Tri.ângulos - Capítulo 06
Título: Tri.ângulos
Autora: Mô-chan
Banda: Dir en grey
Casais: DiexKaoru/KaoruxDie, DiexKyo, KaoruxKyo, KaoruxDiexKyo
Gênero: Yaoi, Lemon
Classificação: NC-17
Sinopse: Uma história sobre três homens que se envolveram da forma mais primitiva, humana, carnal e prazerosa possível. Uma história sobre sexo.
Avisos: Self-masturbation, voyeurism, threesome.
Capítulos Anteriores: Prólogo, 01, 02, 03, 04, 05.
XXX
06. Um Confronto
XXX
No dia seguinte, Die e Kyo chegaram juntos ao estúdio. Estavam atrasados, e só por isso o ruivo não insistira em voltar à própria casa para reaver as chaves que tinham ficado no térreo do prédio. Provavelmente o zelador as recolhera.
Ou, pelo menos, era o que Die esperava.
O atraso dos dois não se devia ao usual excesso de sono do vocalista, ou aos conhecidos hábitos alcoólicos do guitarrista, nem a um possível esquecimento de pôr o despertador pra tocar na hora certa.
Kyo tinha acordado relativamente cedo, até. Die não bebera enquanto estava na casa dele, e o que tinha ingerido no pub havia sido muito pouco. O despertador tinha tocado.
Porém, após uns poucos instantes de estranhamento por parte de Die depois que ambos haviam acordado, o ruivo não resistiu quando Kyo começou a beijá-lo e a tocá-lo nas partes mais íntimas de seu corpo, com aqueles dedos esguios que sabiam muito bem como deixar qualquer um no ponto.
Toshiya e Shinya conversavam num canto quando eles chegaram, e o ruivo estranhou que Kaoru não estivesse à vista, considerando a hora. Mas então o baixista lhe disse que o líder estava no banheiro, e que ele queria falar com-
Kyo.
Enquanto que Die pareceu perturbado por isso, Kyo não demonstrou reação alguma. Foi ao encontro de Kaoru com as mãos nos bolsos da jaqueta preta que usava, uma expressão de quem não tinha nada a temer, nem devia nada a ninguém.
E era assim que ele se sentia. Sempre.
- Eu vi você chegando de carro com o Die - Kaoru anunciou ao vê-lo pelo espelho, enquanto secava as mãos numa toalha.
Kyo percebeu que o outro estava na beira do autocontrole. Provavelmente já tirara todas as conclusões possíveis - e verdadeiras - a partir daquela simples visão.
E não era como se Kyo tivesse algo a esconder.
- É... ele passou a noite lá em casa - disse o loiro, como quem fala a respeito do tempo.
Kaoru, no entanto, não pensava daquele jeito, e deixou sua reação bem clara ao vir pra cima de Kyo e prensá-lo contra a parede, a mão esquerda apoiada acima do ombro direito do vocalista. - Como você pode dizer isso com tanta calma? - indagou entre dentes, sua respiração praticamente contra os lábios do outro.
Kyo deu de ombros, nem um pouco perturbado pela raiva nos olhos de Kaoru. Já aquele ar chegando à sua boca, no entanto... Mas conteve-se, pelo menos por enquanto. - Porque é a verdade. No meio da briga de vocês, o Die ficou sem ter como entrar em casa... e eu o convidei.
As pálpebras de Kaoru se estreitaram perigosamente.
Mas Kyo estava longe de sentir ou se preocupar com o perigo.
- Você estava lá?
O silêncio dissimulado do vocalista respondia à pergunta do líder, que bufou, mais irritado ainda.
- Você transou com o Die - não era uma pergunta, e Kyo sentiu a verdade no tom de voz de Kaoru vibrando em suas veias, aquecendo suas entranhas. - O que mais você quer?
Kyo passou a ponta da língua sobre o lábio inferior num gesto quase inconsciente, mas tinha plena consciência das idéias que lhe surgiam a partir daquela pergunta, e do jeito como Kaoru o colocava contra a parede - tanto no sentido literal quanto no figurado. - Se eu quero separar você do Die? Pff, não. Nem brigar com você ou trazer problemas pra banda... ou qualquer outra merda que tenha passado pela sua cabeça.
