terapeuta

Oct 02, 2019 22:00

Às vezes a gente sente o coração apertado e derrama uma lágrima junto com a pessoa que tá atendendo. É um choro discreto. Um nó no peito cheio de compaixão.

Uma vontade de por no colo, dispensada por sabermos que o que precisa ser feito é apenas estar junto pra sustentar a dor. Passar por ela, tolerar, aceitar, deixar vir. Com a esperança de que ela perde sua força por ser enfrentada. E com a coragem que não precisa ser enfrentada de forma solitária. Você fica do lado, assistindo esse mergulho, e se torna cúmplice. O papel do terapeuta nesse processo é ser um espectador. Na medida certa da empatia - essa que faz a gente soltar umas lágrimas esparsas e sentir um aperto no peito. Sem interferir demais, mas facilitando um pouco. Cientes que sabemos pouco de alguns universos e que o cliente é o especialista que vai nos guiar e ensinar sobre o mundo dele. Mas que estamos dispostos a mergulhar junto - sem julgamento, oferecendo o que temos pra dar.
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