oneshot; TatsurouxDaisuke

Apr 15, 2008 23:38

Tìtulo: zetsubou ni sayonara
Autora: Mô-chan
Bandas: MUCC & the studs; referências a Dir en grey, Merry & Kagerou.
Casais: TatsurouxDaisuke; referências a KyoxGara (como não poderia deixar de ser LOL).
Gênero: Drama com pitadas de humor (ou vice-versa 8D), yaoi/slash.
Classificação: NC-17
Sinopse: “Você sempre esteve aqui. Isso me ajuda e é mais importante do que qualquer outra coisa.” Tatsurou continua ajudando Daisuke a seguir em frente.

Nota: Inspirada na sessão de fotos com o Tatsurou, o Daisuke e o Gara da Neo Genesis 20, que se encontra aqui (créditos à tasaimoo). A Yuu e a Jessie me pediram uma fic do Tatsu e do Dai, e aqui está ela, dedicada também à Shade. :3 Pode ser considerada uma continuação de Consolo? e, além disso, B-side you (que é mais focada no Kyo e no Gara), mas não é estritamente necessário que se leiam essas outras fics para a compreensão desta.

zetsubou ni sayonara é o título de uma música do Kagerou. Significa "adeus ao desespero".

XXX

Daisuke ficou se olhando no espelho durante um longo tempo, analisando seu reflexo.

A camiseta estampada, que em muitos ficaria estranha, caía bem nele. E o fato de ela não ser colorida, mas preto e branco, ajudava. Estava pra fora das calças, com os primeiros botões abertos, expondo o pescoço, a clavícula e parte do peito do vocalista dos studs.

O vocalista dos studs.

Os sapatos, que ele ainda não tinha colocado, estavam “ok”. As calças também.

O que faltava, talvez, era algum outro acessório. Não usaria muita maquiagem (tinha diminuído ou praticamente largado mão dela quando se arrumava para eventos como o de hoje); não pegaria um montão de cintos ou parafernálias de sua vasta coleção, nem determinados anéis ou pulseiras que pudessem trazer lembranças indesejáveis.

Estava com um cinto. E alguns anéis, pulseiras e correntes no pescoço.

Mas nada de antes. De um ano atrás.

Viu-se com o lábio torcido no espelho, e perguntou-se então há quanto tempo tinha amarrado a cara daquele jeito. Se Tatsurou o visse assim (pior: se soubesse no que ele estava pensando), certamente ficaria preocupado. E Daisuke já estava cansado de preocupá-lo com essas coisas.

Suspirou, voltando à análise de sua própria imagem. Percorreu os olhos pelas coisas que tinha trazido consigo, até que um chapéu-o único ali-chamou sua atenção. Ele não costumava usar esse tipo de acessório, mas o chapéu tinha sido um “presente” de Kyo, sob o pretexto de que não havia servido bem no baixinho. (E Gara não tinha gostado do modelo. Daisuke se lembrava de Kyo ter resmungado algo sobre o chapéu não ser chamativo o bastante para o gosto do outro.)

- Hmmm. Vamos ver...

Pôs o chapéu na cabeça, e o cabelo cobriu-lhe o canto dos olhos. Franziu o cenho, desgostando de alguma coisa, e retirou o chapéu. Como se tivessem vida própria, seus dedos passaram pela franja repetidamente; um gesto bastante natural dele. Puxou os fios negros para trás, sentindo parte deles escapando e caindo ao redor de seu rosto novamente, teimosos como o dono. Voltou a puxá-los para trás então, segurando-os no lugar enquanto usava a mão livre para pôr o chapéu sobre a cabeça. Ajeitou-o, assim como o cabelo, cujos fios restantes ficaram para trás da orelha e ao redor de sua nuca.

Fixou um olhar em si mesmo e assentiu, satisfeito. Os olhos refletidos no espelho continuaram sem brilho, porém.

- ...ligo quando estiver pronto.

Daisuke virou-se de frente pra porta do camarim ao ouvir a voz de Gara, que falava com alguém pelo celular.

- Não, desta vez o fotógrafo não é o Kiyoharu.

Ele ergueu as sobrancelhas, percebendo o tom entre impaciência e diversão na voz do outro vocalista, que notou sua presença e moveu o rosto num cumprimento silencioso.

- O Daisuke está aqui. Quer falar com ele? ...te mandou um oi, Dai. ... Não, ele tá sozinho. ... Não sei, mas acho que logo ele chega. ... Sim, Kyo. Tchau.

Gara suspirou, pondo o celular num dos bolsos de seu grande casaco preto, cheio de fechos, e por sob a gola do qual saía o capuz meio arroxeado do casaco-canguru que ele usava por baixo. Voltou-se para Daisuke, os olhos exibindo a mesma impaciência e diversão com que falara ao telefone. - O Kyo está insuportável desde que eu contei das fotos do Kiyoharu-san. Devia ter ficado quieto até que ele voltasse ou descobrisse por conta própria.

Daisuke sorriu, sabendo que não era só o “ciúme” de Kyo que incomodava Gara. O problema maior era que eles não se viam há algumas semanas-como ele em relação a Tatsurou. - Mas o Kyo logo volta, e vai passar um bom tempo aqui - disse, e Gara murmurou seu consentimento, meio vago. O Dir en grey faria shows no Japão no fim do ano e daí as coisas ficariam um pouco mais fáceis. Talvez.

- E o Tatsurou?

- Ainda não veio.

Gara fixou os olhos em Daisuke de forma a deixar claro que não era essa a resposta que ele queria.

- Ah. Ele vai passar a virada do ano em Tóquio... está pensando em reunir algumas bandas num evento ou algo assim. [1]

Gara assentiu; Tatsurou tinha mencionado algo a respeito disso com ele. Encarou Daisuke durante algum tempo, como que estudando-o, e depois balançou a cabeça, como que inconformado com alguma coisa. - Já faz um ano, Dai...

Daisuke não precisava perguntar pra saber do que se tratava. - Só um ano.

Gara ia contestá-lo, mas a conversa foi interrompida quando a porta do camarim se abriu novamente, e por ela entrou Tatsurou, uma sacola enorme em mãos e um sorriso igualmente grande no rosto, apesar do par de olheiras sob seus olhos pequenos.

- Olá - ele olhou para cada um dos dois. - Gara, será que você pode deixar o Dai e eu a sós?

O vocalista do Merry não comentou sobre ter sido dispensado tão rapidamente; apenas pôs os óculos escuros que retirara do bolso e deu um jeito de conter o sorriso que teria surgido em suas feições. - Aproveitem - disse, ao passar por Tatsurou, que lhe piscou um olho e logo voltou a fitar Daisuke. Este ainda olhava para a porta que Gara tinha fechado ao sair com um tanto de incredulidade.

- Precisava expulsá-lo daqui, e com nada mais do que um “oi”? - indagou ao pousar os olhos em Tatsurou, que tinha se aproximado, largando a sacola no chão. Daisuke distraiu-se momentaneamente ao observar a roupa que o outro usava: um casaco azul, grosso, com uma gola enorme; alguma blusa ou um moletom vermelho-escarlate por baixo; uma calça jeans desbotada e um All Star vermelho. O celular dele pendia na lateral direita da calça; Tatsurou tinha desenvolvido a mania de pendurá-lo ali, argumentando que era mais prático e que ficava “legal”.

