Fic: Days ‘After’ You Came - 09
Autora:
molkitaBeta: Ninguém! D: Então, desde já, vão desculpando os erros.
Fandom: Placebo
Par: Nenhum nesse capítulo.
Classificação: PG-13 (pela temática, slash e uma ou outra palavra inapropriada)
Sobre a fic: Seqüência da fic
Days Before You Came (é melhor lê-la antes de começar essa aqui), fala sobre a formação e início da banda.
Nota: Essa fic ainda está incompleta (escrevi-a há anos e até hoje não consegui a terminar - perdi dois capítulos que não havia postado em um backup e acabei ficando sem ânimo e inspiração para reescreve-los), mas como ando em Placebo!mood esses dias vou ver se consigo continuá-la, até o momento a fic conta com 20 capítulos, então já é bem grandinha. Resolvi escrever essa fic no ápice de meu vício pela banda, nada do que escrevi é real, mas tudo está bem embasado nos relatos e entrevistas que li. Usei todos os meus conhecimentos sobre os meninos para escrever isso! xD Não conheço os moços da banda, não estou ganhando dinheiro com essa fic e nada disso aconteceu de verdade (Se bem que de certa forma aconteceu sim! O.o Só não foi exatamente assim como descrevi! xD). Postei essa fic originalmente no fórum brasileiro do Placebo.
Days ‘After’ You Came - 09
A semana passou rapidamente.
Brian arrumava sua mochila quando Stefan entrou no quaro e sentou-se na cama.
O vocalista moveu seus olhos da mochila para o amigo.
“Tem certeza de que não quer ir junto?”
“Claro que não!” Ele respondeu sorrindo. “É uma reunião de família, Brian.”
“Mas você vai ficar aqui sozinho! E o pior, pode ser que o Robert apareça querendo te fazer companhia.” Declarou com ar fingido de extrema preocupação.
Stefan gargalhou. Ele nunca vai cansar das ‘piadinhas-sobre-o-baterista-inconveniente ’, pensou.
“Mas, sério, Stef. Eu posso falar com minha mãe, ela vai entender.”
“Não, Bri, não se preocupe. Você vai para sua reunião e eu fico aqui cuidando de nosso apartamento.”
“Okay, se você quer assim...” Brian declarou colocando mais uma calça jeans dentro da mochila.
~x~
O apartamento ficou tão vazio sem ele... Stefan pensou sentando-se no sofá com um longo suspiro.
Seu emocional não estava bem, mal podia acreditar que sentiu vontade de chorar vendo a imagem do táxi que estava levando Brian para a estação de metrô se distanciando. E a separação seria por apenas por um fim-de-semana! O baixista ligou a televisão na esperança de encontrar algo interessante que pudesse fazê-lo pensar em outra coisa.
Rocky Horror Pictures Show! “Não!” Stefan exclamou com uma ponta de tristeza, aquele filme causaria um efeito contrário ao que ele queria. A última vez que ele havia visto Rocky Horror tinha sido junto de Brian em um dos muitos teatros londrinos, e Brian tinha o forçado a ir caracterizado...
Não pôde deixar de sorrir ao lembrar-se de Brian vestido com a fantasia de Magenta. Stefan não conseguiu controlar uma crise de riso quando o vocalista saiu do banheiro todo maquiado, com aquele vestidinho e o chapeuzinho branco na cabeça, o que Brian pareceu não apreciar muito. Mas quem agüentaria? Ele mesmo tinha se fantasiado de Riff Raff, com peruca e tudo. Bela dupla eles deveriam estar formando naquele dia.
Suspirou pela décima quinta vez naquela manhã, precisava arrumar algo para fazer. Ficar pensando em Brian não ajudaria a melhorar seu humor de forma alguma, especialmente depois de ter passado a semana inteira querendo dizer para Brian que lembrava tudo o que acontecera na noite do primeiro show de Placebo, sem ter conseguido reunir coragem suficiente para fazer isso. Queria tanto saber se Brian tinha dito aquelas coisas só porque estava bêbado ou se elas realmente significavam alguma coisa para ele... Mas não obteria respostas perguntando mais uma vez a si mesmo o que deveria perguntar a Brian.
Desligou a televisão e deitou-se no sofá, usando os braços como travesseiro. Dormir, talvez essa fosse a melhor solução. Passar boa parte do fim-de-semana dormindo ajudaria para que ele passasse mais depressa. Só resta conseguir dormir, pensou virando para o lado logo em seguida. Quando finalmente havia começado a sentir o peso do sono em suas pálpebras, o interfone tocou.
“Mas que droga!” Levantou rapidamente, irritado, mas antes mesmo que pudesse liberar qualquer xingamento proveniente de sua frustração, a esperança de que fosse Brian invadiu seus pensamentos e ele sorriu, correndo para atender ao interfone. O que Brian teria esquecido?
“Bri?” Ele perguntou sem sequer pensar.
“Hm... não, eu ia perguntar a mesma coisa.” Alguém disse em um tom que era a mistura de divertimento e surpresa.
