Parte final da história.
Título: Difícil não te amar
Nombre de tu persona asignada:
yvarlcris Fandom: Hawaii Five-0
Personaje/pareja: McDanno
Clasificación y/o Género: MA (NC17); romance, angst; #hurt Danny, #protective Steven, #bottom Steven, #season 3; 9k9 words
Resumen: Steven cuida de Danny após o loiro sair ferido de uma missão. Eles poderiam ter algo a mais, mas o loiro não acredita que seus sentimentos sejam correspondidos quando tudo o que o marinheiro lhe pede são desculpas.
Disclaimer: I do not own Hawaii Five-0 - Hawaii Five-0 e seus personagens não me pertencem.
Advertencias: ferimento em explosão, descrição explícita de sexo
Parte Final
No primeiro dia de trabalho dos dois depois do acidente, McGarrett ainda dominava o sofá da sala. Quando o detetive levantou da cama para se preparar, o outro já havia até feito a corrida matinal e estava pronto.
Ainda sem acordar direito, Danny xingou o tapete do banheiro quando se preparava para tomar banho. O SEAL invadiu o cubículo. O outro cobriu-se com a toalha antes que o amigo entrasse, mas não foi suficiente para esconder as marcas que restavam em suas costas.
Os dois ficaram se encarando por alguns segundos, até que o comandante desviou o rosto e viu pelo espelho da pia o reflexo dos ombros do amigo. Pronto, aquilo serviu para ele assumir a expressão de culpa e sair dali.
Ao menos ele não falara nada daquela vez, mas seu rosto já dizia tudo.
Williams chutou o tapete ainda enrolado em seus pés e xingou mais uma vez.
-x-
O dia no escritório foi atarefado.
Daniel não estava surpreso ou feliz ao ver a pilha de relatórios que recaíram sob sua tutela agora que ficaria algumas semanas preso às tarefas internas da equipe. O loirinho bufou. Enfurnou-se em sua sala e enterrou-se no trabalho.
Steven espiara o companheiro vez e outra de seu escritório, mas não passara daquilo. A situação daquela manhã fizera algo com o marinheiro que o levara a buscar ainda mais distância.
Kono observou a interação dos amigos e franziu o cenho. A linguagem corporal de ambos não era o que ela esperava de duas pessoas que passaram mais de uma semana em casa colocando em dia toda a tensão sexual acumulada pelos anos de trabalho até ali.
Era o que ela esperava que eles tivessem feito, depois de convencer Danny a iniciar a conversa no hospital com Steven.
Mas não era o que parecia.
Eles mal se falavam, e embora o SEAL parecesse atento a qualquer dificuldade do parceiro, os dois não demonstravam proximidade. Sequer a mesma de antes do acidente. Muitas vezes, nem pareciam à vontade com a presença um do outro.
A havaiana chegou à conclusão que aquilo só podia significar uma coisa.
-x-
Eram cinco da tarde. McGarrett levara o detetive para a consulta e sessão de audiometria e combinara de buscá-lo naquele horário.
Ele trabalhava no encerramento de alguns inquéritos antes de sair. Odiava aquele tipo de função, mas a quantidade de trabalho que fora designada para o amigo estava absurda, então resolvera surrupiar algumas das pastas da mesa do parceiro sem que ninguém percebesse. Não faria mal nenhum, já que não havia chamados ou outra atividade para aquele momento.
"Problemas no paraíso?"
Era Kono, sorrindo da porta. Steven afastou-se do computador, grato pela distração.
"Não enquanto Danny tiver acesso a analgésicos e opiáceos."
Ela apertou os lábios. "Quanto tempo vai levar pro clima voltar ao normal aqui no escritório?" Não procurou ser delicada. Na verdade, queria ser um pouco cruel com o chefe. Sua intuição dizia que se os dois não estavam juntos, o SEAL era o responsável.
"Muita coisa acumulou nos dias que ficamos fora," ele tentou desconversar.
"Aham." A policial ajeitou a pasta com documentos sob seu braço. "Vai continuar na casa de Danny esta semana?"
"Sim. Ele precisa de ajuda com os exercícios."
"Mas… Não é melhor outra pessoa acompanhá-lo? Talvez vocês precisem de tempo, já que você o rejeitou."
Steven olhou para a colega, em silêncio. "Eu…" Daniel fora a única coisa em sua mente na última semana. Sequer passou por sua cabeça estar rejeitando o parceiro. "Do que está falando?"