- Também senti sua falta, sabe - e apesar do tom brincalhão na voz de Tatsurou, Daisuke soube na mesma hora que ele estava falando sério.

- Eu-

O mais alto aproximou-se o espaço que faltava, sem disfarçar a intensidade em seu olhar. - Dai - murmurou, encostando seus lábios nos dele.

Daisuke fechou os olhos, pressionando de volta, inalando a essência do outro. - Tatsu.

Um cumprimento e mais um monte de palavras implícitas numa troca do que poderiam ser simples apelidos.

- Esse chapéu fica horrível em você, sabia?

Não era questão de estragar o clima.

- E você é a pessoa mais sem tato que eu conheço.

Era um reconhecimento de território.

- Ah, mas é que eu prefiro usar meu tato pra outras coisas.

E muito tempo sem se ver.

Tatsurou voltou a beijá-lo, pondo uma mão em suas costas para puxá-lo de encontro a si enquanto envolvia seu pescoço para devorar sua boca com mais facilidade. Daisuke apoiou as mãos na penteadeira atrás de si e ergueu um pé, encostando-o na canela do outro e subindo só um pouco.

Tatsurou recuou o rosto e, sem dúvidas, havia uma curva maliciosa nos lábios de Daisuke, cujo pé subiu e foi para trás, escorregando pela panturrilha até chegar ao calcanhar.

O vocalista do MUCC prensou-o contra a penteadeira e o fez sentar-se na beirada, empurrando as coisas pra trás sem se importar. Pôs as mãos nas coxas de Daisuke e ficou entre elas, encarando-o com suas pupilas já dilatadas. Era como se estivesse desafiando-o a provocá-lo de novo.

Daisuke pôs as mãos sobre as suas e, por um instante, o fez pensar que interromperia o momento; mas, ao invés disso, seus dedos subiram pelos braços de Tatsurou até chegar às dobras da enorme gola do casaco que ele estava usando. Então Daisuke puxou-o e eles se beijaram de novo, as pernas de um enlaçando o tronco do outro enquanto este apertava suas coxas.

O chapéu do mais velho acabou por escorregar de sua cabeça e cair na bagunça às suas costas. Talvez fosse o barulho causado por isso ou a necessidade súbita de repirar, mas Tatsurou interrompeu o beijo de novo, observando como os cabelos haviam caído em torno do rosto e pescoço de Daisuke, e como aqueles olhos tinham recuperado um pouco do brilho. Os lábios entreabertos dele sopravam ar sobre sua boca.

Era uma visão ainda mais bonita e tentadora do que a de quando ele tinha chegado ali. E muito mais viva.

- Há quantos dias você não dorme? - Daisuke pôs uma mão em sua bochecha, o dedão passando sob seu olho direito, fazendo referência a suas olheiras.

Tatsurou riu. - Eu tenho dormido, só não tanto quanto precisaria, pelo jeito. - Pegou a mão dele e a trouxe até os lábios, lambendo a palma. Percebeu o suave tremor percorrendo o corpo de Daisuke, assim como quando os olhos dele ficaram momentaneamente mais escuros. - E eu não sou um coala feito o Kyo - completou, rindo mais quando o outro apenas revirou os olhos, um meio-sorriso nos lábios. Tatsurou apertou suas coxas de novo antes de enfiar as mãos sob a camisa, acariciando a pele até o limite do cós da calça.

- Percebe-se - veio a resposta meio tardia, quando Tatsurou já começava a morder o contorno de sua mandíbula até chegar à sua orelha, cujo lóbulo também recebeu a devida atenção.

Daisuke obrigou-se a conter o gemido que teria escapado de sua garganta; moveu o quadril contra o de Tatsurou uma vez e puxou seus cabelos antes de mover-se de novo. O que o primeiro tinha contido de sons, o segundo deixou fluir em seu ouvido, enfiando uma mão em sua calça para apalpar-lhe com firmeza abaixo da espinha.

- ...Tatsurou!... - a repreensão saiu num murmúrio estremecido. Daisuke sentiu o sorriso do outro contra seu pescoço, que teria recebido um chupão se ele não tivesse empurrado Tatsurou e descido da penteadeira. - Nós temos uma entrevista daqui a pouco - disse, antes que o mais novo pudesse reclamar. Ele mesmo teria continuado, mas sabendo que não poderiam transar agora, era melhor lidar com a frustração que já tinha do que com um incômodo maior.

- Eu trouxe umas coisas pra você - Tatsurou virou-se e foi pegar a sacola, querendo distrair a eles dois. - Mas eu só vou entregar uma delas agora. O resto fica pra quando estivermos em casa.

Curioso, Daisuke estudou a sacola, percebendo que ela era realmente grande e tinha uma caixa e vários outros pacotes ou coisas assim dentro. Viu o vocalista do MUCC retirar algo dali de dentro, que foi escondido quando ele virou-se de frente para si de novo, uma mão às suas costas.

- Por que você trouxe todo esse peso pra cima então, se não vai me entregar tudo agora?

- Porque eu vim de táxi. Afinal, eu e você podemos ir pra sua casa no mesmo carro.

Daisuke pendeu a cabeça pro lado. Então ele já planejou tudo.

- Fecha os olhos.

Ele ergueu uma sobrancelha. - O que é?

Tatsurou soltou um suspiro. Não gostava de quando suas idéias eram contestadas, mesmo de forma tremendamente sutil e despropositada. - Tá. Vamos fazer do jeito mais sem graça, então.

Daisuke ia protestar e dizer que podia fazer como ele queria, mas Tatsurou já se aproximava, e então ele pôde ver que se tratava de um lenço negro de chiffon, como um que ele já tinha em casa-e que não usava mais. Tatsurou o pôs em seu pescoço, e Daisuke arrepiou-se quando os dedos longos encostaram ali e na pele a mostra de seu peito, enquanto o dono dos dígitos que lhe provocavam ajeitava o tecido meio transparente, fazendo com que o lenço comprido desse uma volta e meia, as pontas pendendo desproporcionalmente sobre sua camisa.

- Pra que isso? - buscou o olhar de Tatsurou, que manteve o tecido entre os próprios dedos enquanto voltava a encará-lo.

- A sua roupa está muito simples.

Daisuke percebeu que não era essa a questão, e seu insistente cenho franzido instigou Tatsurou a falar mais:

- Eu notei que você não tem usado algumas coisas... Eu devia dizer que é bobagem e que você tem que superar e blá, mas não é disso que você precisa. Quer dizer, acho que agora nem é bom a gente falar disso. Aqui.

Daisuke ficou olhando pra ele sem dizer nada. O que era importante, Tatsurou tinha acabado de dizer e de deixar implícito também: que ele entendia; que ele se importava. Que ele estava ali.

- Bem... como você mesmo disse, temos uma entrevista daqui a pouco. Vamos nos arrumar, encontrar o Gara e fazê-lo falar bastante, ok?

Ele não sabia se ria nervosamente ou se agarrava Tatsurou por ter quebrado o clima (a tensão não era exatamente bem-vinda, mas também era uma chance de desabafar...). No fim, foi Tatsurou quem escolheu algo semelhante à segunda opção e encostou a boca na sua, um pequeno sorriso reconfortante nos lábios. Daisuke assentiu-à pergunta-sugestão de antes-e logo os dois terminaram de se arrumar, indo ao encontro de Gara.

