Cotas em universidades.
" Debate, com vinte convidados, contras e a favores, da medida de cotas nas universidades. "
Inspiração, Jornal.
Existem vários debates sobre as cotas implementadas nas universidades. Cotas para estudantes de escolas estaduais e federais, 50% para ser mais específica, subdividas, inclusive, por cor.
Alguns são à favor porque finalmente dá àqueles que não tiveram um acesso de boa qualidade à formação escolar. É uma justificativa 'nobre' para uma medida ridícula. Embora a situação da classe menos favorecida da sociedade brasileira seja realmente um motivo de preocupação e ações governamentais, não vai ser mais uma medida de faxada que irá solucionar o problema. Estamos tratando de algo muito mais profundo do que simplesmente vagas em universidades.
Não vou entrar no ponto de que, a realidade, é que as medidas deveriam ser para proporcionar mais estabilidade e condição financeira ao povo do Brasil, porque é um assunto muito extenso e não é o meu foco hoje. Vou me concentrar em explicitar porque as cotas não são nadas se não inúteis.
Além de tirar 50% das chances de candidatos muitíssimo mais habilitados para as mesmas - o que, ineditamente, é um preconceito com quem possui dinheiro. -, facilitar a entrada de estudantes de escolas públicas, principalmente subdividindo as mesmas por etnia, é inútil. Não possuindo uma base escolar bem consolidada, com um ensino fundamental e médio considerável, as vagas são completamente desperdiçadas. Mais de 80% dos aprovados não chega nem ao menos a completar o curso e todas as vagas que eles ocuparam e poderiam ter sido abertas para concorrentes mais capacitados foram jogadas diretamente no lixo.
É uma medida de faxada pois é muito, muuito mais barata do que a real solução: Investir o capital do nosso país em uma educação descente, em aumentar os salários dos professores de escolas do governo, em procurar formas de auxiliar nosso país construindo novas escolas, investindo em material de uso, abrindo portas e caminhos para que cada vez mais crianças e adolescentes, independentes da idade, tenham acesso ao que deveria ser de todos. É muito caro para nossos políticos, mais interessados em colocar o dinheiro em seus próprios bolsos para comprarem casas exorbitantemente caras, carros e barcos. É muito caro investir na parcela desfavorecida da população, independente de isso ajudar o país a crescer e se desenvolver, independente de isso ser absolutamente necessário para a evolução.
Ao invés de terem gastos altíssimos, o governo opta por uma opção inútil, à guisa de mascarar uma situação de urgência.
A introdução de candidatos desqualificados às universidades não apenas prejudica outros jovens, como também, os poucos que conseguem finalizar o curso e se iniciar a carreira, são transformados em profissionais ruins. Sem a base necessária, lançados em um mercado competitivo com chances minúsculas de prosperidade.
Nossos políticos parecem crianças mimadas.
Vê se cresce, Brasil.