Incubus - 11/18

May 04, 2012 19:33

Título: Incubus
Autor(a): nyx_gates
Pairing: Max/Ronnie
Fandom: Escape the Fate
Gênero: Terror, Angst
Censura: NC-17
Beta-reader: lilith_v
Teaser: "O que você faria se dissessem que você é louco? Você continuaria alimentando sua loucura, fugiria dela ou criaria uma explicação?"
Disclaimer: Eles não são meus, se fossem vocês não saberiam!



Capítulo XI - These new friends are so dangerous

Como deu para perceber, eu não fui à aula na terça feira, mas na quarta eu não poderia mais fugir. Levantei cedo e fui tomar banho, vendo que meu corte cicatrizava bem, e um pouco mais rápido que o normal, mesmo assim, eu simplesmente continuo não acreditando no que quer que seja que Ronald falou. Apesar disso, ele continuou aqui em casa e só foi embora quando já era noite, prometendo que nos veríamos no dia seguinte na faculdade.

Quando terminei de me arrumar - novamente com aquelas roupas sociais malditas -, percebi que já estava atrasado e que não daria tempo de tomar café. Peguei um casaco e saí correndo, descendo pelas escadas ao ver que o elevador demoraria a chegar. Para minha sorte cheguei antes do sinal bater e antes de ser alcançado pela chuva que ameaçava cair.

Andando pelos corredores, percebi que nada fora do comum aconteceu em minha ausência, e que também algumas pessoas me olhavam de uma forma estranha, como se estivessem me vendo pela primeira vez. Ignorei isso e continuei meu caminho para a sala de aula, mas quando eu cheguei na porta do banheiro, braços saíram de lá de dentro e me puxaram para lá, tapando minha boca quando eu estava preste a gritar.

- Max, fica quieto que sou eu. - A voz de Ronnie se fez presente, me fazendo parar de tentar me soltar na hora.

Ele me levou até o fundo do banheiro, onde havia uma grande cabine, a cabine de deficientes. Lá dentro a primeira coisa que ele fez depois de trancar a porta e soltar minha boca, foi tapá-la novamente, só que dessa vez com seus lábios, sua língua urgente pedindo passagem para se encontrar com a minha, eufórica, como se não nos víssemos a muitíssimo tempo.

- Você realmente me trouxe aqui para ver vocês dois se agarrando, Ronnie? - Uma voz masculina soou atrás de nós, fazendo com que eu separasse nossos lábios para ver um dos amigos de Richard sentado como índio sobre o vaso sanitário.

- Na verdade não, mas se quiser ficar e assistir, fique à vontade. - Ronnie respondeu, me abraçando por trás e encaixando seu queixo em meu ombro, olhando para o grandalhão loiro no vaso.

- Vocês dois realmente não fazem o meu tipo, obrigado. - Ele disse, nos medindo com os olhos, fazendo com que eu sentisse minhas bochechas corando e mordesse o piercing no canto do lábio para me distrair disso.

- O negócio é o seguinte, Maxxie... - Ronnie começou e foi interrompido por Nasty, o grandão que eu não sabia se era só um apelido ou o que, mas era assim que todos o chamavam.

- O Richard está querendo se vingar de você. Não é qualquer um que faz ele ser piadinha por aí e você realmente não devia ter feito isso. - E após dizer isso, ele se levantou e saiu da cabine.

- E o que de tão ruim ele pode fazer? - Eu perguntei, pondo a cabeça para fora, vendo ele chegar até a porta para o corredor.

- Coisas ruins, muito ruins. Piores do que você pode imaginar. Ele tem contatos, muitos deles nem eu sei o que realmente fazem, então tome cuidado. Só estou te avisando disso, porque eu realmente acho que você não merece o que ele possa estar planejando, seja isso o que for. Agora se algum de vocês contar isso, eu juro que eu dou um jeito de garantir que a vingancinha dele seja um pouco pior. - E dizendo isso, o tal Nasty foi embora, me deixando perdido em meus pensamentos até ser puxado de volta para a cabine.

- Então, eu acho melhor você ir embora, volta pra sua casa e diga que está muito doente e que não poderá vir para cá por um tempo, até a poeira abaixar. - Ronnie disse ao pé de meu ouvido.

- Não vou embora. Eu sei me virar. - Disse, me afastando dele.

- Você sabia se virar quando tinha um mauricinho metido a gostosão zoando com a tua cara, mas agora você zoou com a cara dele e ainda está correndo risco de ser atacado por demônios com raiva porque você matou um dos generais deles! - Ronnie quase gritou, me segurando pelo braço.

- E o que te importa nisso? Quem me colocou nessa enrascada foi você, e você sabe disso. Não é como se você me amasse ou algo assim pra querer me proteger dessa forma. - Respondi mais magoado do que achava que eu poderia estar.

- Não é como se eu não quisesse. - Ele respondeu, me soltando. Olhei para ele, incrédulo, sem saber o que realmente responder.

- E aqueles caras que estavam com a gente antes? - Perguntei, tentando mudar de assunto.

- Eles eram subordinados do Bryan, agora que ele está morto, devem obedecer aquele que tomar seu lugar. - Respondeu, aceitando a mudança de assunto, me colocando sentado sobre o mármore da pia.

