulos
Sumário: Um grave acidente pode ser o fim de tudo, ou não?
Comentário: A idéia para essa fic surgiu por causa de um comentário do blog do Daiki, =D obviamente deturpado pela minha mente que vê yaoi em qualquer lugar. Eu também tirei muitas informações sobre o acidente de lá, assim como do blog do Teru e do Shagrath. Algumas foram ligeiramente modificadas, apenas para dar um melhor andamento a fic.
Capítulos anteriores: 01| 02| 03| 04| 05| 06| 07| 08| 09| 10| 11| 12| 13| 14| 15|



Antes de tudo, Feliz Aniversário Daiki-kun!! \^-^/ 23 aninhos!

Estrela Cadente
Capítulo 16

Os olhos profundamente escuros observaram o avião levantando vôo. Sentindo uma mão encostar-se em seu ombro esquerdo, aproximando-o mais em um gesto de apoio. Olhou para o lado, dando um leve sorriso para o homem que estava ali, observando o avião subir para o céu junto com ele.

- Quer comer alguma coisa? - o jovem de cabelos castanhos perguntou para o menor, vendo-o acenar positivamente com um sorriso triste no rosto. - Quer ir a algum lugar especial? - questionou, vendo um gesto negativo.

- A cafeteria daqui é boa. - o menor disse com um tom perceptivelmente triste na voz.

- Então vamos. Eu vou pagar um café gelado beeem grande pra você. E bolo. Vamos nos entupir de doce. - o tom de voz saiu propositalmente alegre, enquanto ele encaminhava o menor para o local, sem tirar sua mão do ombro oposto do amigo, em uma espécie de abraço.

- Você vai me engordar, Kaworu-san - sorriu diante da empolgação do vocalista.

- Ninguém vai notar, desde que você de um sorriso daqueles bem bonitos. - o guitarrista sorriu, encabulado com aquela frase. Seria sempre assim, Kaworu sempre faria graça com ele, nos melhores ou piores momentos, seria sempre o vocalista a lhe estender a mão.

- Você não existe, Kaworu-san - respondeu, vendo o mais alto abrir um enorme sorriso.

- Teru-chan fica com vergonha quando lhe elogiam, ne? - perguntou, ficando na frente do vocalista e abaixando de forma que pudesse encarar os olhos castanhos, que já se escondiam embaixo dos fios loiros.

- Pára Kaworu! - disse colocando a mão na frente do rosto, tentando esconder que estava com o rosto vermelho.

- Ok, eu paro. Mas só porque a gente chegou e você vai escolher a mesa. - o vocalista sorriu - O que você vai querer Teru-chan? - o loirinho apontou para um bolo de cobertura de chantilly decorado com morangos. - E café gelado, ne?

- Sim - disse rindo, escondendo-se novamente atrás da própria franja ao ver o olhar estranho da moça que atendia no balcão direcionado aos dois.

- Certo! Escolha a mesa que eu faço os pedidos. - o músico mais velho viu o menor escolher uma mesa escondida, atrás de um vaso enorme. Sorriu diante da discrição de Teru, aquela característica do guitarrista nunca iria mudar.

Fez os pedidos, indo sentar-se no lado oposto da mesa logo depois. Observou o amigo brincar com um paliteiro. O ar triste ainda presente no rosto tão bonito.

- Está arrependido? - perguntou baixinho, vendo os olhos negros voltarem-se para si.

A garçonete trouxe os pedidos com um falso sorriso no rosto, porém os dois ignoraram completamente aquele detalhe. Kaworu por estar ligeiramente preocupado, Teru por estar pensando na melhor resposta para a questão levantada pelo vocalista.

- Não é como se nada tivesse acontecido. - respondeu cortando um pedaço da sua fatia de bolo.

- Teru-chan, você ainda gosta dele, ne? - o vocalista perguntou, imitando o gesto anterior de Teru e comendo um pedaço do seu bolo.

- ...Muito, mas eu acho que aprendi a conviver com isso. - o loirinho sorriu, tentando enfatizar suas palavras.

- E o dia que o Hizaki dormiu na sua casa? Não me diga que não aconteceu nada. - Kaworu indagou indignado. Sabia que Hizaki ainda gostava de Teru, que Teru ainda gostava de Hizaki, então por que eles não deixavam aquela teimosia de lado e voltavam as boas, como antigamente?

