Dezoito (1/1)

Mar 28, 2007 14:49

Título: Dezoito
Banda: Dir en grey
Pairing: DiexKaoru
Gênero: Geral
Classificação: PG-15
Nota: Bom, não é propriamente uma fanfic que eu estou postando (por isso não tem sinopse! 83), e sim uma coleção de 18 drabbles (textos com exatas 100 palavras segundo o Word) feitos para o aniversário de 18 anos da Bel (bel_a) no ano passado. x3 Cada um dos drabbles teve por tema um número, indo de 1 a 18, todos com exatas 100 palavras e somente com diálogos entre Die e Kaoru. o_ov Como eu ando meio ocupada, resolvi postar esses drabbles só para dizer que eu NÃO sumi. x3 E ainda vivo. But just barely.

UM

- Eu estou pedindo só um cigarro, Kaoru.
          - Você não vai fumar aqui.
          - A gente não está ensaiando agora.
          - E?
          - E daí que você não é meu líder nem manda em mim no momento. Então me devolve a porcaria do maço!
          -...Não.
          - Que saco, Kaoru! Não vai nem me dizer por quê?
          - Porque eu estou tentando parar.
          - E daí?
          - E não dá para parar se toda hora que eu te beijo você tem aquele gosto da nicotina.
          - Ah, claro. A nicotina vicia.
          - Não.
          - Hm?
          - O seu gosto vicia.

DOIS

- Vai demorar muito?
          - Dois minutinhos.
          - Dois minutos foi há muito tempo, Die.
          - Nossa, quanta intolerância. Aprenda a se divertir, Kao!
          - Com você aí dentro não vai dar.
          - Obrigado pela parte que me toca. Mas a culpa é sua, esse banheiro está uma zona! Quanto tempo faz que você não arruma isso?
          - Por que você não arruma, se está incomodando?
          - Kao-Kao está impaciente!
          - Claro que estou, Daisuke! Quer sair logo daí de dentro?
          - Pronto. Que estresse.
          - Estresse... Da próxima vez, você fica algemado na cama enquanto eu vou procurar lubrificante.

TRÊS

- Não quer nem considerar a idéia?
          - Já disse que não.
          - Interessante. Achei que você fosse o aventureiro da relação, Die.
          - Continuo sendo, mas isso... Não.
          - Hmmm... E se fosse com alguém conhecido?
          - Kaoru! Pior ainda! Você sabe reconhecer uma negação, certo?
          - Não estou entendendo, então. Quer compartilhar o problema com o grupo?
          - É exatamente esse o problema!
          - Qual, Daisuke?
          - Compartilhar; você é meu e de mais ninguém. Você ficou louco se acha que eu vou consentir em fazer sexo a três.
          -...E se o compartilhado fosse você, então?
          - Kaoru!

QUATRO

- Fica de quatro, Kao.
          - Hah.
          - Não vai ficar, então?
          - Você fez isso soar tão vulgar.
          - Vulgar, hehe.
          - Isso não era uma piada.
          - Eu também não estava brincando. Fica. De. Quatro.
          -...
          - Kaoru! Quer estragar a brincadeira?
          - Fique sabendo que eu não me submeto tão fácil assim.
          - Claro, só quando está sozinho comigo. Oh, mas que coincidência! É o caso agora!
          -...Você vai pagar caro por isso, Die.
          - Claaaaro.
          - Eu vou acabar com você da próxima vez que jogarmos Twister.
          - Da próxima, Kao. Essa partida eu já ganhei.

CINCO

- De nós cinco, eu obviamente sou o mais gostoso.
          - E o mais modesto.
          - Eu acho que o Shinya seria o mais modesto.
          - Geez, Die. Já ouviu falar em sarcasmo?
          - Detalhes, detalhes. Mas é sério, Kao. O Kyo é muito baixinho para ser gostoso; o Toshiya é magro demais. O Shinya... Talvez ele possa ser gostosa algum dia.
          - Você não tomou nada alcoólico hoje não?
          - Não.
          - Então o caso é sério.
          - E você, Kaoru? Não se acha gostoso?
          - Prefiro saborear as coisas gostosas da vida a ser uma delas.
          -...Faminto, Kao?

