Indefesa

Dec 14, 2005 00:38

Indefesa descansas
Deitada sobre um manto branco,
Como um anjo de brancas asas.

Em minha cama te encontras,
Como cria de um animal,
Segura estás, e assim ficas

Dormitando,
Talvez pensando nas vidas
De outrem, ou na tua.

Não o sei,
Mas adoraria o saber.
Pena, pois nunca saberei.

Indefesa permaneces,
Sujeita aos ataques de minha loucura.
Mas não tens medo.

Sabes que ‘tás em porto seguro
E portanto dormitas.
Será que sonhas com o futuro?

Olho para ti,
E sinto! Sinto o que sei,
Sinto que estou perdido.

Que estou perdido em ti,
Perdido por entre os teus cabelos
Espalhados pelo teu corpo e almofada.

Perdido por entre os contornos
Do teu corpo, das tuas suaves
E belas formas de mulher.

E indefesa continuas,
Enquanto me tento
E te tento decifrar.

Sou um monstro!
Regozijo-me com a tua
Vulnerabilidade aparente.

Sentado fico,
Observando-te a fino pente
E desejando estar a teu lado.

Dormitando tranquilamente,
Junto a ti, seguro de mim
E nos teus braços indefeso.
Previous post Next post
Up