Mar 18, 2019 14:03
Vi de seguida as duas temporadas de American Crime Story, a série da autoria do Ryan Murphy, criador, produtor e realizador de séries de TV e de alguns filmes de que gostei muito.
Adorei a primeira temporada, The People v. O. J. Simpson, a recriação do julgamento de OJ por homicídio da sua ex-mulher e de um seu amigo, uma sucessão de eventos que dominou os media de todo o mundo, ali por meados dos anos 90. A recriação histórica, a capacidade de dar espessura e densidade psicológica às personagens, o constante movimento da acção, com as suas tendências e reviravoltas, são alguns dos vários factores que me puseram sempre ansioso por ver mais um episódio, mais uma sequência.
Já não achei tão interessante a segunda temporada, The Assassination of Gianni Versace, que se centra sobretudo em acompanhar a descida aos infernos da alma encetada por Andrew Cunanan, o assassino do célebre designer italiano. A própria estrutura e sequência dos episódios prejudica, acho eu, o sentido de progressão da narrativa. Além disso, a tentativa de reconstruir um quadro emocional ou mental em processo de desagregação, e que culminaria na série de crimes que o assassino perpetrou em pouco tempo, não me convenceu muito, achei-a superficial e artificial.
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