Título: The Real Reason Why Pat Owns Kennedy $20
Autora:
wantadonut Pairing: Garrett Nickelsen/Patrick Kirch
Gênero: Romance
Censura: PG-13
Disclaimer: Nada meu, não aconteceu e não ganho nada com isso. Só possuo o enredo.
N/A: Fic feita para a
jephagirl linda. Nosso bandom, nosso ship. Tudo nosso q
Dentro da loja de conveniência, Garrett tenta ao máximo evitar seus colegas de banda. Não é por mal, é apenas uma necessidade de ficar sozinho e esfriar sua cabeça. Por que, algumas horas antes, algo muito estranho havia acontecido.
E ele não quer e não pode se lembrar disso. Caso contrário, o que Kennedy Brock chama de ‘meu nariz’ não existirá. E Garrett não quer ter que fazer isso.
Então, por enquanto, ele está apoiado na parede branca da loja, comendo uma barra de KitKat. Sua mochila está no chão, apoiada ao seu lado protetoramente, por que dentro dela há coisas que os outros não podem ver. Coisas preciosas, sem valor real algum. Se a mochila fosse maior, uma bagagem de viagem internacional, ele conseguiria colocar a coisa mais preciosa para ele ali dentro. Mas ele ainda não sabe quem essa pessoa é. Ou sabe, mas não quer que seja a pessoa que ele desconfia ser.
“Garrett, vamos! ‘Tá na hora.” Aaron, um dos roadies, o chama para partirem. Ele não quer ir, mas se alguém foi procurar por ele, então realmente significar ir embora.
Ele coloca sua mochila nas costas e vai até o caixa, pagando o que consumiu. Ele vê que a movimentação ali fora está grande, Patrick e Kennedy sendo o centro dela. Iria preferir muito mais se a pessoa causando alvoroço fosse John. Por que John sempre faz as coisas certas. Ele vê que Aaron está indo até a van, então lhe entrega a mochila.
“Coloca no meu lugar, eu já vou.” Ele não fala por favor, nem obrigado. Mas todos sabem que esse é seu jeito, e que mesmo sem falar, sua educação está nas entrelinhas.
Ele se aproxima de seus amigos, parando ao perceber que quem está mais perto dele é Pat. Ele não quer evitá-lo descaradamente, mas não sabe ser amigável ou suportá-lo quando está tão irritado. É uma tarefa difícil - não brigar com Patrick o tempo todo - então quando está em um estado tão nervoso, o melhor é ignorar a presença do baterista. Mesmo que isso muitas vezes pareça impossível, já que sua atenção está 90% do tempo virada para Patrick Kirch.
“Ei Kenny, eu te dou 20 dólares se você for ali naquele carro, sentar lá com aquelas mulheres e conversar com elas.” Patrick está rindo, ele está em um de seus momentos em que sua criança interior se aflora mais do que o normal. Garrett tem vontade de sorrir, mas a vontade maior que tem é de segurar seu pescoço e apertar até que ele pare de ser tão infantil.
Ele não vai fazer nenhum dos dois, felizmente.
“20 dólares? Mesmo? Ok. Eu faço.” Kennedy adora ter a atenção de Pat, isso é óbvio para qualquer um. Até mesmo ultrapassa o carinho que Garrett tem por John - ainda mais por que John é a única pessoa com quem Garrett demonstra seu afeto.
E John está olhando para Garrett, tentando fazer contato e tentar mudamente perguntar o que está de errado. Mas o baixista está evitando olhar para ele, para qualquer um deles. Ele está lá, mas não exatamente dentro da conversa deles. Garrett pode ouvir os risos, pode ver que Kennedy está dentro do carro das mulheres e que Pat está feliz, rindo alto. Mas só o que ele consegue fazer é continuar a comer seu chocolate, se refreando de puxar Patrick para longe de todos ali. Por que ele o quer, ele quer que Pat seja só dele, sem Kennedy, sem John ou Jared. Só Patrick e Garrett, coexistindo como sempre fizeram.
E mesmo que não faça sentido, Garrett adora os momentos com Pat. Mesmo que briguem, discutam e que ele normalmente evite o garoto afetuoso demais, ele sente falta quando Pat não está por perto. E muito, muito mais, quando Pat está com John ou Kenny ou ambos. E ele sabe que isso, esse sentimento de egoísmo quando se trata de Patrick Kirch, se chama ciúmes. E ele odeia o tal do ‘ciúmes’.
Então quando Kenny começa a voltar, Garrett sai de perto deles. Ele pode prever um abraço entre os que fizeram a aposta, e ele não sabe se suportaria a vontade de pular em cima de Kennedy e amassar sua cara. E do jeito que seu humor anda, já não é impossível que isso aconteça. Então ele prefere ir encontrar Aaron, que está sentado na van, esperando o retorno da banda para poderem terminar a viagem.
Ele ouve Aaron dizer oi, mas sua respiração está descompassada e seu rosto provavelmente mais vermelho do que o normal. Sua atenção só começa a voltar-se para Aaron quando ele começa a falar sobre Patrick.
“Quer dizer então que o Pat agora está realmente devendo 20 dólares pro Kenny? Quer dizer, a brincadeira de hoje de manhã deu errado! Me pergunto como ele vai pagar, ele acabou de gastar tudo que vocês ganharam no último show ao ir naquela loja. Eu sei que...”
