Dec 30, 2012 03:15
repete repete repete repete repete repete repete, será essa a vida que fiz? fãs de minimalismo e estranheza, vim por este caminho.
queres-te deixar de poesia e dar-te à libertação, mas não sabes como. pensas, escrutinas, julgas que hoje é pior que ontem e que não vais conseguir voltar à estaca um ponto quatro. deixas-te de sistemas, abres-te às ondas e do mesmo modo abres os braços, mas não voas, não flutuas. não sais do chão. o passado não é bom contigo.
chega a ser agonizante, se pensares realmente sobre o assunto. dói a garganta de não falares contigo mesmo. e se pensares por mais um momento, já não te consegues ver de cima, de lado, em corte lateral; de nada.
de nada / de nada / de nada / de nada
obrigado... que por acaso não é coisa que me sinta, mas parece-me que essa é magia brincalhona e negra de todos os dias, de todas as mesmas coisas. o erro está em pensar que o diabo está nos detalhes. porque os detalhes nós fazemos por e sabemos como mudar, para enganar o filho da puta.
alteras o sujeito, como se isso te fosse proporcionar o rewind que pensas ser o que está em falta. mas já não obscureces como dantes. já não engano ninguém.
não estou triste. não estou apático. estou feliz até.
e talvez esse seja o problema, a felicidade sempre foi uma intriga para a arte. há algo na miséria que activa toda a química encefálica. quando sou triste, vou a todos os recantos.
chama-lhe transe, porque acho que é.
talvez o segredo seja largar. continuo com essa fé.
largar os segredos, as fórmulas. e saber no mais fundo existe algo mágico. algo que nunca vou compreender enquanto o tentar entender só e assim.
algo que, paradoxalmente, nada esconde. e talvez então me possas dizer se estou no bom caminho.
sigo, sigo.