# Goodbye for now

Sep 19, 2010 20:34

Título: Goodbye For Now | Por grazysette 
Categoria: Original
Gênero: Romance | Drama | Heterossexualismo
Classificação: +16
Avisos - Contem cenas de sexo não-tão-explicito-assim

Sinopse: “Quando dei por mim, os lábios dele estavam nos meus, calmos, apenas selando. E então eu grunhi, agoniada, desesperada e só conseguindo pensar em como tirar aquela dor dali. Abri meus lábios quando sua língua quente pediu passagem, mandando o bom senso pro inferno. A única coisa que eu mais queria era ele, ali e agora. O gosto salgado de nossas lágrimas se misturando no processo do beijo que de calmo passou a ser bruto, rápido e intenso. "

Direitos Autorais: As personagens desta história me pertencem. Assim como as ideias para a mesma. Se gostou crie sua propria história com suas próprias personagens.
Desclamair - Tive essa ideia vendo o clip da música da Rihanna com o Eminem, mas quando comecei a escrever ela saiu compeltamente diferente do que eu tinha em mente. Me lembra uma antiga história..

Notas no final.


I can still see the light at the end of the tunnel shine,
Through the dark times even when I lose my mind.
But it feels like no one in the world is listenin,
and I can't ever seem to make the right decisions.
I walk around in the same haze, I'm still caught in my same ways.
I'm losing time in these strange days,
but somehow I always know the right things to say. (1)

- Então você não vai sair, é isso? - perguntei, cética. Eu devia saber, ele nunca largaria aquela vida. O poder e o dinheiro, pessoas se ajoelhando perante a presença dele. Uma figura tão importante desde os seus... o que? 10 anos de idade. Ele podia ter a mulher que quisesse na hora que desejasse, por que largaria isso por mim? Uma pessoa que não tinha muito pra oferecer, de qualquer forma.

Como o pai dele me disse certa vez "você nunca será boa o bastante pra ele. Uma hora ele vai perceber isso e então você vai se sentir sufocada. Eu não vou precisar mover nada pra que esse relacionamento acabe". Pois é, dizem que praga de pai sempre pega não é mesmo? Mas eu queria que ele estivesse errado, queria que todos estivessem errados à respeito dele, porque se eles estivessem errados... eu saberia que o motivo da mudança seria eu, mas que tolice a minha não. Eu não era capaz nem de mudar a minha própria vida quem dera a de alguém como ele, que foi educado pra viver daquele jeito.

- Amor, olha, eu não posso. Isso está sendo preparado pra mim desde os meus 15 anos. Você sabe disso. - É, eu sabia. Então porque doía tanto? Porque eu era uma idiota e...

- Eu acreditei na sua promessa... - fechei os olhos com força. Tentando não demostrar como aquilo me machucava, tentando inutilmente parecer forte e dizer, mesmo que sem palavras, que estava tudo bem. Nem percebi que eu tinha verbalizado aquilo que eu estava pensando, só percebi que tinha algo errado quando o silêncio caiu sob nós e seus dedos tocaram minhas bochechas me fazendo estremecer. Ele ainda causava esse tipo de sensação em mim, mesmo depois de tanto tempo.

Oh céus, isso não podia estar acontecendo.

Quando tudo mudou? Ainda ontem estávamos sentados no sofá de couro branco da sala em sua casa, fazendo planos, rindo das idiotices que pensávamos. Os dedos entrelaçados, as alianças se tocando - era raro ele usar a aliança na mão, ela sempre estava na correntinha porque pra ele valia mais “perto do coração” como sempre dizia - e o som metálico quase imperceptível fazendo um sorriso bobo nascer nos meus lábios e o pensamento tão bobo quanto vindo a minha mente "definitivamente, eu sou uma dessas pessoas que pode se considerar 'completa e mais feliz do mundo" . A risada dele preenchendo o ambiente enquanto via seu primo brincando com a a nossa pequena demoniazinha, a irmãzinha do Kitane no tapete da sala. Ele sussurrando em meio aos sorrisos bobos "incrível como essa menina faz a máscara que o Yuuki demorou tanto tempo pra construir... cair" é, ele tinha razão. Perdi mais que alguns minutos apenas vendo-os rir e rolar pelo tapete enquanto a pequena mordia os ombros do Yuuki, aparentemente brava pelo fato dele ter dito que o desenho dele era mais bonito que o dela. Eu podia sentir os dedos carinhosos correndo pelo meu braço que estava apoiado em sua perna, e agora tudo parecia tão longe. Sequer parecia ter acontecido ainda ontem, sequer parecia ser coisa desse século.

