Incubus - 12/18

May 04, 2012 19:42

Título: Incubus
Autor(a): nyx_gates
Pairing: Max/Ronnie
Fandom: Escape the Fate
Gênero: Terror, Angst
Censura: NC-17
Beta-reader: lilith_v
Teaser: "O que você faria se dissessem que você é louco? Você continuaria alimentando sua loucura, fugiria dela ou criaria uma explicação?"
Disclaimer: Eles não são meus, se fossem vocês não saberiam!



Capítulo XII - Live in a wicked dream, with angst turned out

- Bela adormecida! Meu amor, você acordou! - A voz de Richard vinha de algum lugar atrás de mim, me fazendo perceber pela primeira vez como eu estava preso.

Pulsos algemados e presos assim como os de Ronnie, mas ao contrário dele o círculo que estava sob meus pés - que mal tocavam o chão - era de algo que parecia ser carvão. Não estava mais com minha camisa, assim como estava descalço sobre o chão úmido e fétido daquele local.

- Pois é, acho que eu estava melhor sem acordar. - Comentei sarcástico, vendo pelo canto dos olhos que ele se aproximava de mim com uma cadeira nas mãos. - Mas ignorando isso, pra que porra é esse círculo em baixo de mim?

- Melhor prevenir do que remediar, Maxxie. Ou pelo menos foi o que aqueles dois me disseram. Por algum motivo, eles ficaram meio que apavorados com o fato de um de vocês dois poderem sair daqui. Não como se isso fosse acontecer de qualquer jeito. - Ele disse com um sorriso torto e olhar maníaco que eu nunca tinha visto antes, que nele ficavam deveras assustador.

- Além do mais, se você tivesse ficado dormindo, perderia o melhor da festa, o showzinho particular que eu consegui para você. Eu queria saber o que tem entre você e o nosso amiguinho ali na parede sabe? Vocês têm uma ligação mais forte que o pequeno pacto que eu fiz com nossos amiguinhos lá atrás, para eles me ajudarem a prender vocês, mas não pode ser amor pode? Demônios não amam, certo? - Ele disse, deixando a cadeira na minha frente e indo para a mesa.

- Não, demônios não amam, mas eles podem fazer coisas com você que você nem conseguiria imaginar, te fariam sentir tanta dor quanto você poderia imaginar, senão mais. - Disse o que eu já sabia, o que eu já havia sentido. Apesar disso, a única coisa que eu conseguia sentir era preocupação com o que ele iria fazer.

Para acabar com minha dúvida ele tirou o pano de cima da mesa, me deixando ver uma infinidade de facas, pregos e líquidos em potes, assim como outros potes tampados e panos dobrados ao lado deles.

- Isso não foi educado de sua parte, Maxwell. - Ele disse, pegando uma das facas e molhando com um dos líquidos transparentes que estava em um dos vidros. - As regras são as seguintes, quanto mais vocês gritarem, mais feliz eu fico e mais rápido isso acaba, quando segurarem os gritos, vão me fazer ficar desapontado e torturar vocês por mais tempo ainda. Por último, cada ameaça que um de vocês fizer, o outro vai receber uma punição ao nível. Fácil, não? Agora vamos testar.

Dizendo isso, ele foi até a parede, apertando um botão que fez o gancho soltar a algema que me prendia, me fazendo desequilibrar e cair no chão. Richard me agarrou pelo cabelo e me jogou sentado na cadeira, que ele certificou de estar bem no centro do círculo feito no chão e colocou uma cordinha amarrada em minhas algemas, que ia até um vidro que ele colocou equilibrado no gancho.
- Como vocês podem ver, a qualquer menor movimento do nosso amiguinho aqui na cadeira, esse vidro cai, e eu acho que você não quer tomar um banho de ácido sulfúrico, quer, boneca? - Ele veio até mim, passando a faca em minha bochecha, fazendo um corte ligeiramente profundo nela, que ardia muito mais que um corte comum, me fazendo afastar a cabeça instintivamente, para logo depois olhar assustado para o vidro de ácido que balançou ameaçadoramente.

- Que porra é essa que você passou nessa faca? - Perguntei enquanto sentia uma dor se espalhar do corte para o resto do rosto, como se a carne estivesse dissolvendo, mesmo sabendo que isso não estava acontecendo.

- Interessante, eles estavam certos. Isso é só água benta querido. Pelo jeito tua mãe não te levou o tanto que devia na igreja. - Ele disse brincalhão, molhando mais a faca com o líquido e indo até Ronnie, que observava tudo calado, com um olhar selvagem.

- Eu não tenho mãe, querido, ela morreu quando eu nasci. - Respondi, querendo afastá-lo do caminho que ele estava tomando, mesmo sabendo que isso era impossível.

- E quem ficaria vivo pra ter um filho como você? Teu pai paga pra você ficar longe, enquanto ele come todas as menininhas que passam pela frente. Mas ele nem é teu pai de verdade, não é? Tu és filho de um demônio nojento. Imagino como a tua mãe implorou pra ele meter mais fundo, a puta que ela devia ser... não deve ter sido muito diferente do que vocês dois fazem, não? Isso é nojento. Vocês dois. Sabe, no final das contas, eu vou estar fazendo um favor para todos matando vocês dois, afinal de contas, vão ser duas aberrações a menos andando por esse mundo.
Richard divagava como se ele fosse um verdadeiro herói, enquanto eu podia quase sentir o gosto de sua loucura de onde eu estava. Porém eu não poderia deixar ele falar de Ronald e de minha mãe desse jeito.