Kono afastou-se da porta. "Desculpe, chefe. Foi o que pareceu. Depois do que aconteceu no hospital, pensei que tinha ficado bem claro." Ela viu a expressão perdida no rosto do comandante e aguardou.
"Ele... não estava coerente naquela hora. Preferimos fingir que não aconteceu." Steven baixou os olhos, sua mente voltando para a conversa assim como fizera centenas de vezes até ali.
Kono mordeu o lábio inferior sentindo que talvez tivesse exagerado. Se bem que...
"Esquecer o que ele disse mudaria o que vocês dois sentem?" McGarrett fitou a amiga. Kalakaua sorriu de leve. "Fingir que nada mudou é uma covardia, brah."
O comandante ficou quieto, e a policial saiu da sala, devagar, sem dizer mais nada.
-x-
Steven aguardou pelo detetive em frente à clínica, escorado na lateral do Camaro. Avistou Danny sair do estabelecimento e aguardou em vez de correr para segurar-lhe a bengala e dar-lhe o braço no lugar.
O loirinho atravessou a rua sem pressa. Quando chegou até o veículo, abriu a porta para sentar-se e descansar a perna. O comandante fez a volta no automóvel e descruzou os braços.
"Você ainda quer ficar perto de mim?"
Daniel fez uma expressão confusa. Viu a seriedade no comportamento do outro e sabia do que se tratava. "Eu pensei que você queria distância depois do que eu fiz no hospital." Steven começou a abrir a boca para protestar, mas o loiro continuou, afastando os olhos, daquela forma que o marinheiro não queria que acontecesse nunca mais. "Pode me deixar em casa. Inclusive, eu posso pegar um taxi, não precisa me dar carona," disse já observando o final da rua.
"Olha, foi você quem me pediu pra esquecer. Eu estou aqui, disposto a seguir em frente."
Williams bufou. "Eu já percebi. Ficou claro que não estamos tanto assim na mesma frequência."
Steven ignorou o tom seco do outro. "O que você disse. Você… realmente pensa tudo aquilo?"
Daniel o observou em silêncio por vários segundos. Então balançou a cabeça, devagar. Seus olhos não deixaram os do amigo.
"Mas… você nunca disse nada."
"Quando eu acordei e vi você, pensei que estava sonhando. Os remédios me deram a noção errada do que eu podia ou não falar em voz alta. Uma pessoa que atinge todas as minhas fantasias estava ali ao meu lado sem qualquer explicação, e eu não tinha ideia que era o momento errado pra falar aquilo tudo."
"Por que não me disse antes?"
Danny encarou o amigo. "Cath."
O moreno baixou a cabeça. Exalou o ar. "E por que não me disse naquele dia?"
"Porque quando você entrou naquele quarto e eu olhei nos seus olhos... eu vi medo!" McGarrett deu um passo para trás, chocado. "Você estava com medo de mim, do que eu fosse dizer, Steven."
"Você não entendeu." O SEAL ajoelhou-se diante do amigo no banco do carona. "Eu me convenci que não era verdade. Passei toda aquela noite dizendo a mim mesmo que não era você falando, que eram os seus ferimentos e que você estava daquela forma por culpa minha." Daniel exalou o ar, cansado de ouvir a mesma justificativa. O comandante puxou uma das mãos do loiro e a segurou. Aguardou ele voltar a fitá-lo nos olhos. "Quando você me disse pra esquecer, eu percebi que não queria. Eu não quero esquecer. Eu não quero que você sorria daquela maneira forçada, não quero que desvie os olhos ou que não se sinta à vontade quando eu estiver na sala. Eu quero você completo, quero você de volta ao normal. Se o melhor pra isso for fingir que não aconteceu, eu o farei. Mas não quero."
Williams balançou a cabeça, devagar. Virou a palma para cima, para ser ele a segurar a mão de Steven. "Foi uma surpresa pra mim também ter contado daquela forma." O amigo segurou sua mão com a mesma força. Firmou o olhar no rosto do comandante. "Eu te amo. Eu quero ficar com você, e não quero mais fingir."
Steven sorriu. O brilho nos olhos do parceiro refletia o que ele sentia. Beijou a palma da mão dele, então alisou seu rosto. "Você tomou seus remédios hoje?"
Daniel deu de ombros. "Quem cuida disso é você."