Tão rápido. Tão triste e inesperado.

- Você ainda lembra dela não é? Por algum motivo eu achei que você esqueceria, minha garota. - Porque sua voz tinha que ser tão doce ao proferir coisas tão rudes pra mim? Como eu poderia esquecer? Porque ele tinha que me chamar de minha garota agora? Porque ele simplesmente não... sumiu da minha vida se a ideia dele era me deixar pra assumir as responsabilidades que, até ontem, ele abominava. E porque seus dedos estavam sendo tão carinhosos sendo que a única vontade que eu tinha agora era de gritar e bater nele por ser tão... idiota.

- Muito me estranha que você tenha esquecido, Tsune. Afinal quem fez a promessa foi você nada mais natural que você se lembrasse dela. Mas pelo visto você só lembra de coisas importantes como status, dinheiro e a reputação do nome da sua família não é? Você tem que zelar por isso "doa a quem doer" não é assim que o seu pai fala? Infelizmente isso só dói em mim, mas quem se importa não é? Ninguém nunca quis uma ocidental - fiz questão de acentuar a importância do ocidental - manchando o nome e a tradição familiar tão adorada, não é? Me desculpe pela estupidez em achar que você poderia sim, ter mudado por minha causa. Prepotência da minha parte não é?

- Seus dedos que agora estavam no meu ombro começaram a apertar com um pouco de força, como se pra descontar naquela área a raiva, se é que podemos chamar de raiva, que ele estava sentindo pelo que eu estava dizendo. Mas ele não seria capaz de me machucar mais com aquele tipo de força.

Não mais. Não agora.

- Espero que você esteja pronto pra ser o que o seu pai é. Mas sabe, devo te agradecer não é, obrigada por me livrar de ser o que a sua mãe é e ter sido obrigada a ver o monstro em que se transformou o marido que ela tanto amava. Amava né, porque amor parece ser uma coisa que não dura nessa família. Só pelo dinheiro. Realmente, como o Yuuki disse a primeira vez que me viu "o mundo de vocês nunca vai ser o mesmo" É uma pena que eu tenha que perceber isso da pior forma. Mas eu te amei Tsune, todos os dias até agora e provavelmente por muitos mais dias depois disso. Infelizmente masoquismo é natural em alguns casos não é?

Todo o tempo ele permaneceu em silêncio e por deus! Eu queria que ele gritasse, que me chacoalhasse dizendo que aquilo era uma brincadeira estúpida que ele estava apenas me testando.

Depois de alguns minutos apenas olhando pra ele desisti de esperar qualquer reação que fosse, suspirei derrotada e desviei meus olhos daqueles que eu tanto amava. Pretos de um jeito raro de se encontrar por ai, pareciam refletir nossa alma como um espelho de Osjed (2), era a segunda parte dele que eu mais gostava depois do sorriso. Aquele sorriso de dentes pequenos e perfeitamente brancos nos lábios finos e bem desenhados tendo sua parte inferir adornada de um piercing em inox no centro, deixando a vista ainda mais agradável. Eu podia sentir meu coração acelerar apenas por lembrar que todos os sorrisos aumentaram consideravelmente depois que começamos a sair.