XXX

Mais tarde, os três já tinham uma entrevista feita, e a maioria das fotos tiradas. Entre uma pose e outra, uma pergunta e uma resposta, eles conversavam entre si ou faziam alguma brincadeira (esta última vindo, principal e obviamente, por parte do vocalista do MUCC).

- O que é isso no seu pé, Daisuke?

O moreno em questão olhou de Tatsurou para os próprios pés. Segundos se passaram, e ele não viu nada de errado neles.

- ...não acredito que você caiu nessa! - e o mais alto começou a rir, logo sendo acompanhado pelo próprio Daisuke.

Gara virou-se de costas para os dois, com as mãos nos bolsos do casaco e um sorriso que ele escondeu antes de mais uma foto ser tirada. [2]

Em questão de mais alguns minutos, eles ficaram prontos.

E a primeira coisa que Tatsurou fez foi tirar o chapéu de Daisuke e bagunçar seus cabelos, sob protestos que foram ignorados.

- Tá bem melhor agora. Você não concorda, Gara?

O mais velho dos três apenas moveu o rosto num gesto que não dizia nem que sim, nem que não; o que se ouviu, ao invés disso, foi Daisuke bufando brevemente. Todavia, ele não fez nada para reaver o objeto afanado; só preocupou-se em passar os dedos entre os cabelos para ajeitá-los com cuidado.

- O que você vai fazer agora? - Tatsurou perguntou a Gara, enquanto eles retornavam ao camarim. Daisuke juntou suas coisas e o mais alto deles sentou-se num sofá, dividindo sua atenção entre os outros dois.

- Nada planejado. - Gara respondeu, observando Daisuke enquanto este ia sentar-se ao lado de Tatsurou. Ele permaneceu de pé, pois não pretendia ficar muito mais tempo ali.

- Por que a gente não aproveita pra dar uma volta? Podíamos... jogar boliche! Ou ir ao fliperama! E depois comer muita porcaria!

Aproveitando-se dos óculos escuros que ainda usava, Gara ficou olhando para a dupla diante de si, e acabou sorrindo. - Acho que vocês vão saber aproveitar o tempo sem mim.

Daisuke retribuiu o sorriso, mas com uma malícia mais evidente do que a-mal disfarçada-na voz de Gara. Tatsurou, no entanto, resolveu ignorar ou realmente ficara alheio ao que havia de implícito naquelas palavras: - Mas faz tempo que a gente não sai juntos! E você vai ficar sozinho se for pra casa... Depois fica dizendo por aí que não tem amigos, que não sai e sei lá mais o quê!

Gara revirou os olhos. Não ia argumentar com Tatsurou sobre aquele assunto. Além disso, ele sabia que, oferecendo-lhe sua companhia ou não, certamente Tatsurou queria desfrutar da presença de Daisuke da mesma forma como ele gostaria de fazer com Kyo quando o visse de novo depois de tanto tempo. Porém, ao invés de dizer isso, veio com outra resposta: - Não vou ficar sozinho. O Katsuo está lá em casa me esperando.

- Uhhh, grande coisa. Trocando a gente por aquela bola de pêlos, é?

Daisuke riu brevemente. - Acho que o Gara prefere um furão normal a um macaco que acha que é gente. [3]

- EI! Eu sei o que você quis dizer com isso, Dai!

- O que mostra que pelo menos parte dos seus neurônios funcionam como os de um humano. Parabéns; você está chegando lá!

Gara balançou a cabeça, o riso transparente em suas feições. Tranqüilizava-o saber que, enquanto Tatsurou estivesse por perto, Daisuke estaria bem-bem o bastante para fazer piada e rir de outras coisas. Por isso mesmo, e por saber como fazia falta ter por perto quem importava, é que ele achava que devia deixar aqueles dois a sós.

- Se você continuar me ofendendo, não vou te dar o resto das coisas que estão naquela sacola!

- E depois eu é que sou o chantagista - Daisuke lançou um olhar significativo a Gara, que deu de ombros. Agora que ele tinha certeza de que acabaria por virar candelabro, era hora de ir.

XXX

Depois de Gara ter ido embora, Tatsurou e Daisuke resolveram provar que sabiam mesmo aproveitar o tempo sozinhos, como ele havia insinuado.

Sendo assim...

Daisuke estava tentando pôr a chave da porta no buraco da fechadura, mas ficava difícil com Tatsurou agarrando-o por trás e abrindo os botões de sua camisa enquanto beijava a curva entre seu pescoço e ombro esquerdo.

- Dá pra esperar ou tá difícil? - no entanto, havia um tom de diversão em seu protesto, que acabou numa ofegada quando Tatsurou puxou-o pelo quadril contra seu corpo, deixando bem claro que-não, não dava pra esperar.

Incluindo todos os trocadilhos possíveis.

- Já chega não termos aproveitado o elevador porque um vizinho seu resolveu chegar em casa na mesma hora que a gente.

Daisuke pensou que aquilo não devia fazer tanto sentido quanto Tatsurou impunha na maneira de falar, mas permaneceu em silêncio, mesmo quando teve o molho de chaves tirado de suas mãos-e o mais alto abriu a porta do apartamento como se ele fosse o morador.

Tatsurou foi empurrando-o pra dentro de casa e fechou a porta, retirando os tênis e, depois, o casaco azul cuja necessidade já fora substituída pelo calor que vinha de Daisuke-e, agora, do sistema interno de aquecimento que havia no apartamento. O vocalista do MUCC mal deixou que o outro largasse no chão a sacola cujo conteúdo ainda lhe era desconhecido; puxou-o de volta pelo pulso e beijou-lhe os lábios enquanto tratava de abrir o restante dos botões da camisa estampada.

Daisuke pôs as mãos nos cabelos até então “arrumados” de Tatsurou (ao menos na frente) e bagunçou-os entre um carinho, umas puxadas e passadas rápidas de seus dedos entre as mechas negras. Deu alguns passos para trás, querendo vir mais pra dentro de casa, esquecido da sacola que deixara no chão. Sem vê-la por estar de costas e concentrado em retribuir as carícias impacientes de Tatsurou, ele tropeçou na sacola e caiu inevitavelmente ao chão, trazendo o mais novo consigo.

Tatsurou começou a rir assim que se viu jogado sobre Daisuke, e este logo juntou-se ao amante, que aproveitou-se da posição em que se encontravam para prender os pulsos do outro acima da cabeça, usando uma só mão. Daisuke arqueou uma sobrancelha, curioso; riu um pouco ainda, o que aumentou quando Tatsurou fez cócegas em sua barriga desprotegida e nas laterais de seu corpo, acima do quadril. Ele conteve a vontade de se debater, mas não conseguiu ficar totalmente parado, muito menos porque agora Tatsurou mordia seu pescoço e substituíra as cócegas por toques mais firmes e em regiões mais sensíveis. Em conseqüência disso, o riso deu lugar a um ou outro suspiro por parte de Daisuke.

- Nós podíamos ir pro quarto... - ele comentou, porque apesar de “levemente” distraído por conta do que o outro estava fazendo, ainda sentia o desconforto do chão sob seu corpo. - E o que tem naquela sacola, afinal de contas?

