Para todo o sempre (02/07)

Apr 24, 2010 10:58

Autora: Mizuno Faby
Beta: Loreeh
Titulo: Para todo o sempre.
Classifição: +18
Gênero: Romance, Yaoi.
Unit: Akanishi Jin, Kat-tun e NEWS
Pair: Akame, Junda e uma leve menção de Pigo (porque eu prefiro essa ordem.).
Status: 2/7
Sinopse:
“Jin se virou e caminhou até o menor com seus passos lentos. As mãos largas se apressaram em sentir as bochechas quentes e coradas. E com um sorriso simples, porém que fazia Kame segurar a respiração se fez presente.

- Diga que não quer me ver. Diga que não está sentindo saudades, e... - Uma pausa, curta apenas para que o maior movesse a cabeça dando ênfase em suas palavras. - E por Deus, eu prometo que saio daqui agora e volto para a América e você não me verá de novo.

-Não. - Foi a resposta de Kamenashi.”
[Akame]

Nota: Não são meus e blábláblá. A historia é. E qualquer deijavu é mera coincidência!
Loreeh, minha beta again. Todo o credito de acentuação, e pontuação e virgulação[?] ... São dela!!

Também postada na: Johnnys Ai

( Capítulo 1)


- Não. - “Sim.” - Não estou sentindo sua falta. - “Eu estou desesperadamente sentindo sua falta.” - Eu não preciso de você. - “A única pessoa que eu preciso é de você, Jin.”

Kamenashi enfatizou todos os “não”. Como? Não sabia. Mas sua voz saiu surpreendentemente para si mesmo.

Observou pelas lentes dos óculos escuros, Jin fechar os olhos e respirar calmamente.

O maior se afastou e tirou um pedaço de papel do bolso da própria calça. Levou o pedaço de papel entre os dedos na frente do rosto do menor enquanto dizia calmamente.

- Três dias Kazu. Por três dias eu estarei nesse hotel. Eu só posso ficar em Tókio por três dias. - Abaixou o papel, enfiando dentro do bolso do menor. E em um movimento súbito, mas totalmente seu, Jin puxou o menor com a mão direita em sua nuca. O trouxe para o seu peito enquanto selava a testa deste.

Então, sem nenhuma outra palavra se afastou e deixou o apartamento que fora praticamente sua casa por anos.

Kazuya permaneceu parado. Ainda podia sentir o cheiro cítrico do perfume que ficara em seu corpo. Fechou os olhos lentamente para apreciar aquele cheiro, mas logo os abriu. Suas mãos tremulas e rápidas alcançaram aquele pedaço de papel.

Leu.

“Hotel Okura Tokyo
Toranomon Minato-ku 2-10-4
105-0001”

Releu e o amassou. Tamanho era seu ódio por aquele idiota.

- Podia ao menos ter escrito com um pouco de calma e... Tempo.

Arremessou aquele pedaço de “lixo” na parede e depois de verificar as trancas da porta foi para o seu quarto. E lá, deitado na cama lutou contra a insônia por algumas horas até conseguir desmaiar.

xXx

A noite não havia sido boa. Kazuya se sentia quebrado enquanto dirigia para o prédio da JE logo pela manhã.
Ao parar em um farol, levou o braço direito até a face verificando o cheiro.

-Saiu. - Sua voz aliviada foi acompanhada por um sorriso.

No meio da madrugada, sonhou com o mais velho. Achando que isso era devido ao cheiro do perfume que ficara em seu corpo, Kazuya tomou banho. Tomou três banhos antes de ficar satisfeito.
Porém não podia dizer o mesmo de suas roupas. As lavou. Na verdade apenas colocou as peças na maquina e voltou para a cama. Sabia que seria difícil passá-las depois, mas não queria ficar de pé na lavanderia. Mesmo em seu quarto, ouviu quando a máquina desligou, mas como estava conseguindo dormir, apenas virou para o outro lado e o sono o arrebatou pela segunda vez naquela noite.

Kazuya havia conseguido dormir a maior parte da noite, se não fora pelos acontecimentos no meio desta, podia ter dormido a noite toda. Mas ele não iria admitir isso a si mesmo.
Ao adentrar no estacionamento do prédio, deu uma longa volta com seu carro. Seus olhos procuravam de uma maneira afoita por uma placa em específico. Porém ao chegar no final, próximo ao elevador convenceu a si mesmo que apenas estava procurando uma vaga mais próxima, para ter que andar menos.

