Deve ser a época...
Sim! Estamos deveras empolgadas com LJ! Wooho!
Enfim. Lendo Mongólia, de Bernardo Carvalho, pareço estar mais uma vez diante de um testemunho (ainda que fictício) de que carreiras diplomáticas são nômades e infelizes. E lá vamos nós para rumo nenhum... OUTRA VEZ srta. Emily.
E um lápis no olho de pessoinhas prepotentes. Mas que idéia maluca de se achar que já estamos todos prontos para o tal "todo-o-sempre" futuro! Chega a ser patético.
Deve ser a época. Deve ser o inverno que me deixa assim, sentindo muito frio, vendo paisagens em tons de cinza, ouvindo vozes distantes que nunca dizem mesmo nada. Pensando coisas demais. E preferia não as ter aqui. Comigo.
Deve ser a época. Deve ser o final de julho que é sempre frio, aconchegante, cinzento, meio triste que faz com que tudo fique assim, agridoce.
Parece que eu não sou daqui, é essa a sensação. A de que não sou daqui mas eu nem mesmo sei de onde sou para desejar estar lá.
Lá? Ali? Aí?
E os meus sonhos tão malucos? Sonho com bombas, sonho com flores, sonho com quedas, sonho com medos, sonho com sorrisos que eu nunca identifico de quem são. Sonho com lugares do meu passado e com pessoas que nunca vi, assumindo papel de outras. Sonho com o Chris O'Donnell (?!). É tudo tão estranho, lento, frio, quase vazio.
Mas deve ser só a época.
É.
E de tanto tentar capturar o sol, fico triste por não saber brilhar.