Título: Poison
Autora:
hachiCategoria: Bandas
Fandom: the GazettE
Casal: AxU
Gênero: Lemon. Universo Alternativo. Yaoi.
Classificação: +18
Sinopse: Tocá-lo seria assinar minha sentença de óbito. E, de repente, aquela me parecia uma boa noite para morrer.
Status: Oneshot
Disclaimer: Não são meus e eu não ganho nada com isso.
Outras informações: Primeira (e única) AxU que eu fiz na vida. Já é antiguinha e foi especialmente feita para a Hina. A música cujos trechos aparecem no decorrer da fanfic se chama "Poison" do "Alice Cooper".
[Poison]
[Aoi’s POV]
“You’re poison running trought my veins.”
Eu era mesmo um filho da mãe com muito pouco amor a vida. Só um maluco continuaria voltando ali noite após noite, arriscando a própria garganta daquela forma.
Mas qualquer um que colocasse os olhos nele, não poderia me culpar.
Tudo naquele homem parecia obsceno. A pele de porcelana impecável, a boca desenhada, os fios loiros displicentes que caiam pela face perfeita, os olhos quase inexpressivos que eu sonhava ver cheios de luxúria.
Tocá-lo seria assinar minha sentença de morte.
“I wanna love you, but I better not touch”
Ele era exatamente o que eu poderia chamar de inatingível, em vários sentidos.
Sempre carregando uma expressão vazia, quase enfadonha, ele ficava ali. Provavelmente se divertia quando algum louco desavisado se aproximava. Eu podia jurar que enxergava o brilho de um sorriso sádico, mesmo que apenas por alguns segundos, quando sabia que alguém iria ser perder por ele.
E céus, eu estava por um fio de ser o próximo a ganhar aquele sorriso.
“I wanna kiss you but your lips are venomous poison.”
Nem sequer sabia seu nome. Apenas sabia o apelido pelo qual todos o chamavam, Uruha. Parecia ser perfeito, escolhido sob medida para o loiro que povoava meu pensamento e meus sonhos mais libidinosos.
Se eu parasse pra pensar, eu mal o conhecia. O que eu sabia dele? Além do apelido, eu sabia que gostava de bebidas fortes e perfumes cítricos. E, sendo isto irrelevante, eu estive mais próximo de morrer por ele que por qualquer outra pessoa.
“You're poison running through my veins.”
Porque tudo isso? Simples. A beleza daquele homem jamais passaria despercebida em lugar algum. Muito menos por um lugar em que Reita estivesse presente.
Reita era um dos chefes da Yakuza em Tokyo. Era conhecido por sua bela coleção de amantes, por ter os meios mais cruéis de assassinar, pelas técnicas únicas e ‘criativas’ de tortura, pela estranha faixa que usava no nariz e por se cansar rapidamente de sua ‘coleção’.
As ‘borboletas’, sejam elas homens ou mulheres, em que Reita colocava as mãos não duravam muito. Porque ele era, acima de tudo, um sádico. Além da beleza da carne, ele via a beleza na dor. Em cada grito desesperado e gemido agonizante, ele se excitava mais.
Tinha sido assim com cada um de seus vários amantes. Todos, menos um. O único no qual ele não conseguiu encostar um dedo sequer, a única beleza que ele não conseguiu ferir. A mais linda borboleta que ele mantinha aprisionada, que ele se divertia em expor, para matar qualquer um que caísse na armadilha daquelas asas coloridas, soberbas.
Ah, não foram poucos os casos. Quantos infelizes já haviam caído nas armadilhas da beleza de Uruha? Eu não sabia. Mas eu recordava de algumas das mortes mais cruéis executadas pelo próprio Reita.
“I wanna kiss you, but I want it too much.”
Porém eu me pegava pensando que, jamais poderia culpar Reita por isso. Fosse eu, no lugar do loiro da faixa, creio que minha insensatez seria ainda maior. Meu desejo avassalador por Uruha corroendo aos poucos cada pedaço de minha sanidade.
Imaginava poder ser eu o dono daquela beleza. Eu certamente destruiria pedaço por pedaço de cada um que tentasse se aproximar, aquilo faria parte do prazer insano de possuí-lo.
Eu sonhava com o toque daquela pele, a sensação da língua quente, o corpo desnudo de marfim. Eu queria fazer aquele homem gemer! Eu estava completamente preso naquela teia mortal, de uma forma tão maníaca que assustava. Às vezes eu imaginava que poderia até mesmo lidar com as conseqüências, se eu pudesse fazê-lo gritar meu nome antes, pedir por mais de mim.
Estava completamente obcecado.
“I wanna hurt you just to hear you screaming my name.”
