Oct 10, 2007 15:05
Titulo:Something I Never Had
Gênero: Romance/Yoai
Personagens: Aoi, Uruha
Censura: +18
Sinopse: “Ser um astro de rock tinha suas vantagens e desvantagens.
As vantagens eram que você conseguia tudo de material e carnal que queria.”
Direitos: Um belo dia eu estava andando pela rua o.o e encontrei um cara engravatado todo perdido /hm, ai eu o ajudei e ele em troca de eu ter salvado a vida dele 8D me deu um monte de papeis de ações o.o e entre esses papeis tinha os direitos totais e completos sobre os gazeboys /ó_o, ou seja, eles são tooooodos meus ESB *sonha*
One Shot
Aoi POV
- Ah... Aoi-san... isso foi incrível... - ouvi a garota murmurar entre ofegos assim que me deitei ao seu lado, suado e cansado, após algumas longas horas de sexo.
Me sentei na cama, ainda nu, pegando meu maço de cigarros que estavam sobre o criado mudo, colocando um em minha boca e logo o acendendo, tragando profundamente, sentindo a sensação gélida que a menta presente em meu cigarro proporcionava.
Respirei fundo e perdi meu olhar em um ponto qualquer a minha frente, enquanto a garota em minha cama acariciava minhas costas levemente.
- Algo errado? - ouvi ela perguntar, sentindo o seu olhar sobre minhas costas.
Eu apenas ri baixinho, negando com a cabeça.
Se havia algo errado talvez fosse uma pergunta vaga para mim naquele momento, pois nem ao menos me lembrava do nome da garota com quem eu havia acabado de transar. As únicas coisas que sabia dela era que havia ganhado um concurso e que era, como todas sempre dizem, nossa fã numero 1. E eu apenas a achei atraente, não sendo dificil a arrastar para o meu quarto no hotel em que estávamos hospedados e saciar o meu tesão por aquela noite.
Suspirei me levantando e caminhando lentamente até o banheiro.
- Não se esqueça de pegar tudo que é seu... - disse para a garota, que permanecia nua sobre minha cama, antes de me trancar no banheiro para um longo banho.
Assim que fechei a porta, rumei até o chuveiro, ligando a ducha em uma temperatura não muito quente e nem muito fria, me colocando em baixo do jato d’água em seguida, fechando meus olhos enquanto a água limpava o suor presente em meu corpo.
Esperava que quando saísse do banho a garota já tivesse ido embora, não estava com muita disposição de conversar e explicar que tudo não passara de uma simples noite sem compromisso nenhum e que eu não era o príncipe encantado em um cavalo branco que ela pensava.
Isso sempre se repetia quando eu decidia ficar com alguma garota por uma noite. Todas pensavam que eu era um príncipe encantado, que logo após uma transa selvagem as pediria em casamento e viveríamos um sonho brilhante e perfeito.
As coisas sempre foram assim, sempre... e isso estava começando a me cansar.
Ser um astro de rock tinha suas vantagens e desvantagens.
As vantagens eram que você conseguia tudo de material e carnal que queria.
Sexo, mulheres, carros, guitarras... tudo ao meu alcance quase sem nenhum esforço.
Mas o que eu realmente queria fazia parte das desvantagens. Eu queria carinho verdadeiro, companheirismo e principalmente... amor.
Eu era realista e não acreditava que nessas minhas noites de luxuria eu encontraria alguém que realmente me amasse, que não amasse o Aoi dos palcos, pvs e sessões de fotos.
Mas mesmo não acreditando, eu ainda tinha aquela esperança tola de que um dia eu encontraria alguém que me amasse pelo que eu sou, sem maquiagem, roupas bonitas ou efeitos, que amasse apenas Shiroyama Yuu e não o Aoi guitarrista do the GazettE.
Um sonho meio utópico, talvez impossível.
Ergui minha cabeça, sentindo a água bater em meu rosto de uma maneira relaxante.
Analisando todos os meus 28 anos de vida, cheguei a conclusão de que nunca amei alguém de verdade. Já havia amado loucamente, fervorosamente, mas nunca de uma maneira verdadeira e devotada, tanto que todos esses amores se dissiparam, voltando ao nada de onde eles surgiram.
