Until Tomorrow [9/22]

Aug 03, 2009 09:30

Título: Until Tomorrow (9/22)
Autora: life_giver
Tradução: madeofsilence
Beta da Tradução: Banana
Categoria: the GazettE
Casal: Aoi / Uruha
Classificação: +18
Disclaimer: Esses lindos meninos pertencem a si mesmos, eles nunca serão meus e tenho certeza que eles são gratos por isso. Quem sabe o que faria caso eu colocasse minhas mãos neles.
Sinopse: Uruha sempre foi estranho aos olhos de Aoi, mas quando ele se vê preso na teia de peculiaridades do loiro, ele descobre que não consegue escapar, e de alguma forma... talvez ele não queira.
Comentários: No final do capítulo, como sempre :D.

No dia seguinte, Aoi acordou com a sensação de outro corpo sobre o seu, e pernas enroscadas às suas. Ao abrir os olhos viu um tufo de cabelos loiros sobre seu peito, e se deu conta que Uruha o abraçava como se sua vida dependesse disso.

O moreno ficou espantado por um momento, segurando o próprio travesseiro com ambas as mãos, não ousando tocar o loiro que se agarrava a ele. Provavelmente ele tinha se virado e se agarrado a Aoi em algum momento naquela manhã, mas por que isso agora? Especialmente se considerasse as atitudes de Uruha na noite passada. Ele sempre dava um jeito de se aconchegar a Aoi antes, mas nunca havia chegado ao ponto de abraçá-lo assim, recostando a cabeça em seu peito. Então Aoi simplesmente ficou parado, observando o outro homem enroscado a ele, sem saber o que fazer.

Ele deixou seu seu olhar ir além dos cabelos do loiro recostado em seu peito, pelas costas eguias, notando que a blusa que Uruha usava tinha subido um pouco, expondo a parte de suas costas. A pele descoberta era suave e translúcida, emitindo um brilho fosco à luz suave da manhã que incidia sobre ela, vinda da janela aberta do quarto.

Aoi desviou o olhar para o rosto adormecido de Uruha, sua respiração compassada e lenta, dando a impressão que dormia profundamente. O moreno sabia que estava piorando ainda mais a situação entre eles por se permitir alimentar aquelas fantasias, deixando-as crescer, mesmo que sua consciência tentasse convencê-lo a parar, que era errado sentir o que Uruha fazia que ele sentisse. Mas Uruha era viciante, e quando se tem um vício envolvido, não tem como terminar bem.

Ele deixou sua mão acariciar os cabelos sedosos do loiro, afastando as mechas de seu rosto, roçando gentilmente a face de Uruha com as pontas dos dedos seguindo a mesma trilha que seus lábios haviam traçado na noite anterior, acariciando os lábios cheios, sentindo o hálito quente e constante contra seus dígitos. Aoi sorriu. Ele ainda lembrava da sensação de ter aqueles lábios sobre os seus e, por um momento fugaz, desejou haver aprofundado o beijo antes que o contato fosse desfeito. Agora ele sabia que jamais teria a chance de provar desses lábios novamente.

Ele afastou os dedos, movendo a mão para a nuca do loiro, deslizando numa carícia suave até o ombro, para o braço exposto, até alcançar a mão que descansava sobre o peito do moreno, logo acima do coração. Aoi cobriu a mão de Uruha com a sua, entrelaçando seus dedos aos dele, e mesmo assim o loiro não acordou. Era ligeiramente desconcertante pensar que ele estava acariciando o loiro enquanto este dormia, sendo que Aoi jamais havia pensado em tal coisa em toda sua vida. Mas quando Uruha lhe permitira beijá-lo, um mundo de possibilidades havia se apresentado ao moreno, deixando-o a um tempo encantado e querendo mais, apesar do receio sobre o que tudo isso iria lhe custar.

Sua mão deslizou novamente pelo braço, e acariciou delicadamente as costas do loiro, até parar, hesitante, perto da barra da camiseta, no ponto em que ela revelava a pele, e lentamente avançou até tocar a superfície branca e sedosa, descansando sua palma ali. As costas de Uruha eram lindas , assim como todo o resto, mas aquela parte em particular tomou seu interesse naquela manhã. Suas costas estavam de fora e ligeiramente curvadas, passando pela suave curva de seu quadril e seguindo por longas pernas que estavam entrelaçadas com as suas. Seu corpo era perfeitamente proporcional, e por um momento, a imagem de como aquele corpo ficaria sem roupas passou pela mente de Aoi e ele se repreendeu . Como ele havia chegado nesse ponto? Ele estava admirando seu amigo enquanto ele dormia, o acariciando, e pensando em como seria a visão de Uruha deitado na cama com ele, depois de te-lo beijado e tocado do jeito que amigos não devem se tocar.

De repente, Uruha se mexeu e Aoi recolheu a mão da cintura do loiro como se estivesse tocando ferro em brasa. Uruha resmungou um pouco e se mexeu mais uma vez, despertando aos poucos. E então, ele parou abruptamente, finalmente percebendo a posição em que se encontrava, e começou a sair de cima de Aoi cuidadosamente, como que para não acordá-lo. Mas quando levantou o olhar e viu que o moreno estava bem acordado, observando-o divertido, ele desviou o olhar timidamente.

