Sep 12, 2007 00:06
É fato que é muito perigoso deixar certas coisas virarem hábito. Mentiras, omissões. O silêncio me irrita, falar demais também me irrita. É muito diva dizer que eu adoro desligar o telefone na cara bitch, mas eu não perco o controle (ou me forço um controle extremo) sem razão. Muitas coisas parecem sem sentido, mas eu sinto ligações ao fundo delas. Aloka mode on o tempo que der para não desmoronar com frequência.
Num tabuleiro de um jogo bizarro, onde as regras são ditadas por uma espécie de tarô contemporâneo, minha sorte tirada é a da neurótica-obssessiva. Insistindo numa intuição, querendo estender os olhos até a nuca. Por 'acaso' eu caio numa casa especial, e a situação dos meus oponentes se fragiliza, e nessa chance, num piscar pego alguma visão valiosa, porém racionalmente incompleta. E de novo, e de novo. Ou eu arrisco logo a jogada e saio íntegra, mas perdida, ou continuo esperando por novos sinais de um 'acaso' até cair para a próxima rodada, uma jogada aloka professional 3000.
Porém não me existem oponentes de verdade, a minha sorte verdadeira é a sorte ou do amor todo entregado e arregaçado, ora da secura amarga. E eu fico paralisada. Como eu posso saber se o trunfo do cara de lá é colocar a mim como minha única oponente? Meu destino me faz um canal incondicional, e eu tolero. E essa minha sorte verdadeira, a sorte da sede pela verdade, me faz entregar mansamente o meu trunfo: Essa intuição confusa e discreta. Me constrói uma verdade que eu considero por medo de mentir para mim mesma pela negação total, e aí me destruo demais. Estou tonta de tantas rodadas seguidas, eu nunca encontro a verdade, eu jamais ganhei. Meu amor se recusa a reconhecer oponentes. O tarô tradicional me dá: Os Amantes, A Lua e A Torre. Pronto, me entreguei de novo, perdi sempre.
Entrei no palco nervosa de não saber fingir, com o mega hair arregaçado, de biquininho com as saliências pra fora, com a ameaça de sacanearem gente que eu amo muito e quebrei o salto. E quase não ensaiei claro, preguiça.
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