Triste... ter quase 30 anos e apenas viver de relacionamentos e coisas fúteis e superficiais, amores de uma noite, apenas por instinto.
Talvez eu não tenha nascido para amar e ser amado verdadeiramente.
Desliguei a ducha, saindo do boxe, alcançando uma toalha e começando a me secar.
Precisava me arrumar para poder descer, já que hoje iríamos para outra cidade, então eu não poderia me atrasar.
Assim que constatei que estava completamente seco, enrolei a toalha em minha cintura e sai do banheiro, deixando o vapor que estava no cômodo se dissipar porta a fora.
- Ainda não foi embora? - perguntei mal humorado, ao ver que a garota continuava deitada em minha cama exatamente como eu a havia deixado minutos antes.
- Queria te esperar pra...
- Não temos o que conversar. - interrompi, andando até minhas malas e pegando algumas peças de roupa - Foi apenas uma noite, nada demais.
Ouvi a garota suspirar pesadamente, parecia que ia começar a chorar.
Droga, por que todas tinham que agir assim?
Depois de um tempo a ouvi se mexer até a beirada da cama, finalmente começando a se vestir.
Nos vestimos em silencio, eu estava muito mal humorado para ser gentil e manter uma conversa qualquer naquele momento.
Assim que a garota terminou de se vestir, ela pegou seus pertences e andou a passos largos até a porta, saindo do meu quarto sem nem ao menos se despedir.
Eu não a culpava, sabia muito bem que a minha atitude tinha sido uma das mais intragáveis.
Calmamente voltei até o banheiro, parando a frente do espelho e ajeitando os meus cabelos, logo saindo do cômodo, pegando meus óculos escuros, cigarros e celular que estavam no criado mudo e saindo do quarto.
- Mais uma pra sua coleção? - ouvi uma voz levemente rouca e zombeteira as minhas costas, assim que fechei a porta e parei no corredor.
- Bom dia pra você também Uruha. - respondi mal humorado, me virando para o loiro que sorria alegremente, como se tudo no mundo fosse lindo.
- Ihhh pelo visto a transa não foi boa... - disse o loiro parando ao meu lado e me olhando agora com um sorriso leve nos lábios e logo começando a me acompanhar indo em direção aos elevadores.
Às vezes Uruha me deixava loucamente irritado, apenas com seu jeito brincalhão e sorrisos soltos que só ele tinha. Sorrisos largos, pequenos, felizes e triste, todos sempre combinando muito bem com aqueles lábios e rosto delicado.
Ah aqueles lábios carnudos, aquela pele branca aparentando ser tão macia...
Ei! O que eu estou pensando?
Neguei levemente com a cabeça, piscando com força, agradecendo mentalmente estar de óculos escuros o que impediam que Uruha visse o quanto eu estava o encarando naquele momento.
Não conseguia entender o que em Uruha me chamava tanto a atenção, fazendo, às vezes, eu me perder horas apenas o observando, analisando seu comportamento e atitudes.
Eu não poderia negar que Uruha era uma composição de obscenidades, todas se encaixando com perfeição, o que o tornava uma pessoa completamente irresistível, até pra mim.
O jeito que ele olhava e sorria pra mim me faziam sentir feliz e um calor gostoso me atingia e isso sempre acontecia desde que o conheço.
Suas brincadeiras e seus toques involuntários, faziam com que um desejo que eu mantinha preso se revelasse dentro de mim de uma maneira que, às vezes, pensava que não conseguiria controlar.
E tudo piorou após aquele beijo insano e irresponsável que ele me dera durante o ultimo show da nossa turnê anterior.
Eu me pegava com mais freqüência pensando no loiro, até chegava a sonhar com ele, sonhos eróticos e românticos.
E eu era maduro o suficiente para admitir, que mesmo ele sendo um homem, eu o desejava demais.
Sei muito bem que eu o magoei profundamente com as coisas que disse nas entrevistas para explicar o tão falado beijo. Disse que não havia gostado nem um pouco da atitude do mais novo e que o beijo não havia significado nada.