Estacionou o carro se sentindo um idiota. Tratou de se apressar para sair do carro, queria a companhia de alguém logo, e tão rápido quanto pode estava na frente do elevador, esperando-o. Quando notou a presença de alguém virou o rosto para sorrir e cumprimentá-lo.

Era um staff.

Inconscientemente seu sorriso murchou, o que não passou despercebido pelo rapaz que acabara de chegar. Sendo simpático como era e um bom ator, Kazuya tratou de começar um assunto aleatório sobre uma reportagem que vira alguns dias atrás em um jornal. A sorte foi que o rapaz também havia lido sobre e eles conversaram até o andar que o cantor iria sair. Despediram-se amigavelmente e assim que se viu sozinho no corredor foi impossível conter seu suspiro.

Uma mão em seu ombro o pegou desprevenido. Prendeu a respiração o mais rápido que pode e seus olhos já estavam abrindo exageradamente apenas pelo toque atrás de sim ser quente como...

- Não dormiu de novo? - A voz calma de Ueda chegou em seus ouvidos.

O maior deles se virou para trás, ainda tomado pelo nervosismo. Quando os olhos do líder o fitaram e observou uma sobrancelha se erguer lentamente, Kazuya expôs um sorriso.

- Estou dormindo bem. - Foi a única coisa que conseguiu responder. Virou-se rapidamente para o caminho correto e tratou de se livrar do olhar analisador do menor.

xXx

Aquele dia havia sido cansativo e estressante. Kazuya refletia consigo mesmo enquanto arrumava suas coisas dentro de sua mochila. Era 19:30 quando deixou a sala de reuniões, apenas ele e Tatsuya ficaram até mais tarde. Porém, ao termino da reunião, o manager pediu para Ueda ajudá-lo com uns documentos e Kame disse que iria na frente.

Levantou o tronco para massagear suas têmporas após fechar o zíper de sua bolsa. Sabia que o trânsito estaria cheio nesse horário, porém não iria comer em um restaurante. Suspirou e deixando suas coisas na sala foi para o banheiro.

-Três dias... - Sussurrou para si mesmo enquanto seus pensamentos vagavam pelo passado.

-Flashback On-

Aquela tarde de verão estava realmente quente. Insuportavelmente quente. Precisava comprar um ar-condicionado novo, e rápido.

Até mesmo ficar deitado no sofá não estava mais adiantando. Mesmo com a janela aberta daquela maneira, não havia vento algum.

Apoiou as mãos no tórax em baixo de si e se levantou, porém antes mesmo que pudesse por os pés no chão, as mãos mais fortes estavam em si, puxando-o para baixo.

- Estou com calor! Quero me refrescar. - Disse, e um bico tomou conta de seus lábios.

- Eh?! Não estou sentindo calor nenhum.- Disse com um sorriso sem abrir os olhos e voltou a abraçar o menor daquela forma protetora que só ele sabia.

Kazuya levantou o rosto o máximo que pode para olhar o maior, mas a única visão que teve foi do pescoço extremamente molhado pelo suor, é claro.

- Então porque você parece um peixe que acaba de ser tirado da água? - Sentiu o peito do maior sacudir e logo seus ouvidos foram preenchidos pela risada gostosa, não teve como ignorá-lo, antes mesmo de perceber estava rindo junto.

- Jin... É serio, eu vou pegar um suco. - Agora com força se desvencilhou dos braços do outro e caminhou para sua cozinha. Deu graças a Deus por ter lembrado de comprar garrafas de suco no começo da semana. Pelo menos poderia se manter hidratado por todo o final de semana. Porque se dependesse do mais velho, morreria de fome. Ou morreria com alguma comida estragada.

Quando voltou a sala com dois copos e uma jarra repleta de gelo, encontrou Jin sentado no tapete lendo o encarte de algum cd, quando este percebeu a presença do namorado virou o rosto e o sorriso que desmanchava o coração do menor estava ali exposto.