"O menino que não sorri" Era assim que ele era conhecido entre os poucos amigos, que moravam, alias, na mesma casa que ele. E com grande dose de espanto percebi com o passar do tempo, mesmo antes de namorarmos, que ele não sorria. Pra nada. No máximo entortava os lábios de canto, mas o pequeno sorriso nunca atingia seu olhar. Sempre tão triste. Como se nada pudesse torna-lo feliz, como se não se sentisse digno de sorrir depois de presenciar tantas coisas. Era digno de pena vê-lo sempre tão cheio de desesperança. Sempre tão descrente nas pessoas, mesmo nas mais próximas. E por mais contraditório que pareça foi isso que me atraiu nele logo que tive a oportunidade de me aproximar, mesmo que ele estivesse relutante devido aos acontecimentos. Lembro como se fosse hoje, da primeira vez que eu falei com ele pessoalmente, ele vestia aquela camisa preta de uma banda qualquer, as calças surradas enquanto segurava displicente o chip de skate em uma das mãos encostado na árvore esperando que desocupassem a pista para que ele pudesse ter alguns breves instantes em seu divertimento solitário. Cheguei sorrateira, sem que ele percebesse e então me sentei ao seu lado, fiquei ali brincando com os matinhos enquanto ele fazia de conta que eu não estava ali, então eu disse "sabe, ninguém merece ser portador de uma tristeza que nem essa que você carrega" simples assim. Nem cinco minutos depois eu me levantei e fui embora. E daquele dia em diante ele passou a se aproximar. Eu me sentia estupidamente feliz por saber que os sorrisos estavam ali, deixando-o ainda mais lindo e que o motivo era eu. Ou pelo menos eu gostava de acreditar que sim.

Incapaz de permanecer naquele lugar tendo o peso dos seus olhos em mim, reuni coragem para terminar aquilo de uma vez por todas.

- Então é isso. Boa sorte e espero que a gente não se veja por ai. Minhas coisas que estão aqui não vou levar nada, fique com elas. Queime se você quiser, dizem que a sensação é muito boa, mas você deve saber disso não é? Já queimou tanta coisa por ai. Que você seja bem sucedido em ser o orgulho precoce da família. - Sorri. As lágrimas que estavam paradas em meus olhos tornando tudo meio embaçado, mas eu pude notar que, nem por um momento, sua expressão mudou. Estava tão impassível quanto estava no começo de tudo. Me virei para poder sair do local e senti seus dedos escorregarem pelo meu braço parando no meu pulso e então tudo aconteceu muito rápido. Sua mão segurando com força meu pulso me fez voltar a ficar de frente para ele e então me empurrou de encontro a parede, a batida forte me fazendo soltar um lamurio de dor. Sem entender nada e com a cabeça girando um pouco escutei-o ofegante, seu rosto próximo ao meu mas sua cabeça estava baixa, eu podia ver seus cabelos que caiam pela altura do ombro, desalinhados. Ambas as mãos agora me prendiam pelo ombro na parede.

- Porque... - disse após um longo momento de silêncio - você tem que ser tão irônica o tempo todo? Porque não me mostra o que está realmente sentindo! - a última pergunta sendo quase um grito me fez arregalar os olhos, ele nunca falou assim comigo. Suas bochechas estavam coradas devido a raiva que eu podia sentir sair por todos os seus poros. - Porque você não grita comigo? Porque não me chama de cretino! DE QUALQUER COISA, MAS TENHA ALGUMA REAÇÃO HUMANA! - Eu podia ver as lágrimas se formando em seus olhos. E então eu não sabia o que me assustava mais, se era o modo como ele estava agindo, as coisas que estava dizendo ou ver as lágrimas em seus olhos. - Sabe, meu pai tinha razão. Você não passa de uma vadia. Vá embora da minha casa.

Vadia?

Me largou e caminhou na direção oposta da que eu estava, me deixando ali, sem reação e com uma grande vontade de mata-lo surgindo no meu peito.

- Você me chamou de vadia? - perguntei, não querendo acreditar no que os meus ouvidos tinham escutado - Qual é o seu problema Tsune? ME DIZ, QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA! - Perguntei aos berros, me desencostando da parede e indo até ele fazendo-o olhar pra mim enquanto eu falava. - Mostrar o que eu realmente estou sentindo? O que mais você quer que eu faça! Me diga! Que eu desenhe pra você? HEIN? NÃO TEM COMO FICAR MAIS CLARO DO QUE ESTÁ! O que você esperava? que eu gritasse e chorasse e implorasse pra você me levar junto com você? - A tristeza que eu sentia minutos antes se misturando com um ódio que eu não sabia de onde vinha. A vontade de gritar com ele, de falar coisas que não precisavam ser ditas crescendo em mim de forma assustadora, fechei mais dedos em punho, tentando apaziguar minha raiva.

