Undécimo fic del festival: RPF 1º parte

Nov 04, 2013 16:48




Sniff... sniff...

Viendo el calendario he comprobado que solo quedan dos semanas de festival...

Lo bueno es que ha sido un éxito, porque hemos podido disfrutar de un montón de fics!!!

Y luego volveremos a las lluvias de ideas y, tal vez hagamos algo para Navidad (preparaos para encuestas)

De todas formas, ahora toca un  fic en tres partes (y espero que esta vez sí hayamos calculado bien la longitud de los capítulos)




En serio, cellyls, este banner me encanta!Bueno, me encantan todos!
¿Vais a necesitar traducción? Espero que no os haga falta, porque los fics de cellys merecen mucho la pena!

Título: RPF
Autor: cellyls
Prompt escogido y autor de la idea: yvarlcris: Hawaii Five-0 - idea de yvarlcris: Grace conoce a una niña que escribe fics de sus series favoritas y descubre los RPF (Real People Fiction), indagando, descubre que una gran cantidad de gente shippea a Steve y Danny y comienza a fijarse en el modo de actuar de los dos. De ahí podemos derivar en que ella empieza a escribir también, o que simplemente se propone que estos fics se hagan realidad (sí, sí, Grace es una niña moderna que no se escandaliza ante la idea de leer slash sobre su padre... es un fic, al fin y al cabo...)
Personaje/pareja: Steve McGarrett/Danny Williams
Clasificación y/o Género: PG-13, McDanno, romance, humor.
Resumen: Danny descobre que Grace anda lendo fanfictions na internet. Mas não de qualquer tipo, são RPFs sobre ninguém menos do que o loirinho e seu “namorado lindo e gostoso” Steven McGarrett. As histórias são ridículas, e Danny está disposto a acabar com a página McDanno, quer dizer, ele vai fazer isso, só precisa terminar de ler mais algumas.
Disclaimer: Hawaii Five-0 e seus personagens não me pertencem.
Advertencias: Slash; homossexualidade.
Notas (si las necesitas): Coisa boa participar do primeiro festival!


Parte 1: McDanno?

Danny fica sem piscar, e por um lado sua mente paterna exclui a possibilidade, terminantemente. Não. Não é o que ele está pensando. Mas seu raciocínio prático, sua mentalidade realista e objetiva de detetive não consegue negar a evidência em suas mãos. Lentamente, numa tentativa de reagir, as sobrancelhas experientes erguem-se como se o objetivo delas seja de se juntar à linha inicial de cabelos do topete loiro que o detetive carrega com tanto orgulho no topo da cabeça todos os dias. E o orgulho e o topete continuariam lá, intocados, se o mundo não tivesse alcançado a bênção da tecnologia, mais especificamente a Internet. As mãos esganando os cabelos, e a dúvida surge: Mas o que Rachel estava fazendo entre o cabeleireiro e a manicure? Quem estava supervisionando Grace para que ela não acessasse o lado aberrante da rede mundial de computadores?

"Isso é tão legal, eu tenho mais duas na mochila!" o sorriso da garota estava resplandecente naquela tarde. Era sempre animado, recheado de conversas o caminho de casa quando Danny buscava Grace no colégio; desta vez, no lugar do rápido beijinho de despedida, Williams foi presenteado com aquele volume de folhas brancas que ela e uma amiga haviam imprimido do computador. "Você e o tio Steve são como heróis", a menina completou antes de descer do carro, seu rosto alterado apenas por felicidade, "Até logo, Danno!" e ela correu para a mansão Edwards. Pela breve conclusão que a capa simples da impressão permitiu ao loiro na hora, Grace e a colega de classe estavam interessadas em literatura. Ao menos foi no que ele acreditou com orgulho. Isso até passar os olhos pela primeira página quando chegou à sua casa minutos depois.

E é aí que ele continua até agora. Um pai chocado, lendo sobre o tópico que a filha e a "amiga" (uma má influência, com certeza, Danny vai proibir Grace de falar com essa meliante novamente!) andaram xeretando no tempo que deveriam estudar álgebra ou brincarem de Barbie! Mas quem foi que deixou sua filha ler ficções amadoras sobre uma suposta vida amorosa do pai com outro homem?!

x

"Não diga que foi em vão„

"― Por quê? ― o homem perguntou, sua voz inaudível aos ouvidos das duas pessoas que se beijavam no carro que acabara de estacionar em frente à casa McGarrett. Na penumbra da noite, em meio às folhagens que adornavam o pórtico, o homem aguardou em chocado silêncio até que alguém descesse do carro. Após mais um beijo demorado e uma promessa de se encontrarem no dia seguinte, Steven McGarrett afastou-se do veículo azul Royal, e a motorista seguiu seu caminho, para onde quer que fosse. Danny Williams continuou imóvel, perto dos arbustos. O outro homem passou por ali, e o detetive não deteve sua boca inquieta: ― Ei...