Como sempre fizera, diante daquele sorriso, Kazuya caminhou até o moreno maior e se sentou sobre as pernas cruzadas dele. Este por sua vez ajudou-o a colocar a jarra e os copos no chão, porém antes de terminar a tarefa teve seu rosto preso pelas pequenas mãos.

Encarar aqueles olhos era algo habitual, mas sempre o surpreendia. Jin não sabia dizer quanto Kazu podia falar apenas com um simples olhar, mas no fundo podia entender todos eles.

- Eu te amo Kazu.

Kazuya sorriu com aquela revelação. Não que tivesse sido a primeira. Na verdade Jin era cuidado com essa frase. Ele dizia não gostar de cumprimentá-lo com isso, dizia que essa frase era especial e que não poderia ser banalizada. Então, Kazuya aprenderá a idolatrar essa simples frase.

- Eu te amo Jin.

O “Também” não era usado entre eles. Segundo Jin, isso não era uma confissão. E não dava para saber exatamente a quem a pessoa amava com um “eu também”. Kazuya não demorou a entender os pensamentos do mais velho. Na verdade achava-os certos e tão rápido quando fosse possível os tinha tomado para si.

Mais um sorriso por parte de Jin. E esse era um convite para os lábios finos de Kamenashi colarem ao outro.

-Flashback Off-

Aquele beijo simples ainda estava vívido em suas memórias.
Aquelas confissões, aquela voz... Também estavam.

Escutou o barulho da porta sendo aberta e logo fechada e percebera que havia ficado no banheiro tempo demais. Tratou de lavar as mãos e quando tocou na maçaneta da porta que levaria a sala do Kat-Tun ouviu com perfeição a voz de Junno.

- Uepi? - Chamou, porém só obteve um “Hmm?” como resposta. Não feliz com isso se aproximou do menor de forma silenciosa, assustando-o quando o abraçou por trás. Seu queixo pousou delicadamente sobre o ombro do líder. - Eu estava te esperando, mas você demorou para ir até o estacionamento...

- Oh! - Se lembrou de algo importante e o mais rápido que pode e que o corpo do maior atrás de si o possibilitou, Ueda se virou para encará-lo. - Nos íamos jantar.

- Vamos! Afinal, ainda não acabou o dia. - Disse com um sorriso e aproximou a face do outro para depositar um leve selinho nos lábios carnudos.

- Me desculpe. Não que eu tenha esquecido. Mas a reunião estava tão...

- Chata? - Mais um sorriso, agora acompanhado de um riso. As mãos de Junno subiram para o pescoço do líder e ali o puxaram para si.

O beijo agora não era mais leve ou simples. Estava longe disso. Estava tão longe de ser um beijo que poderia ser observado por outros que Kame ficou envergonhado por estar espiando atrás da porta.

Limpou a garganta de forma exagerada a fim de chamar atenção do casal, estes por sua vez se separaram tão rápido quanto fosse possível na velocidade da luz.
Kame observou.

As faces estavam coradas e amedrontadas enquanto ambos encaravam a porta que dava ao corredor, não a que Kazuya estava. Isto o divertiu. Pela primeira vez havia pego Ueda no flagra.

- Me desculpe... - Agora o casal o mirou. - E eu estava no banheiro e ouvi a voz do Junno e... - Muitos “E”. -... Enfim. Boa noite. - Pegou sua mochila que estava perto demais de um Junno assustado. - Boa janta. - Sorriu quando chegou na porta e com um leve aceno deixou ambos para trás.

Assim que fechou a porta atrás de si. Kazuya começou a rir, silenciosamente. Se lembrou de tantas as vezes que seus amigos o pegaram em situações embaraçadas com Jin, não por sua culpa, é claro que a culpa era daquele Baka por começar as coisas em qualquer lugar.

Aquele espírito livre e brincalhão fazia falta.

Quando encostou na parede do elevador percebera que passara o dia pensando no maior. Não conseguia se concentrar em nada.

- Isto é um incômodo. - suspirou

- O que é um incômodo?

Por estar com a cabeça baixa e viajando em seus pensamentos, Kazuya não percebeu quando o elevador parou e muito menos quando alguém adentrara. Com a mesma ansiedade da manhã se virou rapidamente para o dono da voz.

.... Continua.

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