Peripécias no cinema, parte I - As pipocas
Os meus próximos 3 posts vão ser acerca de 3 fenómenos que acho curiosos quando vou ao cinema. Optei por dividi-los em 3 partes porque, para além de não me lembrar de mais nada assim de repente para postar nos próximos tempos, não quero que se tornem demasiado extensos e chatos.
Em primeiro lugar temos o fenómeno das pipocas:
As pipocas no cinema são uma coisa que, sinceramente, eu ainda não consegui compreender muito bem. Reparem, quando se chega à sala de cinema, mesmo à entrada, costuma estar um papel a pedir para desligarmos os telemóveis e para fazermos silêncio, logo a seguir, o mesmo aviso aparece a ocupar a tela toda (antes daqueles que dizem, “visite os nossos bares, e prove os nossos menus, desejamos-lhe um bom filme” e quem é que, com pipocas e sumos não tem um bom filme?). Mas quer dizer, então e o constante barulho das pessoas a mastigar as pipocas, principalmente de boca aberta, e a tirar mãos cheias de dentro do pacote? Isso não é considerado ruído que perturbe os restantes utentes da sala? Isto claro, sem falar noutros ruídos estranhos que se ouvem ao longo do filme e que abordarei no próximo post (reparem na tentativa desesperada que fiz de tentar que venham novamente aqui para ler o meu futuro post).
Para além das simples pipocas, existem também os refrigerantes e o constante barulho das pedras de gelo a bater umas nas outras, e, lá mais para o fim do filme, ouve-se aquele barulho esquisito de quando se procura desesperadamente encontrar mais qualquer coisa no fundo do copo e já não há lá nada. Mas claro, isto também são ruídos que, supostamente, não incomodam ninguém, aliás, só incomodam mesmo aquela cambada de pseudo-intelectuais que vai ao cinema única e exclusivamente para ver o filme. Ele há com cada um, ir ao cinema só para ver um filme, onde é que isto já se viu?
Há inclusive pessoas que aproveitam para jantar no cinema e compram aqueles menus enormes com pipocas e cola que duram até se chegar a casa, e caso o filme seja curto, ainda duram para a sessão de cinema caseiro no dia a seguir. É a pensar nestas pessoas que venho propor que se comecem a vender petiscos tipicamente portugueses nas bilheteiras, tipo sardinhas em cima de uma fatia de pão, ou sandes de torresmos, ou até um belo de um pica-pau, isto tudo devidamente regado com um tintinho ou uma mini. Isto sim, não faria tão mal à saúde como um balde de pipocas cheias de corantes e conservantes. Ai estas americanices…
Com um bocado de sorte, chega-se ao fim do filme e ninguém entornou o seu precioso menu, e passa-se um bom pedaço de tempo sem grandes percalços!
Apesar de tudo isto, confesso que há filmes em que dou por mim e tenho um pacote de pipocas ou uma cola na mão, mas, se querem que vos diga, acho que faço isso só mesmo para me irritar a mim mesmo e assim implico comigo e com mais ninguém, afinal de contas as outras pessoas estão lá para ver o filme e não para me ouvir a pedir “desculpe não se importa de tirar uma pipoca de cada vez e mastigar de boca fechada?” ou então “não me estou a querer armar em sabichão, mas olhe que essa cola já acabou”.
Posted by Monco
Em primeiro lugar temos o fenómeno das pipocas:
As pipocas no cinema são uma coisa que, sinceramente, eu ainda não consegui compreender muito bem. Reparem, quando se chega à sala de cinema, mesmo à entrada, costuma estar um papel a pedir para desligarmos os telemóveis e para fazermos silêncio, logo a seguir, o mesmo aviso aparece a ocupar a tela toda (antes daqueles que dizem, “visite os nossos bares, e prove os nossos menus, desejamos-lhe um bom filme” e quem é que, com pipocas e sumos não tem um bom filme?). Mas quer dizer, então e o constante barulho das pessoas a mastigar as pipocas, principalmente de boca aberta, e a tirar mãos cheias de dentro do pacote? Isso não é considerado ruído que perturbe os restantes utentes da sala? Isto claro, sem falar noutros ruídos estranhos que se ouvem ao longo do filme e que abordarei no próximo post (reparem na tentativa desesperada que fiz de tentar que venham novamente aqui para ler o meu futuro post).
Para além das simples pipocas, existem também os refrigerantes e o constante barulho das pedras de gelo a bater umas nas outras, e, lá mais para o fim do filme, ouve-se aquele barulho esquisito de quando se procura desesperadamente encontrar mais qualquer coisa no fundo do copo e já não há lá nada. Mas claro, isto também são ruídos que, supostamente, não incomodam ninguém, aliás, só incomodam mesmo aquela cambada de pseudo-intelectuais que vai ao cinema única e exclusivamente para ver o filme. Ele há com cada um, ir ao cinema só para ver um filme, onde é que isto já se viu?
Há inclusive pessoas que aproveitam para jantar no cinema e compram aqueles menus enormes com pipocas e cola que duram até se chegar a casa, e caso o filme seja curto, ainda duram para a sessão de cinema caseiro no dia a seguir. É a pensar nestas pessoas que venho propor que se comecem a vender petiscos tipicamente portugueses nas bilheteiras, tipo sardinhas em cima de uma fatia de pão, ou sandes de torresmos, ou até um belo de um pica-pau, isto tudo devidamente regado com um tintinho ou uma mini. Isto sim, não faria tão mal à saúde como um balde de pipocas cheias de corantes e conservantes. Ai estas americanices…
Com um bocado de sorte, chega-se ao fim do filme e ninguém entornou o seu precioso menu, e passa-se um bom pedaço de tempo sem grandes percalços!
Apesar de tudo isto, confesso que há filmes em que dou por mim e tenho um pacote de pipocas ou uma cola na mão, mas, se querem que vos diga, acho que faço isso só mesmo para me irritar a mim mesmo e assim implico comigo e com mais ninguém, afinal de contas as outras pessoas estão lá para ver o filme e não para me ouvir a pedir “desculpe não se importa de tirar uma pipoca de cada vez e mastigar de boca fechada?” ou então “não me estou a querer armar em sabichão, mas olhe que essa cola já acabou”.
Posted by Monco