Sep 12, 2011 05:46
Às vezes tenho impressão que esse é o ano que eu... sinto mais as coisas boas e ruins, que eu me entendo mais como eu funciono, até onde eu posso ir ou até onde não. Meu melhor ano foi de longe 2010. Tudo fluia, eu consegui ir, como se alguém acompanhasse a inércia de uma escada-rolante. Tinha um Pedro que sempre sorria de orelha à orelha, que deitava a cabeça no travesseiro e percebia tudo leve. Esse ano está sendo como se eu tivesse sido expulso do movimento e tivesse que aprender a andar sozinho. Esperar bastante pra poder chegar onde eu quero, até andar na velocidade que eu espero. Meio que sentindo a vida mais... adulta, mais lógica, racional. Com consequencias e milhões de dificuldades. Eu não sei se é o que todo mundo sente, ou sentiu, ou ainda vai sentir, ou se comigo a intensidade é maior, enfim, mas é como se eu visse as coisas hoje de uma forma que eu sabia que eram antigamente mas tinha medo de confirmar. Sinto que começo a ver agora as coisas como elas realmente são. Que dou valor em dobro em algo que vai me fazer sorrir de orelha à orelha. Que eu aprendo com meus erros, com os erros dos outros, e me torno mais forte quando mais fraco. Que em 2011 está sendo um ano de transição, entre o paraíso e a vida real. Fui desacostumado e poderia ser injusto e citar uma série de reclamações que não me levariam a lugar nenhum. Ou posso torcer para que 2013 seja o início de uma era consciente em que um Pedro mais forte vai construir uma vida bem mais consolidada. E nunca mais cair da escada-rolante.