Mas na verdade eu tinha amado o toque daqueles lábios tão perfeitamente desenhados nos meus, aquele toque macio e delicioso.
Algumas das minhas noitadas com garotas estranhas, às vezes garotos, eram apenas um escape, para que eu pudesse esvair meu tesão pelo guitarrista loiro, que me visitava sempre em meus sonhos, fazendo com que meu desejo por ele aumentasse mais e mais.
Só que eu sabia que ele não nutria nada por mim a não ser um desejo bobo e infantil e o pior de tudo é que eu não podia julga-lo.
Por respeito a nossa a amizade, tão apreciada por mim, eu conseguia controlar meu desejo com vigor, pois já sabia que, após uma noite, esse desejo sumiria assim como todos os outros.
Eu tinha noção de que não amava Uruha, não o suficiente para que tudo não passasse apenas de uma noite.
- Terra para Aoi. - ouvi o mais novo chamar balançando a mão na altura dos meus olhos, fazendo com que eu saísse de meus devaneios - Vou deixar você ai. - continuou ele me olhando com um sorriso enquanto segurava a porta do elevador, evitando que este saísse do andar.
Eu apenas ri baixinho negando com a cabeça enquanto entrava elevador adentro assistindo as portas se fecharem a nossa frente.
- Ainda muito mal humorado? - perguntou o loiro se recostando em uma das paredes do elevador, cruzando os braços e me olhando de cima a baixo.
- Você sabe que essas garotas sonhadoras e infantis me irritam, não é? - perguntei, retribui o olhar que o guitarrista mais novo me lançava.
- Você deveria parar com essas noitadas com desconhecidas Aoi... - disse ele em resposta fechando os olhos e suspirando - Vai acabar arranjando grandes problemas. - continuou abrindo novamente os olhos e me olhando seriamente.
- Olha quem fala. - disse o olhando com um sorriso leve nos lábios - Como se você também não levasse desconhecidos para o seu quarto.
Apesar de ser mais discreto que eu, Uruha sempre levava desconhecidos, na maioria homens, para o seu quarto nos hotéis onde ocasionalmente ficávamos. Normalmente o loiro os dispensava assim que se sentia satisfeito, não deixando o “parceiro” em questão ficar a noite toda com ele para que assim não chamasse a atenção.
- Eu tomo mais cuidado que você. - rebateu ele me retribuindo o sorriso, só que o seu sorriso era ligeiramente tristonho.
Eu sabia que Uruha se sentia ligeiramente triste quando eu tocava nesse tipo de assunto com ele. E eu, quando o via sorrir desse jeito, acabava ficando triste também, principalmente por saber que a causa daquela leve tristeza eram as minhas palavras rudes e descuidadas.
- E então? - comecei, também me recostando em uma das paredes, ficando de lado para o loiro, mantendo um sorriso gentil nos lábios - Como foi a sua noite? - perguntei o olhando atentamente e o vendo rir gostosamente.
- Ah... Aoi... - disse ele assim que suas risadas diminuíram - Você só sabe falar sobre isso? - perguntou entre risos, só que estes mais leves.
- Ora, você já soube que a minha não foi agradável... - respondi dando de ombros - Agora quero saber como foi a sua. - continuei olhando o mais novo de cima a baixo.
E, Deus, como ele podia ser tão sexy apenas vestindo jeans e uma camisa simples?!
- A minha foi tranqüila... - respondeu ele finalmente, com um sorriso singelo nos lábios - Dormi bem a noite inteira.
- O que?! - perguntei surpreso erguendo uma sobrancelha - Você não...
- Não tenho mais feito isso Aoi. - interrompeu ele olhando para o chão ligeiramente constrangido - Não vejo mais graça em ter pessoas diferentes ou pular de cama em cama toda a noite. - continuou o loiro olhando um tanto perdido do chão até a porta do elevador.
Não sei porque, mas ver Uruha daquele jeito me deu um aperto no peito tão grande, que quase me tirou o ar.
- Mas o que...? - murmurei voltando minha atenção para a luz, que ficava no centro do teto do elevador, que começou a piscar freneticamente.