O moreno admirou o amigo, seu rosto, seus lábios, permitindo-se aproveitar desta vez. "Eu também te amo."
Danny sorriu, aliviado. Então ergueu uma das sobrancelhas. "Ótimo. Agora só falta resolver esse seu complexo de culpa."
"A culpa foi minha." O comandante baixou o rosto.
"Ok, Steve. Eu entendi. Você foi imprudente. Mas eu não quero ficar com você se tudo o que vê quando olha pra mim é o acidente."
O comandante agitou a cabeça, procurando as palavras. "Eu quase te perdi. Quase fui a causa de você não estar mais aqui."
"Mas eu estou." Daniel passou a mão em seus cabelos. "E você tem que me prometer que nunca mais fará algo perigoso como seja lá o que fez. Se você me prometer isso, eu vou confiar em você e estará perdoado."
O moreno fechou os olhos ouvindo as palavras. O loiro se deu conta que das inúmeras vezes que o outro lhe pedira desculpas, ele jamais lhe dera perdão de maneira explícita.
"Eu prometo." Steven buscou a confirmação.
Williams entreabriu os lábios, como que hipnotizado pelo parceiro. "Está perdoado," reforçou, sentindo aquelas palavras libertarem ambos.
McGarrett aproximou-se. Os dois se encontraram, e o beijo que trocaram foi lento, cheio de calma e carinho.
Steven afastou-se minimamente. "Perdemos tanto tempo."
"Então pare de desperdiçá-lo agora." O outro voltou a beijá-lo.
O comandante levantou o canto da boca. "Quero fazer tantas coisas com você. Mas ainda está sob o efeito de drogas. Pode não estar lúcido o suficiente." Sorriu de forma predadora.
"Eu prefiro avaliarmos isso…" Danny murmurou, os lábios roçando nos do moreno, "…na minha casa. Na minha cama."
McGarrett concordou com o parceiro, que agora era seu. Beijou-lhe o sorriso e pôs-se de pé. "Vamos." Fechou a porta com um Danny radiante do lado de dentro. Fez a volta no veículo e embarcou. Arrancou dali apenas depois de beijar o loiro mais uma vez.
Precisavam ser rápidos, cada contato era mais ávido e exigia mais tempo para satisfazê-los.
No caminho, Danny fitou o moreno de canto, daquela forma quando ele o estudara e praticamente despira com os olhos. "É bonito ver como você se acostumou a dirigir devagar."
Steven o observou por um par de segundos. Então ligou as sirenes e acelerou pela via até a casa do loiro.
Os dois desembarcaram, rindo, e já estavam enlaçados um no outro. A bengala e o alarme do carro esquecidos. Ou será que Steven acionou as travas? Danny não segurou o pensamento por muito tempo, a boca do marinheiro em seu pescoço o fazia esquecer do básico.
Steven enlaçou o loiro, praticamente o carregando. Eles seguiram agarrados um ao outro, as bocas inquietas, as mãos em todas as partes, e o SEAL encontrou uma parede para prensar o parceiro contra ela. A perna que ainda estava com a tala encontrou seu lugar ao redor da cintura do comandante, e os dois continuaram ali, colados um ao outro num frenesi de carícias. Até que.
"Boa noite, senhores."
Eles travaram no lugar. Viraram para o lado. Rachel estava ali.
Aparentemente eles alcançaram a parede perto da porta, mas as visitas já os aguardavam: Rachel e Grace. A menina segurando uma caçarola e a mulher cobrindo os olhos da filha com as mãos.
"Oi, papai!" A garota sorria com os olhos cobertos. "A mamãe disse pra trazer comida. Mas eu posso voltar com ela pra você ter o seu encontro com o tio Steve."
Rachel ergueu as sobrancelhas. E os dois se soltaram. "Teríamos saído, mas vocês impediram a passagem." A mulher tinha os olhos relaxados. O leve arquear de seu sorriso denotava a satisfação dos sádicos ao causarem tormento.
Danny realinhou a roupa, especialmente a calça que parecia apertada.
"Eu e a mamãe fizemos estrogonofe," Grace falou quando sua mãe liberou sua visão. Ela sorria normalmente. "Você vai continuar o seu encontro com o tio Steve?"
"Não, macaquinha. Eu só…" Olhou para o outro homem por sobre o ombro. "Confundi os dias. Eu estava te esperando pro final de semana." Aproximou-se e abraçou a filha. "Você trouxe a comida, vamos jantar todos juntos." Ele beijou a testa dela e abriu a porta. Empurrou a garota para dentro e a seguiu, sem olhar para trás.
