Autora: Mizuno Faby
Beta: Loreeh
Titulo: Para todo o sempre.
Classifição: +18
Gênero: Romance, Yaoi.
Unit: Akanishi Jin, Kat-tun e NEWS
Pair: Akame, Junda e uma leve menção de Pigo (porque eu prefiro essa ordem.).
Status: 4/7
Sinopse:
“Jin se virou e caminhou até o menor com seus passos lentos. As mãos largas se apressaram em sentir as bochechas quentes e coradas. E com um sorriso simples, porém que fazia Kame segurar a respiração se fez presente.
- Diga que não quer me ver. Diga que não está sentindo saudades, e... - Uma pausa, curta apenas para que o maior movesse a cabeça dando ênfase em suas palavras. - E por Deus, eu prometo que saio daqui agora e volto para a América e você não me verá de novo.
-Não. - Foi a resposta de Kamenashi.”
[Akame]
Nota: Não são meus e blábláblá. A historia é. E qualquer deijavu é mera coincidência!
Loreeh, minha beta again. Todo o credito de acentuação, e pontuação e virgulação[?] ... São dela!!
Também postada na:
Johnnys Ai (
Capítulo 1) (
Capítulo 2) (
Capítulo 3)
Recostou no sofá enquanto passeava seus dedos pela fotografia. Sempre a manteve junto de si, em sua carteira. Ninguém sabia da existência daquele pedaço de papel, talvez nem a pessoa da foto soubesse que ele ainda possuía.
Isso não era o importante. O importante era o sorriso, a felicidade daquele momento.
Deslizou o indicador mais uma vez pelo rosto de Kamenashi.
- Kazu... Você ainda sorri assim? Sorri assim para outra pessoa?
Jin sabia que era egoísmo de sua parte desejar que o outro fosse apenas seu, quando ele próprio errou tanto no passado. Mas esse sentimento não desaparecia.
Esticou a mão para alcançar a garrafa de cerveja e depois de um longo gole, sem desviar os olhos do pedaço de papel em sua mão, o depositou sobre a mesa de centro daquele quarto de hotel.
Desviou seus olhos para a porta e depois percorreu o quarto até o criado mudo, encarou o relógio digital e os números demoraram a lhe fazerem sentido.
13:30
Não podia sair do hotel. Não podia sair nem do quarto. Corria o risco de Kazuya aparecer ali e ele não estava. Foi por esse motivo que dispensou todos os convites de Pi e mais tarde de Ryo. Fora seus amigos de longa data, apenas Kazuya sabia que ele estava ali. Não avisou sua família nem mesmo a seus superiores sobre sua viajem repentina.
Caminhou até o telefone e discou para a recepção. Comer em hotéis até que não era de todo ruim. A comida era saudável e não precisava se preocupar em fazer compras. Mas tinha que admitir que aquele hotel fazia uma pizza de calabresa muito ruim.
Voltou para o sofá e ficou ali até sua comida chegar. A espera nem foi tão longa, mas para Akanishi que quando estava sozinho, era assolado pelas recordações de anos atrás, parecia um tempo interminável.
Descansou a garrafa vazia sobre a mesa de centro antes de ir até a porta receber sua refeição. Após agradecer ao rapaz, sentou-se no chão e com um desanimo que não lhe pertencia, mas que passou a ser sua característica há alguns meses, tratou de comer.
Antes mesmo de estar na metade de sua refeição, percebeu que esta esfriara. Um suspiro desanimado tomou seus lábios e Jin se afastou da mesa para jogar seu corpo sobre o colchão.
Não possuía vontade nenhuma. Deixou o rosto de lado, podendo enxergar a janela de vidro que levava a rua. No andar que estava não podia vê-la, mas via os prédios. Deslizou seu braço pelo lençol e ficou observando como seus dedos esbarravam no tecido.
Flashback On:
Deslizou os dedos pelo lençol que cobria as costas nuas do menor. Sorriu. Mas não era o tecido gostoso que causava sua felicidade, era a pessoa abaixo dele.
Kazuya estava deitado sobre o tórax de Jin, o rosto do menor afundado na pele mais escura. O mais velho acordou há algum tempo e depois de sentir o peso sobre si e ouvir a respiração calma, sorriu antes mesmo de abrir os olhos.