"Desculpe. Devo ter confundido você com um dos travesseiros." O loiro murmurou, constrangido.

"Fique à vontade" Aoi respondeu, irreverente, tentando fazer sua voz soar normal e provocar Uruha. Já que o loiro decidira simplesmente esquecer o que havia acontecido entre eles, Aoi se esforçaria para manter um mínimo de normalidade entre eles, por mais que a situação o incomodasse.

"Você não se importa que eu te use como travesseiro?" Uruha perguntou, sentando-se e dando um sorriso.

"Nem um pouco. Pode me fazer de travesseiro o quanto quiser." Uruha riu, parecendo relaxar enquanto observava o moreno, aparentemente estudando-o, então inclinou a cabeça e deu um sorriso.

"Panquecas?" Ele perguntou, animadamente.

"Com calda." Aoi respondeu, sentindo-se mais leve ao ver que Uruha estava se esforçando para reestabelecer intimidade que eles haviam partilhado até então. Ele ainda não mencionara nada sobre o beijo, e Aoi se perguntou se ele o faria algum dia. Mas Aoi sabia que, mesmo que isso não acontecesse, ele só queria Uruha de volta.

"Na cama?"

"Em você." Aoi replicou, sentindo o rosto esquentar com a ousadia da brincadeira e recebendo uma careta de desaprovação.

"Eu não sou a sua boneca inflável, seu pervertido. Quantas vezes eu vou ter que repetir isso? Se não quiser passar fome, vai ter que se contentar em comer num prato." O loiro bronqueou, tentando reprimir um sorriso maroto que insistia em aparecer em seus lábios.

"Tudo bem, mas será que eu posso saber por que você está me oferecendo o café da manhã na cama?" O sorriso desapareceu do rosto do loiro no instante em que Aoi fez essa pergunta e ele suspirou como se não quisesse falar sobre o assunto, mas respondeu mesmo assim.

"Pode considerar como um pedido de desculpas. E por favor não me pergunte mais nada." Uruha avisou ao perceber que Aoi abria a boca para falar. "E agora, seja um bom menino e fique quietinho aí. Eu já volto." Ele pulou da cama e já havia desaparecido na cozinha antes que Aoi pudesse ter alguma reação. Meia hora depois, estava de volta, equilibrando nas mãos uma bandeja com dois pratos repletos de panquecas, dois copos de suco de laranja e uma florzinha amarela em um pequeno vaso de vidro.

Aoi sentou, afastando os cobertores, enquanto Uruha cuidadosamente posicionou a bandeja entre os dois e sentou-se também, sorrindo docemente para Aoi e apontando o vasinho com a flor.

"Roubei da plantinha na sua janela. Espero que não se importe. Ainda tem outras flores lá."

"Tudo bem, elas estão lá só como decoração mesmo." Aoi respondeu, aceitando os talheres e o prato cheio de panquecas que o loiro lhe passava.

"Amo panquecas com pedaços de chocolate, e resolvi fazer algumas para nós hoje. Isso faz de mim um chocólatra?"

"Acho que sim" Aoi riu, atacando seu prato. "Mas não é algo tão mau assim, eu acho, você só gosta mais de doces que a maioria das pessoas. De qualquer forma, eu nunca tinha provado panquecas com chocolate." Uruha sorriu alegremente, parecendo particularmente feliz com alguma coisa, e finalmente resolveu começar a comer também.

"Mmmm, Uruha, você é mesmo um mestre-cuca maravilhoso" Aoi murmurou, deliciando-se com as tais panquecas.

"Você devia provar as minhas panquecas de amora, elas são de matar. Mas pensando bem... Acho melhor você não provar nada. Não quero que o meu Aoi-chan morra." Uruha sorriu e bebeu um gole de suco.

"Ah, então agora eu sou seu?" O moreno provocou, sentindo um certo prazer com o comentário e observando Uruha colocar o prato e o copo sobre o criado-mudo e dar de ombros.

"Você ainda é a minha pessoa favorita, então é claro que você é meu." Uruha sentou novamente, cruzando as pernas e esperando que Aoi terminasse de comer e colocasse os talheres de lado para então se aproximar e sentar ao lado do moreno.

"Você sabe que vamos ter umas férias da banda por um tempo, não?" Uruha perguntou suavemente, um de seus dedos traçando desenhos aleatórios na mão de Aoi, que repousava a seu lado, sobre a colcha, fazendo um leve arrepio atravessar o corpo do moreno.

"Sei", Aoi respondeu, desconfiado, imaginando o que exatamente Uruha ia dizer.

"Bom, quando a gente tem folgas assim, eu geralmente vou a um lugar."

"Eu sei muito bem, Uru-kun. Você nunca diz pra ninguém onde você vai, e o Kai quase morre de preocupação toda vez porque você nunca atende o telefone."