Rachel foi a próxima, mas espiou McGarrett com o canto do olho. "Vejo que finalmente pôs o jogo em prática, Comandante." E ela entrou.
Steven a seguiu, sorrindo de lado a lado. Fechou a porta atrás de si.
Os quatro jantaram, e a noite foi em parte agradável. Grace era a responsável, porque ela parecia totalmente a favor de ver seu pai e o parceiro juntos. Mas eles não demonstraram mais proximidade em frente da garota - e esse foi o detalhe estranho do jantar, porque todos sabiam o que estava acontecendo antes de elas se materializarem naquela porta.
Rachel continuou com o risinho carregado de insinuações, enquanto Grace conversava alegre sobre as tarefas e os passeios da escola.
Quando terminaram a refeição, a mulher disse que era hora de ir e ficou de pé. Foi apanhar seu casaco. A menina levantou-se prontamente. "Eu vou com a mamãe pra vocês continuarem o seu encontro."
Daniel ficou vermelho, mas antes de convencer a filha de que ela deveria ficar por ser a noite deles juntos, a garota o abraçou e beijou-lhe o rosto. "Tudo bem, nós podemos nos ver amanhã de tarde."
O loiro não sabia o que dizer, e a menina foi para o lado da mãe. Rachel vestiu o casaco na filha também, então cobriu os ouvidos da garota.
"Senhores. Usem proteção."
Danny quase engasgou, embora não estivesse comendo ou bebendo nada. Steven continuou sorrindo de um lado ao outro, assentiu para a mulher.
"Mamãe, eu ouvi o que você disse."
A mulher empurrou a filha delicadamente para a porta. "Eu sei, querida. Só finja que não pelo bem do seu pai."
Grace riu, e as duas saíram. Embarcaram no veículo que só naquele momento Williams percebeu estar do outro lado da rua - ótimo detetive. Os dois homens acenaram da porta para a criança que balançava a mão pelo vidro aberto.
"Vamos jogar baseball amanhã! O tio Steve pode ir, né?" Ela gritou de dentro do carro enquanto a mãe manobrava.
O comandante espiou Danny, que concordou com a cabeça. Steven sentiu o peito estufar ainda mais. "É claro. Nos veremos amanhã!"
"Até amanhã, macaquinha. Te amo!" Danny lançou um beijo e continuou acenando.
"Te amo, papai!" E o veículo seguiu pela rua. Daniel e Steven ficaram na porta vendo o automóvel desaparecer ao longe.
Silêncio pairou ao redor deles. Os homens se entreolharam.
O SEAL remexia os dedos. O loiro mordeu os lábios.
Lançaram-se um contra o outro. Steven apertou Danny contra a parede do hall.
Ele adorava fazer aquilo.
Danny adorava que ele fizesse.
Chutaram a porta, que fechou com um estrondo. Em meio ao beijo e ao repuxar de roupas foram indo para a sala, e o comandante jogou o parceiro sobre o sofá. Deitou-se sobre ele, mas Danny disse ainda sem interromperem totalmente o contato. "Vamos. Pro quarto."
Steven não queria perder tempo, mas o loiro afastou a boca da dele e apontou para as janelas. "Alguém pode ver."
"Ninguém vai escalar a sua janela pra espiar a sua sala." O marinheiro deixou o peso recair ainda mais sobre o outro, cheirando o pescoço dele. "E mesmo que façam…"
"Exibicionismo não é comigo."
Steven parou e fitou o parceiro. Daniel estava falando sério. "Ok." Ele levantou carregando o loiro em seus braços.
"Eu ainda tenho pernas. Eu posso andar!"
McGarrett apertou os lábios, então jogou o loirinho por sobre o ombro, estilo bombeiro.
Danny suspirou, a cabeça pendendo para as costas do SEAL. "Emasculante."
Steven riu e alisou o traseiro do outro um instante. Danny se retorceu. "Não pare."
Eles foram para o quarto e Steven depositou Daniel na cama. Correu para a porta e chaveou-a, fazendo uma cena para o outro ver sua retaguarda. Foi para as janelas e fechou bem as cortinas, sorrindo. Chegou até os pés da cama. "Agora você é meu?"
