Autora: Mizuno Faby
Beta: Loreeh
Titulo: Para todo o sempre.
Classifição: +18
Gênero: Romance, Yaoi.
Unit: Akanishi Jin, Kat-tun e NEWS
Pair: Akame, Junda e uma leve menção de Pigo (porque eu prefiro essa ordem.).
Status: 3/7
Sinopse:
“Jin se virou e caminhou até o menor com seus passos lentos. As mãos largas se apressaram em sentir as bochechas quentes e coradas. E com um sorriso simples, porém que fazia Kame segurar a respiração se fez presente.
- Diga que não quer me ver. Diga que não está sentindo saudades, e... - Uma pausa, curta apenas para que o maior movesse a cabeça dando ênfase em suas palavras. - E por Deus, eu prometo que saio daqui agora e volto para a América e você não me verá de novo.
-Não. - Foi a resposta de Kamenashi.”
[Akame]
Nota: Não são meus e blábláblá. A historia é. E qualquer deijavu é mera coincidência!
Loreeh, minha beta again. Todo o credito de acentuação, e pontuação e virgulação[?] ... São dela!!
Também postada na:
Johnnys Ai (
Capítulo 1) (
Capítulo 2)
Yamapi.
Droga.
- Parece que não esta feliz em... Me ver... ? - Testou, encarando o menor.
- Não! - Rápido demais, constatou e provavelmente Yamapi também. - É que eu me assustei. - Disse como uma criança que fugia de uma bronca.
- Eu não disse de quando se virou rápido. Mas quando me reconheceu e sua expressão se transformou carrancuda.
- Minha expressão não é carrancuda.
- Desculpe.
Ambos passaram a fitar os números digitais sobre a porta do elevador que comprovava que este descia para o estacionamento, de forma lenta. Kazuya queria sair dali. Não que a companhia de Yamapi não era agradável. Na verdade era.
Mesmo tímido diante de algumas pessoas, Yamapi era amoroso e conseguia acompanhar e criar um assunto perfeitamente bem. Não que ele fosse falante, ele respeitava quando a pessoa não queria conversar. Mesmo com todas suas características, Kame preferia conversar com Tego em vez de seu líder.
Com o canto dos olhos observou Yamashita digitando algo no celular e depois voltou a ler alguns papéis que estavam em suas mãos. O elevador parou. Após verificar que era o estacionamento, Kame saiu atrás de Yamapi. Não foram pelo mesmo caminho então o menor gritou.
- Boa noite. - Recebeu um aceno por parte do outro e ficou parado no meio do caminho observando o maior se afastar e em algum momento escutou o alarme do carro dele.
Andou até o próprio carro, porém ao se ver na frente do volante, com o cinto posto, não tinha vontade de sair dali.
xXx
- Eu vi o Kamenashi hoje.
- Kazuya? - A voz soou surpresa, como se o dono não soubesse que seu amigo e o citado trabalhassem no mesmo prédio.
- E você conhece outro Kamenashi? Baka! - Mesmo que sua voz fosse séria, Yamapi riu ao final.
- Como ele está?
- Bonito. - Virou o rosto propositalmente para seu copo de cerveja, iria brincar com aquele idiota. Oh se iria! - Sexy. Sabia que as coxas dele cresceram? - Agora encarou o amigo de infância como se contasse um segredo.
Recebeu apenas um olhar indignado.
- Deixa de ser idiota, Pi. Não perguntei isso.
- É eu sei que não. Mas queria comentar sobre esses fatos. - Disse de modo normal, como se comentasse sobre uma partida de futebol. O que estava irritando o mais velho.
- Eu quero saber como o Kazu está de saúde.
- Não sei, não sou o médico dele. - Jin encarou o amigo com desdém.
- É claro que não. Você não passaria no vestibular. - Ambos sabiam que aquilo era uma provocação infantil e totalmente sem fundamento. Yamapi preferiu não continuar com aquilo, já que ele havia estudado, porém seu amigo...
- Kamenashi está bem. Aparentemente um pouco cansado, mas está bem.
O sorriso de Jin foi captado pelos olhos atentos do amigo enquanto se servia de mais bebida.
Estavam no hotel em que Jin resolveu passar três dias. Yamashita não sabia o porquê do amigo fugira de forma tão cúmplice dos EUA para passar três dias bebendo e comendo em um hotel no centro de Tokyo. Mas tinha uma leve impressão.
- Então você vai embora domingo? - Perguntou enquanto mastigava um pedaço de pizza.
