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Bom, já nem vou falar mais do quanto detesto aquilo que acabou por ser o 25 de Abril de 1974. Trouxe coisas boas e coisas severamente más.
Uma delas foi a questão do Ultramar.
Como todos sabemos, Angola, Moçambique, Guiné, Timor, Goa etc, eram parte de Portugal. Com o fim da 2ª Guerra, a ONU exigiu que fosse dada a independência aos países
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O que o 25 de Abril nos trouxe de mais proveitoso foi a liberdade de expressão, mas também não se impôs um meio termo, foi-se do 8 ao 80, do silêncio passou-se para o volume máximo de palavras pouco animadoras e bastantes críticas sobre tudo e todos. Mas palavras não são actos e na prática nada se faz ou o que é feito não resulta.
As mulheres tiveram direito à sua independência e adquiriram um papel na sociedade que antes do 25 de Abril se tratava de um papel nulo (papel em branco.
Conclusão, falar-se da liberdade de uns e constatar-se o sofrimentos dos outros é um grave paradoxo numa sociedade onde se devia caminhar no mesmo sentido para o mesmo objectivo: melhorar as condições de vida da população, dar-lhes qualidade de vida e erradicar-se a pobreza. Assim sim, poderíamos dizer que somos livres.
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