- O que quer dizer que eles podem estar atrás da gente? - Perguntei, mexendo com uma mexa de seu cabelo.

- Exatamente isso. - E como qualquer assunto entre nós, em poucos minutos estávamos novamente dentro da cabine para deficientes, nos beijando como se aquilo fosse água no meio do deserto.

O sinal, que indicava que as aulas estavam começando, soou, informando que eu tinha corrido e ficado sem café da manhã à toa. Milagrosamente Ronnie e eu saímos do banheiro sem que nada além de beijos - e mãos esfregando algumas partes por cima da calça - acontecesse. Assim, fomos até o refeitório arrumar alguma coisa para eu comer, o que acabou sendo um café com leite - e muitas piadinhas dele - com uma coxinha de frango, péssimo, mas era melhor que nada.

- Vai pra casa. Eu entrego o nosso trabalho pro professor e vou te ver lá, prometo. - E eu não estava com ânimo para negar mais nada, então simplesmente peguei minhas coisas e fui em direção ao portão para ir embora.

Antes que eu realmente conseguisse chegar ao meio do caminho, que incluía passar por toda a área verde do campus, ouvi passos rápidos atrás de mim, me virando e vendo Ronald quase correndo até mim e me prensando na primeira árvore que estivesse no meio do caminho, seu corpo se chocando ao meu assim como nossas bocas, enquanto suas mãos deslizavam por meus braços, apertando um pouco mais forte que o normal - e o normal dele já não era assim tão fraco - me deixando sem reação por um momento.

- Eu simplesmente não entendo como eu sinto essa necessidade de te afastar de alguma coisa que eu não sei o que é e ainda assim não consigo te soltar. - Ele disse abafado, sua boca se ocupando em morder meu pescoço de forma possessiva.

- Eu não entendo o porquê de você querer ficar aqui, não quando pode voltar para minha casa comigo ou parar com frescuras de demônio louco ou seja lá o que você está tendo. - Respondi enquanto olhava ao redor, sem realmente saber o que eu estava procurando, era como se alguém estivesse nos observando. Ou então era a paranóia dele começando a fazer efeito em mim.

- Hum, você tem um ponto aqui. - Suas mãos desceram por meus braços e o levaram para trás de meu corpo, fazendo eles ficarem meio que ao redor da árvore. - Hey, que tal abraçar uma árvore hoje? Nova posição sexual, com um bônus de fazer bem para a alma, ou é isso que dizem por ai.

- Ah, claro, daqui a pouco a gente sai arrastando os braços no chão como gorilas, que tal? - Perguntei sarcástico, afastando nossos corpos, ignorando o quão relutante eu mesmo estava em me afastar dele.

- Depende, se eu estiver por trás, por mim tudo bem. - Ele disse, enlaçando um braço em minha cintura enquanto voltávamos a andar.

- Você só pensa em sexo? - Perguntei realmente interessado. - Porque, sério, isso é doentio.

- Não, espera. Você está transando quase que o tempo todo com um demônio, sabe disso e ainda fala que eu sou o doente? Isso é da minha natureza, assim como é da natureza dos peixes cagar na água que bebem. - Ele disse enumerando com os dedos na minha frente, me fazendo girar os olhos. - E além do mais, não é como se você fosse muito diferente disso. E você sabe do que eu estou falando.

- Não, eu não sei e não quero saber porque não é verdade. - Respondi ríspido, todos os vestígios da brincadeira de antes desaparecendo dando espaço para um clima ruim entre nós.

- Não queria atrapalhar, mas as mocinhas vão demorar muito? - A voz de Richard veio da sombra de uma das árvores, e logo ele apareceu em nossa frente, com as duas pessoas que eu menos imaginava ver.

- Green, Radke. - Richard cuspiu nossos nomes com um sorriso maníaco no lábios. - Apresento a vocês meus queridos ajudantes para a nossa festinha, Robert e Omar.

E o olhar vazio deles foi a última coisa que eu me lembro de ter visto antes de sentir algo atingindo minha cabeça e meu corpo caindo no chão, sem saber o que aconteceu com Ronnie ou o que poderia acontecer comigo. A única coisa que eu conseguia sentir era meu coração batendo desesperado, com uma única certeza. Ronnie não poderia me ajudar, não quando ele também estava preso de alguma maneira provavelmente. E de que eu tinha quase cem por cento de chances de não sair vivo disso, e que eu sofreria o máximo que o sadismo de Richard permitisse antes de finalmente morrer.

Eu já comentei que o Richard é um sádico filho da puta que não se importa com ninguém, e que ainda está tendo a ajuda de dois demônios sabe-se lá como? Pois é, agora tem como as coisas ficarem piores do que já estão?

Com absoluta certeza que sim, principalmente quando eu acordo em um local que parece ser um porão recém organizado, com várias caixas empilhadas nas paredes, uma mesa com diversas coisas em cima - que eu realmente não quero saber o que são - e um Ronnie preso pelos pulsos em algemas por um gancho no mesmo estilo daqueles que os corpos dos animais ficam pendurados em frigoríficos e com um desenho estranho vermelho sangue - e eu estava começando a achar que não era apenas vermelho sangue, e sim que era feito com seu sangue, pelo cheiro que eu sentia levemente - e que me dava a certeza que ele não poderia sair dali por vontade própria.

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