- Era isso que eu queria sim!! - Berrou, seu rosto a centímetros do meu, uma de suas mãos em meu queixo, apertando, machucando a região - Queria que você me desse mais um motivo pra largar toda essa merda!! Que me provasse que... quer estar comigo não importa a circunstancia, porra!! Você não entende? É DIFICIL PRA VOCÊ ENTENDER ISSO? - jogou todas as palavras na minha cara, me fazendo fechar os olhos enquanto as proferia. Minhas mãos imperceptivelmente voando de encontro a sua camisa, segurando com tal força que mesmo sem ver eu sabia que os nós dos meus dedos estavam ficando esbranquiçados. Mesmo de olhos fechados eu pude sentir a primeira lágrima escorrer pela minha face, morrendo nos meus lábios.

Abri os olhos e o encarei, as lágrimas escorriam os olhos dele de forma tão intensa que eu não pude deixar de sorrir perante a demostração tão clara de sentimentos. Era tão raro. Minhas mãos subiram até seu rosto, secando as lágrimas que caiam fazendo com que as minhas rolassem com ainda mais intensidade.

Se deus realmente existe, ele não podia ser assim tão injusto, podia?

Ainda ofegante pelos berros de instantes antes, ele abaixou a cabeça e a apoiou em meu ombro.

Oh céus, nada podia machucar tanto.

Eu não queria que ele sofresse. Não ele que sempre foi tão forte, tão desligado de sentimentos fortes, tão desapegados a pessoas. Ele... não podia desmoronar ali na minha frente. Eu podia lidar com um Tsune arrogante, prepotente e frio. Mas não com um Tsune que apoia a cabeça no meu ombro enquanto suas mão possessivas tentam me puxar pra mais perto do corpo dele depois de gritar absurdos na minha cara e me mandar embora.

Quando dei por mim, os lábios dele estavam nos meus, calmos, apenas selando. E então eu grunhi, agoniada, desesperada e só conseguindo pensar em como tirar aquela dor dali. Abri meus lábios quando sua língua quente pediu passagem, mandando o bom senso pro inferno. A única coisa que eu mais queria era ele, ali e agora. O gosto salgado de nossas lágrimas se misturando no processo do beijo que de calmo passou a ser bruto, rápido e intenso

Minhas mãos em sua cabeça puxavam-lhe os fios de cabelos com igual intensidade, enquanto ele me empurrava para a parede mais próxima de nós. Minha costa batendo com força ali pela segunda vez no dia, um gemido baixo deixando meu lábio e morrendo entre nosso beijo, suas mãos fortes marcando minha cintura e toda a pele que ele conseguia alcançar. Quando o ar se fez necessário seus lábios foram em direção ao meu pescoço, sugando, lambendo e mordendo a pele de toda a região enquanto uma de suas mãos ia até a minha coxa estalando um tapa na região, fazendo com que eu puxasse ainda mais seus cabelos e mordesse seu ombro esquerdo com força.

Quando seus olhos encontraram os meus, a enxurrada de informações me fez selar seus lábios com a ponta dos meus dedos

- Shh, não fale nada, apenas... deixe acontecer. Por favor... - Disse em um sussurro. Eu não queria pensar em nada naquele momento, eu só queria aquele momento com ele, esquecer de tudo por algum tempo e ser apenas eu e ele mais uma vez. Problemas podiam ser resolvidos mais tarde, quando os hormônios não estivessem gritando desse jeito tão diferente hoje.

Quase como se cantassem uma canção triste de despedida.

Goodbye for now, Goodbye for now (so long)
Goodbye for now,
I'm not the type to say i told you so.
Goodbye for now (so long)
I think the hardest part of holding on is lettin it go.
When will we sing a new song? A new song. (3)

Puxei ele pelo braço e fui andando por aqueles corredores que eu conhecia tão bem e que levavam em direção ao seu quarto naquela casa enorme, e então eu tinha seu corpo no meu novamente. Suas mãos fortes tirando o vestido preto curto e simples que eu usava de uma vez só me deixando apenas de calcinha, já que eu não usava sutiã com esse tipo de vestido. Seu corpo roçava no meu me mostrando o quão excitado ele já estava.

