Nov 08, 2009 22:51
fiz enade hoje, to morto... sem mais.
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Enquanto descia as escadas um cheiro de podridão latente invadiu suas narinas, já esperava pelo cheiro de guardado e mofo mas aquela podridão nauseante foi de mais para ele. Puxou um lenço do bolso e colocou no nariz e boca, com a mão livre continuava segurando a sua arma na outra. A escuridão que deveria ser um grande obstáculo para um ser humano para ele não representava nenhum problema, infelizmente o mesmo acontecia com o seu inimigo, quando finalmente chegou ao fim da escada o seu medo não se concretizou o orc não estava esperando por ele para embosca-lo. Correu os olhos pelo lugar e descobriu que havia um amplo espaço sobre o bar, em um calculo rápido aquela parte de baixo era maior que o bar e todas as vigas de sustentação estavam ali. Barris de ração prateleiras e garrafas estavam dispostos de maneira caótica começou a andar pelos corredores improvisados cano da arma sempre apontado para a frente e o pano em sua boca. Em uma curva sinuosa uma corrente surgiu e o obrigou a pular para trás. Não era uma corrente qualquer era a correia da sua moto, soltou o seu pano e passou a correr. Um ódio latente começava a crescer em seu peito, com um certo esforçou controlou-se e seguiu em frente rápido, agora perseguia um vulto... o vulto de um morto.
Continuou correndo e o vulto correndo esperava a hora certa para atirar, queria mata-lo essa vontade vinha do fundo do seu ser também não tinha pressa. Quando finalmente o vulto parou ele se aproximou cautelosamente quando um braço vindo da escuridão veio e segurou o cano da sua arma. O elfo sorriu e disparou enquanto o orc empurrava o cano para cima. O teto se quebrou e um grito feminino foi ouvido, o elfo sorriu, se voltando de novo para o orc ele puxou o cano da mão do monstro sem maiores dificuldades já que a mão do bicho devia estar queimada. Com frieza ele mirou exatamente na perna do inimigo e atirou o urro de do e o baque surdo no chão foram como musica para o elfo. Ele sorriu e se abaixo com o joelho encima do peito do orc.
-Sabe, você não devia ter feito isso. Sabe o que vai acontecer agora?
O outro maneou a cabeça negativamente.
-Sua pequena invasão na minha moto. Vai me deixar preso por um dia inteiro aqui, e sabe quanto tempo eu queria ficar aqui? Quinze minutos seu idiota, quinze minutos!
Usou a coronha da arma para bater contra a pobre criatura depois tornou a bater e na ultima ouviu o som de um osso se quebrando. Então sorriu satisfeito, olhando para o monstro com uma certa piedade ele tornou a falar de forma mais branda.
- Mas você tinha que complicar tudo, e olha no que deu. Um bando de bêbados mortos e um bicho feio prestes a se juntar a eles. Claro que não vou ser tão bonzinho como você foi comigo.
Sorriu e pegou a correia da sua moto que estava caída do corpo do monstro. Enrolou-a no pescoço dele e ficou apertando. Ele ate tentou se debater mas dada a exaustão e o ferimento em sua perna ele não conseguiu fazer grandes coisas. O mundo foi se tornando escuro e a ultima coisa que ele viu foi o elfo se levantando e se afastando dele, provavelmente indo explorar aquele lugar, em breve ele encontraria o orc pensou em breve. Deixou um sorriso débil em seu rosto enquanto era abraçado pela escuridão. Quando despertou senti que algo queimava em seu ventre, cheiro de queimado e a fumaça vinha da direita. Os olhos ainda se acostumavam com a escuridão os ouvidos mal conseguiam ouvir o leve crepitar das chamas sobre a madeira ou o cheiro alcoólico que a madeira exalava. Mas logo sua visão conseguiu se fixar na pessoa a sua frente, era aquela garota do bar a pequena meretriz, ela se sentava na borda do buraco onde horas atrás ela deu um risinho para ele quando os olhos finalmente conseguiram foco, como se ela soubesse o que ele estava vendo.
- Você realmente irrito ele, né? E você foi burro, mas ele falo que sua gente não é lá muito esperta - deu um risinho abafado - bom agora as coisas inverteram.
O orc apenas ficou em silencio olhando para ela. Tentava ver onde o elfo estava, mas o seu campo de visão não conseguia ver onde o maldito estava. Enquanto orc se ocupava procurando o seu inimigo o elfo continuava a abastecer uma fogueira que fizera usando a bebida e parte da mobília de dentro. Ele se levantou e jogou seu cabelo para trás com a mão livre na outra trazia a sua espingarda, a mesma que usara antes contra o monstro. Apontou contra as costas dele e disparou contra a espinha dele, aquela distancia não havia como errar ou um milagre acontecer. Ele grunhiu e então o corpo continuou ali sangrando para a morte. Enquanto o corpo se debatia tentando manter-se vivo ou então aproveitando o ultimo suspiro de ar, não importava quem ou o que todos eram apegados a vida. Afinal era tudo o que restava para todos.
- Adeus Xotatu, você foi um idiota tentando me deixar vivo para que os compradores não achassem que era só uma mutação.
- Só isso? - disse a garota do vestido vermelho.
- Você queria algo mais?
- Não. - ela pareceu em duvida - Esperava algo mais, só isso? Digo como você só faz isso com ele com tanto ódio que você falo que sentia por ele.
- Eu não quero mais perder tempo aqui, e agora eu tenho peso extra.
Ela fez uma cara de ofendida, mas logo desapareceu e ela ficou interessada no corpo morto do orc. Então voltou a se virar para o elfo que estava se afastando de ambos. Ele estava perto da fogueira e puxou um pedaço de tora em chamas e caminhou para o bar. Quando ela finalmente entendeu o que ele ia fazer.
- Não!
- Se você quer vir comigo você precisa se livrar do seu passado. - Dizia enquanto voltava de dentro do lugar e o fogo já se espalhava por todo o piso de madeira. - Ou eu posso te deixar aqui.
Quando ela olhou nos olhos do elfo ela via que havia maldade naquele olhar, muito mais do que aquela que estava acostumada a ver com aquele orc e os homens do bar... e agora se dava que todos estavam mortos. Continuou sentada então olhou para o orc na sua frente e então percebeu que ele também fazia parte da sua vida. Levou a mão na boca e segurou o choro.
- Se você acha que isso vai resolver agora. Pode esquecer, você quis isso e eu realizei o seu desejo. Agora você vai se levantar e se afastar porque ate amanhã tudo isso vai cair.
Ela então se levantou e foi se afastando para perto do asfalto, pensava que esse era o fim. Achava que ia ser algo diferente como a historia dos contos de fada onde a princesa é resgatada pelo príncipe encantado. Mas aquilo era pior do que imaginava, ela se deitou em um saco de dormir que ele lhe deu e então adormeceu. Sonhou com olhos vermelhos na escuridão e acordou de novo com o sol a pino. Olhou ao redor procurando pelo elfo e não o viu nem ele e nem a moto. Olhou para o lado e uma cratera se encontrava onde estava o bar. Areia e carvão se misturavam no fundo e então ela sentiu o real desespero, saiu do saco de dormir e foi ate a bica. Puxou uma placa e deixou varias moedas caírem e na areia, começou a recolher antes que se perdessem na areia. Caiu de joelhos e as lagrimas começaram a regar a areia do deserto. Se sentia sozinha e se sentia usada... ódio e desespero... não sabia o mais o que fazer.
deserto,
moto,
futuro,
elfo