Voltou a deslizar os dedos sobre o lençol e sentiu Kazuya movendo as pernas. Estas estavam entrelaçadas com as suas. Kazuya tinha um modo próprio de dormir. Não aceitava de maneira nenhuma um espaço entre os dois. Precisava ter certeza que estavam juntos, então ele coloca seu corpo ao do outro e abraçava de todas as formas que podia.
- Bobo. Como se eu não pertencesse a você. E como se não estivéssemos juntos para sempre... Mesmo fisicamente separados. - Disse acariciando os fios castanhos. Não podia ver o rosto do menor na posição que estavam. Mas sabia a expressão calma que ele esboçava.
Quando seus dígitos desceram para o pescoço, o dono despertou. Lentamente se moveu, apoiando as mãos no colchão e ergueu o rosto sonolento para encarar o mais velho. Um sorriso brotou na pequena face quando viu o sorriso do namorado.
- Ohayo Kazu.
- Ohayo Jin.
Um selar demorado.
Um carinho gostoso em sua face enquanto suas mãos voltavam a deslizar pela pele nua, que por causa da nova posição do menor o lençol havia deslizado. Seus dedos faziam questão de decorar a maciez daquela pele, mais uma vez.
Flashback off.
Ainda encarava o lençol quando o telefone tocou. De forma desesperada, se levantou em um pulo, nem esperaria o segundo toque para atender.
- Alô? - Sua voz estava animada.
- Akanishi-san? Há um rapaz querendo vê-lo. - Informou a simpática moça da recepção.
- Mande-o subir! - Desligou assim que suas palavras acabaram de sair por seus lábios. Sabia que a moça havia entendido.
“É Kazu! Ele veio! Ele veio me ver.”
Seus pernas se moveram até a porta e ficou ali, parado, esperando pela batida. Não iria esperar no corredor, seria desesperador demais. Então, apenas ficou encarando a madeira e o seu sorriso estava ali, maior impossível.
Uma batida na porta e as batidas do seu coração aumentaram.
A segunda batida na porta, e Jin achava que seu coração iria quebrar suas costelas se ele não abrisse logo e olhasse aquele rosto fino. Levou a mão até a maçaneta e a virou, puxou a porta rápido demais e seus olhos estavam na posição exata de encarar a face do menor.
- Konnichiwa! - Ouviu quando seus olhos se depararam com um rosto fino um tanto diferente.
- Hã? - Seu sorriso sumiu e seus olhos desceram pelo rosto da pessoa. Em tão poucos segundos sua expressão era de raiva. Bateu a porta na cara de um sorridente Ryo. - Vá à merda!
-Hey?! Jin eu vim te ver. Abra essa porta. - Pediu voltando a bater na porta.
O maior apenas ignorou e voltou para a cama apenas dizendo baixo.
- Está aberta, cretino.
Por o quarto não ser tão grande, Ryo pode escutá-lo. Abriu a porta e a fechou depois de adentrar. Observou o corpo do amigo jogando na cama e depois de sentir o cheiro de comida fria, procurou pela fonte e lá estava o almoço do mais velho praticamente intocado, porém a garrafa de cerveja estava vazia.
- O que é isso Jin? - Perguntou e o outro demorou um tempo para levantar o rosto e seguir o dedo indicado do menor.
- Comida. - Respondeu e voltou a deitar a face.
- Não estou falando do seu almoço, estou falando das garrafas de cerveja.
- Se sabe o que é porque perguntou?
- Mau humor a mil! E eu cheguei a ver um sorriso nessa sua cara de merda quando abriu a porta...
- Achei que era outra pessoa!
Foi a resposta que obteve sem nem ao menos perguntar algo. Nishikido resolveu não perturbá-lo mais. E conhecendo Akanishi como conhecia, sabia que era melhor ignorá-lo as vezes. Principalmente quando seu humor estava à zero.
xXx
02:45
As horas passavam, os olhos castanhos encaravam com tédio os ponteiros do relógio na cozinha. Seu sono estava longe de aparecer.