SEIS

- O quê você acha desse?
          -...Sei lá, Kao. Qualquer baixo tá bom, ele já tem outros quinhentos mesmo.
          - Mas o Toshiya não tem nenhum de seis cordas, e é aniversário dele.
          - E se ele não souber tocar um desses?
          - Die, você está chamando o Toshiya de burro indiretamente? Ele é competente.
          - Eu sei, é que... Ah, Kao, ele já é bonito o suficiente, se ele ficar ainda mais talentoso... Eu vou perder as minhas fãs.
          - Eram ciúmes, então?
          -...
          - Não se preocupe, Die. Eu sei bem como é impossível deixar de te amar.

SETE

- Qual dos sete pecados capitais você seria?
          - Nenhum. Por quê pergunta?
          - Curiosidade. Todo mundo pode ser personificado em um deles, se você pensar. O Shinya seria a preguiça.
          - Hmmm. Toshiya?
          - A inveja, claro.
          - E o Kyo?
          - Ira.
          - Faz sentido.
          - Já você seria... O orgulho.
          - Orgulho?
          - Bom, você tem motivos para ser orgulhoso.
          - E você seria a luxúria?
          -...Como sabe?
          - Porque o castigo para a luxúria no purgatório é caminhar por entre as chamas... E o seu cabelo ainda está pegando fogo.
          - Não só o cabelo, Kao.

OITO

- Matei a aranha hoje em casa.
          - "A" aranha?
          - A-ham. Precisava ter visto o tamanho dela. Estava no meu banheiro.
          - Aranha esperta. Acho que também me esconderia lá se morasse na sua casa.
          - Está com inveja da aranha, KaoKao?
          - Mais ou menos.
          - Como assim?
          - Talvez por pensar várias utilidades para oito braços e pernas com você embaixo de mim.
          - Ha-ha. Como se eu fosse ficar embaixo de você.
          - Die... Com oito patas eu faria você ficar embaixo de mim e muito mais.
          - Promissor. Talvez a gente possa fazer um rodízio...?

NOVE

- Nove anos juntos.
          - Nove anos o quê, Kao?
          - Nove anos de Dir en grey.
          - Já?
          - As coisas são simples quando não se é o líder, ne? Nove longos, intermináveis e exaustivos anos agüentando você do meu lado, durante quase todos os dias da minha vida, em todos os lugares possíveis e imagináveis...
          - Hey, Kao.
          - Sim?
          - Engraçado que você nunca reclamou dos adjetivos longo, interminável e exaustivo quando eles se referiam ao tempo que passávamos entre quatro paredes.
          - Die...
          - Muito menos do longo quando ele se relaciona a mim.
          - Daisuke!

DEZ

- Mais quanto tempo?
          - Dez minutinhos.
          - Essa coisa já está aí dentro há muitos minutos, Die.
          - Essa "coisa" é o nosso jantar! Deveria ser mais educado.
          - Eu sei. Mas da última vez que eu deixei você cozinhar, acabamos pedindo pizza.
          - O forno estava desregulado, por isso queimou tudo.
          - Claro, a culpa nunca é sua.
          - É minha quando você não está por perto para me distrair, mas naquela noite... Você andando seminu pela cozinha não ajuda, sabia?
          - Hmmm. Mas eu acho que ajuda outra coisa além da sua torta a crescer, não é?

ONZE

- Adivinha que dia é hoje?
          - Onze de setembro.
          - E o que isso te lembra?
          - Atentado terrorista. Por quê?
          - Nada não.
          - Die. Desembucha.
          - É que dia onze de setembro foi o dia em que nós transamos pela primeira vez. Poderíamos aproveitar a mesa de reuniões para outras coisas mais interessantes enquanto os outros ensaiam as partes deles.
          - Mesmo?
          - Sim. Fazendo uma sessão de sexo selvagem, por exemplo.
          - Die... Eu topo o sexo, mas confesse que você inventou a data.
          - Como você sabe?
          - Você usou a mesma desculpa mês passado.

DOZE

- Olha, Kao! Eu tinha doze anos quando tirei essa foto.
          - E o que aconteceu de importante nessa época? Descobriu que queria ter uma banda?
          - Na verdade... Eu queria ser um jogador de basquete.
          -...Basquete?!
          - É, basquete. Nunca mostrei minhas medalhas e troféus?
          - Eu já vi alguns, mas achei que eram aqueles que todo mundo ganha uma vez na vida. Por participação.
          - Participação! Para o seu governo, eu era excelente armador.
          - Difícil de acreditar, Die.
          - Que eu era bom em basquete?
          - Não! Que você teve cabelo preto um dia como na foto.