Stefan não pôde deixar de suspirar, desapontado. “Posso ajudar?”
“Espero que sim,” A pessoa do outro lado da linha sorriu. “Esse é o apartamento de Brian Molko?”
“Pelo menos metade do apartamento é dele.” Stefan respondeu em tom brincalhão. “Eu divido o apartamento com ele. Você é amigo de Brian?”
“Oh, sim, ele me falou sobre você. Sou amigo dele também. Vim fazer uma visita.”
“Ah, sinto muito, ele está viajando, saiu faz alguns minutos. Foi passar o fim-de-semana na casa da mãe, mas se você quiser subir-”
“Que droga! Eu mereço por não ter avisado que vinha. De qualquer forma, vou aceitar o seu convite e subir, trouxe uns presentes pra ele.”
Stefan apertou o botão que destravava o portão da frente do edifício. “Pode subir. Sabe o número do apartamento?”
”Sei sim, Brian me disse, obrigado.”
~x~
Stefan tomou mais um gole de seu chá. “Então vocês estavam mantendo contato por carta?”
“É.” O garoto de cabelos vermelhos disse com um sorriso. “Uma vez que você deixa Brian entrar em sua vida, simplesmente não conseguirá esquecê-lo.” Declarou e começou a rir. “Aquele bastardo realmente consegue perturbar os pensamentos de qualquer um.”
Stefan o fitou e assentiu, não podia deixar de concordar com aquilo.
“Ele gosta muito de você sabia?”
Stefan engoliu com dificuldade outro gole de chá. “É mesmo?” Questionou tentando fingir naturalidade.
“Mmhm.” O outro rapaz levou a xícara aos seus lábios. “Nas cartas ele sempre me contava o quanto você era bom pra ele, dizia que você era uma pessoa maravilhosa, um ótimo músico, coisas do tipo... Eu estava curioso para te conhecer.” Só então ele tomou um gole.
“Oh.” Stefan disse simplesmente e começou a encher sua xícara novamente. “Mais chá?” Perguntou evitando olhar para o outro, sabia que seu rosto estava acusando seu embaraço e não queria deixar isso ainda mais evidente. “Ele é muito exagerado.” Declarou por fim, sorrindo meio sem graça.
“Ele é sincero.” O outro rebateu. “Não obrigado. Acho que já vou agora, mas permanecerei em Londres por uma semana. Você fala pra ele que estive aqui? Esse é o meu número.” O rapaz puxou um pedaço de papel de seu bolso. “Diga para ele me ligar assim que chegar.”
“Claro, pode deixar.” Stefan disse sorrindo enquanto pegava o papel.
O garoto seguiu para a porta, mas antes de sair virou-se mais uma vez para Stefan.
“Ah, não esqueça de entregar meus presentes!”
Stefan sorriu. “OK, até a próxima. Venon, certo?”
“Certo.” Venon sorriu. “Até mais, Stefan.”
~x~
“Stu!” Brian praticamente pulou nos braços de seu irmão.
“Hey, Bri! Quanto tempo.” Disse retribuindo ao abraço com um sorriso. “E aí? Como vão as coisas com sua banda?” Questionou com empolgação.
“Ah, estamos bem! Tirando o fato de que odeio meu baterista tudo vai bem.”
Stuart gargalhou. “E como foi o grande show?”
“Foi ótimo! Não poderia ter sido melhor. Só estamos esperando alguém nos contratar agora.” Brian declarou com ar pomposo, erguendo uma sobrancelha.
“Se eu tivesse como bancava sua banda, Bri.” Olhava admirado para o irmão.
Brian suspirou. “Pelo menos alguém nessa família entende meus sonhos.”
“Eu ouvi isso rapazinho!” Sra. Molko gritou da cozinha. Os dois começaram a gargalhar e seguiram a voz da mãe.
“Não venha me dizer que a senhora gosta de ter um filho músico.” Brian falou com ironia.
“Ora, isso eu não posso dizer, porque toda mãe quer o melhor para o filho e ser um músico não é algo estável o suficiente, mas você fala como se eu o impedisse!”
“A senhora já tentou!” Brian declarou sorrindo.
Sua mãe o olhou ofendida. “Você sabe que foi a pedido de seu pai.”
“Eu sei, mamãe.” Seu sorriso se alargou. “Só estou brincando. Por falar no papai... Que horas ele vai chegar?”
“Daqui a meia hora, por isso venham os dois me ajudar a pôr a mesa!”
Sorrindo, os dois começaram a ajudá-la.
~x~
“Esse é o tal Brian?” Ela perguntou com uma sobrancelha erguida.
“É sim.” Respondeu guardando a foto de volta na carteira.
“Ah, ele é uma graça!” Um enorme sorriso enfeitava seu rosto.
“Nem sempre!” Declarou em tom brincalhão, o que fez os dois começassem a gargalhar.
“Ah, Steven, só você para me fazer rir mesmo quando eu estou me sentindo tão mal.”
Steve beijou a bochecha dela e colocou o cobertor sobre os dois. “Carol, você sabe que fazer os outros rirem é minha especialidade!”