Tatsurou grunhiu de frustração contra o pescoço de Daisuke, que arrepiou-se involuntariamente, tanto pela vibração da voz quanto pela respiração quente do mais novo. - Você quer me dar um balde de água fria ou é só impressão?

Ele mordeu o próprio lábio, mas não mostrou-se realmente culpado ou arrependido. - Eu estou curioso. E é por culpa dessa sacola que eu estou no chão, à sua mercê. - a última parte ele disse em tom de zombaria, fitando o outro por sob as pálpebras.

- Ah. Entendi. Você se sente incomodado porque o controle não está em suas mãos...? - Tatsurou exibiu um meio sorriso de quem mais afirmava do que perguntava; seus dedos deslizaram ao longo do peito e do abdômen de Daisuke e alguns se infiltraram sob o cós da calça, sem muito espaço por causa do cinto que ele ainda usava.

- Eu já teria me soltado se realmente quisesse - o vocalista dos studs rebateu, irredutível-exceto por ter fechado os olhos e mordido o lábio de novo quando Tatsurou pressionou a mão livre em sua virilha, descendo por entre suas pernas e voltando pra cima da braguilha da calça.

- Vamos ver o que tem na sacola, então.

Alguns segundos se passaram até que Daisuke compreendesse que Tatsurou tinha realmente se levantado e que o deixara naquele estado de propósito. Era o preço a ser pago por não ter ficado quieto antes.

De qualquer forma, Daisuke levantou-se, acompanhando o outro até um dos sofás da sala, onde eles sentaram-se lado a lado. Tatsurou pôs a grande sacola diante deles, ciente do olhar curioso do mais velho, que mexia numa ponta do lenço em seu pescoço distraidamente.

Tatsurou deu um pigarreio súbito, e Daisuke ia desculpar-se caso tivesse se distraído, mas percebeu então que o outro parecia meio envergonhado-o que não era comum por parte do extrovertido, brincalhão e enérgico vocalista do MUCC. Estava pronto para implicar com ele por causa disso, mas foi derrotado pelas próximas palavras de Tatsurou:

- Faz um ano... - ele coçou a própria nuca, olhando de soslaio para o outro moreno antes de voltar a fixar seus olhos na sacola. - Já passou um pouco, e a data em si nem importa... na verdade, eu tô sendo bobo por causa disso, mas... é que é você, ne, Dai... e eu queria te dar algo tanto por nós dois quanto por Ka-

Daisuke o puxou pela blusa e colou sua boca na dele. Queria que Tatsurou parasse de falar por dois motivos: primeiro, porque ele já estava sendo prolixo, quando o que ele dissera já havia sido mais do que o bastante; segundo, porque Daisuke não queria falar sobre Kagerou. Como Tatsurou dissera, fazia um ano e alguma coisa que os dois estavam juntos, e a data era mais ou menos paralela ao fim da banda (não ao anúncio oficial, mas a quando a decisão havia sido tomada). Era estranho, senão amargo, que Daisuke tivesse perdido sua razão de viver para ganhar outra.

- Por que você foge do assunto, se isso continua lhe incomodando?

Ele soltou um grunhido contrariado, mas continuou segurando a blusa de Tatsurou, mesmo depois de este ter interrompido o beijo meio exasperado que Daisuke começara. Era um tanto contraditório que o vocalista do MUCC quisesse insistir naquele assunto agora, considerando o que ele tinha dito há poucas horas. Mas era de se compreender.

- Eu já falei tudo que tinha pra falar disso, Tatsu.

E ele tinha.

Não é como se fosse adiantar dizer qualquer outra coisa.

Os dois ficaram se olhando. Tatsurou parecia procurar algo nos olhos de Daisuke; talvez uma confirmação de que eles realmente não precisavam discutir mais sobre o assunto.

O que Tatsurou ainda não entendia era que aquela ferida demoraria a cicatrizar. Já não doía tanto, mas às vezes incomodava. Era mais uma questão de se conformar com a situação, pois Daisuke sabia que não tinha mais volta: sua “libélula” vivera por sete anos; vivera mais do que muitas, mas tivera uma morte precoce pelo que ainda podia ter feito. Suas quatro asas haviam sido arrancadas, separadas, inutilizadas. E ele era a única asa que ainda se importava com não poder mais fazer com que a libélula voasse.

Tatsurou soltou um suspiro resignado, e os dois deixaram de se encarar. Enquanto ele retirava uma grande caixa empacotada de dentro da sacola, Daisuke encostou o rosto em seu braço, dando-lhe uma mordida inesperada-mas que não surpreendeu Tatsurou completamente, pois estava acostumado com o ataque aleatório dos dentes de Daisuke em seus braços, ombros e bochechas enquanto os dois faziam algo nada relacionado a sexo. Era como uma brincadeira; o tipo de provocação que podia ser feita com palavras, um beliscão ou uma cutucada com o pé. No entanto, mesmo sem dizê-lo, Tatsurou ainda preferia os métodos adotados por Daisuke. Com ou sem marcas deixadas em sua pele.

- Abra - ele disse, entregando a caixa ao vocalista dos studs.

Daisuke ergueu uma sobrancelha-a falhada-, curioso. Pegou o pacote, sentindo que não era algo leve. - Não é uma roupa - afirmou, franzindo o cenho; mas havia um meio sorriso em seus lábios, fruto da lembrança de seu último aniversário, quando Tatsurou havia lhe dado um quimono negro com desenhos em branco. Algo que não permanecera em seu corpo por muito tempo depois de ser provado. - Posso sacudir?

- Er... melhor não.

O canto de seu lábio curvou-se mais, e ele lançou um olhar enviesado, zombeteiro, para Tatsurou. - Não é a coleção completa dos CDs e DVDs do MUCC, né?

O vocalista da banda em questão riu, balançando a cabeça. - Não. Apesar de que eu posso te dar isso também, se você quiser.

- Nah, os shows particulares que você me dá são mais... interessantes. - e ele lambeu o lábio inferior, sabendo que o movimento seria acompanhado pelos olhos do outro. - Posso abrir?

- Se você não quer mais tentar adivinhar...

Daisuke deu de ombros, e rasgou o papel sem cerimônia. Então ficou olhando pra caixa, para as gravuras e palavras impressas nos seis lados da superfície. Voltou a franzir o cenho, um semi-riso escapando por suas narinas, e abriu a caixa, só pra confirmar que o que tinha ali dentro era mesmo o que dizia do lado de fora. Daí então ele riu pra valer.

Tatsurou não ficou nervoso com a reação do outro; havia um sorriso de divertimento em suas feições enquanto ele observava Daisuke.

- Um... Playstation 2?!

Ele assentiu desnecessariamente, ao passo que o mais velho balançava a cabeça, entre um sorriso e uma risada.

- Tem certeza de que isso é pra mim? - Daisuke indagou, referindo-se ao gosto que Tatsurou tinha por vídeo-game e jogos em geral.

- Bem... pense no tempo em que eu estaria no meu apartamento jogando, sozinho, mas que agora eu posso gastar aqui. E você deve jogar comigo também. Ou me interromper pra fazer outras coisas... - e Tatsurou puxou-o pela nuca para beijá-lo lentamente, pois o brilho maroto e vivaz nos olhos de Daisuke era irresistível. E causava uma ardência gostosa em seu peito.