Enquanto eu me mantinha calado apreciando o objeto de meu desejo naquele bar, lar da luxúria, drogas e dos assassinos mais cruéis de Tokyo, eu senti a mudança. Meus olhares não eram mais unilaterais e os sorrisos não eram mais inexpressivos.
Ele queria minha pele e meu sangue. Me seduzia com um único olhar mais do que qualquer ser jamais havia conseguido com uma infinidade de gestos.
E por olhar ninguém era punido. Você pode ver, mas jamais pode tocar. A não ser, é claro, que possa pagar o preço. E ninguém pode.
Essa era a graça da brincadeira. Até onde eu agüentaria desejando aquele corpo? Até onde qualquer outro suportaria sem explodir com tanta libido? Eu estava no meu limite, e ele apenas sorria. Mais uma cabeça para sua lista.
Reita costumava fazer aquilo. Às vezes as cabeças dos seus últimos convidados ficavam perdidas próximas a entrada do bar, uma prova de seu sadismo e irreverência. Não necessariamente os que tocavam Uruha, mas os que o irritavam. Chegar perto do seu brinquedo favorito era apenas o meio mais rápido de fazer isso. Mas não era uma coisa difícil. O poder é mesmo uma coisa interessante.
Tive a prova concreta de que estava enlouquecendo em meio a minha obsessão, quando comecei a achar que toda aquela tensão em meio ao meu desejo era ainda mais excitante. Estava completamente ferrado.
“I hear you calling and it's needles and pins.”
Se antes eu tinha alguma duvida, a gota d’água foi vê-lo morder o lábio perfeito enquanto nossos olhares obscenos se chocavam. De repente aquela parecia uma boa noite para morrer.
Até o olhar do loiro parecia venenoso. Eu sentia os calafrios, como se esse veneno se espalhasse por minhas veias lentamente à medida que eu tomava a decisão silenciosa, era a antecedência do que me aguardava.
“I wanna kiss you but your lips are venomous poison.”
Uruha me olhava fixamente enquanto tomava um drink sentado a algumas cadeiras de distância no bar. Ele sabia que eu havia me decidido. Se eu não morresse pelas mãos de Reita, eu morreria naquela agonia. O que eu tinha a perder?
Ele se levantou com um sorriso, deixando o copo vazio. Em seguida deixou o bar, seu andar galante e gracioso sendo acompanhado por meus olhos durante todo o caminho.
Me dirigi até seu copo vazio, achando sob ele um guardanapo com uma grafia borrada:
Chelsea 1226
Meia hora.
Ah ele sabia que eu iria. O quanto aquilo massageava seu ego?
Hotel Chelsea¹, era próximo ao bar. Ele claramente não fazia a menor questão de esconder, filho da puta desgraçado. Sorri com o pensamento, ele me excitava mais a cada movimento de total descaso. Reita jamais levantaria a mão contra ele, Uruha tinha ciência completa disso, o que tornava tudo mais divertido. Pra ele.
“You’re poison.”
Uma lufada de medo tomou conta de mim por quase um segundo antes de abrir a porta da suíte 1226. A mesma foi completamente devastada pela visão de Uruha; sentado próximo a mesa, já sem sapatos ou casaco, uma calça jeans preta apertada e uma camiseta branca fina, segurava uma taça de champanhe nas mãos. Os belos orbes negros exibiam a luxúria que eu tanto desejava ver, ele me examinava minuciosamente enquanto eu fechava a porta.
-Aceita? - e eu ouvi pela primeira vez com clareza sua voz, senti arrepios por todo meu corpo só com aquilo. Ele me estendia uma outra taça de champanhe.
Ainda calado me dirigi até a mesa que ficava no centro do quanto espaçoso. Ignorando completamente a bebida ou qualquer outra coisa, uma de minhas mãos agarrou sua garganta, a outra seus cabelos, meus lábios voaram para os seus. Eu estava cansado de brincadeiras.
Praticamente estuprei sua boca, tamanha era a intensidade de meu desejo. Minha língua vagava por cada canto, apreciando cada espaço. Mordi sua língua e seus lábios perfeitos até que eles sangrassem. Sorvi o liquido quente e metálico, me separando dele em seguida. Ele tinha um sorriso sacana nos lábios.
Ainda segurando seus cabelos o levantei, jogando-o na cama.
-Eu só espero que valha a pena. - disse retirando meu casaco
-Ah - ele disse lambendo um resquício de sangue restante em seus lábios - Sempre vale.
E nossos corpos estavam unidos novamente, dessa vez ele correspondia o beijo com ainda mais intensidade, minhas mãos voaram para a barra de sua camiseta. Minha vontade de ver aquele corpo nu latejando. Arranquei sua camiseta rapidamente, parando para observar seu tórax despido.