Kaoru voltou a estreitar os olhos, aproximando-se mais do vocalista numa ameaça que não estava tendo os efeitos que ele esperava. - Não me provoque, Kyo.
- Ah, mas é você que está me provocando com toda essa... - e Kyo baixou os olhos por um instante, numa insinuação descarada. - ...agressividade.
Realmente, aquilo não era o que Kaoru esperava ouvir.
E ele não pôde evitar que seus olhos acompanhassem o movimento lento e sutilmente depravado da língua de Kyo entre aquele par de lábios carnudos, outra vez.
- Você está dando em cima de mim?
- Ainda não - e Kyo sorriu perversamente, tanto pela ambigüidade daquela pergunta e de sua resposta quando pela espontaneidade na surpresa que o guitarrista não conseguia esconder. - Sabe, eu disse ao Die que não queria nada com você... Mas isso não quer dizer que eu não possa mudar de idéia.
Kaoru foi surpreendido novamente quando Kyo o puxou pela nuca, colando seus lábios nos dele. O vocalista o encarou, como que desafiando-o a recuar, e os olhos de Kaoru faiscaram, numa mistura de luxúria, orgulho e indignação.
O beijo que se seguiu foi feroz. Kaoru puxou-o pelos cabelos para devorar seus lábios cheios e teve a língua mordida, pois Kyo não era de se submeter ao domínio de ninguém, muito menos com tanta facilidade. O líder abriu a jaqueta do outro e pôs a mão direita sob sua regata branca, arranhando a área já marcada abaixo do peito. Kyo, por sua vez, desceu uma mão por entre os corpos de ambos e outra pelas costas de Kaoru, puxando-o pelo cós da calça na mesma hora que apalpava o volume entre suas pernas.
O baixinho tinha começado aquilo porque Kaoru lhe parecera um tanto estimulante quando irritado e a uma distância tão curta; sentia-se satisfeito ao confirmar que o apelo era mútuo. Puxou o zíper da calça e enfiou a mão ali dentro, sorrindo quando Kaoru arfou em seus ouvidos e apertou seu mamilo direito entre os dedos. Kyo começou a massageá-lo e recebeu uma mordida no pescoço, o que só fez aumentar sua vontade de continuar com aquilo. Empurrou as calças de Kaoru pra baixo e voltou a masturbá-lo, com mais facilidade e rapidez. O vocalista arrepiava-se com a respiração dificultosa em sua orelha e os eventuais apertões ou arranhadas na pele de seu abdômen.
- ...e eu pensei que vocês estivessem se matando aqui dentro.
- Depende do ponto de vista - Kyo disse, sentindo o meio sorriso de Kaoru em seu pescoço. Die, no entanto, pareceu não ver graça no seu comentário.
- Continua - Kaoru grunhiu em tom de ordem, e Kyo o fez, apesar do ar pasmo nas feições do ruivo, que os olhava da porta do banheiro.
Obviamente instigado pela presença de Die, Kaoru não fez questão de conter os gemidos e ruídos respiratórios que lhe escaparam enquanto Kyo o tocava, os dedos habilidosos sucedendo em dar-lhe prazer.
Kyo manteve seu olhar libidinoso nas feições de Die, que parecia dividido entre observá-los - era uma visão tentadora, senão excitante - e sair dali. Ou pará-los.
Entretanto, não havia mais por que “interrompê-los”, pois Kaoru logo chegou ao orgasmo, deixando marcas na pele de Kyo como prova do que tinha acontecido.
Ele não sabia, ainda, que as unhas de Die também haviam deixado rastros avermelhados no corpo de Kyo, da mesma forma como os dentes e lábios do vocalista tinham feito com o ruivo. Várias vezes.
Kyo afastou-se de Kaoru e lambeu os próprios dedos, ainda encarando Die, cujo olhar inevitavelmente fixou-se no dele - ou nos movimentos da língua em seus dedos. O loiro andou voluptuosamente até o ruivo, ouvindo os sons de Kaoru atrás de si, provavelmente pondo as calças no lugar.
- Ele fica irresistível quando está com raiva, não é? - havia um tom de desculpa debochada na voz de Kyo. Não sentia-se na obrigação de se explicar, mas previa que aquela fala o ajudaria a trazer o ruivo de volta à sua cama, eventualmente.
