Nov 13, 2022 16:26
As coisas, os objetos estão como se acomodados cada qual em seu devido lugar. É a rotina, a ordem, a previsibilidade dos acontecimentos. Daí as instituições com ordem máxima, com a total previsibilidade, repetição. Passo a tarde lendo e corrigindo trabalhos de alunas, trabalho de certa forma mecânico e rotineiro mas feliz. Alegria e satisfação de perceber como escrevem bem, como se expressam bem, como estão à vontade, experimentando com as palavras. Por elas, por receber o retorno tão bom afirmo que uma orientação tranquila, sem pressão e amigável é o melhor jeito para estimular a produção acadêmica. Produção, aqui, no bom sentido, de saber ter, sistematizar e descrever ideias; produzir conhecimento; estudar e aprender. Porém, é um trabalho que exige muita consciência corporal, absolutamente negligenciada na academia. Esqueça-se do corpo, trabalha-se a mente. E o corpo precisa ser tão bem cuidado. É necessário cuidar da saúde física para conseguir escrever bastante, se dedicar à escrita. Os exercícios diários, os alongamentos, a postura, uma dieta leve e com elementos que estimulam a atividade cerebral e cognitiva precisam ser observados. Manter minimamente a rotina do sono também é de grande relevância. Meditação ou atividades meditativas como tocar o piano, ou varrer o chão - faxinar, mexer nas plantas é mais uma recomendação a ser seguida (ao meu ver, a mais difícil de ser realizada devido à escassez do tempo - e do espaço, no caso do piano). O corpo é tão feliz e a mente é tão triste. Equalizando-os chega-se a uma média, chatinha e necessária para a boa sobrevivência. Felicidade é saber de si, se compreender e se aceitar. Se educar, se fazer. Mas antes de tudo ser. Sou Cristina, estou trabalhando como professora, sou mãe, estou namorando, sou metade russa metade brasileira, estou morando aqui. Observo o verde pelos quadrados do cobogó.
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