Em quem votar?

Jun 05, 2009 09:30


Esperando que nenhum de vocês leve a mal este post, venho apelar-vos a que no domingo votem!
Podia até dizer que “não importa em quem, mas votem”…mas como sabem até me importo…e penso que além da responsabilidade de ir votar, há também a responsabilidade de não votar em quem prejudica todos os Portugueses.

Deixo-vos com este link : http://www.parlorama.eu/en/european-deputies-portugal/0-0-0/ e com este “pequeno” texto para quem tiver pachorra de ler…

“Em quem votar?

Esta é uma pergunta pertinente nos dias que correm. As pessoas que a fazem podem dar-se por felizes. Se a fazem é porque conseguiram resistir à campanha dos partidos do sistema e da comunicação social contra a política e os políticos. Porque a esmagadora maioria repete a ideia de que são todos iguais e que só querem encher os bolsos. Senão, vejamos. O PS, o PSD, o CDS-PP e, já agora o PPM, participaram de forma mais ou menos activa na destruição das conquistas de Abril. Foram eles que durante as últimas três décadas deram voz aos interesses do capital. E são tão culpados que os eurodeputados do PS e do PSD estiveram de acordo em 93 por cento das vezes no Parlamento Europeu.

Agora montaram um interessante circo de variedades em que se degladeiam com toda a violência. Mas numa violência que não desfere qualquer golpe político. Porque no essencial são o mesmo. As duas faces do capitalismo português. Quando o PSD se afundou no lamaçal do BPN, Vital Moreira e o PS desataram à gargalhada. Para logo se calarem. Afinal, o e-mail de Abdool Vakil mostra como funcionam as coisas. É este o circo em que vivemos. Abdool Vakil, acusado há anos pela revista Visão de financiar o “terrorismo islâmico”, dá uma mãozinha a uns e a outros. Que importa desde que o capital se mantenha intacto?

Mas isto é apenas a ponta do iceberg. Infelizmente, já poucos se lembram de que o PSD foi condenado a pagar uma multa por ter recebido um financiamento ilegal da Somague. Ou do “abandono” de Jorge Coelho da vida política para abraçar a generosa causa de conduzir os destinos da construtora Mota-Engil. E de todos os que de um ou de outro partido assumiram cargos de direcção em empresas de áreas em que antes haviam sido ministros ou secretários de Estado. Não é preciso ser-se jornalista ou investigador para chegar à clara conclusão de que tanto o PS como o PSD estão envolvidos em práticas ilegais ou nada éticas de promiscuidade entre o poder político e o poder económico. Em relação ao CDS-PP basta recordar o esquema dos submarinos e as famosas fotocópias tiradas à pressa.

Certamente que qualquer pessoa se revolta contra o actual estado de coisas e é levada a pensar que todos são iguais. Primeiro porque se não estivermos muito atentos parece que só existe o PS e o PSD e em segundo lugar porque a campanha mediática contra os políticos e os partidos é acompanhada pelo Bloco de Esquerda e por movimentos de origens muito duvidosas. Movimentos que em muitos dos casos apresentam as mesmas ideias que o PS e o PSD mas com roupagens diferentes. Laurinda Alves do Movimento Esperança Portugal admitia que concordava com a Constituição Europeia e que gostava de Durão Barroso e do seu trabalho. E Manuel Alegre que colaborou com a direita durante o processo revolucionário e grande ídolo das gentes da Rua da Palma já mostrou a sua verdadeira face. Um oportunista que vacila entre as opções que melhor lhe podem servir o ego.

É neste contexto que o trabalho dos eurodeputados da CDU, Ilda Figueiredo e Pedro Guerreiro, é desvalorizado e escondido nas gavetas das redacções. Não importa que se saiba que a CDU foi a que mais trabalhou no Parlamento Europeu. Não importa que se saiba que Miguel Portas do Bloco de Esquerda não foi mais do que um turista em Bruxelas. E não importa que se saiba - repito - que em 93 por cento das ocasiões PS e PSD estiveram de acordo. Mas não se trata apenas disto. Não se trata apenas do muito trabalho que se faz. Uma vez que não somos tecnocratas valorizamos o conteúdo das propostas apresentadas pela CDU e os protestos levados pelas bocas de Ilda Figueiredo, de Pedro Guerreiro e de Sérgio Figueiredo desde Portugal até Bruxelas.

Porque o nosso Partido não é um partido eleitoralista. Nas instituições apresentamo-nos trabalhadores e combativos. Levamos a voz dos sem voz e agitamos nas ruas por uma ruptura com o sistema capitalista. Não defendemos a reforma da União Europeia nem uma Constituição como o Bloco de Esquerda. Defendemos uma Europa de cooperação entre Estados iguais e soberanos. Uma Europa de progresso e de paz.”
(retirado daqui)

Em quem votar? Em quem trabalha pelo Pais!
Domingo vota CDU!



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