- O que mais você trouxe? - Daisuke perguntou numa pausa enquanto tirava a caixa do caminho e puxava Tatsurou para mais perto, voltando a beijá-lo em seguida. Bastou isso, e ele já nem parecia mais tão interessado na resposta da própria pergunta.

- Uns jogos... - veio o murmúrio de Tatsurou entre os lábios do outro, mordendo-os e sendo mordido de volta. - Umas coisas aleatórias, algumas delas meio velhas, mas... - ele inclinou-se sobre Daisuke, pondo uma mão de apoio na beira do sofá, movendo as pernas assim como ele para que se ajeitassem melhor. Logo Daisuke estava deitado no estofado, uma perna entre as de Tatsurou, e este o cobria com seu corpo, admirando seu sorriso insinuante.

O resto da conversa foi deixado pra depois.

Daisuke tocou nos cabelos curtos do outro, cujas pontas encostavam em sua própria face quando Tatsurou descia o rosto para mais perto do seu. Ele não tirou os fios do caminho; apenas puxou-os entre os dedos, olhando nos olhos do mais alto.

Um ano, então.

Às vezes, Daisuke tinha a impressão de que fazia muito mais tempo, porque eles se conheciam e se relacionavam tão bem. Mas, em momentos como esse, parecia que eles tinham recém começado: sempre haveria surpresas, descobertas e redescobertas. E ele adorava esse paradoxo, principalmente quando pensava nos vários anos de amizade que fundamentavam o envolvimento agora mais íntimo dos dois.

Daisuke teve seus pensamentos devidamente interrompidos por cinco unhas descendo de seu peito até o cós da calça. Tatsurou estava aproveitando-se de sua camisa já aberta para mostrar que eles tinham ficado parados por mais tempo do que ele podia agüentar.

E tinham se passado apenas alguns segundos.

Mas, naquele momento em específico, um deles queria deixar o outro incapaz de pensar direito.

Tatsurou lambeu o pescoço de Daisuke; sua língua, firme, deslizou sobre a pele fina e sensível em caminhos variados: do queixo até a clavícula; dali até o lóbulo da orelha; por trás desta e em direção ao ombro-que foi mordido quando o vocalista do MUCC quis transformar os suaves suspiros do outro num ruído mais evidente.

Daisuke, que não conseguia ficar imóvel sob as mordidas que agora marcavam a parte superior de seu peito, retribuiu-as ao puxar a blusa de Tatsurou para cima e cravar as unhas nas laterais do corpo dele, deixando meias-luas na pele que ele então arranhou, trazendo o tecido pra cima à medida que suas unhas subiam pelo torso dele.

Houve um desencadeamento de reações, então.

Tatsurou mordeu-o com mais força do que pretendia, apertando seu quadril repentinamente; Daisuke gemeu por conta disso, e tanto o som quanto um novo cravar de unhas agora nas costas de Tatsurou foi seguido da pressão de sua coxa no meio das pernas dele. Daisuke sorriu em meio a uma ofegada quando Tatsurou desceu o quadril contra sua perna-involuntariamente ou não-; ele moveu-a para cima e para baixo, arrepiando-se com a respiração meio dificultosa do outro, cujo rosto descansava em seu peito.

- Muita roupa - Tatsurou ergueu-se de repente e pôs-se de joelhos no sofá, um deles no meio das pernas de Daisuke, que permanecia com aquela coxa no meio das suas. Retirou a própria blusa, e ainda estava com ela numa das mãos quando Daisuke sentou-se e começou a acariciar seu peito: os dedos mal encostavam em sua pele, o que o deixava arrepiado e justificava o ar de perversão nas feições do mais baixo.

Tatsurou puxou-o pela gola da camisa aberta e beijou-o com uma ferocidade tal que Daisuke teria sorrido vitorioso, não fosse o fato de seus lábios estarem deliciosamente ocupados em competir com os de seu amante pra ver qual dos dois tinha mais fome.

Como se fosse possível medir o desejo que os consumia.

Daisuke deixou que Tatsurou tirasse sua camisa também, que foi largada ao chão da mesma forma que acontecera com a blusa do outro. - Pelo menos dessa vez você não precisou arrebentar os botões - ele comentou entre um beijo e uma mordiscada na boca de Tatsurou, numa provocação que fazia referência a algumas camisas e outras peças de roupa que o mais novo havia destruído em momentos de impaciência excessiva ou pura luxúria.

Ou selvageria.

A resposta que Daisuke teve, no entanto, foi um grunhido abafado por sua própria boca, colada na de Tatsurou.

Isso, e as mãos que apalparam suas costas, circundando-o para então beliscar seu abdômen antes de abrir seu cinto. E o botão e o zíper de sua calça.

Foi antecipação a causa de uma falha na respiração de Daisuke, assim como dos rastros avermelhados deixados por suas unhas nos braços de Tatsurou. Este parou de beijá-lo para contemplar a expressão em seu rosto enquanto puxava-ou empurrava-a calça pra baixo, trazendo junto a cueca. Em algum momento, Daisuke tinha ficado de joelhos também; mas o que importava agora eram os dedos que-

Tatsurou conseguiu fazer com que os pensamentos do outro fossem interrompidos e cobertos de névoa. Massageou-o enquanto segurava-o pelo quadril com a mão livre, o olhar ainda fixo na expressão de Daisuke: olhos semi-abertos, bochechas quase que imperceptivelmente coradas por conta do sangue circulando em alta velocidade em suas veias, e o prazer se evidenciando cada vez mais no canto de seus lábios à medida que Tatsurou aumentava a velocidade com que seus dedos se moviam pra cima e pra baixo, em volta dele, até-

Daisuke voltou a apertar os braços de Tatsurou, impossibilitando-o de ver sua face quando a encostou no ombro dele a fim de buscar mais apoio; sua respiração entrecortada passou a acariciar a pele do outro. Daisuke mordeu o osso tão tentadoramente perto de sua boca; um impulso meio difícil de controlar e que se repetiu quando Tatsurou finalmente levou-o ao limite-e eles não sabiam qual dos dois gemeu naquela hora, ou se foram ambos os causadores do ruído.

Os braços de Tatsurou ardiam quando Daisuke relaxou; mas ou ele gostava ou não se importava com a sensação-ainda sentia arrepios por conta do ar indo e vindo contra seu ombro e pescoço; e deleitava-se por ser a causa do atual estado de seu amante.

- A calça de alguém está apertada - Daisuke comentou em um sussurro jocoso ao olhar para baixo, e ouviu Tatsurou sorrindo antes deste responder com uma apalpada abaixo de seu quadril e uma lambida em seu pescoço.

Daisuke respirou fundo, ciente de como Tatsurou reagia toda vez que o ar saía de suas narinas. Havia um meio sorriso em seus lábios; os olhos acompanhavam seus dedos que agora desciam pelo peito e abdômen de Tatsurou, indo acariciar os poucos pêlos, arrepiados, que eram como uma trilha guiando até a parte do corpo que precisava de mais atenção no momento.

Tatsurou sabia que Daisuke gostava de provocar, e apesar de às vezes ser torturante, ele teria de admitir que também gostasse disso. No entanto, o mais novo dos dois vocalistas não seria capaz de controlar-se por muito tempo, ainda. Por isso levantou-se, tirando as próprias calças, e surpreendeu-se positivamente quando Daisuke fez o mesmo, os dois completamente nus e expostos aos olhos um do outro.