- Sim. 22:30 sai o meu vôo. - Omitiu o horário com a boca cheia, fazendo um pedaço de calabresa cair por seus lábios, porém o pegou antes que chegasse sobre suas pernas.
Yamapi achou aquilo infantil demais, mas ignorou.
- 22:30? - Repetiu depois de engolir o pedaço que havia em sua boca. Recebeu apenas um aceno por parte do outro. - 22:30? - Insistiu, mas dessa vez não ouve nenhum sinal de que o outro o escutara. Por mais que estivessem próximos o suficiente, Yamapi sabia que havia sido ignorado. - Vinte e...?
- Okay! Não precisa mais repetir eu digo. - Recebeu um sorriso o que fez sua pequena raiva aumentar. Limpou as mãos no jeans que vestia e tratou de beber um gole de sua cerveja enquanto era atentamente assistido pelo mais novo. - 22:30 é exatamente o horário que Kazu e eu terminamos a exatamente um ano atrás... No domingo. - Não encarou o outro após a confirmação, mas sabia que o amigo o analisava, podia sentir o peso dos olhos em si.
- 22:30? - Jin revirou os olhos, não acreditava que o moreno podia ser tão lerdo, não mais lerdo que si.
-Hai.
- E você veio até o Japão para passar as ultimas horas que o término do seu antigo relacionamento completava 1 ano? - Aquela pergunta soara como uma piada aos ouvidos de Jin.
- Iee. Eu vim .... - Parou no começo da frase enquanto levantava o rosto para encarar o outro, seus olhos perdidos não passaram despercebidos pelo outro. - Eu... Eu não sei por que eu vim.
Yamapi apenas arqueou uma sobrancelha diante da confissão do amigo. Estava certo que ele ainda estava perdido. Yamashita não conseguia se decidir se algum dia Jin havia se encontrado, depois que deixou o Japão ha um pouco mais de 11 meses.
Talvez aquele baka ainda não houvesse percebido o real fato, mas Yamashita sabia exatamente o que Jin estava fazendo no Japão. Era tão obvio que chegava a ser cômico. Enquanto observava o mais velho continuar bebendo, Yamapi passou a refletir sobre o assunto. Bakanishi nunca desistiu realmente da tartaruga. Nunca aceitara que o relacionamento que eles tiveram no passado não significou nada para o mais novo enquanto ele, Jin se entregava completamente para aquilo dar certo.
Mesmo que tentassem esconder de algumas pessoas mais distantes e de suas famílias. Tanto Kazuya como Jin não passavam despercebidos com seus olhares e gestos simples, aos amigos e até para alguns staffs da JE.
Agora depois de 11 meses Tomohisa tentava se lembrar o que levara os dois a terminarem. Ele não acreditava que a partida de Jin, a saída desse do grupo pudesse influenciar tanto os sentimentos da tartaruga.
Mas compreendia os temores de Kazuya. Mesmo nunca tendo conversado com o menor sobre isso, havia percebido naqueles olhos sempre tão expressivos os sentimentos que transbordavam, principalmente quando a mente de Kazuya estava fixada em um ponto, nesse caso uma pessoa, em especial.
E também, tinha que admitir que no dia seguinte do termino do relacionamento BakanishixTartaruga, Pi estava no apartamento de Tegoshi, onde ficou escondido no quarto do dono enquanto que uma tartaruga bêbada relatava com todos os detalhes o começo, meio e fim de seu relacionamento.
Essa lembrança, de ter que se esconder na casa do menor enquanto o outro menor aparecia lá de surpresa tirou lhe uma gargalhada. Negou com a face enquanto ouvia pedidos e protestos por parte do amigo que não havia entendido nada.
E continuaria sem entender.
xXx
Abriu os olhos tentando entender o que era aquele barulho irritante que fazia sua cabeça latejar. Mas logo se deu conta que era seu despertador tocando pela quinta vez, quando os toques ficam com intervalos menores.
Pulou da cama e depois de desligar o aparelho correu para o banheiro, estava atrasado, tinha uma reunião na manhã logo cedo e ...
Estou atrasado!
Como uma tartaruga não pode fazer as coisas tão rápido, é claro que Kazuya se demorou no banho e deixou o apartamento enquanto afivelava o cinto, sem nem ao menos ter passado na cozinha ou arrumado sua cama.
O trânsito estava impossível.
- Maldita manhã de sábado! Isso é sempre assim. As pessoas deviam ficar em casa durante o sábado de manhã. Que fiquem dormindo! Que inferno! Porque tem que sair em uma manhã de um maldito sábado sendo que não trabalha. INFERNO! - Gritou a ultima palavra enquanto afundava a mão na buzina para o carro na sua frente.
