Consciência

Oct 15, 2007 21:01


 Deito a cabeça na almofada e enrrolo-me em mim propria. Fecho os olhos e espero pelo sono que não chega. Mudo de posição e deixo a mente vaguear, sem trela nem controlo. Sorriu com memorias que nunca existiram para alem da minha mente.

A imaginação é livre. Há muito que parei de a tentar travar. E tentar é o numero chave na equação da minha vida: tentativas.

Já tentei ser tudo para simplesmente não ser nada. Qual cliché, fui boa e má, santa e puta. Aprendi todos os truques para depois os esqueceram, palavras ao vento sem serventia.

Por vezes é mais facil parar. Tentar parar de ser, tentar parar de existir, de sentir; tentar parar de me individualizar, tentar parar de ser....

O sono não vem por mais que tente. Afasto os lençois e vou ate ha janela. O chão gelado sob os meus pes acordando-me de vez. Frio, tãnto frio nesta noite de verão. Mas bem sei que não é o clima que me toca. Nada me toca e o frio não vai embora. Acendo um cigarro e delicio-me naquele trago.  Não sei porque fumo, nada argumento para alem da satisfação de algo errado, quase o mesmo de roubar um beijo....quase porque o beijo não mata e o cigarro dizem que sim.

Abro a gaveta, tiro o frasco. Não é meu, de um amigo de um amigo dissera alguem. Olho para o rotulo e pergunto-me que merda estou a fazer. Ninguem responde. Dou uma risada maniaca, louca cada vez mais louca. Tanto melhor, a sanidade dizem as vozes é chata e maçadora. Não tomar mais do que um em cada dose, diz o rotulo.  Franzo as sobrancelhas e engulo dois.

Deito-me novamente, os lençois frios, a cama vazia.

O sono vem.

Boa noite.

diário

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