Com um solavanco forte o elevador parou e as luzes se apagaram, nos deixando em uma semi-escuridão.
- Mas o que aconteceu? - perguntou Uruha assustado, olhando para os lados, se segurando fortemente nas paredes do elevador.
- Deve ter sido uma queda de energia... - respondi calmo me endireitando, o solavanco foi tão forte que eu quase havia caído ao chão, indo em direção ao painel para poder usar o telefone de emergência.
Assim que alcancei o aparelho, o tirei de sua base e disquei o numero que indicava ser o da recepção. Não havia resposta. Disquei novamente, já estava começando a ficar assustado, e nenhuma resposta novamente.
- E... e então? - perguntou o mais novo se aproximando, dava pra ver claramente que ele estava totalmente assustado.
- Nenhuma resposta. - respondi voltando a colocar o aparelho no gancho, logo depois alcançando o celular em meu bolso - Vou tentar ligar para o Kai. - disse abrindo o aparelho, discando o numero do baterista e o colocando no ouvido.
Fechei os olhos com força ao ouvir o barulho irritante do celular, avisando que o mesmo estava sem sinal.
- Esta com o seu celular ai? - perguntei a Uruha, este começou a procurar o aparelho afoito em seus bolsos, logo me estendo-o com as mãos ligeiramente tremulas.
Com o aparelho em mãos, voltei a discar o numero do baterista, só que dessa vez não recebi nenhuma resposta de que a chamada estava sendo feita ou simplesmente se havia sinal, tirei o celular de meu ouvido e olhei no visor, este estava apagado indicando que o mesmo estava desligado. Apertei o botão tentando ligar o aparelho, mas este apenas acendeu levemente o visor com as palavras “Bateria insuficiente, por favor, re-carregue.” piscando insistentemente.
- Você deveria carregar o seu celular de vez em quando. - disse em tom zombeteiro devolvendo o aparelho ao dono - Às vezes é útil...
- O QUE? - perguntou Uruha alterado segurando o aparelho nas mãos e andando para trás completamente assustado, batendo com certa força as costas nas paredes do elevador.
- Calma Uruha. - disse assustado, ao ver o desespero do mais novo.
- CA... CALMA? - perguntou ele me olhando com os olhos ligeiramente arregalados - Vo... você não tem medo de lugares fechados, não é?! - pergunto novamente em um tom mais controlado, deslizando as costas pela parede, aonde estava encostado, até atingir o chão se encolhendo como uma criança assustada.
- Não, não tenho... - respondi em um tom gentil ao notar que o mais novo não estava brincando, andando até ele e me ajoelhando a sua frente - Vai ficar tudo bem, logo vamos sair daqui...
- Como você sabe?! - perguntou ele me olhando com um medo totalmente palpável.
- Porque quedas de energia são completamente normais... - respondi me sentando ao lado do loiro e passando um de meus braços pelos seus ombros, o abraçando carinhosamente - E este elevador não vai cair, ele é completamente seguro.
- E se nós morrermos aqui? - perguntou ele em um tom choroso.
- Não seja bobo Uru... - respondi, fazendo uma leve caricia nos fios loiros do outro guitarrista - Não vamos morrer aqui...
- Tem... tem tanta coisa que eu queria fazer... - disse ele, ainda com aquele tom choroso.
- Não vamos morrer aqui Uru. - repeti o olhando com carinho.
Por alguns minutos, me permiti apenas admirar Uruha naquela posição tão indefesa, ele ficava tão lindo daquele jeito... e só tinha vontade de abraça-lo e protege-lo com todas as minhas forças.
- Pelo menos... - começou ele, abraçando as próprias pernas e escondendo metade do rosto entre os joelhos - Eu consegui fazer o que sempre quis... - continuou, dando um longo suspiro e eu consegui ver um leve sorriso em seus lábios perfeitos.
- O que Uru? - perguntei carinhoso, mantendo as caricias em seus cabelos e o olhando de maneira terna.
- Beijar você. - respondeu ele erguendo a cabeça e me olhando com... amor?
- O... que? - perguntei confuso, afinal o que estava acontecendo com ele?