- Não aconteceu nada... - o loirinho corou, fazendo o vocalista o olhar descrentemente - Nada do tipo que você gostaria que acontecesse. - ele respondeu corado, fazendo Kaworu rir.

- Teru-chan, que tipo de pervertido você acha que eu sou? - o tom de voz era de brincadeira, fazendo o loirinho sorrir.

- Do pior. - o guitarrista retrucou, e Kaworu fingiu uma falsa indignação.

- Você que passa a noite todinha com o Hi-chan, e eu que sou o pervertido? - o mais velho roubou um pedaço da torta do guitarrista em um claro gesto de provocação.

- Hey! Não roube meu bolo! - o menor repreendeu, vendo um sorriso no rosto do amigo enquanto ele mastigava lentamente o pedaço de bolo furtado descaradamente. - E caso você tenha esquecido, o Hizaki está namorando.

- Ah é! O namorado misterioso do Hi-chan que ninguém sabe quem é. O cara deve ser um santo pra deixar o namorado vir até Kyoto só pra saber se o ex está bem. - o vocalista disse como quem não queria nada, fazendo o loirinho suspirar.

- Ele me contou quem é. E nem sonhe que eu vou te contar - Teru disse assim que viu um sorriso de contentamento surgir no rosto de Kaworu - E o Hizaki não veio aqui só pra me ver, ele tinha problemas pra resolver. Tanto que ele ficou na sua casa. - a última frase fez Kaworu gargalhar alto, chamando a atenção das pessoas do café para a mesa aos fundos.

- Teru! É claro que ele veio te ver, e só para te ver. - o loirinho abaixou a cabeça, mais uma vez se escondendo atrás da longa franja. - Por isso não me diga que não aconteceu nada, é uma mentira deslavada que eu sei! - o vocalista bebeu um pouco do café, esperando uma resposta concreta.

- Ele pediu para gente voltar, nós nos beijamos e concluímos que o melhor é cada um viver a sua vida, separados. - disse vendo o olhar de espanto de Kaworu.

- Você não aceitou por que? - o vocalista indagou, vendo um olhar irritado no rosto do menor.

- Kaworu-san já sabia disso tudo, não é? - o vocalista assentiu em um movimento de cabeça, fazendo o menor revirar os olhos - Eu não confio mais no Hizaki. Não o bastante para a gente voltar... E eu acho que se isso acontecesse, nós só nos magoaríamos ainda mais.

- E o Kanoe? - Kaworu perguntou, daquele jeito aparentemente inocente que Teru sabia muito bem conter segundas intenções.

- Por que todo mundo resolveu que eu tenho um caso com o Kanoe? - Teru perguntou para ninguém especificamente, abaixando a cabeça na mesa e fazendo Kaworu rir.

- Vocês dois ficam fofos juntos. Excesso de meiguice. - o vocalista riu vendo um sorriso no rosto de Teru.

- Ka-chan é querido, ele tem sido bastante atencioso comigo. Mas ele gosta de outra pessoa, de verdade mesmo, sabe? E ele está sofrendo muito com isso. - Teru respondeu, fazendo desenhos imaginários com a ponta dos dedos no tampo da mesa.

- O que houve na nossa gravadora? Todo mundo resolveu se apaixonar? - Kaworu perguntou, arrancando uma risada de Teru.

- Eu só sei do Kanoe e do Daiki - Teru respondeu, vendo o olhar de espanto do vocalista.

- O Daiki também? - e o guitarrista observou com atenção enquanto Kaworu contava alguma coisa nos dedos - Tatsuya e Shagrath, Kanoe, Daiki, Itsuki e Dai, tudo de uma vez?

- Tatsuya e Shagrath, e Itsuki e Dai? - Teru perguntou estranhando o fato dos nomes estarem ligados.

- Você não sabia? - o vocalista sorriu. - Itsuki e Dai são bem discretos, mas eu já notei e tenho certeza absoluta que eles estão juntos. E eu vi o Tatsuya e o Shagrath se beijando no hospital. - o loirinho arregalou os olhos, surpreso com aquela informação.

- Então a pessoa que está namorando o Shagrath, é o Tatsuya? - perguntou incrédulo, fazendo Kaworu erguer uma sobrancelha em dúvida diante de tanto espanto.