"A idéia toda de viajar é ficar sozinho por uns tempos. Mas eu pensei ontem à noite..." Ele parou, reticente, ainda traçando desenhos aleatórios na mão do moreno, fazendo os arrepios se sucederem, e o moreno se sentiu um pouco mais leve. Uruha parecia ter voltado a ser ele mesmo. "Eu quero que você venha comigo desta vez..." Aoi franziu as sobrancelhas ao ouvir isso.

"Por quê? E onde exatamente você pretende me levar?"

"É segredo" Uruha sussurrou, brincalhão.

"Lá vem você com essa história de novo. Você tem segredos demais."

"Posso ter quantos segredos eu quiser." Uruha declarou, com uma seriedade forçada. "Você vem comigo ou não?"

"Bom, quero dizer, por que você quer que eu vá com você, se a idéia toda é ficar sozinho? E como é que eu vou saber se isso tudo não é uma farsa e você só está planejando me sequestrar, me matar e dar um sumiço em mim?" Aoi brincou. Foi a vez de Uruha rodar os olhos.

"Claro, Aoi, eu sou um gênio do crime. Eu bolei um plano maligno de te sequestrar, matar e fazer picadinho de você sem deixar pistas, simplesmente porque eu sou um psicopata alucinado. Agora, falando sério..."

"E desde quando você fala sério?" Aoi interrompeu.

"Desde agora! E para de me interromper. Eu só quero que você venha comigo, ok? É a segunda parte do pedido de desculpas."

"Mas você está se desculpando por quê?"

"Eu não falei para parar de me interromper? Agora vê se me responde: sim ou não?"

"Que impetuoso, Uru-kun. Você está pensando em sair quando?"

"Eu queria ir amanhã mesmo..."

"Mas e o apartamento que você ia comprar?" Aoi perguntou, lembrando que eles haviam combinado de visitar o lugar naquele mesmo dia.

"Não se preocupe. Se ainda estiver disponível quando voltarmos, eu compro. Que mania de se fixar em detalhes sem importância."

“Eu estou sendo prático. Quando voltarmos você ainda vai precisar de uma casa. Eu não posso prender você aqui pra sempre, por mais que eu goste de ter um cozinheiro faz-tudo ao meu dispor."

Uruha mordeu o lábio inferior, num gesto que sempre fazia Aoi pensar que ele estava se esforçando por conter um gritinho de entusiasmo.

"Então isso quer dizer que você vem comigo?"

"Acho que sim, apesar de eu não fazer idéia do que você está tramando. Mas enfim, você sempre me surpreende." Como para confirmar o que Aoi acabara de dizer, Uruha pulou e enroscou os braços em volta do moreno, dando-lhe um abraço apertado e escondendo o rosto na curva de seu pescoço, como sempre fazia quando estava especialmente feliz com Aoi. O moreno prendeu a respiração por um momento, mas ainda assim retribuiu o abraço. Pelos deuses, ele tem um cheiro maravilhoso, Aoi pensou, e reprimiu a idéia no instante seguinte - ele sabia muito bem aonde aquilo podia levá-lo. Uruha se afastou depois de algum tempo, voltando a se acomodar no mesmo lugar de antes.

"Então nós vamos simplesmente fugir sem dizer nada a ninguém como você sempre faz, ou eu posso pelo menos avisar os outros?"

"Acho que desta vez vou ser bonzinho, já que só temos essa folga porque o Ruki está doente. E também porque o Kai já vai estar careca antes dos trinta e eu me sinto mal por ser parte do motivo."

"É loucura concordar em ir com você pra um lugar que eu sequer faço idéia de onde seja." Aoi comentou, levantando-se da cama e indo ao banheiro.

"Você vai amar. Mesmo porque, falando sério, você precisa mesmo de umas férias. Aliás, nós precisamos." Uruha respondeu suavemente. Aoi ainda estava incomodado que Uruha não dissera uma palavra que fosse sobre a noite anterior, mas a última frase disse ao moreno tudo que precisava ser dito. Ele parou, segurando a maçaneta, sentindo-se incrivelmente aliviado por saber que Uruha não estava simplesmente ignorando o "probleminha" entre eles, como havia imaginado a princípio... Uruha ainda não havia dito nada, não havia soltado uma palavra sobre o que acontecera, mas pelo menos ele havia indicado que sabia que as coisas não podiam ficar como estavam, e que algo deveria ser feito.

"E você não pode dizer não à sua pessoa favorita..." Uruha continuou, com um muxoxo. Aoi acenou desdenhosamente, sorrindo e fechando a porta atrás de si. "Porque eu não posso negar nada a você também..." Uruha terminou baixinho, sabendo que Aoi não o escutaria através da porta que os separava....

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Yay! Atrasada um dia 8D
Bom agradecimentos especiais mor a Banana, pq ela traduziu quase o capítulo todo '-'
Brigada banana <3
Sem vc minha salada de frutas não faz sentido (wtf?)
Comentem people! <3

until tomorrow, aoixuruha, tradução

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