Steven virou-se de forma brusca, surpreso: ― Danny? O que está fazendo aqui? ― seus olhos procuraram o portão, a direção onde o carro estaria se Catherine não tivesse partido, e retornaram rapidamente para o loiro.

― Meu carro quebrou ― a voz do detetive de Nova Jérsei não transmitiu emoção. Ele respirou profundamente e acrescentou: ― O mecânico disse que foi aquela acrobacia que apareceu nos noticiários. Vai ficar pronto só amanhã.

O outro levou um segundo. ― Oh... eu, eu pagarei pelo conserto.

Danny não disse nada. Olhou para baixo, para o engradado de seis longnecks que segurava. ― Você demorou a chegar. Quem trouxe você de carro? - fitou o rosto do outro enquanto aguardava pela resposta.

― Ah, era Cath. Tivemos um treinamento hoje - nenhum sinal de incômodo ou arrependimento perturbou a fisionomia do fuzileiro naval enquanto ele explicava. ― Você trouxe cerveja, vamos entrar?

Danny desviou o foco para o nada, desapontado: ―... Eu estou cansado. Vou pra casa - começou a dar meia-volta; caminhou devagar, querendo sair rapidamente dali, mas ao mesmo tempo desejando que o moreno o impedisse, que falasse algo que o obrigasse a confrontá-lo, a exigir a explicação de por que ele beijara Catherine e prometera vê-la no dia seguinte depois do que acontecera entre ele e o detetive uma semana atrás. Danny viera aguardar na porta da casa após deixar o carro na oficina próxima dali, o loiro viera pronto para receber o marinheiro com um sorriso, mas estaria ele enganado e o que os dois fizeram juntos na outra noite não significava nada?"

(dragonflyoflove327)

Danny passa os olhos estreitos vagamente pelo papel que McGarrett acabou de ler em voz alta para ele e a colega Kono. É o dia seguinte, os três estão na sala do comandante. A policial está entretida há vários minutos com a tela do computador que assumiu quando Steven começara a leitura. O moreno e o loiro permanecem de pé ao lado da mesa, Williams não consegue diminuir a inquietude que acaba por se manifestar em seu tom de indignação ao retorquir "Viu? Isso é absurdo," e cruzar os braços de forma impertinente. "E além de tudo você é um traidor safado."

"Do que está falando?" o fuzileiro naval mantém a calma, "Foi obviamente um mal-entendido," explica, como se estivesse até se divertindo com a situação.

O loiro volta a fazer a cara feia que mantinha desde aquela manhã, quando chegara ao trabalho trazendo a história que sua filha havia explicado que se chamava fanfiction e que existiam várias delas sobre ele e o tio Steve na internet, isso é tão legal! - remedara a garota ao entregar o papel à Kono, que não parou de dar risinhos desde então. "Não foi mal entendido, está escrito claramente: você me usou e depois me traiu com Cath. Na verdade, você já havia traído Cath comigo antes, e depois me traiu com ela, o que é tecnicamente um traimento duplo." O moreno revira os olhos enquanto o detetive continua, "E Grace leu isso. Ela leu que eu caí na velha armadilha de me envolver com um homem comprometido, e que esse homem é você. E que você é um SEAL superpoderoso e safado que salva o dia e depois mente pra se dar bem." A policial não consegue deter o riso.

"Danny, aqui está dizendo que houve uma coisa que os dois fizeram juntos, mas não especifica o quê", o marinheiro usa a abordagem racional que na maioria das vezes auxilia nos surtos paternos que o parceiro manifesta vez e outra, agora mais, já que Grace está na adolescência. Mas Steven sequer termina de falar e o loirinho está enrugando a testa na sua direção.

"Esse é exatamente o argumento de quem mentiria pra conseguir o que quer. O escritor capturou mesmo a sua essência."

McGarrett junta os lábios, já quase enfadado, "E eles não podem ser amigos? As outras histórias que você disse que leu no site foram totalmente explícitas, por que esse tal de..."

"Dragonflyoflove327", Kono ajuda, jamais retirando os olhos da tela.

