N.E.R.D - capítulo 2.

May 19, 2008 22:01

Betado pela Dolla, Nina e a Hako <3
Tô animada com essa fic agora *-* tá todo mundo elogiando, e eu não dava nada nela. Ainda mais agora que eu achei as fotos do que eu imagino sendo cada personagem 8D o Pai ficou feliz com o Oleg. Ré. Em fim, divirtam-se e eu prometo que o yaoi tá chegando o_o.. queria continuar a Kareha também ;_;


Lembra quando eu falei que o negócio da festa da Trish não acabava por aí? Pois é. Se eu soubesse que aquela festa ia mudar minha vida pra sempre teria ficado em casa me masturbando ou sei lá, mas com certeza não teria ido pra festa da Trish. Sabe? Aquelas situações que você prefere tacar fogo na própria casa pra ter uma desculpa de não ir pro lugar...

Falando assim parece que minha vida virou um lixo depois daquele dia né? Pois é.

Tá, daí, onde eu estava? Ah sim. O Cagão. Porra cara, esse Cagão é esperto. Eu não dava nada pra ele, saca? Pô, o apelido do cara é Cagão! Só que ele era espertinho e a gente não contava com essa.

Lá na festa da Trish, depois que ele foi embora chorando cagado, a gente continuou lá por várias horas e tudo mais. Eu, como sempre, nunca pegava ninguém. Não sei porque, mas simplesmente não acontece. Claro, várias meninas chegam em mim - bêbadas, diga-se de passagem - mas eu não curto. Não gosto dessas possibilidades hipotéticas que o álcool cria e que não existiriam sem a presença dele. Quando, quando que essas meninas chegariam num cara como eu sem estarem tropeçado nos próprios saltos? Nem penso na resposta. Na verdade nem me incomoda tanto... o Rocco pega geral, toda festa é assim. O jeito legalzão dele parece funcionar com as meninas, algumas vezes até o Sneeze sai da seca, mas com ele é mais difícil. Geralmente ele vai nas meninas mais podres de bêbadas mesmo, ninguém lembra de nada depois, então pronto, a reputação dela está salva. Ninguém pra ficar “ah, pegou o Sneeze, pegou o Sneeze!”, sabe?

De qualquer maneira eu me acostumei a ser o que sobra, mesmo. Fico sempre sentado na grama do quintal, curtindo a musica, bebendo uma cerveja, até o Rocco me dar um tapa na cabeça - que nem ele faz com o Sneeze - e dar a carona pra casa. Até aí foi tudo como sempre, até aí tudo normal. O problema mesmo foi o dia seguinte.

Lá em casa, como eu já expliquei, ninguém liga pra nada. Eu chego a hora que eu quero, saio a hora que eu quero e se duvidar minha família nem nota. Uso a palavra “família” porque é a que dá pra descrever supostamente o meu relacionamento inexistente com aquelas pessoas, porque de família não vejo nada. É só um bando de gente na mesma casa. E quando são as festas assim eu chego em casa sem fazer tanto barulho assim, por questão de educação, e na maioria das vezes durmo até algum dos caras me ligar.

Naquele dia a gente tinha combinado de passar a tarde bebendo e ouvindo musica na casa do Rocco, porque lá tem um quintal bem grande, assim a gente pode ficar jogado na grama sem fazer nada, e sem preocupações. Os pais dele passam o dia trabalhando, daí a casa é só nossa.

Acho que eu agüentei ficar nessa de beber e rir até umas quatro da tarde, daí bateu a fome. O Rocco não é o tipo de cara que te recebe na própria casa com aquela hospitalidade de oferecer comida ou coisa assim, então eu mesmo tinha que preparar alguma coisa se não quisesse que o estômago grudasse nas costelas - não tinha comido nada ainda desde que acordei.

Como nenhum dos caras queria comer nada, achei lá na cozinha umas torradas no armário, sem nada pra passar por cima. Bom, não dá pra exigir muito.

Eu tava lá de boa comendo torradas em cima da pia da cozinha pra não sujar a casa de farelo quando eu vi, vi e quase engasguei e morri de tossir quando um carro vermelho estacionou na rua, em frente a casa do Rocco e de lá saíram três caras. Tinham dois que pareciam umas geladeiras de tão grandes, e isso piorou minha tosse. Não sei por que, mas me abaixei, escondido atrás da pia, apenas espiando o que estava acontecendo. Aí a terceira pessoa deu a volta no carro e eu reconheci o como o Cagão. Fodeu.

Me joguei de joelhos no chão e fui me arrastando até o quintal com a cara toda suja de farelo, e os caras riram de mim até, mas acho que eles notaram meu desespero. Foi o Rocco que ficou preocupado primeiro.

-Que foi, Char-

-Fodeu, gente! O Cagão tá lá na porta e tem dois caras imensos com ele!

-Ah meu Deus! -esse foi o Sneeze. -A gente vai morrer! Ele contratou assassinos! Minha mãe vai achar meu corpo boiando no esgoto! Eu ainda sou virgem, não quero morrer! Ai. -e esse foi o Rocco estapeando a cabeça dele de novo.