Ele franze o cenho e cruza seus braços, interrompendo o amigo. “Que brincadeira?”
Aaron morde o lábio inferior, desviando os olhares automaticamente. “Hm, é, nenhuma?” Garrett aperta os olhos ao que uma risada fraca e sem graça é ouvida. “Bom, eu acho melhor ir chamar os outros.”
Ele sai do carro correndo e Garrett respira fundo, uma mão indo para sua têmpora ao que tenta se acalmar. Ele coloca o capuz sobre a cabeça e abraça sua mochila, encostando a testa na janela. As coisas estão confusas dentro de sua cabeça, nenhum pensamento faz sentido e cada hipótese está mais improvável que a outra. Ao que seus olhos fecham, ele volta a se lembrar da cena que havia visto horas antes.
Pat sentado no colo de Kennedy. Kennedy com a boca no queixo de Pat. Mãos unidas. E Garrett fechou a porta silenciosamente, impedindo a si mesmo de ver o que estava prestes a acontecer. Encontrou John, o ignorou. Encontrou Jared, e quase teve de empurrá-lo para que o deixasse em paz. O único momento em que conseguiu voltar a respirar foi quando abriu sua mochila e ali dentro estava seu álbum de fotos. Fotos que tinham Pat e Garrett, e só.
“Merda, desculpe Gary, não te vi aí!” Garrett levanta sua cabeça rapidamente, guardando o álbum automaticamente. Ele vê Patrick e desvia o olhar assim que nota o sorriso em sua boca. Volta a encostar sua cabeça na janela, ignorando-o. Ele sabe que Pat logo virá atrás dele, sentará ao seu lado e começará a importuná-lo. Garrett conta até 10, e assim que chega ao último número, ele sente a cabeça de Patrick em seu ombro.
E isso o irrita. Por que ele não é Kennedy, ele não vai ser legal ou fofo com Patrick. Ele não vai fazer o que Pat quiser.
“Por que está me evitando?” Ele não esperava uma abordagem tão direta, então fica em silêncio quanto a isso. Resolve mudar o rumo da conversa, por que ele sabe que vai perder a cabeça caso comece a falar sobre tudo que o irrita em Patrick.
“Onde estão os outros?”
Patrick apenas junta as sobrancelhas e puxa o rosto de Garrett para perto, o olhando e tentando o ler.
“Por que está me evitando, Gary?” A resposta sai de sua boca tão rapidamente, que ele nem ao menos consegue tentar evitar.
“Por que eu não gosto de você.” Ele vê o olhar machucado que Patrick o lança e por um segundo, ele cogita a possibilidade de puxar Pat para perto e o beijar.
Ele sabe que a probabilidade de fazer isso é muito alta. Kirch se levanta, e Garrett segura seu pulso com força, o puxando para perto novamente. Ele perdeu a cabeça. Ele perdeu todo o controle ao ver Patrick em um momento tão instável. Ele continua a falar, já sem escolher meticulosamente - como fazia antes - as palavras.
“Por que você estava com o Kennedy. Por que você tira meu fôlego. Por que você me irrita.”
Com uma de suas mãos, ele segura ambos os pulsos de Pat. Seus lábios estão pertos, e Pat agora tem um sorriso no rosto. Ele está conseguindo ler nas entrelinhas, e isso é mais do que o suficiente para Garrett soltar as mãos de Pat, levando as suas para a cintura dele, o puxando para perto.
E quando seus lábios se tocam com força, sem serem familiarizados um com o outro e de um jeito complicado por estarem em um banco de van, Garrett sabe o que isso significa. Significa que ele conseguiu uma mala grande o suficiente para colocar seu bem mais precioso.
“Por que você é só meu...”
Seus lábios se separam quando os outros se aproximam da van, barulhentos. Pat ainda está perto, seu lábio perto dos de Garrett, que segura seu rosto com força.
Ele o olha friamente, assim como antes. Mas dessa vez, Pat sabe que há algo por trás dos olhos azuis e gelados de Garrett. Quando os garotos entram na van, Pat e Garrett estão no mesmo banco, o baterista com a cabeça apoiada no ombro do baixista. E Kennedy não consegue se refrear, soltando uma alta risada.
“Opa! Agora sim eu ganho aqueles 20 dólares da brincadeira do ciúmes pro Garrett. Mas teve também a do carro... Ok, então a do carro não valeu? Pat, você me deve 20 dólares!”
Então Garrett olha incrédulo para Patrick, entendendo finalmente o que é que aconteceu. Pat, assim que levanta as mãos em modo de defesa, se surpreende por ver que Garrett está rindo. E todos os outros na van também se surpreendem, por que não é um som que eles normalmente o vêem fazer quando sóbrio.
“Você é um babaca.”
Pat sorri, dando um pequeno beijo em sua bochecha.
Garrett fecha os olhos, se sentindo vários quilos mais leve. Ele sente um beijo ser depositado em seu ombro e outro em seu pescoço, enquanto os lábios de Patrick se entreabrem ao falar.
“Mas seu.”
Ao sentir o sono o invadir, ele tem de morder o interior de sua bochecha para não responder. E enquanto sente o calor de Patrick indo de encontro com sua pele, ele se pergunta quem é que vai pagar os 20 dólares...