Um gemido de prazer que só aquela visão me proporcionava brigando para deixar meus lábios. Ele apenas sorriu de canto, se apoiando nos cotovelos e girando o rosto levemente para o lado, me oferecendo sua pele. Eu teria tudo aquilo e muito mais.
Meus lábios voaram para seu pescoço alvo, eu iria marcar cada pedaço dele que pudesse. O gosto e o cheiro daquela pele quase me tirando o resquício mínimo de sanidade que eu tentava guardar. Era ainda melhor do que tudo que eu poderia imaginar.
Corri meus dedos de voltaram para seu zíper, apressados. Nossos membros despertos já pulsavam em nossos quadris que se chocavam.
Minha boca descia por seus tórax encontrando seus mamilos rosados, mordi, lambi e chupei um de cada vez, leves gemidos deixando seus lábios.
Foi quando eu o vi inverter nossas posições. Primeiro tirando o resto da calça que eu havia deixado pela metade do caminho junto com a roupa de baixo. Em seguida ele se dirigiu para minha vestimenta, as arrancando vorazmente, deixando apenas minha roupa intima.
Eu o assistia extasiado enquanto ele traçava um caminho de saliva por meu peito, brincado sugestivamente com meu umbigo, logo depois descendo mais sua língua para que ela entrasse sorrateiramente pela barra de minha boxer.
Apertei os lençóis brancos ao sentir aquela língua quente e úmida tão próxima ao meu membro necessitado.
Ele desceu em direção as minhas coxas, uma de suas mãos tocando levemente em meu membro por cima do pano, aquilo estava me matando. Ele começou a fazer movimentos sugestivos enquanto lambia minhas coxas, vez por outra colocando a língua dentro da boxer novamente.
Eu estava prestes a agarrá-lo pelos cabelos novamente quando senti suas mãos se dirigindo para barra de minha peça intima a arrancando vagarosamente enquanto distribuía beijos pelo caminho.
Seus olhos brilharam de luxúria ao ver meu membro pulsante. Sua mão o agarrou logo em seguida, vagarosamente, eu não pude resistir em soltar um gemido mais alto. Ele seguiu com o movimento lento e torturante, parecendo se divertir.
Era isso, não agüentava mais. Minhas mãos se dirigiram para as mechas loiras, puxando sua boca em direção ao meu órgão necessitado.
-Chupa! - eu disse ensandecido.
Mas ao invés de abocanhar ele apenas lambeu toda a extensão, me fazendo arfar. Em seguida sua língua circulou minha glande, ele me olhava enquanto repetia o movimento. Aquele olhar sacana me enlouquecendo.
Ainda segurando meu membro com a mão ele recomeçou a me masturbar, abocanhando a glande e a chupando com força. Pouco depois senti sua boca me tomar completamente. Empurrei meu quadril em direção a sua boca, tentando aumentar aquele ritmo. Ele me chupava com força, levando minha ereção até sua garganta, repetindo o movimento com força repetidas vezes. Eu senti que estava próximo de gozar. Aquilo não podia terminar assim. Novamente o puxei pelos fios loiros.
-Ainda não. - e ele entendeu prontamente.
Mais uma vez eu estava sobre ele, a vontade de sentir seu interior quente quase me dominando. Mas eu não queria que fosse assim. Eu queria que ele gritasse meu nome, queria vê-lo gemer de prazer. Precisava sentir que ele era meu ao menos uma vez.
Corri meus lábios por suas coxas roliças que eu tanto desejava, sentindo aquele gosto indecente. TUDO nele era indecente, libidinoso, agora eu tinha ainda mais certeza disso. Queria deixar minhas marcas ali.
Comecei a lamber sua entrada vagarosamente, o vi arfar, tentando segurar um gemido mais alto. Ele que fizesse isso enquanto tinha chance.
Uma de minhas mãos traçou o caminho até sua boca sendo prontamente recebida por sua língua úmida.
Quando meus dedos estavam melados o suficiente, os levei até sua entrada para que ocupassem o lugar de minha língua. Ele gemeu quando sentiu o primeiro dedo dentro dele, começando com os movimentos de estocada, logo em seguida o segundo foi adicionado. Eu queria ser mais paciente, mas aquilo era o máximo que eu conseguiria no estado em que me encontrava.
Aproveitei o momento para sentir o gosto do loiro, tomando sua ereção em minha boca enquanto o estocava com meus dedos. Movimentava minha boca em seu membro deixando meus dentes encostarem levemente, minha língua fazendo uma leve pressão. Introduzi o terceiro dedo, o que fez com que o loiro soltasse um novo gemido, segurando com força os lençóis brancos.