Não importava quantas vezes Tatsurou visse o corpo do outro, a reação parecia ser cada vez mais intensa ao invés de, pelo menos, se estabilizar. Os olhos de Daisuke baixaram para o membro ereto ao alcance de suas mãos, mas Tatsurou não queria aquele tipo de alívio ou retribuição agora. Puxou Daisuke pelo pulso e virou-o de costas para si, colando seu corpo ao dele-cortando a respiração dos dois por um instante.

Daisuke sentiu a força do arrepio que o percorreu da cabeça aos pés, o que continuou quando Tatsurou passou a mordiscar sua orelha e sua nuca, usando-se de uma mão para afastar seus cabelos e ter melhor acesso à sua pele. A outra mão continuava a segurar o pulso esquerdo de Daisuke, cujos dedos se abriam e fechavam repetidamente; ele levou o braço livre para trás e apertou uma das nádegas de Tatsurou, que gemeu em seu ouvido. Daisuke murmurou algo incoerente sobre ser fodido agora, mas não precisava muito para ser entendido-logo ele estava de frente pra uma das paredes da sala, ofegando, a testa suada contra o concreto frio e as mãos espalmadas um pouco acima da cabeça.

Tatsurou foi buscar o lubrificante no quarto, apesar de que Daisuke não queria imaginar como ele ainda conseguia andar “tranqüilamente” no estado de excitação em que se encontrava. O próprio vocalista dos studs já se aproximava daquilo de novo, algo que só Tatsurou conseguia fazer com ele.

- Se você trocar isso de lugar outra vez, eu te mato - e Daisuke não teve tempo de registrar a “ameaça” seguida de uma mordida exasperada em seu ombro, antes de ser invadido por um dedo que escorregou para dentro de si, com certa facilidade se comparado a quando Tatsurou juntou outro dedo àquele. Os dois dígitos foram movidos para dentro e para fora, arrancando gemidos e um grunhido mais forte quando o ponto mais sensível do corpo de Daisuke foi atingido, e o som se repetiu quando Tatsurou o fez de novo.

Se soava rápido demais, era porque estava. Fruto da impaciência de alguém.

- Tatsur-

Daisuke foi interrompido na substituição dos dedos pelo membro de Tatsurou, o que transformou o murmúrio do nome do segundo num grito meio sufocado, meio rouco por parte do primeiro.

Alguns palavrões depois, acompanhados de umas arranhadas fracas que Tatsurou fazia em seu quadril, e Daisuke conseguiu relaxar um pouco. Ele pendeu a cabeça para trás, sobre o ombro direito do mais alto, que interpretou aquilo como o consentimento para começar a se mover. Com as mãos firmes no quadril de Daisuke, ele moveu-se para trás-e, no instante seguinte, para frente.

Daisuke mal conseguia apoiar-se contra a parede; os tremores se intensificavam com os grunhidos e a respiração errática de Tatsurou em seus ouvidos e em sua pele. Seus músculos contraíam-se em volta do membro rijo e que entrava e saía e dentro de si com rapidez e força crescentes.

E profundidade o bastante para que ele fizesse jus à potência de sua voz, produzindo ruídos variados de prazer evidente assim que Tatsurou atingiu sua próstata. De novo. E mais vezes.

Tatsurou envolveu o membro de Daisuke em mais uma massagem, mais rápida e menos sincronizada do que a anterior, mas igualmente habilidosa. Os gemidos dos dois misturavam-se no ar, assim como o suor da pele de um em contato com a do outro, e ambos deleitavam-se com os demais sons que se faziam emitir, incluindo o de suas respirações dificultosas, que por vezes continham mais ruído do que ar.

Foi nessa confusão de vozes e faltas de ar carregadas de prazer que Tatsurou chegou ao orgasmo, seguido algum tempo depois por Daisuke. Este abriu mão da parede como apoio e escorou-se contra Tatsurou, que segurou-o com o braço em volta de seu tronco. No entanto, logo os dois cederam à pressão das sensações posteriores a ou remanescentes do sexo, indo ao chão.

Tatsurou escorou-se contra a lateral do sofá mais próximo, Daisuke entre seus braços, os dois aproveitando um pouco mais do contato direto de seus corpos, a sensação de pele contra pele-ainda suadas, quentes, sensíveis.

No entanto, apesar do aquecedor ligado, o frio do inverno não permitiria que eles ficassem ali, assim, por muito tempo.

- Tá meio frio pra gente continuar pelado, né?

Daisuke riu do jeito como Tatsurou disse aquilo. - É. Anda - ele levantou-se, puxando o outro consigo -, vamos tomar um banho e comer alguma coisa.

E eles foram.

XXX

Depois do banho, enquanto Tatsurou encarregava-se de encomendar o que seria a janta dos dois, Daisuke retornou à sala e jogou numa poltrona as roupas que tinham ficado no chão. No momento, ele mexia na sacola que havia ficado ali, pois continuava curioso sobre seu conteúdo e o outro vocalista não lhe dissera nada sobre ter que esperá-lo para ver o resto do “presente”.

A primeira coisa que tirou de dentro da sacola foram os jogos que Tatsurou havia mencionado. Colocou-os junto da caixa do Playstation 2, pensando em desafiar Tatsurou no Tekken 5 mais tarde.

Tirou o resto das coisas e espalhou-as a seu lado no sofá, franzindo o cenho enquanto as examinava, ainda que tivesse vontade de rir por conta de uma delas.

E foi por essa que ele começou-ou, melhor dizendo, esse-: um boneco de pano, que nada mais era do que um Tatsurou em miniatura. Sem roupa.

Daisuke riu com o objeto em mãos; reconhecia-o como sendo uma reprodução dos desenhos que apareciam no blog do MUCC, no topo da página.

- Opa - Tatsurou sentou-se do outro lado de Daisuke e esticou um braço por trás dos ombros dele, apoiando-se no encosto do sofá. Havia um sorriso em seus lábios enquanto ele olhava do boneco para o outro vocalista, que ainda tinha um ar de riso em suas feições. - A pizza chega daqui a meia hora, mais ou menos.

Daisuke assentiu, movendo o boneco de pano na direção de sua imagem original. - O que é isso, um substituto pra quando você estiver viajando?

- Hmm... Não um com o qual você possa transar.

O brilho maroto nos olhos de Tatsurou se refletiram na curva maliciosa a desenhar-se na boca de Daisuke. - Com certeza, um trocinho desse tamanho não conseguiria me satisfazer - ele apertou o “trocinho” no boneco, fazendo com que Tatsurou revirasse os olhos, mas risse. - Ei, eu lembro dessa corrente - e a voz de Daisuke saiu meio distante, como que recordando alguma cena. Deixou o mini-Tatsu de lado e pegou uma gargantilha prateada nas mãos.

- É. Eu peguei uns anos atrás, logo depois de você ter comprado.

Daisuke sorriu em reconhecimento, mexendo no pingente de caveira, meio enferrujado, que adornava a corrente. - Você ficou me enchendo. Dizia que nunca encontrava uma decente como essa e que uma a menos, dentre as tantas que eu tinha, não me faria falta. E eu dei.

- A corrente.

- Não podia deixar essa passar, né?

- O quê? A corrente ou o trocadilho?