Kyo não esperou uma resposta por parte do ruivo, cuja atenção voltara-se novamente ao outro guitarrista. Lavou as mãos, secando-as com a mesma toalha que Kaoru havia usado antes, e saiu do banheiro, deixando aqueles dois a sós, no meio daquele ar palpavelmente tenso - ambiente propício para uma transa.
Quase arrependia-se por não ter ficado lá, mas sabia que, por enquanto, era melhor não dar um passo tão grande. Teria de ignorar as evidências em seu próprio corpo; mas não era a primeira vez que obrigava-se a esperar por algo.
E pensar no que ele tinha conseguido com Die o fazia lembrar que valia a pena.
- O que está acontecendo? - Toshiya indagou, meio preocupado. - O Die estava agitado e disse algo sobre o Kaoru brigar com você...
Kyo balançou a cabeça, o mesmo ar desencanado de quando tinha começado a conversar com o líder. - Nah, ele e o Die que tiveram um desentendimento ontem, mas... devem estar se acertando agora.
O baixista e o baterista do Dir en grey se entreolharam, perdendo o sorriso pervertido nas feições do vocalista da banda.
- Eu vou sair pra fumar. Algum de vocês quer dar uma volta?
Não era do feitio de Kyo fazer aquele tipo de convite, mas os outros dois logo entenderam o que ele estava sugerindo de verdade e o acompanharam para uma breve caminhada matinal.
Deixando o banheiro e o resto do estúdio para os outros dois guitarristas aproveitarem como quisessem.
XXX
E como aproveitaram...
Sentiu minha falta, saudoso leitor? Não tanto quanto deve estar ansioso para saber o que vai rolar entre Die e Kaoru naquele banheiro (ou em outras partes do estúdio, hmmm...).
Se bem que eu e você sabemos que a questão não é bem o quê, mas como, não é?
Só posso dizer que Kaoru ainda está com raiva.
Será que Die também está?
Aliás... Você reparou, distraído leitor, em como Die teve pensamentos a respeito de Kyo e não se importou com isso? Não tentou evitá-los, e eu diria até que gostou de ver Kyo e Kaoru se pegando no banheiro.
Heh, mas quem não gostaria... Talvez você, insaciável leitor. Porém, já estava avisado de que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.
E há tantas outras coisas por vir...
XXX
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Autora: Mô-chan
Banda: Dir en grey
Casais: DiexKaoru/KaoruxDie, DiexKyo, KaoruxKyo, KaoruxDiexKyo
Gênero: Yaoi, Lemon
Classificação: NC-17
Sinopse: Uma história sobre três homens que se envolveram da forma mais primitiva, humana, carnal e prazerosa possível. Uma história sobre sexo.
Avisos: Self-masturbation, voyeurism, threesome.
Capítulos Anteriores: Prólogo, 01, 02, 03, 04, 05.
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06. Um Confronto
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No dia seguinte, Die e Kyo chegaram juntos ao estúdio. Estavam atrasados, e só por isso o ruivo não insistira em voltar à própria casa para reaver as chaves que tinham ficado no térreo do prédio. Provavelmente o zelador as recolhera.
Ou, pelo menos, era o que Die esperava.
O atraso dos dois não se devia ao usual excesso de sono do vocalista, ou aos conhecidos hábitos alcoólicos do guitarrista, nem a um possível esquecimento de pôr o despertador pra tocar na hora certa.
Kyo tinha acordado relativamente cedo, até. Die não bebera enquanto estava na casa dele, e o que tinha ingerido no pub havia sido muito pouco. O despertador tinha tocado.
Porém, após uns poucos instantes de estranhamento por parte de Die depois que ambos haviam acordado, o ruivo não resistiu quando Kyo começou a beijá-lo e a tocá-lo nas partes mais íntimas de seu corpo, com aqueles dedos esguios que sabiam muito bem como deixar qualquer um no ponto.
Toshiya e Shinya conversavam num canto quando eles chegaram, e o ruivo estranhou que Kaoru não estivesse à vista, considerando a hora. Mas então o baixista lhe disse que o líder estava no banheiro, e que ele queria falar com-
Kyo.
Enquanto que Die pareceu perturbado por isso, Kyo não demonstrou reação alguma. Foi ao encontro de Kaoru com as mãos nos bolsos da jaqueta preta que usava, uma expressão de quem não tinha nada a temer, nem devia nada a ninguém.
