Você sabe o que eu vim fazer aqui?

Aug 04, 2009 16:00



when you stay at home thinking of those who are long gone or those who are getting kisses from someone that is not you
(Papergirl - Love poem)

Eu poderia fazer um post inteiro sobre o quanto eu senti frio em Curitiba, mas essa é provavelmente a minha resposta para todo mundo que perguntar “E ai? Como foi lá em Curitiba?”. Então não vou perder meu tempo escrevendo sobre isso, mas é importante citar, pois o frio explica muita coisa.

Explica porque eu achei que não fosse ser uma “volta-ao-Rio” tão ruim e melancólica quanto foi a de Salvador. Porque eu voltaria para o calor e finalmente pararia de tremer depois de fazer isso durante 5 dias sem intervalos.

É um bom motivo.

Mas aqui, há algumas horas do embarque, eu descubro que não é motivo suficiente. Que nenhum dos motivos que eu pensei (e eu pensei em muitos, e depois os abandonei e eventualmente pensei de novo) o tempo inteiro é suficiente. Eu sei quais vão ser os pensamentos durante o vôo. Aqueles da série “mais um pouco”.

Mais um pouco de férias.
Mais um pouco de frio.
Mais um pouco de companhia.
Mais um pouco dos momentos legais.
Mais um pouco desse solzinho que (droga!) só apareceu na última hora.

Mas... nada de “mais um pouco” para mim. Daqui a uma hora e meia estou a caminho do aeroporto, mas até lá, estou com os dedos cruzados pedindo para que dê tempo.

É estranho quando você está com uma daquelas pessoas que você quer estar sempre, mas nunca pode. Parece tão certo que soa até normal, como se fizesse parte da rotina, mas você só se dá conta do quanto é alucinantemente bom e do quanto vai demorar para acontecer de novo quando falta uma hora e meia para ir para o aeroporto.

Talvez eu nunca me acostume com as voltas afinal...

viagens, férias, profecia perdida

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