- Cala a boca, seu imundo! A única aberração aqui é você, teu filho da puta! - O grito saiu antes que eu pudesse segurar, ou raciocinar que isso só causaria mais dor a Ronnie.

- Péssima escolha de palavras. - E tudo aconteceu rápido demais para que eu pudesse ter uma reação.

A faca em sua mão foi fincada com força na barriga de Ronnie, que gritou alto por alguns segundos, mas que logo mordeu os lábios, com força demais provavelmente, mas que não soltou mais nem um gemido. Antes de tirar a faca da barriga dele Richard a girou um pouco para os lados, fazendo Ronnie revirar os olhos em dor absoluta, suspirando fortemente quando a faca saiu do local onde fora enterrada. Ele suspirou forte, abaixando a cabeça para que eu não visse as lágrimas que escorriam desesperada de seus olhos.

- Sabe, vocês dois são incrivelmente chatos e desobedientes. - Richard disse, se afastando dele e jogando a faca novamente na mesa, enquanto eu não conseguia parar de olhar para Ronnie, perdendo tanto sangue, mas sem nem se mexer, sem olhar para mim. - Você que não gritou, Ronniezinho, vai ganhar um presentinho, sabia? Mesmo que eu ache que isso vai tirar muito tempo da minha diversão... - Ele continuou enquanto estalava a língua na boca e voltava até onde estava antes.

- Vamos ver se você não vai gritar agora amorzinho. - E dizendo isso, ele despejou o conteúdo amarelado de um pote sobre a ferida recém feita, tomando cuidado para que nenhuma gota caísse em si.

Nessa hora Ronnie jogou a cabeça para trás, gritando assustadoramente alto enquanto seu corpo ficava pendurado pelos braços, as pernas fracas pela dor não mais conseguindo o sustentar. Em poucos segundos a pele de seu abdômen começou a soltar uma ligeira fumaça, cheiro de carne queimando, e eu não sabia como, mas quando percebi estava gritando junto com ele, era algo muito mais forte que eu. Esse foi o meu primeiro grande erro. O segundo foi me deixar tomar pelo desespero e tentar - a pior coisa que eu poderia ter feito - soltar minhas mãos para fazer alguma coisa que nem eu sabia o que era.
Com o primeiro movimento brusco de meus pulsos o pequeno frasco que estava equilibrado sobre o gancho virou e caiu, me dando tempo apenas de pensar o quão estúpido foi isso, não era como se eu pudesse sair dali e ajudar Ronald. Em menos de segundos, o líquido atingiu meu braço direito, fazendo com que eu gritasse mais ainda pela dor que o atingiu na hora. Queimava, mais que fogo, e era como se estivesse comendo meu braço, devagar e dolorosamente. Segundos depois, a dor se tornou forte demais, o cheiro repugnante demais, os gritos tão ensurdecedores que, para mim, era como se tudo tivesse se tornado silencioso por um longo período, mesmo eu tendo plena noção de que continuava gritando com todas as forças de meus pulmões e garganta. Não muito depois disso, senti meu estômago revirando, me fazendo vomitar ao lado da cadeira, me engasgando com o que saía de minha boca, misturado com gritos e lágrimas totalmente justificáveis.

Assim que meu estômago estava vazio e eu já conseguia respirar razoavelmente, já que não conseguia parar de gritar por nenhum segundo praticamente, juntei o pouco que restava de minhas forças e olhei para frente, onde Ronnie jazia pendurado por correntes, a respiração difícil e olhos vazios vidrados em mim. E ao olhar em seus olhos, eu sabia que algo aconteceria.

Aos poucos eu fui parando de gritar, mesmo que a dor continuasse tão ou até mais forte do que antes, me concentrando apenas no ser que me encarava, como se querendo me dizer alguma coisa, alguma coisa que não podia dizer. Alguma coisa que ele não tinha, que não podia sentir. Pensar nisso fez uma pontada se fazer presente em meu peito, mas que foi interrompida pela voz de Richard, que nos observava o tempo todo, deliciado.

- O amor não é lindo? Espera, vocês não se amam... Não podem, por isso que estão se olhando com essa carinha vazia, é? - Ele disse, fazendo piadinha, conseguindo um grunhido de minha garganta e minha cabeça pendendo para frente, sem forças para continuar olhando para frente. Doía demais.

- Me chupa. - Foi tudo que Ronnie disse, com um sorrisinho no canto dos lábios antes de aparentemente desmaiar.

- E você, Max, o que quer? - Ele perguntou, se virando para mim.

- Te levar pro inferno. - Respondi o mais ríspido que pude por entre os dentes, me esforçando para que as palavras saíssem em vez de mais gritos.

- Desculpe, essa opção não está disponível no momento. - E dizendo isso, ele deu um soco forte em meu rosto, fazendo minha cabeça ir assustadoramente rápido para trás e meu pescoço estalar enquanto eu perdia a consciência.
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Dois capítulos, pela demora absurda. Sooorry!

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