TREZE

- Hoje é sexta-feira treze, Kao! Sabe o que isso me...
          - Não.
          - Mas, Kao! Da última vez você disse que iríamos ao cinema!
          - Mudei de idéia. E depois, é só uma data boba.
          - Data boba? É tão bom quanto Halloween para assistir filmes de terror!
          -...Não, Daisuke.
          - Kao. Está com medo?
          - Talvez.
          - Hehe. O todo-poderoso líder tem medo de filmes de terror. Imagine as manchetes!
          - Die!
          - Vamos, Kao. Prometo que encarno um vampiro legal, sugo seu sangue sem traumas...
          - Hmmm.
          - Posso sugar mais coisas se você colaborar.
          - Fechado.

CATORZE

- Achei um VHS atrás da sua estante.
          - Não deve ser importante.
          - Vamos ver!
          - Se você insiste...
          -...É uma peça de teatro velha! Kaoru, qual sua idade?
          - Catorze.
          - O Don Juan mais precoce do mundo! Não acredito que vocês não encenaram Romeu e Julieta ou qualquer coisa mais... Casta.
          -...Eu deveria ter destruído isso.
          - Awww, Kao. Olhe você com essa capa, conquistando mulheres. Charmoso desde pequeno.
          - Você está me dando medo, Die. Eu tinha catorze anos.
          - Mas era você. Tenho certeza que daqui a vinte anos vou continuar achando a mesma coisa.

QUINZE

- Sabe que depois dessa tour americana... Só falta o mundo!
          - No que depender de você, logo estaremos em Marte, Die.
          - E por que não? Se for que nem Gundam Wing, com colônias fora da Terra... Ia ser ninja.
          - Acho que já conquistamos nossos quinze minutos de fama, Die.
          - Você é o líder, deveria estar empolgado com a perspectiva de ter mais de quinze minutinhos. E depois, a gente passa desse limite juntando só os PVs.
          - Verdade. Mas sabe o que eu realmente gostaria agora?
          - Hmmm?
          - Quinze minutos num armário, trancado com você.

DEZESSEIS

- Você anda estranho ultimamente, Kao.
          -...É que uma amiga minha resolveu tirar tarot para mim.
          - E...?
          - As interpretações foram boas no geral, mas... Saiu a carta número dezesseis no fim, "A Torre".
          - Bom, pelo menos não foi "A Morte", ne.
          - Mas essa é uma das cartas mais... Sombrias. Ela disse que isso poderia representar separação, rejeição, decepções e quebra de estruturas em nosso relacionamento.
          - Disse, foi?
          - A-ham.
          - "Quebra de estrutura" inclui troca de posições normais? Porque se isso quer dizer que você será seme mais vezes, eu não vejo problemas. Nenhum mesmo.

DEZESSETE

- "Velho tanque / uma rã salta / barulho d'água".
          - Matsuo Basho?
          - Ah, Kaoru. Gosta disso?
          - Haikais? Não é minha literatura favorita, mas...
          - "Literatura"? São dezessete sílabas inúteis sem sentido!
          - É difícil escrever haikais, Die. Mais até do que sonetos.
          - Sonetos até que tudo bem, mas haikais não. Chega. Todos loucos, esses autores.
          - E por que você estava lendo haikais?
          - Porque... Eu ia escrever um para você. Algo bonito.
          - Sabe, Die... Por mais que eu agradeça o seu esforço, prefiro quando você sussurra coisas nada poéticas ao meu ouvido na cama.

DEZOITO

- Como você planejou comemorar sua maioridade?
          - Quando eu completei dezoito anos?
          - Isso.
          - Nem lembro direito. Acho que era um dia normal... Não me senti especial por ter dezoito.
          - Você tem um passado sem graça. Sorte sua que eu estou aqui para tornar seu presente e futuro mais interessantes.
          - O quê você aprontou?
          - Kao! Parece que sou o demônio assim... Foi bem simples: bebi o máximo que pude, fui para um hotelzinho com amigos e organizamos uma noite de sexo selvagem. Depois acendi meu primeiro cigarro.
          - Sério?
          -...Nah. Mas sua cara foi impagável.

FIM

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