Na verdade, Teru não queria imaginar o que Daiki faria quando descobrisse que seu rival era Tatsuya. Se fosse outra pessoa, uma enfermeira, uma médica, um médico até, seria uma coisa bem diferente do que Tatsuya. O produtor era um homem bonito, gentil, inteligente e principalmente amigo de todos eles.

- Sim, algum problema com isso Teru-chan? - o vocalista perguntou, colocando uma das mechas loiras do guitarrista atrás da orelha, permitindo uma melhor visão do rosto dele.

- Eu sabia que o Shagrath estava namorando, mas eu nunca pensei que fosse o Tatsuya. - o loirinho respondeu com uma dor no coração. Se fosse outra pessoa, ele sabia que Daiki teria alguma chance, mas Shagrath sempre havia deixado bem claro o quanto admirava o vocalista do Whiteblack, e aquilo era o bastante para Teru saber que o baixista não tinha chances de ganhar de Tatsuya se fossem disputar o coração do avoado Shagrath.

***

O olhar do baixista observava a cena com atenção, tentando manter a expressão séria apesar da dificuldade.

Sentia vontade de rir, mais pelo quase escândalo que assistia que pelo motivo real deste.

A enfermeira tirava a faixa da cabeça do guitarrista, enquanto ele inutilmente tentava impedir. A mulher ria da infantilidade da situação e, de vez em quando, olhava para Daiki como se pedisse ajuda para convencer o mais novo a deixá-la fazer seu trabalho em paz.

- Megumi-san, não precisa tirar, eu não me incomodo com a faixa. Deixe-a aí. - o guitarrista disse com a voz chorosa, enquanto fazia seu melhor olhar "cachorro abandonado" para a jovem enfermeira.

- Mas Umagome-san, você não precisa mais usar isso. - a mulher argumentou, tentando conter o riso.

- Eu não quero! - reclamou vendo a enfermeira concluir finalmente o seu trabalho.

- Não está tão ruim Shagrath - o baixista disse sorrindo ao ver a cara emburrada do mais novo.

- Você diz isso porque seu cabelo ainda está na sua cabeça. - o guitarrista disse, deitando na cama e colocando o travesseiro por cima do rosto - Por que eles cortaram meu cabelo, Daiki? - as palavras saíram abafadas devido ao objeto que Shagrath usava para tentar se esconder.

A enfermeira olhou para o baixista, ligeiramente preocupada com o paciente, mas Daiki apenas acenou para que ela fosse.

- Sha-chan, foi você que arrebentou a cabeça em um carro. Os médicos só rasparam seu cabelo pra poder desfazer o estrago que você mesmo fez. - Daiki disse, tirando o travesseiro de cima do rosto do mais novo.

- Como você me anima Daiki - ironizou, vendo um sorriso maligno surgir no rosto do mais alto.

- Sim! E como eu sabia que você ficaria extremamente chateado por se ver pela primeira vez como um homem calvo eu te trouxe um presente - disse sorrindo, andando até a cadeira em que tinha deixado sua mochila. - Feche os olhos ou eu não te mostro. - olhou para trás, verificando se o menor tinha feito o que havia dito, vendo-o de olhos fechados.

O baixista sorriu, caminhando até Shagrath com um pequeno espelho em mãos junto do presente tão especial.

- Posso abrir? - o guitarrista perguntou, perdendo o sorriso do rosto de Daiki.

Shagrath sentiu a mão de Daiki passando delicadamente por sua cabeça, inicialmente fazendo um carinho suave e então colocando alguma coisa. Apesar do estranhamento da situação, o mais novo manteve os olhos fechados.

- Pode abrir agora - o baixista disse segurando o espelho na frente do rosto de Shagrath, que simplesmente começou a gargalhar ao ver seu próprio rosto no objeto. - Gostou? O Uli que te emprestou, ele disse que você ia precisar mais do que ele. - Daiki disse rindo, vendo o guitarrista tirar a peruca preta da cabeça.

- É a de Kaizokuban, ne? - Shagrath sorriu, arrumando o objeto com as mãos e colocando-o novamente na cabeça. - Que tal? Hey ho, peace!! - terminou a frase fazendo um sinal de "V" com as mãos, uma tentativa de imitar Uli no video que a banda havia filmado na época de lançamento do mini álbum.