Danny sorriu de volta. "Podemos entrar num acordo."
Steven retirou a camiseta e a calça. O outro ficou de boca aberta. O moreno puxou-lhe os tornozelos, trazendo-o para ficar sentado na beirada da cama e ajoelhou-se entre as pernas do parceiro. Começou a beijá-lo no pescoço. Abriu a camisa e suas mãos dançaram pelo torso até a braguilha do loiro.
"Humm. Vamos chegar em bons termos. Tenho uma proposta irrecusável." Steven esfregou o rosto sobre a ereção por baixo do tecido.
Danny apertou os olhos. Pendeu a cabeça para trás. "Ai, meu deus, eu não posso gozar nas calças depois de tantos anos!"
Algo acendeu nos olhos de McGarrett e ele assumiu a função de alisar o outro como se o seu objetivo na vida fosse aquele: arrancar do loiro um orgasmo vergonhosamente rápido.
Danny se contorceu, segurando os cabelos do parceiro. Mas Steven terminou de abrir sua calça e puxou a roupa de baixo, rasgando a peça. "Ei! Para! Para…" Danny empurrou a cabeça do moreno. Steven apenas ergueu os olhos e esticou a língua. Lambeu da base até a ponta da ereção do loiro. Daniel cingiu os dentes no lábio inferior. "Não, não para!"
O SEAL ergueu o canto da boca em um sorriso e abocanhou o membro do parceiro. Danny gemeu. O moreno fechou os olhos e emitiu um som de satisfação por dar prazer ao amante. A ideia de ter Danny daquela forma fez voltas em sua mente, e ele entregou-se à sensação de ter o que queria. Ele queria Danny, sempre, dessa forma: entregue e delirante, pedindo mais e mais.
"Espera." O loiro pediu, ofegante. Esticou o braço na direção da cabeceira. "Tem… preservativos no criado-mudo."
McGarrett pausou. Olhou para o móvel e para o rosto rosado do parceiro. "Eu não me importo. Faço meus exames sempre, mas se você quiser…" Afastou-se para ir até o criado-mudo. O outro segurou seu braço.
"Tem certeza?"
Steven admirou a visão do loiro com os cabelos rebeldes, deitado com a camisa aberta e o zíper da calça escancarado, mostrando todo o seu desejo.
"Eu confio em você," falou e se aproximou, deitando-se ao lado do parceiro.
Danny o aceitou em seus braços. Steven deixou-se cair sobre o loiro, acomodando uma das pernas entre as duas do homem menor, tomando cuidado para não pressionar o joelho machucado do detetive, e o beijou.
O loiro correspondeu com o mesmo ardor, acariciou suas costas, alisou o traseiro firme do SEAL e empurrou a última peça de roupa que o comandante vestia. As ereções de ambos entraram em contato, e os dois suspiraram, os lábios ainda juntos, úmidos, intumescidos.
Danny enfiou uma mão entre os dois e apanhou os membros entre os dedos. Steven gemeu ao sentir a palma calejada pressioná-lo. Eles continuaram a beijarem-se enquanto o detetive movia o braço, estimulando ambos ao mesmo tempo.
O moreno ofegou e enterrou as mãos nos cabelos do loiro. Mordiscou a pele áspera do maxilar e seguiu sugando seu caminho até o pescoço do detetive. Deixou uma marca na área onde sentiu a pulsação do amante. Danny murmurou sua aprovação e enlaçou a perna sã sobre a parte posterior das coxas do comandante, aproximando mais ainda seus quadris.
"Eu quero você…" Steven murmurou, sem parar de abusar do pescoço do parceiro. "Mas eu não quero te machucar."
"Que bobagem. Eu estou ótimo." O loiro firmou o aperto que tinha entre os dois, e o marinheiro segurou seu antebraço.
"Eu sei. Mas eu vou ficar por cima."
Danny bufou para o outro. "É claro que você vai querer controlar até nossas posições no sexo." Revirou os olhos.
"É sim. Quanto menos você se mover, melhor. Cadê o lubrificante?" E esticou-se por sobre o parceiro para alcançar a gaveta do criado-mudo.
Por baixo da quinquilharia, havia preservativos e também o frasco que o comandante procurava.
Steven retornou à sua posição sobre o loiro e beijou-o de maneira firme. "Vai ter que me preparar bem." Envolveu o quadril do outro com as pernas e posicionou-se, sentado sobre o colo do amante. Abriu o frasco e derramou o líquido nos próprios dedos. Cobriu o parceiro com seu corpo. Esticou o braço e levou a substância para lubrificar a entrada onde ele queria o loiro. Apertou os olhos.