"Dragonfly..." o comandante parece grato pela breve ajuda, "por que esse escritor seria tão sutil se não fosse pra mostrar exatamente que nesta história aqui, a qual Grace leu, não haverá romance?" Arqueia uma das sobrancelhas de maneira presunçosa, "Aposto que nem todas as ficções desse tipo são inadequadas para menores de dezoito anos".

"Eu pesquisei sobre isso, Steven. Eu passei a noite de ontem lendo coisas impressionantes," Williams mostra um brilho psicótico no olhar. Aponta para o canto da tela do computador que a policial tão concentradamente utiliza, "Está vendo ali? Está escrito McDanno, significa que as pessoas estão escrevendo estórias de sexo sobre nós dois. Sexo", a exasperação na voz do loiro aumenta a cada palavra, "Não me venha falar de sutilezas quando foi a minha filha pura e angelical quem me trouxe essa pérola escolhida dentre contos eróticos e deixou esta nota explicando em termos leigos pra mim o que é slash!"

"Danny tem razão, chefe. Esta página de fãs é direcionada a trabalhos transformativos de slash e femmeslash", a policial acrescenta, sem ajudar na causa do comandante. "Tem umas histórias quentes aqui sobre mim, Lori e Cath," continua, lendo distraidamente. Os dois homens quase quebram os pescoços girando na sua direção, a havaiana sorri. "Foco, meninos. Vocês estão discutindo sobre como as fanfictions são absurdas e fazem mal aos filhos," debocha.

McGarrett sinaliza, sem perder tempo, "Eu não. Quem está achando problema nisso é ele".

E a expressão de Danny é de ainda mais desaprovação.

"Isso é incrível. Vocês estão sendo a febre do momento", a morena completa, mesmerizada pelos dados disponíveis no site.

O detetive agita as mãos no ar, "Que maravilha! Isso é mesmo incrível. Eu me sinto in-crí-vel. Ter adolescentes escrevendo ficções que exploram os confins do meu traseiro na internet é mesmo uma honra!" Steven se divertiu com a tirada cheia de sarcasmo.

"Não são apenas adolescentes que escrevem as histórias", Kono volta a explicar. "E pelo que estou vendo aqui, McDanno é um dos threads de real person fiction com o maior acervo depois daqueles dois irmãos ocultistas que dirigem um impala."

Danny contorceu o rosto como se tivesse se perdido na metade da explicação da policial. "Eu quero que conste, em primeiro lugar, que eu não entendi uma palavra do que você disse," a morena sorri balançando a cabeça, "e em segundo lugar, nada disso me interessa. O que me preocupa... me apavora, na verdade, é que Grace está exposta a este tipo de coisa. Foi ela quem imprimiu isso e me trouxe pra ler. Eu não entendia por que a professora dela acenava e sorria daquele jeito cada vez que eu buscava a macaquinha no colégio. Agora eu sei que é por causa disto aqui!" acusa o computador. "E por causa de você também!" aponta para Steven.

O outro se ofende, "Como assim? Eu sou tão vítima quanto você!"

"Não. Não é! Fica tirando a camisa e me chamando de Danno na frente de todos, e agora eu tenho que ver o apelido que a minha filha criou sendo usado pra denominar a sessão de orgias do site de ficção gay amadora!"

Steven retoma a aproximação diplomática, sempre indicada quando seu parceiro põe as mãos na cintura daquela forma: "Tudo bem. É simples. Eles estão usando a nossa imagem sem a nossa permissão. Podemos fazer com que derrubem a página", esclarece.

O loiro enruga o cenho e abre boca para acentuar sua incredulidade. "Há milhares de histórias, por acaso acha que eu quero algum dos juízes ou promotores que conhecemos lendo aqueles absurdos?" cruzou os braços, "Por que não usa Cath?! Agora é precisamente o momento em que o uso ilegal da tecnologia do Exército é necessário!"

Para a desilusão do detetive, além de corrigi-lo dizendo que se trata da Marinha e não do Exército, Steven informa que Catherine está em um treinamento e que não haveria como contatá-la no momento. O detetive de Nova Jérsei então bufa de forma debochada para os colegas - embora Kono não estivesse prestando atenção alguma - e diz que também tem alguns contatos.

O loirinho dá meia-volta e segue a trote, com seu gingado inconfundível, em direção à saída do escritório. E Steven corre atrás do parceiro, deixando para trás uma havaiana vidrada no computador.

