Grannys - parte 1.

Apr 03, 2008 23:45

Hoje fui a casa da minha avó, 10 anos depois de ela ter falecido. Foi a segunda vez que lá fui, nestes anos todos. Não gosto de lá voltar, mas soube que querem vender a casa e fui lá despedir-me dela e trazer algumas coisas para o meu cantinho.

Tirei muitas fotografias, revivi muitas coisas... Vou mostrando pouco a pouco, até para os posts não se tornarem muito pesados.












O estendal que eu achava fascinante porque acabava "lá longe". Pedi muito que a 'vó me estendesse juntamente com as roupas e me pusesse lá em cima a balouçar e deslizar, mas ela nunca me "passou cartão".




As escadas que eu descia a correr todas as manhãs, para horas e horas de brincadeira no quintal. Caía muito em miúda e estas devem ter sido as únicas escadas onde tal nunca sucedeu.




A casinha das ferramentas e das tralhas. Guardava lá o triciclo e alguns brinquedos. Pouco lá entrava.




A janela do meu quarto e a da casa-de-banho, que dão para o quintal.




A mangueira com que me banhava todos os dias, ao final da tarde, todo o santo Verão.




A segunda casinha das máquinas e das ferramentas, debaixo das escadas. Nesta nunca entrei por ser muito escura e eu achar sempre que lá vivia um monstro qualquer.




Tantas e normalmente doces. Enquanto a minha avó foi viva poucas laranjas deu, porque ela estava sempre a cortar ramos e "aparar a árvore".




Rosas que nem sei donde vêm.




Isto não fazia parte do cenário (que, escusado será dizer, está evidentemente destruído depois de 10 anos de abandono).




Dentro da primeira casa das ferramentas.







O chão onde aprendi a andar de triciclo. Hoje parece (e é) minúsculo, mas na altura eu fazia ali circuitos que nunca mais acabavam, à volta da laranjeira e acompanhando o canteiro das flores.







Janela da cozinha.




Despejos dos vizinhos dos andares de cima.



















A torre do sino da igreja, com que fantasiei durante anos: tanto era a torre onde vivia uma princesa adormecida, como uma prisão onde muitos meninos agonizavam, como ainda uma espécie de torre-militar (esta última fantasia terá sido provavelmente ajudada pelo soar da sirene dos bombeiros ao meio-dia).




A antena da vizinha.

Horas e horas e horas e dias e semanas e meses e anos a brincar neste quintal.

P.S.: Vivi nesta casa, com a minha mãe e a minha avó, até aos meus 5 anos.
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