Os dois riram, mas Daisuke parou ao perceber algo mais nos olhos do outro. E no tom de voz, quando Tatsurou voltou a falar:

- Eu te queria desde aquela época.

Não havia o que dizer quanto àquilo, então Daisuke recorreu a outra coisa: - Por que você está me devolvendo a corrente?

Tatsurou mudou de posição, sentando-se de frente para o outro ao invés de ao lado deste. - Bem, eu podia continuar com esse momento meloso e dizer que é “porque agora eu tenho você”, ou simplesmente mandar você calar a boca e pôr isso aí no pescoço logo.

Daisuke mostrou-lhe o dedo do meio, mas soltou uma risada enquanto isso. E pôs a corrente, mesmo que ela não tivesse nada a ver com a roupa que estava usando agora (calça de algodão e moletom pretos, confortavelmente velhos e já desbotados pelo uso).

A próxima coisa era um CD, que Daisuke reconheceu de cara: antique, do MUCC. Instintivamente, ele sabia por quê: tinha participado da gravação de Shigatsu no Rengesou, fazendo segunda voz na música.

- Dadá.

Ele riu ao ser chamado daquele jeito, vendo o ar brincalhão no rosto de Tatsurou.

- Que é, Tatá? [4]

- Eu lembrei que, se você não quiser formar uma dupla comigo, pode fazer os backs do MUCC. A não ser que o Miya se importe de ter os falsetes dele substituídos-

Daisuke riu outra vez.

Tatsurou abriu um sorriso largo, satisfeito. Ria. Bastante. E continue sorrindo, com os olhos brilhando.

- Como se eu fosse aceitar ser abduzido a participações aleatórias nas suas músicas! - mas ainda havia um sorriso de diversão em sua boca, e agradecimento em seu olhar. - Além disso, eu estou nos studs agora. Meio tarde pra me fazer essas propostas.

Tatsurou assentiu, decidindo não perguntar se ele estava feliz naquela banda, como tinha pensado em fazer. Ele já sabia a resposta: Daisuke estava feliz, mas provavelmente não tanto quanto poderia ou deveria estar.

E Tatsurou ainda daria um jeito de fazer com que ele fosse mais feliz.

Ficou olhando para a última coisa que trouxera para Daisuke, agora meio receoso de que, talvez, aquela não tivesse sido uma boa idéia. Porém, o outro vocalista já estava com a pequena caixa de papelão em mãos, pronto para abri-la.

Daisuke estudou os dizeres “cuidado, frágil”, escritos a nanquim na letra que ele reconhecia como sendo a de Tatsurou. Este o observou enquanto ele rasgava a fita que prendia as extremidades da caixa, para então retirar dali algo embrulhado em um monte de folha de seda branca, amassada. Tinha de dez a doze centímetros de comprimento e medidas semelhantes de largura e era meio pesado. Livrando-se das folhas, Daisuke deparou-se com uma detalhada escultura em vidro transparente.

Uma libélula.

O ex-vocalista do Kagerou ficou olhando para aquela reprodução do inseto que representava sua extinta banda, os dedos passando distraidamente pelos contornos das asas, do corpo e da cabeça. Durante longos segundos, Tatsurou permaneceu num silêncio que poderia ser considerado respeitoso; ainda que fosse mais fruto do receio quanto à reação de Daisuke do que qualquer outra coisa.

E também havia a expectativa, claro.

Mas então Tatsurou começou a explicar o porquê daquele presente, quando Daisuke encarou-o com olhos intrigados-e meio tristes, meio contentes (ou algum outro paradoxo que se assemelhasse a isso, mas que o vocalista do MUCC não conseguiria definir naquele instante).

- Ela não pode voar, mas não quer dizer que não seja uma libélula. Assim como as de verdade, que vivem por tão pouco tempo, mas cuja existência é tão importante quanto a de uma pessoa que viva por cem anos. Elas fazem tudo o que podem ou devem fazer, e depois... morrem.

Daisuke percebeu aonde ele queria chegar. Qual era a metáfora, a analogia. Mas deixou que o outro falasse; no fundo, precisava ouvir aquilo da boca de outro alguém.

Tatsurou era a melhor pessoa pra dizer o que ele precisava ouvir. E o que ele não quisesse também.

- Eu sei que ainda te dói, Dai. Mesmo que você se recuse a falar sobre isso. Mas o fato de Kagerou ter acabado não significa que ele... ahnn... não tenha existido, ou que sua importância tenha diminuído, ou que você não tenha aproveitado ao máximo e dado o melhor de si enquanto pôde. Não quer dizer que as pessoas vão esquecer da banda, ou que você deva esquecer.

Daisuke torceu o canto da boca. Mordeu o lábio inferior. Se tinha algo que mexia com ele, era aquilo.

E Tatsurou sabia. Por isso, voltou a ficar em silêncio durante alguns instantes. Não queria que Daisuke chorasse. Era pra parar com isso que ele estava fazendo aquilo.

- Coloque-a contra a luz, Dai.

Ele olhou para Tatsurou outra vez, novamente intrigado. Mas fez o que lhe foi pedido; levantou-se e, com cuidado, ergueu a libélula de vidro contra a luz da sala. De início, não aconteceu nada; mas ao ser movida de leve entre os dedos de Daisuke, a libélula começou a refletir a luz-em cores. Se manuseada do jeito certo, as faixas de luz saíam como um reflexo do arco-íris repetido em formas, tamanhos e direções diferentes.

Maravilhado com aquilo, Daisuke não ouviu quando Tatsurou ergueu-se do sofá; mas sentiu os braços dele a envolvê-lo por trás, e o rosto encostando ao lado do seu; os dois olhando para os reflexos emitidos pela libélula.

- Isso é... lindo, Tatsu.

O mais alto sorriu, estreitando o abraço e dando um beijo terno no rosto do outro.

- Eu entendo o que você quer dizer com... todas essas coisas - e Daisuke se referia tanto ao que Tatsurou dissera quanto à libélula e os demais presentes que ele havia lhe dado. - Acho que agora você conseguiu pôr em palavras o que queria dizer desde antes daquela nossa primeira noite, quando eu tava mal e você pensava que não conseguiria me ajudar.

Daisuke baixou os braços e virou-se de frente para Tatsurou, cujo enlace permitia que ele se movesse tão somente para isso. O mais novo ficou apenas encarando-o, à espera do que mais ele quisesse dizer ou fazer.

- Você sempre esteve aqui. Isso me ajuda e é mais importante do que qualquer outra coisa. - ele baixou os olhos para a libélula em suas mãos, entre eles dois. - O Yuana quer me ver nos próximos dias. Disse que pode ser no mês que vem, até, que entende se eu quiser um tempo pra pensar...

Tatsurou franziu o cenho. Não era a súbita menção de Yuana que ele estranhava; agora fazia até mais sentido que, naquele dia, Daisuke estivesse um pouco mais cabisbaixo que de costume e mais sensível quando o assunto era Kagerou. - Pensar no quê?

- Parece que ele tá numa nova banda...

Ele está. Eu é que ainda não digeri a informação. Mas esperava o quê? Que ele e os outros fossem voltar atrás? E eu ia dar um chute na bunda do Aie?

Daisuke respirou fundo. Já tinha debatido o bastante consigo mesmo a respeito daquilo.