Alguns minutos depois, Danny batia na porta de uma casa malcuidada, impaciente. O detetive intrépido não desistiu, batendo de novo, e de novo. De longe, no camaro onde estava aguardando, Steven observou a porta finalmente se abrir e Toast atender enrolado de qualquer forma em um edredom com o cabelo desafiando a gravidade em uma proeza que McGarrett acreditou fosse um dom que apenas os Williams possuíssem. O hacker despenteado e o detetive trocaram algumas palavras, alguns gestos exasperados provieram de Danny, e o loirinho entregou um pequeno bilhete onde estava escrito o endereço eletrônico. Toast passou os olhos pelo papel e desatou a gargalhar.

"Pronto. Está fora do ar", o homem de Nova Jérsei irradia satisfação ao confirmar na tela de seu computador que a página McDanno deixou de funcionar.

"Você destruiu o trabalho de centenas de escritores amadores que se esforçaram por aquelas histórias," McGarrett replica, nada impressionado enquanto permanece estirado no sofá do gabinete de Williams, os tornozelos e os dedos das mãos cruzados despreocupadamente.

Danny gira na cadeira com um dos cotovelos sobre a mesa. Umedece levemente o canto da boca, intrigado: "Então você não se importa? Não se importa que Grace e outras pessoas leiam sobre como eu prenso você contra a parede e faço aquelas coisas que eu nem conheço o nome?"

"É apenas ficção, Danny. E do pouco que eu li, quem fazia o papel de prensar era eu."

O detetive fica sem palavras por um segundo. "Você está se aproveitando dessa situação ridícula pra afagar o seu ego?" questiona algo entre admirado e aborrecido, "Eu não acredito que isso é só mais uma oportunidade pro seu complexo de controle se manifestar".

Steven, como resposta à discussão do parceiro, apenas dá de ombros. Nesse momento, Kono chama-os da porta envidraçada da sala informando que o Five-0 está sendo destacado para investigar mais um crime. Os dois levantam-se para começarem o trabalho, e Williams não deixa de comentar que a mente do SEAL é um achado que deve ser estudado, que ele ainda tem o telefone daquele psiquiatra, que o moreno não deve esperar o sintoma do ego excessivo progredir ainda mais do que isso.

E assim os dois continuam com suas rotinas. Naquela noite, e nas seguintes após o trabalho, Danny tenta usar a insaciável curiosidade que corre em sua família como justificativa para a biblioteca que, em vez de ter sido apagada, está salva em uma pasta dentro de uma pasta dentro de outra pasta em um canto escondido na memória de seu smartphone - impressionante como esses aparelhos se parecem cada vez mais com computadores mantendo a portabilidade de um telefone, isso é perfeito para uma leitura eventual, algo para matar o tempo enquanto se espera o jantar aquecer, ou o sono chegar, curiosidade passageira. As histórias são ridículas. A curiosidade vai passar.

Ele havia guardado os contos por impulso durante a rápida pesquisa preliminar que fizera antes de levar as fanfictions ao conhecimento dos colegas no Five-0. Só que depois que Toast tostou a página McDanno, seu dedo simplesmente não encontrava o botão delete, e Danny não queria se preocupar pensando se haveria um porquê além daquele que matara o gato. Ele alterou o título dos arquivos, é claro, o que faria se algum de seus colegas descobrisse que ele andava por aí com dúzias de contos amadores sobre ele e o SEAL que mais se parecia com um modelo fotográfico? - palavras de McD_Love, por mais que Danny concordasse.

Mas quanto mais Danny lia, menos sono ele tinha. E McD_Love escrevia muito bem. Ok. Talvez fosse impossível dissimular para si mesmo por tanto tempo, como ele gostaria de fazer. Talvez ele estivesse gostando das histórias após alguns dias de leitura. Mas então era isso, gosto pela leitura não usual. Seu interesse não tem nada a ver com o corpo sarado do comandante sendo descrito e explorado de tantas formas quanto as cores das calças cargo que o moreno possui - Danny reassegura isso a cada cinco minutos, e passa para a próxima fic.