- Você até pode ter pensado que eu apenas agi por impulso naquela hora... - disse ele calmamente, desviando o olhar de mim e o perdendo a nossa frente - Mas... eu sempre quis te beijar Aoi, sempre... - continuou ele suspirando novamente - Só que eu nunca tive coragem de nenhuma aproximação, já que eu sei que você não gosta de mim do jeito que eu gosto de você...
Mas... do que ele estava falando?
Eu permaneci calado, anestesiado com as palavras que o mais novo estava dizendo.
Uruha... me amava?
Não... eu só posso estar entendendo errado...
- Do... que esta falando Uru? - perguntei, hesitante o olhando profundamente confuso.
- Que... - começou ele levando as mãos até os meus óculos, os tirando do meu rosto e me olhando profundamente - Eu sempre te amei Aoi, sempre te desejei, desde que nos conhecemos você foi sempre a pessoa que eu quis pra mim, para ter do meu lado.
A cada palavra dita pelo guitarrista, minha boca foi-se abrindo lentamente e minhas palavras foram sumindo.
Como Uruha poderia me amar?
Isso não era possível.
- Uru isso não é...
- É completamente possível Aoi. - interrompeu ele, voltando a perder o olhar a sua frente - Desde o dia em que te beijei naquele palco, eu não consigo mais mascarar o meu desejo por você usando outras pessoas, por isso as minhas noitadas com desconhecidos acabaram. - continuou, voltando a esconder metade do rosto entre os joelhos - Eu sei muito bem que você não me ama Aoi, não sou um tolo sonhador e nutre esperanças infundadas...
- Não fale essas coisas Uruha! - o interrompi, ligeiramente alterado o assustando.
- Eu... sinto muito Aoi... - disse ele abaixando a cabeça tristemente - Deveria ter ficado calado...
- Não, não é isso! - disse o segurando pelos ombros, o forçando a ficar de frente para mim - Não diga que eu não te amo sem nem ao menos saber realmente como eu me sinto! - continuei nem tendo noção direitas das minhas palavras.
Talvez ali estivesse a resposta, a resposta para todo aquele desejo contido, todo aquele ciúme retraído que sentia em relação ao loiro, toda a dor que ele me trazia assim que o via com outra pessoa...
Então estava ali... o tempo todo e eu não fui capaz de enxergar.
Eu o amava.
O amava com todas as forças e nunca havia notado.
Como eu era patético.
- O que quer dizer Aoi? - perguntou ele me olhando com um misto de curiosidade e susto.
- Que... - comecei soltando os ombros do mais novo e levando minhas mãos até o rosto dele, o segurando com carinho - Sou malditamente apaixonado por você, sempre fui Uruha, só sou cego e burro por não ter enxergado nada disso antes...
- Vo... você esta mentindo... - murmurou o loiro, abaixando o olhar - Não precisa mentir pra mim, para evitar que eu me machuque Aoi... - continuou ele voltando a erguer o olhar e seus olhos estavam brilhantes e com algumas lagrimas se formando.
- Não estou mentindo Uru... - disse, encostando nossas testas - Nunca mentiria sobre isso apenas para aliviar a dor de alguém, jamais mentiria sobre os meus sentimentos...
- Então quer dizer...?
- Eu te amo Kouyou. - respondi antes mesmo que ele terminasse a pergunta, o olhando fundo nos olhos e sorrindo levemente, assistindo o loiro abrir um largo sorriso e algumas lagrimas finas deixarem seus olhos bonitos.
Aos poucos, fui diminuindo o espaço entre nós, tomando aqueles lábios perfeitos e tão desejados com os meus, os beijando devagar e sem malicia, apreciando aquele sentimento bom e quente que me tomava conforme o beijo foi se aprofundando. Atrevidamente, Uruha lambeu meus lábios de leve, um pedido mudo para que eu deixasse aprofundar aquele beijo lento e calmo, eu não neguei o seu pedido, abrindo minha boca ligeiramente, deixando com que o mais novo a invadisse, quase que violentamente, sentindo uma de suas mãos ir até minha nuca, agarrando meus cabelos e os puxando de leve.
Deus como o beijo dele era maravilhoso.