Enquanto ele me acariciava, tirei sua camisa e à joguei em um canto qualquer do comodo. Eu nunca tive tanta paciência pra esse tipo de coisa. Fui empurrando-o em direção a cama, quando sua perna encostou na estrutura de metal ele abriu os olhos e sorriu, aquele sorriso lindo que me fazia sorrir também, que fazia meu peito se aquecer de forma estranha e quase sufocante.

Afastou o seu corpo do meu e sentou-se na beirada da cama, suas mão não largando as minhas nem por um segundo, me puxou com calma seus lábios tocando superficialmente minha barriga enquanto suas pernas se afastavam para abrigar meu corpo entre elas. Soltou minhas mãos apenas para enlaçar seus braços em torno da minha cintura e me abraçar. Não durou mais que alguns poucos segundos, seu rosto quente na minha barriga e seus dedos traçando desenhos aleatórios nas minhas costas, sua respiração calma e compassada tocando de leve minha pele quente fazendo os poucos pelos da região se eriçarem enquanto meus dedos brincavam com seus cabelos escuros e bagunçados. E aquele era o primeiro instante de calma na última hora.

- Como nos velhos tempos, huh? - Falou tão baixo que pensei estar escutando coisas, seu rosto ainda estava colado na minha pele, sua barba por fazer me causando cocegas eventuais quando por acaso ele mexia um pouco o rosto. O contraste dessa cena era tão triste que eu chegava a ter vontade de rir pela minha falta de sorte. Ou excesso de sorte, vai saber.

Perdida em devaneios nem reparei quando ele mudou de posição, sua cabeça agora longe de mim mas não longe o bastante porque seus fios de cabelo ainda estavam nos meus dedos, só acordei da transe quando ele me puxou para mais perto e mordeu a região logo abaixo do meu umbigo me fazendo gemer fraco.

Sem pensar em mais nada apenas o empurrei fazendo assim com que ele deitasse, subi na cama e com uma perna de cada lado do seu corpo ataquei seus lábios em um beijo rápido e quente. Suas mãos estavam na minha cintura, apertando com força provavelmente marcando a região.

Nesse momento eramos apenas nós em um poço de sentidos e vontades. Dois animais lutando por espaço, lutando pra esquecer os problemas e sermos um mais uma vez.

Nem que fosse pela última vez.

~x~

Perdi a noção de tempo, a única coisa que eu conseguia pensar era em como a sensação de tê-lo em mim daquele jeito tão insano era bom. Eu sentia suas investidas cada vez mais rápidas... mais fortes. Os olhos levemente fechados e os lábios bonitos separados tentando conseguir fôlego. Os gemidos fracos arranhando sua garganta enquanto eu cruzava minhas pernas em sua cintura e o trazia para mais perto, fazendo ele ir mais fundo.

Seus traços perfeitos no rosto bonito concentrado em me proporcionar prazer me fazendo sorrir em meio ao ato. Reparei que ele usava a característica corrente de prata no pescoço e que nela pendia a nossa aliança de namoro. Mesmo que sem querer, minhas lembranças daquele dia vieram a mente me fazendo fechar os olhos.

“Hey, posso te fazer uma pergunta?

Foi o que ele disse, com aquele sorriso simples e displicente nos lábios que tanto me atraiam. Seus olhos rasgados brilhavam em uma expectativa quase doce. Eu apenas sorri e fiz que sim com a cabeça, minhas mãos nunca saindo das suas, meus dedos sempre brindando com os dele.

“Quer ser a responsável por todos esses sorrisos que eu tenho dado... por tempo indeterminado?”

E... tinha como recusar algo assim? Um pedido tão doce, feito de uma forma tão não-convencional. Eu não podia esperar outra coisa dele. O verdadeiro significado implícito na frase me fez rir com igual intensidade e beija-lo com paixão, enquanto ele ria e bagunçava meus fios de cabelos.