Mal sabe ele que não é o único a guardar um diretório secreto em seu dispositivo eletrônico.

x

A semana recomeça. Danny tem que esperar até o próximo dia de visita para ter com Grace a conversa que ele odiaria ainda mais do que a vez em que tentou explicar como a atenção daqueles garotos ao redor dela não resultaria em algo surgindo de um repolho, que o que eles pretendiam com aqueles convites para a festa-da-piscina de Janine envolvia uma versão sórdida que nada tinha a ver com uma cegonha, e sim com minutos de alegria que não justificavam a dor bíblica prevista para o final dos nove meses seguintes. Na conversa, antes que o loiro pudesse encerrar o ensaiado discurso de pai, cuja elaboração havia lhe ocupado os horários de almoço de semanas, Grace ofereceu os prós e contras dos métodos contraceptivos existentes e explicou ardorosamente todas as alterações fisiológicas pelas quais ela tinha que passar todos os meses enquanto seus amigos só precisavam fazer a barba, e que qualquer pessoa que subestimasse a injustiça disso era idiota.

O detetive suspira imaginando o que mais a filha teria para lhe ensinar desta vez. E os dias se passam em mais uma semana calma - o que Danny não sabe se é bom ou ruim, pois isso lhe deixa mais tempo para ler. Como nos dias anteriores, o loiro vai para o trabalho pelo caminho usual e passa pelos pontos usuais que como usualmente estão repletos de turistas e nativos de corpos esculturais. Tudo é estupidamente radiante naquela ilha, e Williams sente falta da poluição e do cinza, sente falta da capacidade de esconder suas olheiras com mais facilidade quando o ambiente não é tão alegre e relaxado. Ignorando isso, ele pensa durante o trajeto da garagem até a sede do Five-0 como é estranha essa sensação: agora que ele sabe sobre as histórias, qualquer sorriso, qualquer risada ou olhar na sua direção denuncia um leitor em potencial, alguém que pode ter usado suas horas livres na noite passada para se divertir lendo sobre momentos quentes fictícios entre o detetive e o comandante, exatamente como ele fez. E naqueles momentos, os dois aparentemente são máquinas sexuais insaciáveis - algo que sua mente lógica treinada não consegue conceber, não na magnitude das histórias. Porque seria até aceitável possuir o colega em cima da mesa do escritório envidraçado e "miraculosamente" não serem vistos por ninguém - Danny perdeu a conta de quantas vezes leu isso. Agora, realizar tal façanha cinco vezes, sem qualquer descanso ou um copo de água para repor todo o suor que já teria deixado qualquer ser humano normal em estado comatoso é exagerar do ridículo.

Falando nisso, "ridículo" é um termo amplamente utilizado no universo fanfiction. Universo onde McGarrett é ridiculamente atraente, seu físico torneado é ridículo de tão perfeito, seus olhos são azuis e verdes e castanhos e uma ridicularidade de cores que Danny sabe desde o primeiro dia de trabalho que são um exagero para o nome da cor "avelã". E enquanto cumprimenta o comandante no início do expediente, Danny tenta expulsar da cabeça aquela ridiculeza de adjetivos. Precisa limpar sua mente antes de poder responder. Steve é lindo. Ponto. Seus olhos são avelã. Ponto. "Bom dia!"

"Bom dia. Acabamos de ser chamados", o moreno responde apanhando as chaves do camaro das mãos do loirinho. Que ótimo início para uma sexta-feira.

"Homem branco, trinta anos. Foi esfaqueado nas costas. Não encontramos identificação e não há testemunhas. A hora aproximada da morte foi entre as onze e meia-noite de ontem", Chin informa de maneira prática aos colegas que chegam ao local do crime. "A carteira da vítima foi encontrada com o dinheiro, mas sem os documentos", enquanto seu primo explica a situação, Kono aproxima-se do corpo, os olhos vidrados na solitária flor de hibisco marcada como prova ao lado do homem estirado no chão daquele beco. A policial ajoelha-se ao lado de Max, o legista, que neste momento está abrindo a boca da vítima e retirando dali um pequeno bilhete que estava dobrado e fora depositado na garganta do homem.

"Você está bem?" Steven interrompe a conversa com Chin para perguntar, os colegas observando o rosto da havaiana ficar ainda mais sério quando ela lê as letras do papel nas mãos de Max, que formam a palavra haole. O legista entrega a ela o papelote agora preservado em um pacote de evidências, e a morena fica de pé. "Eu já vi essa situação antes. Um assassino em série ataca turistas que desrespeitam a cultura da ilha. Ele deixa para trás uma flor e faz a vítima engolir o bilhete."

"Nunca ouvi falar desse assassino" Chin comenta.

A policial não altera seu rosto preocupado: "Este é o problema. Eu li isso naquele site de fanfiction."

- festival: primer, - publicaciones: fanfictions, fandom: hawaii five-0

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