E depois de todos os faróis fechados, Kazuya conseguiu estacionar seu carro no estacionamento do prédio da JE. Como estava uma hora atrasado, não teve muitas opções nas vagas, deixou seu carro na primeira que viu e correu uns bons metros até o elevador.
Quando a caixa metálica parou no andar da sala de reuniões Kazuya voou, praticamente. E quando bateu na porta e entrou, todos os rostos viraram para si. E até mesmo enquanto caminhava para um lugar ao lado de seus colegas de banda, sentia os olhares sobre si. Podia afirmar que até as plantas daquele lugar o encaravam com desaprovação.
- Eu dormi demais... - Foi a única coisa que ele podia dizer quando a reunião acabou e se viu só com seus amigos.
- É para isso que existe despertadores, Kamenashi. - Era um Maru irritado.
- Eu não o escutei tocando... - Kazuya mantinha a coluna inclinada e suas mãos sobre os joelhos. Sua voz saia tão baixa e tão envergonhada que fazia Junno rir silenciosamente atrás dele.
- Você não escutou seu despertador tocar por uma hora?
- Duas na verdade. Eu costumo me adiantar bastante. - Não levantou o rosto para ver a expressão cômica que um Maru fazia diante de sua resposta.
Até mesmo Ueda, que se encontrava mais afastado dos 4, sorria.
- Gomenasai!
- Se o mundo acabasse enquanto ele dormia e eu dependesse dele para me avisar, eu estaria ferrado.
- Você estaria ferrado cedo ou tarde, Koki. - Pontuou um sorridente Junno.
Com isso todos passaram a rir. Menos Kazuya que levantou o rosto para encarar um gargalhante Junno atrás de si. Porém o que via não fora ele, não era seus amigos que escutava naquele momento, estava distante, mas ao mesmo tempo estava no mesmo lugar.
Flashback On:
- Hey Jin vamos fazer uma torre de baralho? - Sugeriu um Koki depois de entrar de forma unicamente sua, na sala.
- Ahhh... estou com preguiça. Peça para o Junno. -Sugeriu enquanto voltava a deitar no sofá que a poucos segundos atrás havia pulado pelo susto da porta sendo aperta tão... barulhentamente.
- Junno? ... - Jin sabia que cedo ou tarde os dois viriam até si, mas enquanto isso não acontecia, resolveu voltar a cochilar. Seu cochilo não foi longo, logo estava sendo chocalhado por um Koki que insistia em eles fazerem a tal torre juntos.
- Deixa eu dormir, poxa! - Disse se virando para o estofado enquanto recebia reclamações de Junno que estava próximo demais de seu ouvido.
- Sabe Jin, se o mundo acabasse enquanto você dormia você estaria ferrado! - Observou Junno.
- Eu estaria ferrado mesmo se estivesse acordado. - Foi a resposta bem humorada que lançou ao maior. O que fez os três rirem descontroladamente.
Nesse momento Kazuya entrava na sala e parado diante da porta sentia uma vontade louca de rir também.
Flashback Off.
O olhar vago e levemente amedrontado não passou despercebido por Ueda, que logo parou de rir e olhou Junno. Este como se tivesse sido chamado, entendeu o olhar do namorado e apenas parou de rir, não tendo coragem de olhar Kazuya, se afastou como os outros.
“Eles esqueceram do Jin? Eles não se importam mais com o Jin? Será que foi tão doloroso para eles Jin ter escolhido seu sonho ao invés deles?”
Os olhos de Kazuya encararam o sofá que era o lugar preferido do mais velho. Ele se lembrou de todas as discussões falsas que Jin e Nakamaru tiveram por aquele sofá. Todos sabiam, até os staffs sabiam que aquele sofá “pertencia” a Jin. E quando o mais velho via alguém deitado em seu sofá era motivo de ele explodir. Era tudo uma farsa. Mas ele realmente xingava a pessoa.
Depois que Jin foi embora, ninguém mais usou aquele móvel. Nem mesmo para apoiar as coisas, nada, era como se ele não estivesse ali. Era como se tudo relacionado a Jin tivesse ido embora junto com ele.
“Será que Jin levou consigo todo o amor e carinho que seus amigos nutriam por ele?”
Inconscientemente Kazuya levou sua mão esquerda até o próprio peito e segurou sua blusa com certa força.
“Vazio. É o que eu sinto aqui.”
Estava em transe, estava em um transe profundo e só acordou quando sentiu sua mão molhada.
Lagrimas. Só percebeu agora que chorava.
.... Continua.