E era assim que ele se sentia. Sempre.
- Eu vi você chegando de carro com o Die - Kaoru anunciou ao vê-lo pelo espelho, enquanto secava as mãos numa toalha.
Kyo percebeu que o outro estava na beira do autocontrole. Provavelmente já tirara todas as conclusões possíveis - e verdadeiras - a partir daquela simples visão.
E não era como se Kyo tivesse algo a esconder.
- É... ele passou a noite lá em casa - disse o loiro, como quem fala a respeito do tempo.
Kaoru, no entanto, não pensava daquele jeito, e deixou sua reação bem clara ao vir pra cima de Kyo e prensá-lo contra a parede, a mão esquerda apoiada acima do ombro direito do vocalista. - Como você pode dizer isso com tanta calma? - indagou entre dentes, sua respiração praticamente contra os lábios do outro.
Kyo deu de ombros, nem um pouco perturbado pela raiva nos olhos de Kaoru. Já aquele ar chegando à sua boca, no entanto... Mas conteve-se, pelo menos por enquanto. - Porque é a verdade. No meio da briga de vocês, o Die ficou sem ter como entrar em casa... e eu o convidei.
As pálpebras de Kaoru se estreitaram perigosamente.
Mas Kyo estava longe de sentir ou se preocupar com o perigo.
- Você estava lá?
O silêncio dissimulado do vocalista respondia à pergunta do líder, que bufou, mais irritado ainda.
- Você transou com o Die - não era uma pergunta, e Kyo sentiu a verdade no tom de voz de Kaoru vibrando em suas veias, aquecendo suas entranhas. - O que mais você quer?
Kyo passou a ponta da língua sobre o lábio inferior num gesto quase inconsciente, mas tinha plena consciência das idéias que lhe surgiam a partir daquela pergunta, e do jeito como Kaoru o colocava contra a parede - tanto no sentido literal quanto no figurado. - Se eu quero separar você do Die? Pff, não. Nem brigar com você ou trazer problemas pra banda... ou qualquer outra merda que tenha passado pela sua cabeça.
Kaoru voltou a estreitar os olhos, aproximando-se mais do vocalista numa ameaça que não estava tendo os efeitos que ele esperava. - Não me provoque, Kyo.
- Ah, mas é você que está me provocando com toda essa... - e Kyo baixou os olhos por um instante, numa insinuação descarada. - ...agressividade.
Realmente, aquilo não era o que Kaoru esperava ouvir.
E ele não pôde evitar que seus olhos acompanhassem o movimento lento e sutilmente depravado da língua de Kyo entre aquele par de lábios carnudos, outra vez.
- Você está dando em cima de mim?
- Ainda não - e Kyo sorriu perversamente, tanto pela ambigüidade daquela pergunta e de sua resposta quando pela espontaneidade na surpresa que o guitarrista não conseguia esconder. - Sabe, eu disse ao Die que não queria nada com você... Mas isso não quer dizer que eu não possa mudar de idéia.
Kaoru foi surpreendido novamente quando Kyo o puxou pela nuca, colando seus lábios nos dele. O vocalista o encarou, como que desafiando-o a recuar, e os olhos de Kaoru faiscaram, numa mistura de luxúria, orgulho e indignação.
O beijo que se seguiu foi feroz. Kaoru puxou-o pelos cabelos para devorar seus lábios cheios e teve a língua mordida, pois Kyo não era de se submeter ao domínio de ninguém, muito menos com tanta facilidade. O líder abriu a jaqueta do outro e pôs a mão direita sob sua regata branca, arranhando a área já marcada abaixo do peito. Kyo, por sua vez, desceu uma mão por entre os corpos de ambos e outra pelas costas de Kaoru, puxando-o pelo cós da calça na mesma hora que apalpava o volume entre suas pernas.
O baixinho tinha começado aquilo porque Kaoru lhe parecera um tanto estimulante quando irritado e a uma distância tão curta; sentia-se satisfeito ao confirmar que o apelo era mútuo. Puxou o zíper da calça e enfiou a mão ali dentro, sorrindo quando Kaoru arfou em seus ouvidos e apertou seu mamilo direito entre os dedos. Kyo começou a massageá-lo e recebeu uma mordida no pescoço, o que só fez aumentar sua vontade de continuar com aquilo. Empurrou as calças de Kaoru pra baixo e voltou a masturbá-lo, com mais facilidade e rapidez. O vocalista arrepiava-se com a respiração dificultosa em sua orelha e os eventuais apertões ou arranhadas na pele de seu abdômen.