- Deixa o Uli saber que você está querendo roubar o lugar dele como sex symbol da banda. - os dois riram, e Daiki sentiu-se satisfeito ao ver que Shagrath nem se lembrava mais porque estava tão chateado no começo daquela manhã.

O baixista sabia que ele adorava as longas madeixas loiras. Nos bastidores, quem costumava ajudar o mais novo a arrumar o cabelo era Teru. Sempre era divertido observar a interação dos dois guitarristas. Eles divertiam-se como crianças por poder ficarem parecidos e enganar os fãs mais desavisados. Levaria um bom tempo até que os dois pudessem fazer algo assim novamente.

- Daiki? - o guitarrista chamou, vendo o mais alto olhar para ele em confusão - É a terceira vez que eu chamo. Em que mundo você está? - perguntou com um sorriso, sinal que não estava bravo.

- Lembrando de algumas coisas - sorriu enquanto tirava a peruca da cabeça do mais novo. - Melhor ir embora. - disse com um sorriso no rosto, colocando o lençol sobre o corpo do jovem ainda hospitalizado.

- Já? Por quê? Fica mais Daiki. - Shagrath pediu segurando o outro pelo braço. - Você tem coisas pra me contar. Fica por favor. - tentou mais uma vez, já vendo um sorriso no rosto do baixista.

- Coisas pra te contar? Que coisas Sha-chan? - o tom de voz intrigado dava a entender que Daiki realmente não sabia o que o menor realmente queria que ele contasse.

- Teve uma vez que você veio me visitar, que você disse que estava gostando de alguém - o guitarrista disse um tanto incerto, reparando o olhar chocado de Daiki sobre si. - ...Eu lembro que te disse pra falar pra ela, você falou? - perguntou, apertando com força o lençol, embora seus olhos não deixassem o do baixista.

- Não.

O silêncio durou alguns segundos diante da resposta direta, negativa e talvez até um pouco rispída. O olhar de Shagrath sobre Daiki deixava o baixista desconfortável, como se o mais novo soubesse o que estava se passando e o culpasse por sentir-se tão apaixonado.

- Eu queria estar bom - Shagrath murmurou, baixando a cabeça, fazendo os olhares se desviarem. - Porque eu poderia levar você para lugares divertidos, e você se animaria um pouco. - o esboço de um sorriso triste presente em sua face.

- Eu estou bem Shagrath, não se preocupe com isso, ok? - Daiki forçou um sorriso diante da expressão preocupada.

- Você mente tão mal. - reclamou - Eu só não gosto de te ver triste Daiki. E você tem estado tão triste.

- Ver que você está melhorando já é o suficiente para me alegrar - o mais alto sorriu, fazendo o guitarrista deitar na cama cobrindo-o novamente até o pescoço. - Não se preocupe comigo Sha-chan, eu vou ficar bem se você estiver bem. - disse apertando levemente a bochecha do mais novo, e enfim deixando o quarto.

Se Shagrath fizesse uma vaga idéia do que aquelas palavras significavam, certamente ele jamais as teria pronunciado.

***

O vocalista abriu a porta, vendo duas pessoas familiares esperando pelo elevador. Sorriu, satisfeito por saber que pelo menos teria alguém em casa e sua ida até ali não seria em vão. Cumprimentou Kaworu e Teru com um sorriso gentil, apesar do pouco entusiasmo. Gostaria que aquela visita fosse apenas para tomar alguma coisa e conversar, mas sabia que não era aquilo. Teria que conversar com Kanoe, e com muito cuidado, mesmo sabendo que o baixista jamais se negaria a voltar para o Irodori, por mais estúpido que Ruri pudesse ter sido, Kanoe jamais deixaria o Irodori. Pelo menos era nisso que Tatsuya queria acreditar.

Os dois integrantes do Aikaryu não o questionaram sobre seu silêncio, ou sobre o por que de estar ali. Provavelmente faziam alguma idéia do motivo e o dono da gravadora agradeceu profundamente pela consideração de ambos. Nunca se sentia bem quando corria o risco de perder algum integrante de uma de suas bandas. Não porque era estremamente estressante ter que ficar correndo atrás de membros de apoio enquanto não achavam um substituto, mas sim porque sentia falta do companheirismo sempre tão presente entre todos na Crow. Quando alguém ia embora, era como ver um filho sair de casa, e ver alguém indo embora por brigas, era realmente doloroso. Por isso, Tatsuya faria tudo que estivesse ao seu alcance para convencer Kanoe de tentar mais uma vez.