Danny o observava vidrado. Steven puxou a mão dele e levou seus dedos para alcançarem a abertura que acabara de preparar. Gemeu.
"Steve. Eu vou gozar antes da hora."
McGarrett riu. "Se você fizer isso eu vou ter que inverter nossas posições e eu ainda não sei como fazer isso sem forçar a sua perna e o seu ombro."
"Ah, é claro. É pro meu próprio bem."
"U-hum." Steven baixou o rosto e beijou o loiro. Danny continuou estressando o músculo delicado, preparando Steven para recebê-lo. "Mais lubrificante," o moreno murmurou, beijando o rosto do loiro.
Daniel alcançou o frasco e despejou uma quantidade generosa da substância na mão. Abraçou a cintura do outro e voltou a inserir dois dedos no marinheiro. Forçou os quadris para cima, fazendo o amante esfregar-se em seu abdômen. Steven jogou a cabeça para trás, e o loiro passou a língua por seu pescoço. Inseriu o terceiro dedo.
O comandante começou a balançar para frente e para trás, conseguindo fricção contra o corpo do outro enquanto era aberto e invadido pelos dedos dele. Danny agarrou suas nádegas com uma das mãos, sem diminuir a atenção no trabalho que fazia com a outra. Mordeu os lábios vendo a expressão extasiada no rosto do parceiro. Alcançou a boca entreaberta do moreno e sugou-lhe a língua. Os dois se perderam nas carícias, explorando a boca um do outro, o balançar rápido e mais rápido. Até que Steven parou com um tremor.
"Agora. Senão quem vai gozar sou eu."
Daniel sorriu e afastou os dedos da abertura quente e molhada. McGarrett ergueu-se sobre ele e derramou o frasco de lubrificante sobre toda a extensão do pênis firme. Antes que Danny reclamasse da temperatura do líquido, Steven o segurou entre as mãos e o massageou espalhando a substância sobre a pele delicada. Moveu o pulso para cima e para baixo, sentindo o músculo enrijecer ainda mais entre as mãos. Então ergueu o peso com as pernas e posicionou-se, guiando a ponta do membro. O loiro apertou os dedos ao redor da cintura de Steven e retorceu os pés, sentindo-se penetrar na cavidade ardente e bem preparada do parceiro. Os dois soltaram o ar quando Steven acomodou toda a extensão do loiro.
Danny era ótimo. Danny era perfeito. McGarrett pôs as mãos sobre as do parceiro, ao redor de sua cintura, e moveu-se estudando a sensação de ter o outro dentro de si. Ouviu o detetive grunhir e fitou-o nos olhos. Então ergueu-se novamente e deixou-se cair devagar, envolvendo Danny em seu calor. O loiro forçou os quadris para cima, penetrando ainda mais, e Steven liberou um gemido longo e grave. Largou as mãos de Danny e inclinou-se sobre o amante.
Com as faces frente a frente, McGarrett apoiou-se sobre as mãos ao lado da cabeça do detetive e iniciou um ritmo que o fez apertar os punhos, concentrado no rosto do loiro, que e o observava com a expressão constrita. Ele também estava se contendo.
O suor escorreu pelas costas do moreno, e Daniel o enlaçou, puxando-o para perto. A posição e o movimento quase sufocante massageavam a próstata e seu membro entre os abdomens dos dois, e Steven abandonou-se.
Ele enlaçou Danny pelo pescoço e enterrou-se nas estocadas do parceiro, buscando a boca dele e agarrando seus cabelos. Danny deixou-se tomar e ofereceu tudo o que o parceiro queria. A cama rangeu de baixo deles, os lençóis embolaram-se ao redor dos dois. Steven buscou a própria ereção, ansioso, sentindo que estava perto do orgasmo. Mas Danny bateu sua mão dali, trazendo-a para os próprios cabelos e assumiu ele mesmo os estímulos, sem parar de beijá-lo. Apertou com força suficiente para marcar o traseiro redondo do comandante enquanto friccionava seu membro sem pausa. O moreno atingiu o clímax chamando o nome de Danny.
O loiro parou. Apertou-o contra si, sugando-lhe o lábio inferior e memorizando cada detalhe de sua expressão.