E não havia outra decisão a tomar que não fosse seguir em frente.

- ...e ele queria me convidar-os studs-pra fazer um show juntos. Ia ter mais uma banda junto, mas eu não lembro o nome. [5]

- Você já falou disso com o Aie?

Daisuke assentiu.

- E por que não falou disso comigo antes?

Ele mordeu o lábio. - Porque talvez a gente faça algo nos Estados Unidos e ia coincidir com quando você estivesse lá. E eu queria fazer uma surpresa.

Tatsurou tirou a libélula das mãos dele (sem deixar de notar que Daisuke demorou um pouco a soltá-la) e colocou-a no sofá, do lado de sua miniatura de pano. Pôs as mãos nos ombros de Daisuke, então, fazendo com que ele o encarasse. - Você já tomou sua decisão, não é?

- Eu quero enfrentar isso, Tatsu. Eu sinto falta do Yuana. E acho que seria legal estarmos juntos no palco de novo, mesmo que... - ele hesitou, mas o olhar de Tatsurou insistia que ele devia dizer o que pensava. - Mesmo que não seja do jeito que eu realmente queria.

- O que o Aie disse?

- Que se o Mako o convidasse pra alguma coisa, ele aceitaria.

- Eu acho que ele está certo. Na verdade, acho que você está certo. Vai conversar com o Yuana, não é?

Daisuke assentiu outra vez, sentindo-se subitamente desconfortável, mas sem saber direito o porquê. - Você vai nos ver, se puder?

- Não. Vou pra bem longe. - Tatsurou revirou os olhos então, desmentindo o que acabara de dizer. - Claro que vou, se eu puder. Também quero que você vá me ver tocando com o pessoal do D’espairsRay e do Underneath, tá. E quero que você ouça nosso novo álbum. Tá foda.

- Você sempre diz que está.

- E alguma vez eu me enganei?

Daisuke riu, mas não respondeu. - Falta mais de três meses ainda, Tatsu. Aposto que o Miya ainda está finalizando os detalhes.

- Ei, não é como se eu não ajudasse nisso. E o Satochi e o Yukke também.

- Eu não disse nada.

- Mas pensou. Duvido que você esteja ajudando o Aie com a finalização do seu álbum.

Daisuke parou de rir.

Tatsurou fez cara de quem percebe que falou uma grande besteira.

- Essa doeu.

- ...desculpa.

Daisuke piscou algumas vezes. Mas então balançou a cabeça, decidido a ignorar aquilo. - Bobagem - e deu de ombros.

Tatsurou não parecia tão certo disso. - Dai-

- Você também tem que me desculpar, porque eu não comprei nada de presente pra você. Pelo nosso ano.

Dessa vez Tatsurou fez cara de quem ficava dividido entre reclamar, ficar quieto ou fazer piada. Acabou ficando quieto, com a careta como contraste.

- Estamos quites, né?

- ...tá.

- Quanto tempo você disse que faltava pra pizza chegar...?

- Ahnn... - o vocalista do MUCC fuçou na pilha de roupas sobre a poltrona, catando o celular pendurado no lado externo de sua calça. - Acho que ela deve estar-

O interfone tocou.

- ...chegando - Tatsurou sorriu, e catou as chaves do apartamento para descer e buscar a pizza.

Enquanto esperava, Daisuke arrumou a sala pra que eles comessem ali e deixou espaço pra que Tatsurou ajeitasse o PlayStation pra eles, já que era o vocalista do MUCC que entendia mais daquilo, mesmo. Pôs o antique na estante, junto de seus outros CDs, com um sorriso afável no rosto, que aumentou quando ele pegou a libélula de vidro para colocá-la na estante também, mas num lugar separado, só dela, onde ela ficasse exposta aos seus olhos e aos de quem mais viesse visitá-lo.

Logo Tatsurou voltava, com a caixa da pizza numa mão e uma sacola com cerveja na outra.

- Eu tinha cerveja em casa - comentou, enquanto seguia-o cozinha adentro pra pegar copos, guardanapos e condimentos.

- Ah. Esqueci de perguntar.

- Podia ter olhado na geladeira.

- Esqueci disso também.

Daisuke riu, apenas. Típico.

Na sala, Tatsurou montou o PlayStation e os dois sentaram-se no sofá, cada um com seu controle; a pizza no espaço entre eles e a cerveja no chão.

- Tekken, então?

- É. E não facilita pra mim, que eu não gosto.

Tatsurou ergueu as sobrancelhas. - Eu? Facilitar?

Daisuke ficou só olhando pra ele, que acabou se entregando num sorriso maroto.

- Vamos fazer o seguinte: se você ganhar, pode... me dominar... da próxima vez.

Daisuke continuou só olhando pra ele, mas dessa vez com uma expressão de incredulidade no rosto. - Você não está falando sério.

- Normalmente eu diria que não, mas estou. - A expressão de seriedade exibida por Tatsurou chegava a ser cômica, dado o assunto que a trazia à superfície.

- Isso significa que você não vai querer perder.

- Exatamente. Viu só como eu não facilito?

Daisuke quis bater nele. Só um pouquinho. - E o que você vai querer em troca se eu perder?

A rapidez com que o ar sério sumiu para dar lugar à perversão nas faces de Tatsurou quase assustou o outro vocalista. Quase. - Lembra daquela nossa sessão de fotos em que eu era o cafetão e você a meretriz?

- Nããão.

Tatsurou teve que rir do lamento na voz do outro. - Não lembra, ou já está recusando a proposta?

Daisuke grunhiu, contrariado. Mas então respirou fundo, ergueu a cabeça e encarou seu “adversário” com determinação nos olhos. - Vamos ver quem é a meretriz de quem aqui.

- É assim que se fala!

Eles começaram a jogar.

Pra ficar com bolhas nos dedos, deixar uma sujeirama de comida na sala e acabar transando na cama. Com o vencedor tendo seu merecido prêmio.

XXX

[1] Esse evento é o Over The Edge 2007, que reuniu bandas como MUCC, Plastic Tree e AnCafe na virada do ano para 2008. A idéia partiu, mesmo, do Tatsurou. :3

[2] A cena em questão vem dessa foto aqui.

[3] “Um macaco que acha que é gente”: quem costuma chamar o Tatsurou de macaco e faz brincadeiras desse tipo é a Fuu (the_blackboots), então resolvi dar créditos a ela. ;D

[4] O Daisuke realmente fez backing vocal nessa música do MUCC. Já os apelidos pelos quais eles se chamaram são, obviamente, fictícios; surgiram em Consolo?, durante uma conversa cheia de besteiras entre o Tatsu e o Dai.

[5] A banda nova do Yuana é o boogieman. Eles vão, mesmo, fazer um show com os studs dia 09/05 (acho que eles serão a banda de abertura dos studs, na verdade; mas eu não consegui decifrar direito as informações no site oficial da banda lol). De início, eles iam fazer um show juntos nos EUA (com o RENTRER EN SOI também, dentre outras bandas que foram anunciadas depois), mas ao que parece esse evento foi cancelado/adiado devido à falta de compatibilidade de horário entre as bandas envolvidas.

XXX

Para acessar minhas outras fics, CLIQUE AQUI.

pairing: tatsurouxdaisuke, pairing: kyoxgara, fandom: mucc, fandom: the studs

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