Conforme meu fôlego se esvaia, fui diminuindo o ritmo, dando leves beijos nos lábios, agora ligeiramente inchados, do guitarrista mais novo.
- Não sabe... o quanto eu desejei e esperei por isso... - disse Uruha entre ofegos, mantendo os olhos fechados e fazendo leves caricias em minha nuca.
Sorrindo, voltei a me recostar na parede do elevador, me sentando ao lado de Uruha e o puxando para que este se encostasse em meu peito.
E aquela sensação era a coisa mais maravilhosa que eu já havia sentido.
Ficamos assim, em silencio e trocando caricias inocentes por um tempo, até que a luz do elevador voltou a piscar até se estabelecer e o mesmo voltasse a andar.
Não nos mexemos, apenas nos levantando quando o elevador chegara ao térreo, saindo do mesmo e dando de cara com Kai, completamente pálido e preocupado.
- Vocês estão bem? - perguntou o moreno afoito parando a nossa frente.
- Não podia estar melhor. - respondi olhando para Uruha e sorrindo bobamente, vendo o loiro abaixar a cabeça sorrindo constrangido.
Kai olhou de mim para Uruha algumas vezes, tentando absorver no ar o que estava acontecendo entre nós.
- Afinal... o que aconteceu Kai? - perguntei ao moreno, discretamente levando minha mão até as costas de Uruha a acariciando levemente, o vendo corar e sorrir alegremente.
- Um maluco acertou um poste aqui na frente, quase acertando o nosso ônibus. - respondeu o baterista, ligeiramente nervoso - Todo o quarteirão ficou sem energia.
- Ahh... - murmurei tentando parecer interessado, puxando Uruha para um pouco mais perto.
- Bom... vou ver como andam as coisas lá fora. - disse Kai começando a andar - Não demorem muito.
- É melhor não fazer essas coisas em publico... - disse Uruha me olhando carinhosamente com um belo sorriso - Podem desconfiar...
- Que pensem o que quiserem... - disse o puxando para mais perto, quase o juntando ao meu corpo - Eu não ligo para o que as pessoas pensam, só não quero ficar longe de você, nem por um minuto...
Uruha riu baixinho negando com a cabeça, tirando minha mão de suas costas, a levando aos lábios e dando um beijo leve e rápido, evitando o olhar de curiosos.
- Arigatou Uru... - murmurei o olhando nos olhos, estava me sentindo tão feliz com tudo aquilo.
- Pelo que? - perguntou o loiro curioso, começando a andar para o fora do hall de entrada do hotel, sendo seguido de perto por mim.
- Por me amar. - respondi sorrindo, o vendo parar de súbito me olhando confuso.
- Não tem do que agradecer, Yuu... - disse o loiro sorrindo voltando a andar, logo entrando em nosso ônibus e se aconchegando em algum lugar.
Eu o segui e o observei, notei o quanto estava feliz e aquilo me fez sentir a pessoa mais alegre e satisfeita do mundo.
Finalmente eu havia encontrado a pessoa que me amaria pelo que eu sou e o irônico de tudo isso era que ele sempre esteve ali, ao meu lado.
Uruha não tinha idéia do que havia feito por mim, ele tinha me dado o maior de todos os presentes.
Caminhei lentamente e me sentei ao seu lado, o envolvendo em meus braços e dando um leve beijo em seu pescoço alvo e esguio.
- Aishiteru Yuu... - sussurrou ele baixinho, deitando em meu ombro e se aninhando em meus braços.
Eu apenas sorri, fazendo carinho em seus cabelos loiros, perdido em todos os sentimentos que eu estava sentindo.
- Watashimo Uru... - murmurei, apertando meus braços em torno do corpo do mais novo, lhe dando um leve beijo em sua testa.
E era engraçado me sentir assim, tão completo e apaixonado.
E ele não sabia o quanto isso significava para mim, já que ele me deu algo que eu nunca tive...
FIM 8D
OBS: Fic dedicada a minha amada Susu :3, pq ela é a fonte da minha inspiração ;-;, te amo amada ;_; obrigada por tudo, principalmente pelas fics lindas que você escreve <333
yaoi,
fic,
gazette