Ele mordia o lábio inferior mediante ao incentivo duplo. Logo ele iria se desfazer em meus lábios, já sentia os espasmos percorrerem seu corpo, me excitando ainda mais. E de fato, não demorou muito para que eu sentisse parte de seu liquido quente em minha garganta.
Rapidamente levei meu membro pulsante para próximo do seu, que ainda pingava o liquido viscoso, aquilo serviria como lubrificante. Encostei levemente nossos membros enquanto umedecia o meu. em seguida engoli o gozo que ainda estava em minha garganta. O gosto do loiro era inigualável.
Beijei seus lábios enquanto me preparava para entrar nele, provocando, estava muito próximo a sua entrada.
-Quer? - eu lambia agora o lóbulo de sua orelha.
-S-sim!
-Pede.
-Mete.
-Não assim. - eu posava de sádico, mas estava quase explodindo com a vontade de me sentir dentro dele. - Assim: “Me come onegai, Aoi.”
-Me.. come... onegai Aoi! - ele disse um pouco relutante a princípio.
Senti meus lábios se contorcendo em um sorriso, que de tão espontâneo era quase involuntário.
Sem mais controle sobre meus movimentos o penetrei de uma vez. Dessa vez ele gritou alto, não havia mais controle algum ali.
Paralisei por quase um instante, sentindo o calor do loiro se espalhar por meu corpo. Ele era quente, apertado, maravilhoso. Eu precisava de mais!
Sem esperar que ele se acostumasse de forma apropriada ao meu volume, comecei a estocá-lo de forma segura. Suas pernas enlaçadas a minha cintura, apesar de toda a minha selvageria, ele pedia por mais, apertando e se empurrando em direção ao meu membro.
Puxei seu corpo em direção ao meu, fazendo com que ele se sentasse em meu colo, seus braços imediatamente enlaçando meus ombros enquanto eu me empurrava para mais fundo em seu interior. Só aquela sensação fazendo com que meu ápice se aproximasse ainda mais rápido. Mas eu ainda não queria, não tinha tido o suficiente.
Ergui Uruha rapidamente, escutando seu protesto por minha saída bruscas de seu interior. O virei de costas imediatamente.
-De quatro. - mas antes mesmo de terminar de falar, eu já o jogava penetrando-o novamente de uma vez, novamente seu grito ecoou. - Isso, grita.
Uma de minhas mãos segurava sua cintura já marcada enquanto a outra puxava os cabelos macios, o puxando em minha direção. Num movimento mais forte, senti sua próstata ser atingida, fazendo com que um grito ainda mais alto ecoasse.
Puxei-o em minha direção, minha mãos vagando pelo seu corpo enquanto estocava com mais força atingindo o local que lhe fazia gemer alto. Dirigi minha atenção para seu órgão que já pulsava desperto novamente, o masturbando no ritmo de minhas estocadas.
-Ahhhn... Aoi!
Quando eu o ouvi chamar por meu nome, o resto de meu ímpeto foi revelado, o desejo de ouvi-lo gritar de novo e de novo. O que logo aconteceu.
Um novo orgasmo se aproximava para o loiro, e quando este finalmente veio senti seu corpo estremecer sob o meu, e meu próprio ápice não demorou a vir. Me desfiz dentro do corpo de Uruha, me deixando cair sobre ele logo em seguida.
Nossas respirações entrecortadas soavam juntas, e eu fiquei ali espirando seu cheiro cítrico por um tempo do qual não faço a menor noção, podem ter sido minutos ou horas.
Quando finalmente consegui dominar meus movimentos, me retirei de dentro dele, sentindo seu gemido em reprovação, me deitando ao seu lado, observando novamente aquela beleza com o canto dos olhos.
Ele se levantou sob os cotovelos, depositando um beijo suave em meus lábios.
-Vai logo. - ele disse fechando os olhos.
-Ahn?
-Ele está vindo. - e eu entendi - Pensa que eu vim me deitar. Não vou abrir a boca, não se preocupe. - um sorriso sacana nos lábios.
-Porque...?
-Porque eu não vou te deixar morrer? - ele completou minha pergunta e deu de ombros. - Sou sádico, não idiota. Todos achamos, algum dia, uma beleza que nos doma, como a minha domou Reita, como a sua me domou.
“I don’t wanna break these chains.”
Eu estava viciado naquele veneno, que me mataria aos poucos, mas eu jamais conseguiria me livrar daquelas correntes. Eu tinha certeza de que voltaria.
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Considerações finais:
Essa fanfic (apesar de já ter sido escrita há tempos) nunca foi betada. Motivo: Eu nunca quis reler isso. Sou traumatizada com a minha própria psicose. E eu não gosto desse Aoi. *foge*
Resumindo: Perdoem os eventuais erros.