Com uma estocada mais forte, senti seus corpo tencionar e percebi que ele estava próximo do ápice, pedi para que soltasse meus braços e ele atendeu ao meu pedido imediatamente, só para segundos depois afundar o rosto na curva do meu pescoço enquanto arremetia o corpo contra o meu de forma frenética e descontrolada, minhas unhas em suas costas deixavam vergões que demorariam muito para sumir, até que encontraram sua nuca e, enroscando-as em seus fios de cabelos, puxei-os com força ouvindo um pequeno lamurio de sua parte.

Segundos depois senti o liquido quente me invadir enquanto ele gemia meu nome. Seu corpo desabando instantaneamente sobre o meu. Sua respiração saindo em ofegos tocava minha pele suada fazendo pequenas correntes elétricas correrem pelo meu corpo.

Todos os momentos que passamos juntos vindo a minha mente de uma vez só, não apenas os bons momentos, mas os ruins também. As brigas, as crises, os comentários bobos sobre o tempo, as brincadeiras de pega-pega no quintal de sua casa, ou o dia que cortamos o cabelo do Kazu enquanto ele dormia, o que nos rendeu uma quase morte precoce. Aqueles dias na praia com nossos amigos, as brincadeiras adultas que fizemos em volta da fogueira enquanto o Jin tocava seu violão com uma corda a menos.

“Tiff, mande ele parar com isso, por deus! Ninguém mais aguenta esse violão com uma corda a menos”

Ele ficava repetindo isso o tempo todo, mas o Jin estava bêbado demais pra entender e parar de tocar.

Todos tão... felizes.

“ - Nicol... cadê meu celular?” - Apareceu na sala, tirando a revista que eu estava lendo. O cenho franzido e uma expressão não muito feliz no rosto de traços bonitos.

“ - Escondi” - respondi simplesmente, pegando a revista de suas mãos e retornando minha leitura. Pude ouvi-lo bufando de raiva enquanto me xingava de algumas coisas não muito bonitas, dizendo que eu não tinha esse direito.

“ - Porque fez isso? Você sabe que não posso ficar sem meu celular!” - Disse, com o tom de repreensão na voz meio rouca tão característica dele. Eu sentia vontade de rir quando ele ficava bravo

“ - Ah é? Fique com o seu celular então - peguei o aparelho que estava atrás da almofada na qual eu apoiava minhas costas no sofá e lhe entreguei, levantei do móvel logo em seguida e disse-lhe, sínica - Mas fique sem sua namorada. Porque eu estou de saco cheio de você ficar atendendo essa merda enquanto estamos juntos. Quando a bateria dele acabar você vem falar comigo” - Peguei a revista e caminhei rumo a varanda, onde fiquei por aproximadamente 15 minutos até ele vir atrás de mim e pedir desculpas, dizendo que tinha desligado o aparelho e que preferia ficar comigo”

Era incrível como ele conseguia me amolecer tão rápido.

Esses flash ficaram passando como em um filme rápido em minha cabeça. Uns me fazendo alargar o sorriso, outros me fazendo fechar os olhos com mais força. No final é apenas isso que sobra, as lembranças de algo que não existe mais.

Meus devaneios foram cortados quando ele se remexeu, saindo, por fim, de dentro de mim e de cima de mim, rolando para o lado na cama e me puxando para perto do corpo dele. Me permiti aproveitar um pouco mais daquele momento tão gostoso com ele. Era bom estar nos braços dele sempre que possível.

- Não precisa ser assim, Nick. Eu te amo tanto, minha garota. Não me prive de estar perto de você. - Disse com os lábios colados em minha nuca, arrepiando a pele do local, me fazendo suspirar. Porque ele tinha que ser tão doce? Sorri, acariciando seu braço com a ponta dos meus dedos.

- Eu também te amo. Agora descanse, eu sei que você está cansado - O som de sua risada preenchendo o ambiente fazendo uma sensação gostosa se instalar em meu peito. Nem 5 minutos depois eu podia escutar sua respiração compassada e o aperto dos seus braços na minha cintura afrouxar, denunciando que ele havia adormecido.

Homens.

Fiquei mais alguns minutos ali apenas aproveitando o calor do corpo dele no meu e então me desvencilhei do abraço com o máximo de cuidado que consegui, fazendo de tudo para não acorda-lo. Sai da cama e perdi alguns minutos apenas observando-o dormir.