McGarrett tomou ar, ofegante, satisfeito. Viu o outro observando-o. Os olhos do loiro estavam escuros, os braços fortes ainda ao seu redor. Então o moreno se contorceu, levantando os próprios quadris e afundando-os com o objetivo único de fazer o parceiro atingir também a satisfação que ele tivera. Sentiu o sêmen espalhado entre os dois e puxou os cabelos de Daniel, fazendo-o expor o pescoço. Sugou-lhe a pele do comprimento da garganta e parou perto de seu ouvido.
"Eu vou fazer você gozar," disse com a voz calma e grave. Danny ainda o segurava e começou a gemer. "Vai ser tão, tão bom," mordiscou o lóbulo da orelha do loiro.
O detetive tremeu. Enterrou os calcanhares no colchão e penetrou o máximo que conseguiu numa última estocada. Steven sentiu a ejaculação preenchê-lo e encheu-se de novo de prazer.
Eles ficaram ali abraçados por alguns segundos. Então McGarrett levantou-se e puxou a ponta do lençol, secando o abdômen e o peito de ambos. Danny continuava arfante e jogou um dos braços sobre os olhos.
"Podemos tomar banho agora, ou simplesmente começar o segundo round," Steven sugeriu.
Danny o espiou por baixo do braço. "Eu preciso tirar o suporte da tala pra tomar banho."
"Eu ajudo." O comandante saiu de cima do loiro. Chutou a roupa de baixo que ainda pendia de uma de suas pernas. Puxou a barra das calças do parceiro, que ainda estavam vestidas até a altura dos joelhos.
Danny ergueu-se com a ajuda dos cotovelos, sentando-se. "Você não me deixou nem tirar a camisa." Steven riu. Williams apontou para as roupas que o moreno atirava no chão. "E você me deve uma cueca nova."
"Por quê?" Ajoelhou-se na beirada do colchão, novamente entre as pernas do detetive. "Será só mais trabalho na hora de te despir." E beijou a boca dele. Afastou-se devagar. Daniel apertou os lábios, mas não conseguiu esconder o sorriso. McGarrett terminou de retirar a tala do joelho e passou os braços ao redor do amante. "Agora venha aqui. Ainda temos muito pra negociar." Apanhou o parceiro no colo, estilo de noiva desta vez.
O detetive revirou os olhos. "Obrigado, senhor bombeiro sexy. Assim eu me sinto cada vez mais capaz," reclamou. Mas segurou-se no pescoço do marinheiro, balançando as pernas e fitando o comandante com ternura enquanto este o levava para o banheiro.
-x-
No dia seguinte, Grace rebateu a bola que Steven arremessou no parque, e os dois tiveram que proteger os olhos do sol para verem até onde ela voaria.
Quando enxergaram o projétil cair perto do limite da clareira, McGarrett vibrou e levantou a menina pela cintura. "Essa é a minha garota!" Girou com ela sob um dos braços, Grace rindo e balançando o taco de beisebol.
Daniel sorriu, sentado sobre a toalha de piquenique estendida sobre a grama na sombra de uma das árvores. Ele esticou o braço e tirou uma foto com o telefone.
"Você viu, papai? A bola voou bem longe!" a menina chamou e riu, ainda festejando com o SEAL.
"Parabéns, macaquinha!"
McGarrett a soltou e a garota pulou, animada, correndo para buscar a bola.
O moreno se aproximou e sentou-se junto do namorado. "Se ela continuar assim, logo acertará as pessoas do outro lado."
Os dois viram a menina começar a voltar balançando a bola numa das mãos.
Danny sorriu e fez sinal de positivo para sua macaquinha. "Se acertar, quem vai pagar a indenização será você. Tenho tudo registrado aqui."
Steven roubou o celular das mãos do loiro e jogou-se sobre ele. Abraçou o pescoço do namorado tirando uma foto dos dois.
Grace veio correndo e também se jogou sobre o pai. "Ai! Assim vocês vão acabar comigo!"
"Desculpe, Danno!" a garota respondeu rindo. Daniel viu o rosto de McGarrett perder o brilho. Bateu no ombro do moreno.
"Está tudo bem, Steve."
O comandante estudou os dois à sua frente por um segundo, então o sorriso voltou aos seus olhos.
A próxima fotografia tinha os três: o loiro recebendo um beijo da filha e do namorado de cada lado do rosto.
Fim.