“Sei.” Ela disse colocando uma mecha de cabelos negros atrás da orelha do baterista. “E quando vou poder conhecer seu tão falado amigo?”
“Assim que a turnê acabar, espero que vocês se dêem bem.”
“Ah, sei que vamos, querido!”
“Assim espero.” Ele sorriu e beijou os lábios dela rapidamente. “Agora tente dormir um pouco, ficar acordada não vai melhorar sua dor de cabeça.”
“Okay.”
Steve beijou a testa dela e pensou na possibilidade de ligar para Brian quando ela adormecesse... Havia prometido ligar com mais freqüência afinal, porém estava tão cansado que acabou por resolver que amanhã sem falta ligaria para o amigo.
~x~
As batidas na porta o fizeram acordar.
“Estou indo!” Respondeu de forma instintiva, sem sequer se mover da cama. Tinha mesmo que ir abrir a porta?
Após alguns minutos, as batidas retornaram, dessa vez, mais insistentes. “Já vai! Já estou indo, droga!” Reclamava com irritação, levantando-se de sua cama ao perceber que a pessoa não iria desistir.
“Pensei que você tinha morrido, cara! Já estou batendo na porta há mais de meia hora.” Robert falou soando um tanto irritado.
“Hmph... fui dormir tarde ontem...” Disse coçando um de seus olhos com as costas de sua mão e seguindo para o banheiro. “O que você está fazendo aqui tão cedo?” Perguntou após checar o relógio de parede e constatar que não passavam das oito da manhã.
“Ah, eu queria falar com você desde ontem à noite, mas estava em uma festinha, sabe como é, né?” Robert tinha um sorriso maldoso pintado em seu rosto.
Stefan o olhou com uma sobrancelha erguida. “Posso imaginar... Mas o que você tem pra me falar de tão importante?”
“Eu consegui uma vaga para tocarmos em um clube aqui perto.”
“Ah, isso é bom.” Stefan sorriu. “Quando?”
“Terça-feira.”
“Ótimo, Brian já vai estar de volta.”
“E se não estiver não vai ser por isso que vamos deixar de tocar... Podemos achar outro vocalista facilmente.”
Stefan olhou-o boquiaberto.
“Ora, não me olhe assim, não poderíamos perder essa chance, poderíamos?”
“Se estivéssemos sem nosso vocalista é claro que tanto poderíamos quanto deveríamos.”
Roberto suspirou. “Stefan, seja bem sincero, eu sei que você gosta muito daquela coisinha e tal, mas qualquer um é melhor do que ele cantando. A voz dele é muito irritante e estranha!”
“Não acredito no que estou ouvindo...” Stefan declarou rolando os olhos e colocando creme dental em sua escova de dente.
“Stefan! Eu pedi sinceridade! Não é possível que você realmente ache que vamos chegar a algum lugar com aquele cara como frontman. Quero dizer, olhe para ele! Ele não tem porte e muito menos postura para ser líder de uma banda.”
Stefan limitou-se a continuar escovando seus dentes, era melhor manter sua boca ocupada do que começar a xingar descontroladamente seu parceiro de banda.
“Olha, eu conheço uma mina que faria os vocais numa boa e ela é a maior gata e-”
Stefan olhou-o de soslaio, uma ameaça em seu olhar.
“Erm... se você preferir, eu tenho um amigo que já cantou em uma banda de ‘heavy’, ele com certeza nos ajudaria e nosso sucesso seria instantâneo porque ele também faz uns solos de guitarra que são de impressionar qualquer um.” O baterista falava bastante orgulhoso de si mesmo.
Só então Stefan terminou e virou-se para ele. “Ponha uma coisa em sua cabecinha Robert, essa banda é tão minha quanto é de Brian, por isso mesmo, eu não posso simplesmente substituir meu parceiro e melhor amigo por alguém que nuca vi em toda a minha vida. Será que você não entende que estando em uma banda nós temos que ser uma equipe? E que isso implica em união e confiança?”
“Ah, mas o meu amigo é bem legal! Tenho certeza de que vocês vão se dar bem. Além disso, tem a questão do talento e-”
“E,” Stefan o interrompeu em tom alterado. “Eu simplesmente não entendo como você pode ser tão cego a ponto de não perceber o imenso talento que Brian tem. A voz dele foi o que mais me chamou atenção desde que o conheci, ele escreve letras de forma brilhante, além de tocar guitarra muito bem, Brian faz parte de meus projetos para o futuro, ele é parte de minha banda e eu sou parte da dele, faço questão de deixar isso bem claro. E se você realmente quer fazer parte de nossa banda, é bom começar a se acostumar com essa condição e parar com essas implicâncias que só causam desavenças!”
Robert ficou o olhando, parecendo chocado.
“E com licença que eu vou tomar banho.” Stefan disse ainda soando tão irritado quanto antes.
No fundo, ele estava orgulhoso. Finalmente tinha dito para Robert o que esteve preso em seu peito por tanto tempo.
Continua...