uma pena caída no banco da praça.

Oct 10, 2005 23:41

Capa azul, capa vermelha
Me perco entre pseudonimos,
Entre os sentimentos deles.
E de uma pena de tinta preta
vou traçando
Conforme o sentimento de cada cor.

- Odeiem o azul, mas me poupem
das dores. Amem o vermelho,
mas me deixe uma gota de sangue.

Santissma Meretriz da noite,
sempre com um semblante pálido,
Outrora tão amarelada,
Como se sofresse de alguma enfermidade
Pela falta de alimento,
Vou te seguir até que adormeça cega.

Vou deixando o sentimento de lado,
o poeta de lado, assumindo cada
pseudonimo, vivendo cada um deles,
para ter algo que valha contar,
algo que valha viver.

Fase do tísico, do Idiota...
Ah, grandes conversas no escondendo
entre as neblinas da vergonha, da fuga.
- FUGACE!! Vou brandar a canto circular..
que gira...gira...gira...

Tenho, na mão trêmula, a pena branca,
da ave que cruzou o céu
quando te vi passeando por entre
as rosas cândidas da praça, maculada
da tinta que talha minhas juras de amor
e minha sina apaixonada.

Vou fazer um samba com palavras tristes,
cantar diversas vezes um refrão para quebrar...
As dúvidas que tens quanto a mi cuore.
Vou esperar o dia de cinzas sentado
na cadeira de balanço.
- Até não restar nenhuma ida, nenhuma volta.
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