- ...e eu pensei que vocês estivessem se matando aqui dentro.
- Depende do ponto de vista - Kyo disse, sentindo o meio sorriso de Kaoru em seu pescoço. Die, no entanto, pareceu não ver graça no seu comentário.
- Continua - Kaoru grunhiu em tom de ordem, e Kyo o fez, apesar do ar pasmo nas feições do ruivo, que os olhava da porta do banheiro.
Obviamente instigado pela presença de Die, Kaoru não fez questão de conter os gemidos e ruídos respiratórios que lhe escaparam enquanto Kyo o tocava, os dedos habilidosos sucedendo em dar-lhe prazer.
Kyo manteve seu olhar libidinoso nas feições de Die, que parecia dividido entre observá-los - era uma visão tentadora, senão excitante - e sair dali. Ou pará-los.
Entretanto, não havia mais por que “interrompê-los”, pois Kaoru logo chegou ao orgasmo, deixando marcas na pele de Kyo como prova do que tinha acontecido.
Ele não sabia, ainda, que as unhas de Die também haviam deixado rastros avermelhados no corpo de Kyo, da mesma forma como os dentes e lábios do vocalista tinham feito com o ruivo. Várias vezes.
Kyo afastou-se de Kaoru e lambeu os próprios dedos, ainda encarando Die, cujo olhar inevitavelmente fixou-se no dele - ou nos movimentos da língua em seus dedos. O loiro andou voluptuosamente até o ruivo, ouvindo os sons de Kaoru atrás de si, provavelmente pondo as calças no lugar.
- Ele fica irresistível quando está com raiva, não é? - havia um tom de desculpa debochada na voz de Kyo. Não sentia-se na obrigação de se explicar, mas previa que aquela fala o ajudaria a trazer o ruivo de volta à sua cama, eventualmente.
Kyo não esperou uma resposta por parte do ruivo, cuja atenção voltara-se novamente ao outro guitarrista. Lavou as mãos, secando-as com a mesma toalha que Kaoru havia usado antes, e saiu do banheiro, deixando aqueles dois a sós, no meio daquele ar palpavelmente tenso - ambiente propício para uma transa.
Quase arrependia-se por não ter ficado lá, mas sabia que, por enquanto, era melhor não dar um passo tão grande. Teria de ignorar as evidências em seu próprio corpo; mas não era a primeira vez que obrigava-se a esperar por algo.
E pensar no que ele tinha conseguido com Die o fazia lembrar que valia a pena.
- O que está acontecendo? - Toshiya indagou, meio preocupado. - O Die estava agitado e disse algo sobre o Kaoru brigar com você...
Kyo balançou a cabeça, o mesmo ar desencanado de quando tinha começado a conversar com o líder. - Nah, ele e o Die que tiveram um desentendimento ontem, mas... devem estar se acertando agora.
O baixista e o baterista do Dir en grey se entreolharam, perdendo o sorriso pervertido nas feições do vocalista da banda.
- Eu vou sair pra fumar. Algum de vocês quer dar uma volta?
Não era do feitio de Kyo fazer aquele tipo de convite, mas os outros dois logo entenderam o que ele estava sugerindo de verdade e o acompanharam para uma breve caminhada matinal.
Deixando o banheiro e o resto do estúdio para os outros dois guitarristas aproveitarem como quisessem.
XXX
E como aproveitaram...
Sentiu minha falta, saudoso leitor? Não tanto quanto deve estar ansioso para saber o que vai rolar entre Die e Kaoru naquele banheiro (ou em outras partes do estúdio, hmmm...).
Se bem que eu e você sabemos que a questão não é bem o quê, mas como, não é?
Só posso dizer que Kaoru ainda está com raiva.
Será que Die também está?
Aliás... Você reparou, distraído leitor, em como Die teve pensamentos a respeito de Kyo e não se importou com isso? Não tentou evitá-los, e eu diria até que gostou de ver Kyo e Kaoru se pegando no banheiro.
Heh, mas quem não gostaria... Talvez você, insaciável leitor. Porém, já estava avisado de que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.
E há tantas outras coisas por vir...
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