Deus Enlouquecido (Tem um Cão)

Dec 11, 2005 13:31

Furioso rebento portas,
Parto pedras,
Arremesso violência.

Destruo casas, pontes, vidas
E tudo em plena consciência.

Amo a morte, o terror nos teus olhos.
Amo o seu cheiro nauseabundo
Dos corpos empilhados aos molhos.

Em minutos percorro o Mundo
Envolto em ondas de destruição.

É o sangue, é um tudo.
É o choro d’um pequeno orfão,
É ver o sofrimento mudo.

Sentir o corte no teu pescoço e
Ver a vida jorrar em jactos vermelho vivo.

Regosijo em ver doentes terminais,
Dores e corpos contorcidos.
Alegria, nos meus passeios matinais.

Ver expelir entranhas de um vulcão,
Sentir o arrepio da morte por carbonização.

Ter um mar morto como objectivo,
Repleto de morte e com cheiro
Fétido, nojento e corrosivo.

É inundar o Mundo em fogo,
E secar com água.

Ter o poder da aniquilação,
Sem sentir um pingo de mágua
Acabar o poema e matar o meu cão.
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