Quando chegou em casa e depois de um demorado banho, já que não pode se dedicar a ele de manhã, Kamenashi resolveu preparar sua janta. Revirou sua dispensa atrás de alimentos para uma receita demorada e que lhe ocupasse a noite toda. Mas logo percebeu que não poderia fazer algo tão elaborado e partiu para um simples prato vegetariano.
Depois de lavar toda a louça e enxugá-la, não sabia se ficava feliz por ser de noite e poder ficar sozinho com seus pensamentos, ou se ficava desesperado por estar sozinho com seus pensamentos.
Optou pela TV na esperança de sentir sono em algum momento e dormir. Porém o cansaço não lhe atingia. Afundou mais o corpo sobre as almofadas, agora estava irritado.
Insuportavelmente irritado.
Flashback on:
Estava deitado no sofá quando acordou em um sobressalto. Seus olhos procuraram pelo relógio da cozinha e constatou com certo desgosto.
02:45 da manhã.
Havia dormido no sofá enquanto via televisão. A televisão sempre foram um calmante para o pequeno. Não podia assistir, sempre, mesmo quando não estava com sono, acabava desmaiando. O som da campainha o tirou de seus devaneios.
- Então era por isso que eu acordei... - Suspirou enquanto calçava sua pantufa e ia verificar quem era.
No momento exato que seu olho direito captou a presença do maior no lado de fora, seu sorriso surgiu. Se afastou do olho mágico e abriu a porta o mais rápido que pode. Antes mesmo da porta ser aberta completamente os braços de Jin já estavam em seu corpo, o abraçando carinhosamente.
Foi o próprio Jin quem fechou a porta atrás de si, sem separar os corpos.
Um sorriso.
- Konbanwa!
- Nesse horário era para ser “Oyasuminasai”. - Corrigiu o menor com bom humor.
- Vou dizer quando estivermos na sua cama pronto para dormirmos. - Riu com sua frase e recebeu um tapa no ombro direito.
- Você está bêbado! - Constatou enquanto um bico formava em seus lábios. Apenas um sorriso pequeno por parte do maior. - Vamos dormir. - Era uma ordem. Agarrou na blusa de malha do namorado e o puxou para seu quarto. Não esqueceu de desligar a TV no caminho.
Jin fez o possível para tirar seus tênis enquanto caminhava. Os sapatos ficaram jogados pelo corredor. E seu casaco de frio ficou na base da porta, pois Kazuya havia a tirado antes mesmo que Akanishi se livrasse de seus calçados.
Assistiu à tartaruga engatinhar pelo colchão até alcançar a cabeceira e puxar o edredom para deitar embaixo, ainda sorria quando se sentou na cama para puxar o edredom e se arrumar próximo ao corpo do menor.
Haviam três travesseiros na cama de Kazuya, porém Jin usava os três, enquanto Kamenashi sempre dormia nos braços ou no tórax do mais velho. Este nunca reclamou, na verdade gostava de ter o menor tão próximo de si.
- Sabe... Eu gosto de dormir com você, mas quando estamos nus. - Observou a tartaruga enquanto fazia kanjis sobre o tecido da camisa do outro.
- Está frio demais para dormirmos nus.
Ele estava certo. Estava muito frio. E como Kazuya tinha um sono agitado, provavelmente descobriria os dois no meio da madrugada.
Com um sorriso sapeca, o qual o maior não podia ver naquele momento, Kazuya levou suas mãos para a barra das blusas do maior e adentrou sua mão ali. Elas não estavam tão geladas como as de Jin, então o maior não se incomodou a principio. Porém Kamenashi começou a fazer cócegas na pele mais escura que a sua.
Logo estava sentado ao lado do corpo maior enquanto este se contorcia sob suas mãos. Os risos de Jin podiam ser ouvidos pelo apartamento todo. As mãos maiores tentavam parar as menores, inutilmente.
Kamenashi não iria parar a brincadeira tão rápido.
Flashback off.
O sorriso estava estampado nos lábios finos enquanto seu dono adormecia profundamente ainda deitado no sofá. A TV ainda ligada, porém ao contrário de muitas vezes, não foi ela quem o fez dormir.
...Continua.