-Calma, seus maricas. -O Oleg já ia levantando. -Vou resolver isso e vai ser agora. -mas quando a gente começou a ouvir passos ele sentou na grama quietinho. A casa do Rocco, como eu falei, tinha um quintal grande, com aquela típica cerca branca das casas de avós que tem cinqüenta gatos. Geralmente eu gostava dessa cerca, porque a gente podia ver a rua, ver os quintais das outras casas, ficar mais a vontade. Só que hoje, particularmente, eu estava odiando essa cerca, principalmente porque ela mal batia na cintura dos dois caras-aberração.

Quando eles pararam de braços cruzados perto da cerca eu até perdi o fôlego e me agarrei na lata de cerveja. Só que quando o Cagão, cheio de raiva, apontou pro Oleg e disse “foi ele”, eu senti até um alívio porque não ia apanhar.

Ledo engano.

Na verdade, verdade, nem doeu tanto assim. Acho que eles fizeram mais pra assustar. Achei isso meio briguinha de colegial, chamar amigos pra ajudar, mas fazer o que? O Oleg foi o que saiu mais ferrado. Ferrado, mas não tanto comparado ao estado que ele tinha deixado o cagão lá na festa. Acho que ele ficou puto agora, porque perdeu uma pro Cagão. Se duvidar ainda vai querer se vingar.

O que eles menos bateram foi o Sneeze. Acho que a cara de aidético dele assusta. Aí eu lembro que eles largaram o Sneeze no chão, apontaram pra gente, e aí falaram.

-Nunca mais encostem um dedo no meu primo.

Se eu não tivesse levado um murro na boca e ela já não estivesse meio torta, boto fé que teria entortado naquela hora.

-Caralho, tipo, o Cagão tem uns primos daquele tamanho e parece uma lombriga! -o Sneeze riu. Nisso os grandões já tinham ido embora e a gente tava lá na grama com uns cubos de gelo dentro de um saco plástico. O Oleg tava ocupado pensando nuns planos malignos depois que tinha conseguido, sorrateiramente, anotar a placa do carro dos primos do Cagão. Enquanto isso, eu, o Sneeze e o Rocco estávamos terminando as torradas. -Como a genética é impressionante! Aqueles caras são de verdade? Devem ter nascido ao lado de uma usina nuclear, porra! -Toda vez que ele ria dava pra ver o cantinho da gengiva dele perigando sangrar.

-Eles tinham tatuagens de ex-presidiários. -o Rocco comentou. Ele tava com a cara toda roxa e um cigarro, e aquela expressão de “tô legal, nem tá doendo”. Legal mesmo, o Rocco é sempre legal. Já eu não sei como tava. Não me olhei no espelho ainda, mas acho que machuquei a testa.

-Como é que a gente nunca viu esses primos por aí?

-Não devem ser primos dele. -Aí foi o Oleg. -Aposto que ele contratou mesmo esses caras, e mandou eles dizerem que eram primos só pra gente ficar assustado pro resto da vida. Mas isso não vai ficar barato, não mesmo.

-Oleg, dá um tempo, essa estória toda já cansou... Deixa isso pra lá.

-Cala a boca, Charlie. -tá, eu calei. Não gosto de ficar discutindo com o Oleg porque aquela cara de nazista dele me assusta... sempre penso que vou acordar numa câmara de gás, ou ser chicoteado, ou coisa assim. -Eu vi o líder no carro.

-Líder? Que líder? Líder, tipo, líder de gangue? A gente foi atacado por ex-presidiários gangster mutantes, porra! Isso vai pro meu myspace.

-Cala a boca, Sneeze. -outro tapa. Eu tentei rir mas doeu pra caralho, então fiquei quieto esperando o Oleg terminar.

-Quando corri lá pra anotar a placa do carro vi que tinha outro cara dentro do carro mas ele não parecia ser grande coisa, então deve ser o líder. Os lideres sempre ficam seguros enquanto os capangas fazem o trabalho sujo...

-Ou ele era um refém!

-Cala a boca, Sneeze. -dessa vez todos nós gritamos e aí o Sneeze pareceu entender o recado e foi comer torradas.

-Eu já sei o que a gente vai fazer. Vamos ficar vigiando a casa do Cagão vinte e quatro horas por dia, se esses caras forem mesmo primos, vão aparecer lá. E quando aparecerem-

-Oleg, a gente acabou de levar uma surra e você quer encontrar os caras pra apanhar de novo? -o Rocco levantou, jogando o cigarro pela cerca. -Você é idiota, vou mijar.

-Quando eles aparecerem... -aparentemente o Oleg tinha ignorado o que o Rocco disse, mas agora tava de careta. -a gente vai ter certeza de quem são esses caras. Devem estar por aqui de passagem, então, assim que forem embora o Cagão vai se ver comigo.

Eu tava começando a concordar com o Rocco na questão do Oleg ser idiota. Ou quem sabe ele goste de apanhar. Vai ver na verdade ele gosta do Cagão.

incompleto, post, nerd, conto

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