Era tão lindo que nem parecia real.

Abri seu guarda roupa e peguei uma camisa sua com a estampa de uma banda qualquer e na gaveta destinada a roupas que eu esquecia na casa dele, peguei um shorts que estava lá a tanto tempo que eu nem lembrava mais e peguei uma cueca dele só pra não ter que ficar sem nada por baixo, uma vez que não fazia ideia de onde minhas roupas tinham ido parar.

Depois de vestida e com o cabelo devidamente preso, abri a gaveta da mesa-de-cabeceira e lá encontrei um bloco de notas e a caneta-tinteiro preta que eu tanto amava, com isso em mãos escrevi um bilhete breve.

“É uma pena que tenha que ser assim. Desculpa se falhei em te trazer felicidade ou se estou indo embora sem cumprir inteiramente minha promessa, mas eu fiz o que pude até o momento que pude. Saiba que eu não menti quando disse que te amava, vou te amar por um bom tempo, mas vou aprender a seguir com a minha vida assim como você vai aprender a seguir com a sua.

Não me procure, independentemente da circunstancia. Não torne as coisas mais difíceis do que já estão sendo.

Obrigada por ter estado ao meu lado na melhor fase da minha vida até agora. Obrigada pela paciência e por ter me dado oportunidade de te conhecer melhor.

Meu garoto, se cuide e mantenha-se vivo. E por mais que eu não tenha esse direito, quero te fazer um pedido: Não prive as pessoas de verem esse sorriso lindo de dentes perfeitos. Você fica ainda mais lindo quando sorri.

Beijos daquela que te fez sorrir, Nick~

Te amo.

Ps - Isso não me pertence mais.”

As lágrimas que enxiam meus olhos caíram sob a carta, manchando a tinta da caneta-tinteiro em alguns pontos. Deixei-a em cima do travesseiro que costumava ser meu e junto da carta deixei minha aliança e as cópias das chaves da casa, que ele me deu assim que começamos a namorar.

Depositei um beijo em sua testa e sussurrei “eu te amo” pela última vez.

Gave me your hand but realize I just wanna say goodbye
Please understand I have to leave and carry on my own life (4)

Notas:

1 - Música que dá nome a fic “Goodbye for now” da banda californiana P.O.D

Tradução:

“Eu ainda posso ver a luz no fim do túnel brilhar,
Através dos tempos sombrios mesmo quando eu perco minha cabeça.
Mas parece que ninguém no mundo está escutando,
E parece que eu nunca tomo as decisões corretas
Eu ando ao redor da mesma névoa, eu ainda estou preso nos mesmos caminhos
Eu estou perdendo tempo nestes dias estranhos,
Mas de alguma forma eu sempre sei as coisas corretas a dizer”

2 - Idem nota 1.

Tradução:

“Adeus por enquanto, adeus por enquanto (por muito tempo)
Adeus por enquanto,
Eu não sou do tipo de dizer, 'eu disse a você'
Adeus por enquanto (por muito tempo)
Eu acho que a parte mais difícil de segurar algo é deixando isto ir embora
Quando nós cantaremos uma nova canção? Uma nova canção”

3 - Osjed - Espelho que mostra os sonhos mais profundos do coração de quem se olha nele. Termo utilizado em Harry Potter e a Pedra Filosofal.

4 - Trecho da música Afterlife da banda Estado-Unidense Avenged Sevenfold.

Tradução:

“Me deu sua mão mas percebi que eu apenas quero dizer adeus.
Por favor entenda eu tenho que partir e seguir com minha própria vida

Yah
Não é a primeira fic que eu escrevo, mas é uma das poucas que eu terminei e a unica que eu senti realmente vontade de postar - até o atual momento.
Como não queria postar no Nyah! ou em qualquer outro lugar de fanfictions, resolvi por no meu LJ.

Lembrando que: Não sou escritora de fanfics, não vivo disso, não gosto de escrever. Mas as vezes me bate ventos de inspiração e eu não curto muito jogar eles fora.

Não foi betada por ninguém além de mim mesma. Não foi lida por ninguém além de mim mesma xD

Lembrando que² ninguém é obrigado a ler ou a gostar 8D

personal, fanfiction

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