Enquanto Teru e Kaworu procuravam a chave, ele apenas observava com atenção a interação dos dois. Por que Ruri e Kanoe não podiam ser novamente como eram antes? Tão ligados quanto vocalista e guitarrista do Aikaryu? Certo que a ligação de Teru e Kaworu era algo realmente especial, eles se conheciam há anos e um jamais ousariam sequer pensar na possibilidade de fazer mal ao outro, mesmo assim, Ruri e Kanoe eram assim anter também, Tatsuya lembrava disso.

"Kanoe-kun está apaixonado pelo Ruri"

As palavras de Dai ecoando em sua mente não o ajudavam a pensar direito. Não era a primeira vez que se perguntava se por um acaso estava sendo egoísta, pensando em si e no Irodori quando a verdadeira preocupação deveria ser com Ruri e Kanoe. Principalmente Kanoe. Ruri tinha alguém para olhar por ele, por mais estranho que aquele casal ainda fosse aos olhos de Tatsuya. Não entendia como aquilo havia começado e como eles podiam se entender de alguma forma em um relacionamento tão carnal e tão pouco emotivo. Kanoe não, Kanoe era sensível, o tipo de pessoa que precisava de carinho e atenção, algo que Ruri parecia que não poderia lhe dar.

Carinho e atenção lembravam Shagrath. O jovem guitarrista tão avoado que sempre o havia tratado com tanto respeito e admiração. Já estava com saudades dele, mesmo que o tivesse visto na manhã passada.

- Hey Tatsu, vai ficar quanto tempo aí? - Kaworu perguntou com um sorriso no rosto, vendo o produtor ainda parado a porta.

Tatsuya entrou, vendo Kanoe ajudando Teru a preparar o jantar, os dois interagiam com uma naturalidade e intimidade bastante atípica para o tímido Teru.

- Eles se dão bem, ne? Eu ainda estranho... - as palavras de Kaworu foram baixas, para que apenas Tatsuya pudesse ouvir. - Como estão vocês dois? - perguntou esperando que o produtor entendesse sobre o que estava perguntando. As bochechas coradas de Tatsuya e a expressão levemente embaraçada fizeram Kaworu sorrir.

- Bem. - Tatsuya sorriu, mostrando a mão com o anel prateado.

Um sorriso enorme surgiu no rosto de Kaworu, e ele não disfarçou ao pegar a mão do produtor, aproximando-a e observando a aliança com cuidado.

- É bom ver você apaixonado Tatsu-chan - o vocalista do Aikaryu divertia-se com o tom vermelho no rosto do produtor. - Vai contar pra eles? - perguntou olhando para o guitarrista e o baixista que estavam entretidos em uma conversa sobre comida.

- Por enquanto não, eu quero esperar ele sair do hospital, pra contarmos juntos - disse sorrindo, vendo o outro vocalista assentir.

Kaworu andou até os dois cozinheiros da noite, abraçando o guitarrista pelas costas e beijando o topo de sua cabeça.

- Teru-chan, quer que eu ajude? Daí o Kanoe pode conversar com o Tatsuya. - o baixista olhou para os dois e então para o produtor no batente da porta.

- Hai. Vá lá Ka-chan, vocês podem conversar no meu quarto e eu e o Kaworu-san fazemos o jantar. - o loirinho sorriu, vendo o baixista concordar e entregar o avental que usava para o vocalista do Aikaryu.

Kanoe andou até Tatsuya, certamente ciente do que o produtor precisava conversar com ele. Sentia-se mal por preocupá-lo. Logo Tatsuya que era o chefe mais gentil que alguém poderia ter. Mas o que ele poderia fazer? Um sorriso gentil no rosto do produtor foi o suficiente para tranquilizar o mais novo. Quem sabe Tatsuya tivesse uma boa solução para o seu problema.

Continua...

2007.1803

Nota: Capítulo um pouco menor que os dois últimos x_x e demorou pra sair! x_x culpa dos milhares de cortes que eu fiz. Desculpem x_x mas foi necessário.

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