Verdade seja dita, poucas pessoas comentam então vou direto pro que interessa.
5 Passara a noite toda arrumando sua moto quando finalmente terminou ele se levantou e deu a partida. Olhou para a garota e sorriu era apenas um sorriso não esboçava qualquer afeto pela garota. Colocou o capacete sobre a cabeça e baixou sua viseira, fez o motor da moto roncar alto e viu que ela não acordou. Mais um rugido e a moto saiu a toda em direção ao horizonte, tendo uma vaga idéia da hora por ter perdido a sua completa noção do tempo após tanto tempo cuidado da sua moto. Pela altura da lua deviam ser duas horas da manhã hora que as pessoas saem de seus buracos e respiram algum ar. Acelerou mais ainda aumentando a sua nuvem de poeira e areia, a areia lutava para dominar os marcos da humanidades mas parecia que essas cicatrizes são mais difíceis de se curarem por si só. Esse pensamento trouxe satisfação continuou o caminho. Quando finalmente entrou na cidade diminuiu bruscamente a velocidade e deixou o motor roncando alto enquanto andava devagar pelo lugar abandonado. Claro que não estava totalmente assim vultos dançavam em sua visão periférica, tiveram uma hora de vantagem desde que viram a grande nuvem de poeira no horizonte. Achou o lugar que julgava ser o centro da cidade e baixo o pedal e apoiou a moto desligou e tirou as chaves do contato. Sua roupa era toda preta como a de uma motociclista de corrida com alguns detalhes vermelho escuros que só são percebidos durante o dia. Puxou a pistola de trás do cós da sua calça e apontou para o vazio.
- Acho melhor você sair daí, agora. - Deixou que toda a sua frase saísse calma exceto pelo seu agora.
- Ra-ra, rapaiz, quantu tempu qui eu num via alguém fala assim cum nois. - Um homem sem dois dentes da frente estava mostrando o seu sorriso banguela para o motoqueiro.
- Eu entendo porque ninguém iria falar com vocês. - Disse de maneira fria ainda apontando a arma para o homem. Tencionou de leve o gatilho e soltou a trava. - Mas eu não me importo com vocês, só quero saber que se eu pegar alguma coisa aqui vocês vão se opor.
- Hum - o homem pareceu pensativo coçando o queixo que estava com uma barba rala. - U que ocê ta pensando em pegar? Se for aquela coisa fedida que vem da terra pra você não tem.
- É mesmo? E se eu te der isso. - Puxou uma moeda e a jogou para que caísse um pouco antes do homem. - Se vocês quiserem mais vocês são gananciosos. Eu não quero o combustível agora... no momento eu vou só perambular por ai e vou pegar algumas coisas.
O homem da janelinha na boca se abaixo para pegar a moeda, a pistola do elfo o seguiu. Ele ajeitou a mão e continuou olhando para o homem. Ele se levantou e sorriu mostrando todos os outros dentes da boca.
- Mas sabe, eu ki não mando aqui não.
- Eu tenho certeza que você vai consegui convencer ele.
Disse dando as costas para o homem e indo para uma rua paralela. O homem continuou olhando em duvida para o motoqueiro que se afastava e foi se aproximando da moto dele. No mesmo instante o elfo parou e se virou, aquela figura toda do motoqueiro era absurdamente perturbadora depois de algum tempo observando ainda mais a ausência de expressão que ele passava, o homem estancou ao sentir o olhar de fogo do elfo em sua nuca.
- Se você ou qualquer outro se aproximar dela, eu te mato. Então se quiser ficar vivo mate qualquer um que quiser se aproximar dela. - A voz saia muito fria e o homem sentiu o gelo correndo em sua espinha. - E não pense que só porque vocês são muitos que eu não consigo cumprir o que eu falei.
O homem se sentiu tentado a usar do escárnio contra aquele motoqueiro mas conseguiu conter o seu impulso.
- ocê vai pelo menus mi fala seu nome? - Era o melhor que conseguia fazer naquele momento.
- Claro. Undath. - Dito isso ele se afastou e foi para uma das ruas paralelas. Sorriu por baixo do capacete e tentou conter a gargalhada.
O homem ficou paralisado com os olhos arregalados e a boca tentando criar algum protesto. Sua mente vagueava, Undath era a historia que os elfos trouxeram para esse mudo. Undath era a destruição era isso que eles falavam, disseram que ele era um deles, mas se rebelou. Diziam que tudo que tinha seu começo encontrava o seu final nele. Mas esse motoqueiro não podia ser... era impossível que uma lenda estivesse ali andando no meio de todos eles. Continuou olhando enquanto ele desaparecia, caiu de joelhos e começou a rezar... Havia alguém que cuidava de toda a bagunça que estava lá embaixo e agora mais do que nunca ele sentiu necessidade de estar com ele.